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História Anjos Solitários - Wincest - O anjo da vida


Escrita por: Takealookmenow

Notas do Autor


Olá amigos,

Hoje consegui postar mais cedo...
que bom né....meu amado permitiu....kkkkk.

Segue mais um capítulo,
que achei bem fofo...apesar de alguns pitecos.

Desculpem os erros,

Ótima Leitura !!!

Capítulo 43 - O anjo da vida


Fanfic / Fanfiction Anjos Solitários - Wincest - O anjo da vida

 

Dean aproveitou no momento que Bobby e Jody estavam com Sam, o ajeitando na cama, dentro de seu quarto, foi até um dos quartos de hóspedes e tomou banho, fazendo em si mesmo, uma faxina completa, retirando também de si todo os pequenos resquícios de Gadreel, todo o sangue do caído, e apenas colocando uma roupa casual, para poder cuidar de Sam sem contratempos. Enquanto se vestia no banheiro daquela suíte de hóspedes, sentia seu peito apertar, extremamente preocupado com Sam, e todas as suas ponderações, até aquele momento, perderam completamente o sentido, já que Sam virando vampiro, era a salvação de seu corpo físico, o que dava sossego para seu coração, somente em saber que Sam já não morreria, e se perderia dele para sempre.

Dean tinha todos os motivos do mundo para estar com medo de propor a transformação para Sam, porque depois de tudo que eles haviam vivido, era fácil relembrar da vez que Sam jogou na cara de Dean que ele era um monstro, após o episódio de Samuel, e consequente fuga sem sentido, que causou uma separação dolorosa para ambos, vindo com a traição de Sam e com seu orgulho próprio às raias do egoísmo, e por fim a recusa, fosse lá por que motivo fosse, de ficar ao seu lado na mansão, protegido em meio a uma guerra, todas eram razões mais do que suficientes para fazer a boa e velha matemática do peso e medida, em sua consciência para formular aquela proposta da qual, fatidicamente, Sam poderia simplesmente não aceitar, diante de seu histórico de pequenas e grandes decepções e mágoas causadas por ele em Dean.

Seus olhos tilintavam no brilho da única luz acessa do abajur ao lado da cama, sua garganta seca e peito esvaído de todo o ar possível, traduziam em alto e bom som, o nervoso que sentiu ao ouvir aquelas duas pequenas palavras dos lábios mais amados por ele, “me morda”. A realidade não chegava à sua mente com a mesma velocidade que seus pensamentos já se auto recriminavam por ter sido tão estúpido em pensar naquela proposta que Sam jamais aceitaria. Mas não era nada daquilo, seus pés moveram-se lentamente no chão do quarto, para poder acreditar que realmente estava acordado e lúcido. Era bem mais complicado aceitar livremente a realidade do que simplesmente fugir para seu mundinho depressivo de uma recusa seca e sem explicações, que talvez fosse o certo que Sam não podia perceber dado ao estado lamentável em que se encontrava, e percebeu isso somente quando olhou em volta, e viu os rostos assustados de Ludovico e Castiel, e no mínimo horrorizados, de Bobby e Jody, não reparando na imparcialidade dos médicos presentes que conheciam perfeitamente o mundo em que viviam, sendo ambos vampiros transformados que viviam como humanos comuns.

Não demorou muito, para voltar a olhar aturdido para Sam, que manteve firme o aperto em sua mão, e que o encarava com olhos cansados e doentes, enfraquecidos de seu brilho e vigor natural.

Dean: Sam.....eu acho que você não entendeu direito.....(Mais uma vez foi interrompido, mas dessa vez por Bobby).

Bobby se aproximou da cama, largando o abraço de Jody, tomando ares de revoltado e bufando como se tivesse corrido uma maratona.

Bobby: Não !!! Sam....(Ignorou todos os vampiros em volta, incluindo Dean ao lado de Sam)......Você não pode aceitar isso....(Sam demorou para retirar seus olhos de Dean, com receio real de o perder de vista, apesar de sua mão fria o agarrar com toda a pouca força que lhe restava).....Meu filho....nós somos caçadores....nós caçamos vampiros.....o que o seu pai, que Deus o tenha, diria a respeito disso....ele não aceitaria isso, de jeito nenhum....(Foi a vez de Bobby ser interrompido).

Ludovico: (Voltou a se endireitar, em pé, altivo como sempre).....Cale-se caçador humano!.......Não vê, que o garoto está à beira da morte, e somente a mordida poderá fazê-lo sobreviver....ele está tendo uma escolha.

