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História Anjos Solitários - Wincest - Unidos sob o mesmo teto


Escrita por: Takealookmenow

Notas do Autor


Olá amigos,

Desculpem a demora da postagem de hoje,
mas estou meio corrida, com meu cachorro
idoso doentinho.

Segue capítulo com surpresas.

Desculpem os erros.

Ótima Leitura !!!

Capítulo 41 - Unidos sob o mesmo teto


Fanfic / Fanfiction Anjos Solitários - Wincest - Unidos sob o mesmo teto

 

Baltazar viu Noah sair da biblioteca, aliviado em ficar uns minutos sozinhos, mesmo preocupado com que disseram a respeito de Sam, e querendo notícias de seu aluno, precisava muito daquele pequeno instante para si mesmo. Com isso, se sentou na long chaise novamente, abaixando sua cabeça pesada, com milhões de pensamentos voando acelerados dentro dela, apoiou seu rosto com as duas mãos, se desligando momentaneamente do mundo ao seu redor. Mal podia acreditar que Ludovico era mesmo apaixonado por ele, era algo tão surpreendente e grandioso, que lhe custava a entrar em seu campo de realidade, não havendo sonhos ou fantasias. Nunca, jamais, poderia sequer supor que o admirador secreto que era apaixonado por ele, fosse aquele homem poderoso, aquela criatura tão temida, tão rico e tão educado, elegante e bonito. Sorriu com esse pensamento, um tanto vaidoso, mas sem a menor maldade.

Por mais que, Baltazar viesse a compartilhar com Castiel toda aquela vivência e o segredo de Ludovico, não conseguiria expressar corretamente todos os seus sentimentos ou pensamentos a respeito da situação, pois sabia o quanto seu arcanjo era ciumento, ainda mais em se tratando daquele admirador secreto que havia causado um clima estranho entre eles, nas ocasiões dos presentes, e com isso nunca poderia se abrir completamente para o arcanjo, que não queria magoar ou enciumar mais ainda. Mas a verdade era que toda aquela declaração de Ludovico, e todo o sentimento que viu em seus olhos tão sinceros, tinha mexido com seu orgulho próprio, pois tinha sido tão desprezado por Gabriel, seu primeiro amor, e depois lutado tanto para confiar no amor de Castiel, que vinha de um amor tão intenso por Dean. E em ambos os casos, ele tinha se apaixonado primeiro, ele que tinha, de algum modo, impulsionado a concretização do sentimento, e com Ludovico não era assim, era tudo diferente, ele tinha se apaixonado por ele de forma despretensiosa, tinha se declarado sem nunca antes ter tido qualquer contato mais profundo com ele, era um amor puro, quase inocente, algo digno de ser admirado e muito, mas muito, merecedor de todo o seu respeito, e era isso que faria, ofertando sua amizade ao híbrido, queria poder alcançar o mesmo teor de singeleza daquele amor que lhe era dirigido, pois de alguma forma, e por tudo que já tinha vivido até ali, lhe era imensamente precioso, e merecia ser cuidado com carinho e dedicação, e nada melhor que uma amizade para demonstrar tudo isso. Pensava Baltazar, extremamente, amainado com seu coração. E preservando todo o seu amor por Castiel, seria um bom amigo de Ludovico, e, cultivaria essa amizade e em seu próprio coração, com aquele que o presenteou com seu primeiro amor, dedicado a ele.

Baltazar teve seus pensamentos cortados por um pigarro de alguém, que estava atrás de si, junto a uma das portas de vidro que davam para a área externa da casa, se virou ainda com um pequeno sorriso nos lábios por seus pensamentos leves que o embalavam anteriormente, mas que foi imediatamente desfeito diante da figura do impuro todo vestido de negro a sua frente.

Crowley: Desculpe, não queria atrapalhar seus devaneios tão profundos....mas infelizmente eu tenho que fazê-lo....(Andou até bem próximo de Baltazar e lhe estendeu a mão).....queira vir comigo agora.

Baltazar se levantou imediatamente, alarmado com a presença do demônio próximo a si, se adiantou rapidamente para próximo da porta da biblioteca que levava a sala principal.

Baltazar: Não, de jeito nenhum.....demônio...(Com medo do demônio o atacar e começar uma invasão no interior da mansão).

Crowley: (Surgiu ao lado de Baltazar e lhe segurou forte nos ombros o imobilizando com sua força extrema, faltando alguns passos para ele alcançar a porta).....Não tenho tempo para joguinhos ou brincadeiras....você vem agora mesmo comigo, antes que......(Foi interrompido com a porta sendo aberta com violência).

Ludovico: Antes de quê?.....(Viu Baltazar sendo apertado pelos ombros, nas mãos de Crowley, e ficou apavorado, não podendo avançar sem que Crowley não ferisse Baltazar)....solte ele agora mesmo....seu impuro maldito....ou eu irei matar você aqui mesmo.

Crowley: Não antes de alcançar o meu objetivo....(Parou de falar ao ver Castiel chegar na sala, sôfrego, logo atrás de Ludovico).

Castiel surgiu logo em seguida na sala, também vendo Baltazar ser tratado como refém de Crowley, e ficou com muito medo do seu amor ser machucado e abusado, assim como tinha acontecido com Sam.  Fez um mero sinal com ambas as mãos, pedindo calma ao demônio.

Crowley: Que bom que chegou, arcanjo....(Sorriu debochado).....Não tenho muito tempo, então serei direto........seu querido professor aqui....(Bateu de leve nos dois ombros de Baltazar que estava segurando).....somente voltará sã e salvo para você, depois que exterminar Lúcifer para mim....(Disse apontando para Castiel, e todos os presentes se admiraram do que estava sendo dito por Crowley).

Castiel: Do que você está falando ?......Demônio.....(Falou com calma e pausadamente, com imenso medo de ver Baltazar ferido)......solte ele que podermos conversar....(Ordenou vendo aquele forte aperto das mãos de Crowley em Baltazar).

Crowley: Eu posso ser um impuro, como me chamam, mas eu não sou um idiota, ainda mais cercado por vampiros....(Olhou para os lados e viu que a sala já estava com Ludovico, Noah, Dean, e mais dois transformados que vigiavam o interior da casa, e não entendiam como ele tinha passado pelas armadilhas, e, quando notaram a agitação correram para o local).

Ludovico: (Trêmulo e impaciente, querendo ver Baltazar livre das mãos de Crowley).....Diga o que quer, então......só não o machuque, por favor...(Pediu, sendo olhado por todos na sala).

Crowley: (Resolveu explicar rapidamente, mais uma vez, sua intenção em ter Baltazar como seu refém, apontou para Castiel)....Eu vou levar seu amante comigo, e ficarei com ele, enquanto você, arranca e elimina Lúcifer do inferno para mim....eu sei que somente você pode fazer isso...então ficarei esperando ansioso pela notícia de que eu sou o único rei do inferno....e que aquele caído sumiu de lá....entendeu?....(Falou confiante, sem afrouxar o aperto a Baltazar e encarava  Castiel o tempo todo).

Castiel: Eu não posso simplesmente descer ao inferno e acabar com Lúcifer, e você sabe disso, eu não tenho ordens de Deus para isso e além do mais isso mexeria com o equilíbrio da Terra, eu não tenho autorização para fazer isso....(Tentou argumentar, dizendo as verdades da sua situação).

Crowley: Eu não quero saber suas razões para não fazer o que estou pedindo....ou elimina o Lúcifer ou eu mato o seu amor, arcanjo.....a escolha é sua.....(Sorriu e deu um beijo de leve no rosto de Baltazar).....tudo que tinha para dizer, já foi dito......enquanto faz o trabalho sujo para mim, eu cuidarei muito bem do seu companheiro aqui.....(Disse insinuativo).

Crowley não esperou mais nem um segundo e desapareceu no ar, junto com Baltazar, que foi segurado com sem nenhuma delicadeza pelos braços, lançando um último olhar de puro medo para Castiel, que entrou em colapso, assim que ambos sumiram.

Castiel: (Entregue ao seu desalento, caiu de joelhos no chão e gritou com as mãos na cabeça).....Não !!!!! O que eu vou fazer agora.....esse maldito pegou Baltazar....e eu não posso fazer o que ele pede, Deus não permitiria.

Ludovico que até o momento estava calado, petrificado com tudo que se passou diante de seus olhos, tão rapidamente, se auto flagelou por deixado Baltazar sozinho naquele sala. Mas Ludovico, que não pôde interferir na conversa entre o demônio e o arcanjo, pois somente o nome de Castiel tinha sido chamado pelo demônio, e a chantagem estava sendo lançada contra esse, até porque ninguém sabia de seu amor por Baltazar, além de Noah, também se afligiu, enormemente, em pensar em Baltazar sozinho e refém de um demônio poderoso como Crowley. E conhecendo os demônios, sabia que Crowley mataria Baltazar, sendo ou não cumprido a chantagem, por pura diversão, o que talvez por ingenuidade ou pureza no coração de Castiel, naquele momento, o arcanjo não enxergava, já se antecipando em suposições de como cumpriria a chantagem.