Dean: Sim, meu avô está certo.....(Olhou de Sam com ares de choro por vir a qualquer momento, para Bobby)....ele está tendo uma escolha, que eu mesmo nunca tive....e apesar de ter me arrependido milhares de vezes de minha imortalidade, quando fiquei sozinho....depois que eu encontrei Sam, eu nunca mais senti isso novamente, e agradeço a mordida que o anjo da morte me ofertou....(No seu nervoso se lembrou de como Benedict era chamado)....ele me salvou da morte certa, e me deu uma chance de viver uma vida plena, apesar de tudo que já passei, valeu muito a pena....e só por isso hoje estou aqui e Sam também....(Falou num tom mais alto que o normal).

Dean olhou Sam novamente, que tinha voltado a lhe encarar com um pequeno sorriso meigo nos lábios, encantando pelas palavras de Dean à seu tio.

Dean: Sammy....você entende o que isso significa, certo?....(Perguntou, voltando ao seu tom baixo e carinhoso).

Bobby: (Enfurecido, querendo chamar a atenção de Sam)....Ele sabe perfeitamente todas as implicações de se tornar um vampiro.....ele sempre estudou tudo a respeito de vocês, porque ele caçava vampiros....até conhecer você....e por isso mesmo ele não pode aceitar essa loucura....vamos levá-lo ao hospital e esperar que tudo ocorra bem na cirurgia......e rezar para que ele sobreviva....ele não pode aceitar essa loucura, ele não vai se tornar aquilo que caçamos....não pode...(Bobby passou a mão na cabeça, levantando seu inseparável boné, muito exaltado).

Sam: (Levantou sua mão, soltando a mão de Dean, fazendo Bobby parar de falar).....Eu sei tudo que acontece quando se é um vampiro, e eu já aceitei, eu quero ser um vampiro....(Olhou sério para Bobby)......entenda Bobby, por favor....e aceite isso, por mim.

Bobby: (Se aproximou mais de Sam e de seu rosto).....Filho, eu sei que está com muita dor, e com medo de morrer, mas essa não é a solução para você, ainda tem uma chance, se levarmos você a um hospital.....Sammy...(Deu a volta na cama, passando para o lado em que Dean estava, e se postou quase na frente de Dean, se agachou ao lado da cama e segurou os dois lados do rosto de Sam para focar sua visão em si, numa postura quase desesperada para ser ouvido).....Sammy.....meu garoto....presta atenção.....seu pai não iria concordar com isso....seu pai foi o melhor caçador que esse mundo já viu....e ele morreria só de pensar em ter um filho vampiro....ele nunca aceitaria ter um filho transformado em vampiro.

Sam: Bobby, meu pai não está aqui, está?......(Falou calmo e com a voz arrastada pela fadiga, mesmo sendo com grosseria, para Bobby entender o seu desejo)....Meu pai não iria querer me ver morto, ver seu único filho morto....e acho que você também não....(Viu Bobby encolher os ombros e desviar seu olhar para parede, e somente depois voltar ao seu lugar anterior, mais afastado, mais próximo à Jody).

Após Sam falar daquele modo, se esforçando tanto para responder Bobby, com tais palavras, Dean sentiu uma pontada em seu coração, acreditando que Sam estava aceitando a mordida somente para se livrar da morte quase certa, afastou esses pensamentos de sua mente, se contorcendo um pouco, e o contato com a mão de Sam na sua, começou a queimar como fogo, o incomodando, e sabia que naquele momento, estava novamente angustiado com Sam. Na sua ilusão, criada com a atitude tão veemente, de que Sam estivesse aceitando se tornar um vampiro para passar a eternidade ao seu lado, tinha se esvaído completamente. Se xingou mais uma vez por ser sempre tão romântico, tão idealizador de sonhos, que não conseguia enxergar um palmo diante do nariz, quando se tratava de Sam. Soltou a mão dele e ficou em pé, discretamente, disfarçando seu mal estar com aquele diálogo, e a presença de Bobby quase por cima de Sam.

Dean que já estava com suas emoções bem exaltadas, não se controlou muito mais e se afastou um pouco, sentou na poltrona pequena, que havia próximo ao outro lado da cama, em silêncio, de cabeça baixa, resignado, passando todos os seus sentimentos para Ludovico, que o vigiava em cada emoção.