Ludovico ficou atordoado, antevendo as três espécies, e seus representantes de frente um ao outro, somente para cumprimento daquela maldita chantagem. Pensou em Baltazar e na sua mansidão e benevolência em aceitar sua declaração de amor e a transformar em uma grande promessa de amizade que lhe acalmava o coração, um tanto ferido pela sutil rejeição. E seu coração gritava que Baltazar valia muito a pena, em literalmente, deixar o circo pegar fogo, pois era mais do que a hora de tudo se resolver, entre as três espécies envolvidas, naquele início de guerra, e se aquela era a real intenção do demônio, o ato de exterminar Lúcifer acabaria com a guerra orquestrada por ele, Crowley supostamente ascenderia ao trono do inferno, e com isso Baltazar voltaria ao recanto dos braços do seu amor, no momento, aos prantos, rezando de joelhos ao chão, e Ludovico poderia viver em paz com seu clã novamente, e teria tranquilidade para concluir e fortificar uma amizade com Baltazar também.

Assim não havia mais nada a que se fazer, a não ser, casar, a vontade que tinha de matar e se vingar de Lúcifer com a recuperação de seu amor secreto, das garras do imundo.

Ludovico: (Colocou sua mão no ombro de Castiel, ao chão, que rezava na língua dos anjos pedindo permissão a Deus para descer ao inferno naquele momento)......Levante-se Castiel, você é o arcanjo de Deus, e não adianta pedir uma permissão que não lhe será dada, Deus jamais deixaria seu único arcanjo descer ao inferno para matar um caído, porque pretende resgatar seu amor por outro caído, seria muito egoísmo de sua parte aos olhos daquele que pensa sempre em toda a Humanidade, que seria bem abalada, havendo tamanho furor e desiquilíbrio entre as espécies.....(Castiel levantou seu olhar a Ludovico, em atenção ao que o híbrido eloquentemente dizia)....A morte de Lúcifer por suas mãos, por esse motivo pessoal, revoltaria a todos os demônios do inferno, que se levantariam contra os humanos em massa por causa disso, e, nenhum anjo do senhor te seguiria mais e te apoiaria, se tivesse que conter e eliminar todos os demônios por causa disso tudo......(Pausou, passou a mão no rosto, organizando seus pensamentos)....Os humanos morreriam em grandes quantidades, e até em catástrofes provocadas pelos impuros, e nós os vampiros também seriámos prejudicados, sem alimento, e ainda perseguidos por anjos e impuros, que estariam revoltados e lutariam contra tudo que se opusesse a eles, como estaríamos sendo obrigados a fazer, para defender os humanos, para nossa auto preservação..... Entenda como é frágil, esse equilíbrio que Deus preserva sempre?......Não pode pedir isso a Deus, sem que ele recuse e ainda, sem que isso abale Sua confiança em você, que por sua vez, também se voltaria contra seu Criador pela negativa, e com certeza, o iria desobedecer, enterrando sua fé e sua graça para toda a eternidade.....(Castiel já de pé novamente, olhava incrédulo pela inteligência e discernimento de Ludovico diante daquele quadro em que se deixou tomar por aflição).

Castiel: (Com a voz tremida pelo choro que o abateu)......Mas....mas...como irei salvar Baltazar?....(Olhou lânguido para Ludovico como em súplica por uma solução)...eu o amo muito, não posso deixar que o matem assim.

Ludovico: (Estufou o peito, cheio de coragem pelo momento épico, que tinha esperado há tantas décadas).....Eu vou no seu lugar.....Eu exterminarei Lúcifer, de uma vez por todas.

Castiel: (Surpreso e sem entender ao certo o porquê estava sendo ajudado por Ludovico de tal forma).....Mas porquê?

Ludovico: (Deu alguns passos para se distanciar de Castiel e dos demais que estavam parados próximos a porta, e falou alto, exasperado).....Me pergunta ainda?....Aquele primeiro demônio, Lucifer, matou meu neto....matou Benedict.....(Olhou para Dean que se chegava mais perto de Castiel, o confortando com a mão em seu ombro)......matou diante dos olhos do meu pequeno, sem querer saber o quanto se amavam....(Desabafou sua dor, encarou a Castiel e a Noah).....eu vi, arcanjo....(Apontou para Dean).....você não....mas eu vi ele chorar e gritar por sua perda, tão alto que silenciou toda a batalha de centenas de vampiros e demônios.....e Lúcifer estava escondido na escuridão, na covardia de suas trevas, ordenando um massacre a minha família, em meio a batalhas dos humanos, que terminou com a morte de meu neto.....diante dos olhos de seu companheiro de séculos....onde tivemos que lavar seu corpo sujo de sangue, sangue de um puro derramado a troco de absolutamente nada, sem termos feito nada contra ele.....tive que arrumar seu corpo para que a avó, a mãe e o pai dele...(apontou para Noah)....pudessem se despedir dignamente diante de um caixão....enquanto seu amor morria a cada segundo ao ver seu companheiro sendo tragado para lugar nenhum, sem direito ao céu e sem direito ao inferno......(Limpou as lágrimas de seu rosto, que Castiel nunca pensou que veria).....eu, sempre eu.....(Expos todas as suas emoções, quase gritando)......eu que fiz isso tudo....eu segurei ele nos meus braços, limpei seu sangue, o vesti, e o deitei em seu leito eterno.....ninguém pode saber o quanto me doeu.....ninguém....(Começou a andar de um lado a outro, gesticulando)....ter que segurar minha família em pedaços, enquanto minha criação, um de minha geração de filhos, estava morto e vazio em meus braços....eu os criei, eu os acompanhei desde a gestação e eu os amo mais do que tudo......e ninguém tinha o direito de matá-los.....eu já tinha me calado na morte dos meus filhos, mas não podia mais me calar na morte de meu neto, e nunca mais irei me calar, quando um dos meus cair....(Pausou e parou num só lugar, vendo as feições de surpresa de todos os presentes com seu rompante de dor e sofrimento guardados há tanto tempo)....e eu não vou me calar em ter o prazer inenarrável de me vingar daquele que me destruiu por dentro, daquele que me tirou um pedaço de minha carne e de meu sangue e fez os meus urrarem de dor e derramarem tantas lágrimas.

Castiel se calou totalmente, não almejando perguntar mais nada, apenas se aproximou de Ludovico, solidário em seu sofrimento e em sua explosão de sentimentos, nunca antes vista.

Castiel: (De frente para Ludovico, em sinal de grande respeito pelo híbrido)....Eu te agradeço, você é muito honrado, gran mestre dos vampiros....aceito e respeito sua decisão e escolha....vamos planejar como poderemos ajuda-lo, e como poderemos salvar Baltazar....(Sorriu e colocou ambas as mãos nos ombros cansados de Ludovico, e abaixou a cabeça, aceitando aquela pausa para seu coração se acalmar, de tudo que tinha dito e da sensação ruim em saber que seu amor estava nas mãos de um demônio).

Todos olhavam os dois em silêncio, sentindo profundamente cada palavra dita por Ludovico, que respirava profundamente, ainda engasgado por seu rompante de agonia, recolhido dentro de si mesmo por tanto tempo, que nem se lembrava mais de quanto tempo exatamente remoía aquilo tudo dentro de si.

Dean, igualmente a seu avô, chorou ainda mais, emocionado por tudo que tinha ouvido ali, de seu avô, que nunca antes sequer conversou com ele a respeito do que sentia de forma tão profunda e esclarecedora, e chorou pela lembrança daquele triste momento vivido, e quando olhou para o seu lado, viu seu pai, Noah encarando Ludovico com os olhos repletos d’água, entendendo o que se passava em seu coração, tão límpido, segurou em sua mão, lhe apoiando, recebendo um sorriso miúdo e bem tímido.

Noah sabia de tudo que se passava no coração de seu avô, de seu amor por Baltazar, naquele momento em perigo, e agora, daquela revelação de seus desalentos da alma, compreendendo que toda aquela mudança de falar de seus sentimentos estava diretamente ligada as transformações na personalidade de seu avô, causadas pelo amor recente. Assim, viu em Ludovico que aquele momento tinha como fundamento a pressão emocional de assistir, em silêncio, seu primeiro amor ser subjugado e raptado por tão vil criatura. Se apiedou grandemente de seu avô, entrelaçou seus dedos aos de Dean, e o puxou com calma para junto de Ludovico que foi surpreendido por um abraço cheio de ternura e amor de seu neto Noah, e ambos encobertos pelo abraço de Dean, revelando um momento familiar, daqueles três membros do clã, que estreitavam suas relações e corações naquele abraço triplo, cheio de significado para o coração de cada um deles.

 

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Momentos anteriores.

Dean tinha permanecido no restaurante ao bel prazer de torturar Gadreel, e mesmo tendo ouvido as palavras de Castiel, considerou somente a parte que seu amigo era um anjo, e como tal, não poderia ser diferente, e nem ter atitudes ou sentimentos diferentes. Conhecia muito aquele arcanjo, e sabia o quanto sua alma era seguidora de Deus e da fé, que o embutia em grandes e relevantes sentimentos em prol de quem quer que fosse, mesmo daquele caído.