Sam notou o distanciamento súbito de Dean, virou sua cabeça, o procurando pelo quarto enorme, e o encontrou afastado de si, sentindo o vazio deixado por ele, pela presença dele ao seu lado, pelo toque e a segurança que estavam presentes em sua mão, que antes lhe dava suporte, e agora estava repousada diretamente na cama, onde Dean a havia deixado. Sam remeteu aquele movimento de Dean como sendo algo proposital ou porque ele se sentia de algum modo abalado com a conversa entre ele e Bobby, desvendando os sentimentos contidos em Dean, por já ter visto e ter vivido aquele mesmo jeito dele, aquele mesmo olhar ferido e distante, o que não podia mais tolerar em sua vida, nunca mais iria provocar nada daquilo em Dean, queria fazer ele muito feliz, queria fazer o seu amor sorrir sincero, ainda mais depois de toda a lição que tinha aprendido nas mãos de Gadreel e do desespero de nunca mais poder ver Dean, na suposição torturante de nunca mais poder tocá-lo novamente.

Sam estava com todos os seus sentidos e pensamentos bagunçados, pelos medicamentos recebidos e pelas dores que sentia. Mesmo não se dando conta dos traumas vividos ainda em sua mente adormecida pela dor, recolheu sua mão e colocou por cima de seu peito, tendo a visão da mesma, com escoriações e grandes hematomas encima dos dedos, lhe causando temor ao tentar se lembrar exatamente onde tinha ferido tanto sua mão, o que o levou a, curiosamente, querer olhar a outra mão, que para seu espanto não conseguia mexer, e imediatamente foi remetido a tudo que viveu, de forma intensa, em flashes com a imagens exatas em sua mente, pois saber que o motivo pelo que estava tão ferido, quase morto, como sabia, era bem diferente de reviver em sua mente, os momentos em que recebeu tais ferimentos. Todo seu martírio jogado em sua memória, o obrigava a olhar para Dean, num pedido mudo de ajuda, e fechar os olhos, sendo bombardeado cada vez mais por todas as lembranças ruins e perversas, enrijecendo seu corpo todo em resposta ao estímulos mentais que estava recebendo como uma avalanche de informações, e passou a sentir um tremor involuntário percorrer todo o seu ser. Olhou novamente para Dean, com medo de morrer naquele momento, sufocado por suas emoções e reações físicas, sem Dean ver sua real intenção com aquela sua aceitação, sentindo um frio suor molhar suas costas, e um tremor o dominar, dos pés à cabeça, que se arrepiava.

Sam: Dean.....Dean....vem aqui....fica comigo, por favor....(Olhou pedinte para Dean, querendo socorro).....fica ao meu lado....eu preciso de você....(Falou entredentes, tremendo até na voz).....Não fica longe de mim mais.....eu não quero ficar sozinho....não me deixa sozinho, sem você....(Pediu falando entrecortado pelo cansado na respiração um pouco ofegante, partindo o coração de Dean mais ainda).

Dean: Eu estou aqui.....calma...não vou a lugar nenhum.....(Voltou para junto de Sam, quase num pulo, e beijou a testa dele, que sorriu e voltou a se acalmar).

Dean pensou que mesmo com aquele sentimento de mágoa, povoando sua mente e coração, o momento era inoportuno para qualquer reação, afinal Sam precisava dele, acima de qualquer coisa. Sam se sentiu mais protegido, com Dean ao seu lado, porém ficou um pouco impaciente com a situação em aberto, causada por Bobby e procurou a atenção de Dean, com o olhar, ignorando Bobby, que bufava de um lado para outro dentro do quarto, tentando ser acalmado por Jody.

Sam: Nós poderemos ficar juntos.....(Disse, despertando todos novamente, quebrando a tensão do quarto, sorriu novamente para Dean, ficando sem forças para continuar com os olhos abertos, piscando vagarosamente a cada segundo, mas querendo deixar Dean mais tranquilo e seguro do seu amor).

Dean: Sam....é isso que você quer....tem certeza ?......Sabe, eu estou perguntando isso, por tudo que o Bobby acabou de falar....(olhou para suas mãos juntas, envergonhado).....eu não quero que pense que eu estou forçando uma barra para que aceite...(Parou de falar quando Sam lhe apertou mais a mão).....e também não quero que pense que não te dei a oportunidade de te levar a um hospital, mesmo você já sabendo das poucas chances que tem.....(Sam ergueu os dedos da mão entrelaçada a dele).....independente de sua escolha, eu estarei com você....não sairei do seu lado.