Dean relevou a questão de que o caído, um dia tinha sido irmão de Castiel, e o seu pedido para terminar logo com a tortura, em pura consideração ao seu melhor amigo, e também porque não poderia se prolongar com Sam tão ferido, à beira da morte, mas nunca iria admitir para seu inimigo, mesmo esquartejado como estava, que precisava o matar o mais rápido que pudesse, de modo, que sua vingança se saciasse, porque piedade era uma palavra riscada de suas emoções no momento.

Dean avançou mais uma vez contra Gadreel, caído no chão, que se erguia aos poucos, e já se apoiava em seus joelhos para conseguir se levantar, mas com muita dificuldade por seus ferimentos e pela ausência de sua mão decepada. Dean o segurou pelo pescoço e o colocou para o alto, com o rosto de Gadreel bem acima da altura de seu próprio.

Dean: Maldito anjo caído, eu tenho tanto nojo de você ter tocado no meu amor.....de ter se deitado contra o corpo dele à força....(Sacudiu a cabeça tentando espantar a lembrança).....você queria abusar dele, violentá-lo covardemente, sabendo que ele é humano....e não possui a sua força, e, mesmo ainda precisou de dois demônios para o imobilizar.....sua covardia não tem limites....seu porco imundo.....(Dean cuspiu no rosto de Gadreel, o descendo até estar frente a frente consigo, revelando o quanto suas garras de uma única mão tinham perfurado o pescoço de Gadreel que engasgava com seu próprio sangue, em total agonia no severo aperto da mão de Dean em seu pescoço).

Enquanto Gadreel tentava respirar em meio ao sangue que saía de sua boca e nariz, Dean soltou seu pescoço, e deu uma passo para trás, olhando Gadreel de cima a baixo, vendo todo o estrago que tinha causado no caído, e no quanto ele estava prestes a morrer, mas a fúria ainda o dominava, e toda vez que focava seu olhar no rosto de Gadreel, a imagem de Sam pedindo perdão e praticamente se despedindo dele, dizendo que o amava, todo ferido, vinha em sua mente, e isso bastava para o impulsionar a um novo e cruel ataque à Gadreel, e não foi diferente naquele momento, quando levantou seu olhar do peito do caído, cheio de furos para o rosto com cortes e rasgos profundos na pele.

Dean num movimento rápido, quase impossível de se notar visualmente, perfurou com os cinco dedos de uma mão só, a virilha de Gadreel do lado esquerdo, e assim, subindo com suas garras dentro da carne até a cintura do caído, cruzando de um lado a outro do corpo dele. Gadreel gritou muito alto pela imensa dor, pois com as incisões, Dean lacerou seu pênis propositalmente. E depois se afastou e sorriu para Gadreel, que caiu de joelhos no chão novamente, segurando com a única mão que lhe sobrava, a região afetada.

Dean: (Encarou Gadreel, que para dar um novo grito de dor, levantou parcialmente seu rosto pálido e sem vida)....Eu nem vou dizer para você que nunca mais você vai abusar de ninguém.....(Riu alto)....até porque você vai morrer agora.....e não teria mais sentido mesmo....(Respirou fundo e se voltou a Gadreel, ficando rente a ele, em pé, e paralelo ao corpo dele, de joelhos e um tanto curvado para trás, com a cabeça baixa).

Dean segurou nos cabelos curtos de Gadreel e puxou sua cabeça para trás, fazendo seu ficar rosto para cima.

Gadreel: (Nas última forças que lhe restavam, olhou para o céu em busca de alguma redenção em seu imenso sofrimento físico, mesmo sem qualquer arrependimento de seus atos)....Por favor.....por favor.....Deus.....me perdoa.....(Focou os olhos em Dean, que o encarava com um grande sorriso nos lábios).

Dean: Tarde demais, para pedir perdão, não acha ?...(Sorriu largo para Gadreel).

Dean concentrou todo o seu poder e força de seu corpo em sua mão livre, e atravessou o peito de Gadreel com a mesma, arrancado de dentro dele, tudo que sua mão podia segurar, partes de órgãos, parte do coração coberto de artérias e ramificações de veias, ainda pulsante, em meio ao sangue em tom de vermelho muito escuro, quase em tom de vinho tinto, misturados com fragmentos de ossos triturados de sua coluna e costelas, partes de carne e músculos, que não daria para identificar, tamanho o aperto da mão de Dean, que os esmagava.

Dean: (Viu a luz da vida deixar os olhos de Gadreel aos poucos, que tinha sua cabeça suspensa por sua outra mão, que agarrava o cabelo dele)....Taí seu perdão.

Dean largou a cabeça de Gadreel, soltando seus cabelos, e o corpo todo dele caiu com tudo no chão, e logo em seguida, Dean jogou os restos do que tinha arrancado do inteiro de Gadreel, com um grande pedaço do coração já paralisado, encima do corpo dele, com cara de nojo que sentia de tudo aquilo.