Sam: Dean.....(Tossiu fraco)......eu quero que me morda, para que eu possa viver...viver com você.....por você.....eu quero que você me aceite em sua vida....eu quero passar todo o tempo junto com você....eu não quero mais simplesmente viver, se isso significa ficar sem você....não me interessa, somente estar vivo....eu quero estar vivo para você....por isso eu preciso que me morda....por favor....meu amor.....eu te amo tanto....me aceita de volta, ao seu lado....(Soltou a mão de Dean e passou em seu próprio rosto, esfregando um pouco seus olhos sonolentos).

Dean se sentiu mais aliviado de suas dúvidas com aquelas poucas palavras de Sam, que dizia tudo que mais precisava ouvir. Palavras amorosas que esclareciam cada sentimento que, secretamente, duvidava que Sam sentisse por ele, muitas vezes, pelo menos, não na mesma intensidade que ele próprio sentia, pelas atitudes de Sam, que o machucaram tantas vezes. As vezes era difícil aceitar que Sam o amasse tanto quanto ele o amava, e que não eram mais um caso daqueles amores, onde uma pessoa ama muito mais que a outra.

Dean: (Com receio de Sam não ter visualizado a realidade de um vampiro ainda)....Sammy.....Se eu te morder, você abraçará a imortalidade como eu, e viverá eternamente jovem e saudável, mas essa imortalidade tem um alto custo para nós.....pois vemos muitas pessoas que amamos partir, nos tornamos solitários por natureza, sofremos com a solidão diariamente....a imortalidade não é garantia de um futuro feliz para nenhum de nós....muito pelo contrário.....e eu sei que compreende......(Abaixou seus olhos, disfarçando a tristeza nas suas próprias palavras)......Basta pensar em mim......em tudo que eu vivi até chegar nesse momento com você....e essa....poderá ser sua vida....você pode sofrer e chorar, sem nunca mais poder invocar a morte para seu alívio da alma....(Abaixou a cabeça totalmente, realmente pensando no quanto sofreu em sua imortalidade).....você terá que submeter a tristeza muitas e muitas vezes....além das experiências que terá de vida, como se vivesse várias vezes, em vidas diferentes....para fugir dos laços com os humanos...nosso caminho é sempre sem amigos humanos.......e tudo isso, vem acompanhado da fome e sede por sangue....sangue deles, dos humanos....sangue que vai desejar descontroladamente, como se fosse um copo de água fresca no deserto....e somente quando beber dele que conseguirá se satisfazer....e toda essa gana pelo sangue humano nos torna mais solitários ainda...é um círculo de sofrimento constante para nós....(Levantou seus olhos para encarar Sam, perdido em seus pensamentos, o olhando sério).

Sam: (Falando baixo).....Eu compreendo Dean....e sei que nunca estarei sozinho...que estaremos juntos.....e é só isso que me importa pra mim....(Respira fundo com certa dificuldade)....eu já errei demais, e agora eu tenho a chance de consertar isso tudo, eu posso te fazer feliz e quero te ver feliz novamente.....e é só isso que eu quero, amor....eu quero estar junto de você, seja como for......(Dean sorriu com as palavras de Sam, que sentia suas forças se esvaindo apesar de ter seu coração aquecido pelo sorriso de Dean)....meu amor....(Tentou dizer mais alguma coisa, mais não conseguiu tomado por um grande cansaço e falta de ar).

Ludovico: (Chama a atenção de ambos, pois percebe que Sam está ficando cada vez mais fraco)......Dean....faça logo.....ele está enfraquecendo cada vez mais......depois quando ele retornar vocês poderão se acertar como devem.....mas ele não tem muito tempo mais.

Dean encarou seu avô, esperando algum tipo de aprovação em seu semblante sério e sisudo, mas Ludovico se manteve imparcial, sem demonstrar nenhum tipo de emoção ao pedir para Dean se apressar, e certamente, aquele não era um bom sinal. Dean percebendo, tentou, rapidamente elucidar sua última dúvida, antes de transformar Sam.

Dean: Vô, o senhor está do meu lado?...(Inquiriu Ludovico, diante de seus olhos sem emoções aparentes).