Dean: Acho que Deus não te ouviu...(Deu uma gargalhada para si mesmo).

Dean ainda enfurecido, tentando acalmar sua besta interior, foi até uma das enormes pias de inox da cozinha, lavou as mãos com muito detergente que encontrou na mesma, e depois lavou seu rosto com a água fria, tentando se acalmar, mas não conseguia regredir sua transformação, pensou em Sam, e esmurrou a bancada de inox ao lado da pia, que ficou toda amassada, e depois derrubou todas as panelas penduradas nos ganchos sobre a tal bancada, jogando -as longe. Estava sem controle algum, mesmo torturando e matando Gadreel, sua alma estava em fúria por saber o quanto Sam estava ferido e que podia o perder a qualquer momento. Acabou por desistir de destruir os utensílios da cozinha, e se entregou a dor de sua alma, por Sam, e se sentou no chão frio encostado na pia com os joelhos dobrados contra o peito, e chorou, enquanto esperava se controlar e por Castiel.

Passados alguns instantes, Dean sentiu a mão suave de Castiel segurando em seu rosto, e o levantando para si, vendo que o seu lado vampiro ainda o dominava. Castiel olhou mais adiante e viu o corpo de Gadreel no chão, e segurou na mão de Dean, com carinho e cuidado, olhando em seu olhos vermelhos que vertiam grossas lágrimas, tocou com a outra mão ao chão, fazendo desaparecer os restos mortais de Gadreel, em meio a uma forte luz azul, e entoou uma oração baixinho pela morte de um de seus irmãos, que assim o foi, um dia.

Dean respeitou o breve momento de Castiel, e se manteve em silêncio, aceitando de bom grado a mão de Castiel na sua, em apoio a sua dor. E quando o arcanjo reabriu seus olhos azuis, após a oração, sorriu para ele.

Dean: Cas, Obrigado por tudo....me leva embora daqui, por favor...(Pediu humilde a seu amigo agachado ao seu lado).

Castiel correspondeu ao sorriso, e soltou a mão de Dean, e levou sua mão novamente ao seu rosto transformado, lhe passando serenidade e paz, vendo regredir sua transformação, encarando a volta dos olhos verdes tão profundos.

Castiel: Agora podemos ir, amigo....(Sorriu e ambos sumiram dali).

 

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Momentos anteriores.

Castiel surgiu no meio da sala principal da mansão, que naquele exato momento estava somente povoada por Bobby e alguns transformados que trocavam de armas com o caçador. Castiel olhou em volta, vendo o que se passava, e mais preocupado com Sam em seus braços, se precipitou em pedir ajuda para o humano.

Castiel: Bobby !!!!......(Chamou pelo caçador que sequer tinha notado sua presença repentina, enquanto atendia aos vampiros em suas necessidades de munição e armas).

Bobby se virou imediatamente, pulando no mesmo lugar e soltando um urro abafado em sua própria garganta ao ver que era Castiel com Sam envolvido em toalhas de mesa brancas manchadas por sangue em várias partes, denotando que o corpo de Sam estava com ferimentos expostos e graves. Bobby tropeçou nas próprias pernas no afã de chegar perto dos dois. Castiel colocou delicadamente Sam sobre o sofá macio a sua frente, já sabendo que teria que o transportar novamente para um dos quartos depois, assim que obtivesse a ajuda das pessoas certas, Ludovico e Noah.

Bobby: (Horrorizado com o estado de Sam, assim que o viu de perto, se colocando sentado ao lado dele no sofá, e curiosamente estudando seu corpo por debaixo das toalhas, observando cada escoriação e marcas)......Meu Deus.....(Ficou com a voz embargada pelo choro contido de desespero)....o que fizeram com você, Sammy?.....Meu menino......ah.....meu Deus.....(Não conseguia nem mais olhar tamanha atrocidade, e deitou os tecidos sobre Sam novamente, esfregando os olhos das lágrimas).

Castiel: (Colocou a mão em seu ombro)....Ele precisa de ajuda urgente....há uma hemorragia interna, além do que podemos ver em sua pele..........precisamos localizar os médicos particulares que trabalham para os Fatinelli.....cadê Noah e o Ludovico?

Bobby: (Suspirando com medo de perder Sam, assim como já tinha perdido tantos outros caçadores, incluindo John, pai de Sam).....Noah está lutando contra os demônios, mas Ludovico está tratando de algo com Baltazar na biblioteca.....(Respondeu inocentemente, depois que tinha presenciado Ludovico convocando Baltazar para o acompanhar em uma conversa, em particular).

Castiel: Como assim?.....Tem certeza?....(Encarou Bobby sério, incrédulo do que ele havia dito, afinal Ludovico e Baltazar não tinham nenhum assunto em particular para tratarem).

Bobby: Tenho sim......eu vou chamar Noah....(Se levantou do sofá, e correu para a porta principal pedindo que avisassem Noah que precisavam dele dentro da mansão urgente).

Castiel ficou observando Sam, e viu Jody descer as escadas correndo e indo de encontro ao sobrinho no sofá, depois viu a mesma gritando e seguindo para a cozinha, e voltando com uma bacia com água limpa e panos, e logo começar a limpar o rosto e corpo de Sam, que expurgava seus males, manchando o pano branco umedecido que tentava lhe limpar a pele sangrenta em diversos pontos. Depois assistiu Bobby cobrir o corpo moribundo de Sam, com lençóis. Tudo parecia em câmera lenta para Castiel que ainda ressoava em sua cabeça a informação de Ludovico junto com Baltazar na biblioteca, ficando distraído em seus próprios pensamentos, até ser acordado por Noah ao seu lado.

Noah: Castiel, hei Castiel......(Tocou no arcanjo, notando que Castiel estava um tanto perdido em seus pensamentos, e já cismado que Castiel poderia estar com ciúmes de Baltazar e seu avô sozinhos).

Castiel: Oi Noah, desculpe, eu estava um pouco pensativo, mas precisamos chamar  os médicos agora mesmo...(Falou enquanto Noah analisava Sam, e seus ferimentos, já apreensivo do estado dele e de como a morte dele afetaria Dean).

Noah automaticamente procurou seu celular, e fez o contato devido, chamando os médicos rapidamente, sem tirar os olhos de Castiel, que apesar de ficar ao lado de Sam, acompanhando os pequenos cuidados de Jody e Bobby, que se juntou a ela, volta e meia, dirigia um olhar desconfiado em direção a biblioteca. E Noah, muito preocupado do que poderia estar acontecendo na mesma, pensou, na remota hipótese, que Baltazar tivesse aceitado o amor de seu avô, e supostamente, estivessem trocando algum beijo apaixonado, e, mesmo com um sorrisinho nos lábios, pelo pensamento, esse também, esfriou sua espinha dorsal, com o medo de um conflito grandioso entre Castiel e seu avô, que nunca poderia ocorrer naquele momento e muito menos ali. Assim, quando desligou o celular, Noah viu Castiel o encarar, e apertar os olhos azuis, e colocar o mesmo a par de sua impaciência pela ausência de Baltazar e Ludovico naquela sala.

Castiel: Noah, pode chamar Ludovico por favor, precisamos dele.....(Pediu apreensivo no que poderia estar acontecendo com Baltazar  na companhia de Ludovico)....enquanto você volta para a frente da mansão, ele poderá agilizar a chegada dos médicos e os conduzir para melhor atender ao Sam....(Justificou e desviou o olhar já encabulado com seu aparente ciúme).....e eu irei trazer o Dean de volta, ele já deve estar aflito, me esperando....(Sorriu triste, pois de um certo modo, ele mesmo não poderia sair para chamar Ludovico ou Baltazar, sem a segunda grande emergência para ele mesmo resolver, que era trazer Dean de volta, antes que ele corresse perigo exposto conforme estava no restaurante).

Noah: (Bateu na própria cabeça, gesticulando uma auto reprimenda)....Verdade, eu vou agora mesmo chamá-lo, eu acabei me distraindo na ligação, já deveria ter ido.....(Se enrolou um pouco).....e por favor, traga meu filho logo, eu não estou gostando dessa história dele sozinho por aí, com essa guerra...(Saiu em direção a biblioteca com o coração na mão, e pedindo aos céus para que somente ocorresse o melhor para todos naquele momento, tanto para Ludovico quanto para Dean, e seus amores).

 

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Após a despedida na biblioteca, e o chamado urgente de Noah, transmitindo o pedido de Castiel, Ludovico seguiu para a sala principal, deixando Baltazar sozinho com seus pensamentos, e a cada passo dado, se sentia mais aliviado e confiante pela declaração feita, com a certeza de que mais uma vez a verdade e a sinceridade que lhe eram tão peculiares, eram também as melhores opções, pois agora tinha a amizade, improvável, mas muito benvinda de seu primeiro amor. E com ele, saberia respeitar ainda mais a Baltazar, e talvez aprender a transformar aquele amor em admiração, e mesmo em um amor diferente, de amigo.