Ludovico: Sempre estive do seu lado meu neto, mas minha decisão anterior se mantém, mesmo com esse humano se tornando um vampiro, não mudei meu pensamento....minhas impressões ainda são as mesmas.....e ainda bem que você voltou daquele covil do demônio sem se ferir, senão eu o culparia e eu mesmo o mataria sem piedade....(Dirigiu um olhar breve para Sam, indicando que falava dele).....e ainda permanece o que eu disse antes....como chefe dessa família e seu avô....se ele voltar a fazer você sofrer, Dean, seja por qual motivo for, ele sendo vampiro ou não, você vai se separar dele, e será para sempre.......eu não aguento mais essa situação, esse amor de vocês, onde eu sempre te vejo chorando e enfraquecido por causa dele....e quando eu falei que isso tinha acabado....eu falei sério, Dean.....Você pode não concordar, pode me odiar até....mas um dia irá compreender.....(Parou seu olhar firme dentro dos olhos temerosos de Dean).....e...vamos logo com isso.

Dean: Tudo bem....(Baixou a cabeça, triste e um pouco decepcionado com as palavras de Ludovico, mas que no fundo compreendia perfeitamente, que eram para lhe proteger somente).

Dean sentiu a mão de Castiel em seu ombro, e assim que levantou sua cabeça, o arcanjo fez um carinho com as costas da mão em seu rosto e lhe sorriu em apoio.

Castiel: (Olhou para Sam, que encarava Dean com esperança)....Dean, salve a vida de Sam, do jeito que o coração dele está pedindo....e o seu também....salve a ambos.....(Deu uma pausa, voltou sua mão ao ombro de Dean, deixou um aperto solidário e caminhou até parar ao lado de Ludovico, sem dizer mais nada).

Dean se voltou para Sam, que apesar de tudo que Ludovico havia dito, estava com um sorriso calmo e singelo, no rosto tão lindo e desbotado. Dean apertou sua mão, entrelaçando seus dedos nos dedos dele, e sorrindo de volta para Sam.

Dean: Está pronto?....Minha vida....(Acariciou o cabelo de Sam com a outra mão).

Sam: Sempre estive.....(Pausou)....Eu te amo....sempre te amei.

Dean: Também te amo, Sammy, desde a primeira vez que lhe vi....nunca se esqueça disso...do quanto eu te amo...(Beijou a testa de Sam).

Sam: Eu sempre soube que um dia você iria me transformar....acho, que no fundo, eu sempre tive esse desejo....eu sempre desejei ficar com você para sempre....(Disse antes de Dean se separar do beijo em sua testa, o fazendo parar com os lábios em sua pele, para escutar aquele sussurro fraco, e depois voltar a sua posição anterior, com uma lágrima caindo devagar por seu rosto perfeito).

Dean olhou as feições suaves de Sam, que transparecia tanta sinceridade e serenidade, que talvez nem esperasse tanta, se abismando um pouco, e também, se maravilhando mais uma vez com aquele par de covinhas, uma de cada lado de seu rosto magro e ferido, tão tímidas no momento, mas que se formavam para ele, num sorriso sossegado e confiante, encantando Dean, pela paz que lhe estava sendo transmitida por Sam, o que era muito raro, tendo em vista as brigas e desentendimentos entre eles, onde paz era tudo que Sam não lhe transmitia, ainda mais, como naquele momento, somente através de seu sorriso, como estava fazendo.

Dean: (Tocou com as pontas dos dedos o rosto de Sam, contornando seu maxilar, desenhando o formado dele, saudoso de poder admirar sua beleza de tão perto).....E porque lutou tanto contra mim ?....Porque tivemos que passar por tudo que vivemos, se desejava sempre estar ao meu lado?....(Pausou)......Eu ainda não entendo.....mas eu queria que tudo tivesse sido tão diferente....que você estivesse aqui, nesse momento porque optou por isso....sem que estivesse tão ferido, morrendo diante dos meus olhos......(Sacudiu a cabeça tentando afastar os maus pensamentos, que sua fala, poderia lhe direcionar)......Mas também não tem importância  mais.....porque o que importa para mim.....é você....só você....e o que estamos vivendo aqui, nesse momento.....(Sam voltou a sorrir bem fraco, prestando atenção em Dean com seus olhos brilhantes por algumas lágrimas contidas e um sono descomunal que lhe embalava todo o corpo).....Eu prometo, Sam, eu vou te proteger....eu serei tudo que você desejar....eu vou te ensinar a ser como um de nós.....eu vou te amar cada dia de cada ano e de cada século que vivermos....(Beijou a mão de Sam demoradamente)......pode fechar os olhos, meu amor, não quero que sinta medo....não precisa ver....basta sentir....que estarei aqui com você....(Levou a mão aos olhos de Sam, que segurou sua mão, na derradeira de suas forças).