Ludovico chegou na sala principal e de deparou com os caçadores ao redor do sofá, onde jazia inerte Sam, coberto por suas mazelas. Ludovico trincou os dentes, em ódio, ao ver os tipos de ferimentos que cobriam o pescoço e o peitoral do humano, marcas de mordidas e chupões, tradutores de abuso sexual sofrido. Pensou no seu neto e no quanto esse deveria estar sofrendo por isso, assim se agachou ao lado de Sam, e tocou em sua testa, tentando ler suas memórias, mesmo com ele dormindo, já que sua consciência estava preservada, estando somente em sono profundo induzido por Castiel, e por sinal não estava no recinto, o que deduziu que tinha ido buscar Dean, conforme Noah havia lhe dito que ele o faria, depois que também deixou Baltazar sozinho, e veio ter consigo no caminho de volta a sala, o alertando do jeito desconfiado de Castiel.

Ludovico viu na mente de Sam tudo que tinha ocorrido com o mesmo, e todo o seu sofrimento, sua luta, sua tentativa frustrada de fuga e o quanto tinha sido espancado e abusado por Gadreel, ficou mortificado, aumentando vertiginosamente seu ódio contra os demônios. Ludovico entendeu a extensão dos ferimentos de Sam, não conseguia ver seu estado de saúde real, como Castiel conseguia, mas pelo que percebeu e o pouco que Noah tinha lhe dito, o humano realmente estava em grave estado, correndo risco de vir a óbito rapidamente. Ludovico contatou seus médicos mais uma vez, que estavam sendo conduzidos de helicópteros para a mansão, e em cerca de poucos minutos estariam presentes ao local, assim organizou rapidamente a segurança para o pouso no quintal da mansão e a condução dos médicos até o interior da casa, mobilizando mais vampiros para tanto.

Enquanto Ludovico se mexia de um lado para outro tomando tais providências,  viu surgir na sala, bem ao lado do sofá onde Sam estava, Dean junto a Castiel.

Dean estava coberto de sangue, com as roupas bem sujas, pela luta única contra Gadreel, e mesmo assim, correu para o lado de Sam, praticamente se jogando no chão, de joelhos ao lado do amado, que dormia no sofá. Alisou seu rosto, já mais limpo, assim como seu corpo, tratados por Jody e Bobby.

Dean: (Acarinhando os cabelos de Sam, e os arrumando nos travesseiros colocados embaixo de sua cabeça)....Oi, meu amor, eu voltei.....agora...ficaremos juntos....nada vai chegar perto de você....ninguém nunca mais vai te machucar....(Beijou a mão de Sam, a segurando com muito cuidado).

Ludovico se sentou na mesa de centro, atrás de Dean, e o segurou pelo pulso, chamando sua atenção para si.

Ludovico: (Encarou os olhos desesperados de Dean)...Hei pequeno.....os médicos estão chegando daqui a pouco....vai ficar tudo bem.....(Dean voltou seu corpo para seu avô e o abraçou apertado).

Dean: Eu preciso dele, vô.....eu preciso que ele volte para mim....(Se afastou de Ludovico, que entendia o sofrimento de seu neto).

Ludovico: Ele voltará.....faremos de tudo.....agora ele está a salvo....(Fez um carinho no cabelo de Dean, com um aperto dentro de si e um nó na garganta pela dor de Dean, por o ver sofrer mais uma vez, da mesma dor).

Dean recolheu uma lágrima furtiva de seu rosto, sujo de sangue, olhou em volta, reconhecendo novamente todos os presentes, que sequer tinha notado. Olhou para Castiel, que estava em pé no mesmo lugar, com seu jeito um tanto retraído, sem se aproximar deles, sabendo que seu avô já deveria ter tomado todas as providências devidas para o socorro de Sam, como ele havia dito, se levantou e deu alguns passos em direção a Castiel.

Dean: Cas, teremos que tirar Sam daqui, e o acomodar melhor, em um quarto...(Castiel assentiu, e andou até Sam, mas antes de o tocar para haver a mudança, escutou o chamado de Ludovico).

Ludovico: Esperem !!!.....(Levantou o dedo indicador e o silêncio se fez presente na sala, com todos prestando total atenção ao hídrido).

Ludovico ficou estático de repente, e, sem dar a menor importância para todos os presentes, correu em direção a biblioteca, sentindo a terrível presença maligna de Crowley dentro da mansão, e para seu pesadelo, perto de Baltazar, o que se confirmou assim que abriu abruptamente a porta da mesma. Sentindo seu coração gelar no instante que cruzou seus olhos com os de Baltazar, em poder do demônio.

 

CONTINUA....


Notas Finais


Muito obrigadaaaaa pessoal,
estou emocionada com os comentários,
é sempre um super incentivo,
muito obrigada mesmo.

BJSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


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