Sam: Eu não tenho medo.....eu não tenho medo de você....minha vida está em suas mãos...eu quero te ver, amor....(Pediu calmo).

Dean sorriu, olhou em volta, vendo Bobby e Jody se encolherem num canto do quarto, com o rosto do caçador carregado, deixando claro que discordava de tudo que iria acontecer naquele momento. Viu Ludovico suspirar pesado o encarando, ainda com seu rosto indiferente, com pequenas rugas de preocupação na testa, seguiu seu olhar à Castiel, que estava de cabeça baixa, com seus profundos olhos azuis cravados num pequeno terço de contas de madeira antiga, que estava em sua mão erguida na altura de seu peito, balbuciando, de forma muda, palavras em oração, que sabia que o amigo estava orando por Sam, dentro de sua fé, o que era mais importante do que debater mais alguma coisa, e prolongar a dor de Sam, sempre em sua sabedoria e bondade de anjo.

Dean mal podia acreditar que aquele momento tinha chegado, tão repentinamente em sua vida. Nunca antes, tinha sequer pensado que seria tão breve. Imaginou, é claro, que um dia iria transformar Sam, para que pudessem viver o amor deles por muito tempo, mas diante de tantos desencontros entre eles, de certa forma, Dean acreditou que esse momento, talvez, nunca chegasse, ainda mais quando viu o repúdio de Sam por sua espécie. Mas apesar de tudo isso, sempre seria um momento muito esperado e desejado pelo lado mais profundo de sua alma. Afinal Sam era o amor de sua vida, de sua vida secular, era o amor verdadeiro, aquele que lhe fez reviver, aquele amor que aquecia seu coração e todo seu corpo, que lhe dava e tirava a razão, o amor que nunca sentiu com tamanha intensidade, e transformar seu amor verdadeiro em um ser igual a si mesmo, para que pudesse viver, e viver para sempre, viver ao seu lado, para ser mais amado por ele e se sentir amado, era muito mais do que poderia sequer sonhar para sua felicidade, para sua vida se tornar completa, como nunca antes, e tudo que tinha vivido até aquele segundo não tinha o cunho do imenso amor que lhe varava o peito, como ar que respirava, como a imortalidade que sentia em cada gota de sangue que entrava em sua boca, ao se alimentar. Sam era infinitamente maior que tudo, maior que si mesmo.

Dean abaixou sua cabeça, inclinou seu corpo sobre o de Sam, levou uma mão ao peito de Sam e a outra mão ainda entrelaçada a dele e virou o rosto para o outro lado, contrário de Sam, deixando sua transformação se completar, seus olhos serem dominados pelo vermelho carmesim, seus dois caninos superiores cresceram dentro da boca carnuda, transpassando o limite de seus lábios, que se contraíam com a força dos demais dentes protuberantes, sentindo  um frio descer em seu esôfago até chegar em seu estômago, tendo a presença de sua besta interior dentro de si novamente, a liberando de forma controlada, abandonando o verde de seu olhos, elevando sua respiração, sentindo o oxigênio rasgar sua garganta sedenta do líquido escarlate, para poder fazer sua primeira e única transformação na vida, mesmo após tantos e tantos séculos, não querendo machucar ou macular mais ainda o corpo de seu amado, tão presente em sua mente agitada pela fera, que ressurgia para salvar seu parceiro de vida, seu companheiro, como assim denominava Sam, para o lado homem de Dean.

Dean pausou seus movimentos e pensamentos após terminada a transformação, para se ater que Sam apertava suavemente sua mão, quase como uma brisa mais forte focada em um só ponto de seu corpo.

Sam: Olha para mim, Dean, me deixa te ver....(Murmurou já quase sem voz)....meu lindo vampiro.

Dean encarou Sam, com o rosto transfigurado, mas não viu nenhuma nota de temor em Sam, que o achou tão lindo como sempre foi, e que mais uma vez o encantava tanto. Sam soltou sua mão, e discretamente, repuxou a camisa do pijama para baixo, deixando seu pescoço e parte de seu peito mais amostra, naquele gesto calmo e pedinte, enquanto sorria levemente para Dean, voltando a sua mão junto para a de Dean, repousada em seu peito, lhe dando forças a prosseguir.

Dean se aproximou do ouvido de Sam e sussurrou baixinho, somente para ele ouvir.

Dean: Você é tudo que eu sempre quis.....eu vou te amar para sempre, para sempre, Sam.....(Levantou seu rosto minimamente para ver Sam sorrir novamente com suas covinhas poucas marcadas).

Dean beijou a boca de Sam, sentindo seus lábios pálidos e frios, ainda como humano, uma última vez, como Benedict havia feito com ele próprio, depois beijou seu pescoço, no exato lugar que pretendia morder, e só então, mordeu o pescoço de Sam, e encontrou rapidamente sua jugular, onde o sangue corria num ritmo mais lento, exatamente como a batida do coração de Sam, cansado e doente, e Dean sentia todas essas sensações daquele pulsar débil e inaudível. Seus dentes caninos brancos, submersos na veia funda do pescoço de Sam, em dois grandes furos que interrompiam a pele, a carne e chegava na corrente sanguínea a fluir, tomando espaço do líquido quente e viscoso dentro daquelas paredes capilares frágeis, passaram a sugar parte do líquido que insistia em chegar até aquele ponto, para manter seu curso normal, dentro do movimentos regular da circulação pelo corpo humano, porém não retornando para alimentar o coração de Sam, ao ser puxado com fervor por Dean, que sugou o sangue doce, assim como era todo o sabor de Sam, em sua pele e de seu gozo, num gosto vívido na lembrança de Dean.

Após alguns poucos minutos, Dean parou de beber o sangue de Sam, para que ele não sofresse o colapso da morte corpórea pela perda excessiva de sangue, quando sua intenção era transformá-lo. Assim, se separou do pescoço dele, deliciado com seu sabor, inebriado pela sensação de saciedade daquele sangue fresco e, imensuravelmente aprazível para si, como era o sangue de Sam. Dean ergueu seu rosto, e observou Sam, que somente possuía dois pequenos furos em seu pescoço, ambos bem delicados e diferentes da ilusão que transmitia para Dean, quando fincou suas presas no local, acreditando que lhe tinha ferido bem mais do que somente dois furos castos, o que lhe deixou bastante aliviado, porém vendo Sam com os olhos fechados, e um pequenino maneio de lábios em contentamento, quase extasiado. Pois Sam, mesmo numa nuvem de dor e entorpecimento pela fraqueza de seu corpo, sentiu aquela pequena fisgada no pescoço, após o beijo macio dos lábios de Dean, não demorando para associar à mordida, tão necessária para sua vida, para a vida do amor deles. Não houve dor, e assim que Dean se separou de sua pele, a sensação era de leveza em todo seu corpo, já em seu coração, havia fascínio e amor, o mesmo amor que o seguiu e se sustentou durante todo aquele tempo.

Dean ficou feliz com a expressão de Sam, que logo em seguida, abriu seus olhos abatidos bem devagar, e voltou a lhe encarar apaixonado, enquanto com seu canino, abria uma fenda em sua pele do próprio pulso, num corte profundo, para alcançar sua corrente principal, porém pequeno, somente o suficiente para gotejar seu sangue, que viu rodear seu pulso, até as costas de sua mão, onde formou um ponto único de gotejamento.

Dean: (Encarando o olhar puro e amoroso de Sam para si).....Abra a boca....meu amor....(Dean encostou sua mão nos lábios de Sam, exatamente no ponto onde as gotas se formavam, deixando que todas caíssem dentro da boca dele, sobre sua língua).....beba....prove do meu o sangue.

Sam passou a língua com sangue no céu da boca, e misturada a sua pouca saliva, engoliu o sangue de Dean, sentindo o gosto ferroso, depois lambeu seus lábios onde havia mais sangue e voltou a engolir. Dean recolheu sua mão, a enrolando em um lenço masculino, ofertado gentilmente por Ludovico, que se pôs ao seu lado, em silêncio, de onde tinha observado todo aquele momento.

Dean: (Passou a mão no pescoço de Sam, onde haviam os dois furos e depois contornou seus lábios com o polegar)....Tudo bem? Está se sentindo bem?....Está doendo?.....(Se preocupou, mesmo sabendo das condições do corpo inteiro de Sam).

Sam: (Com a mesma aparência cansada e fraca, e a voz rouca e muito baixa)....Tudo bem....estou bem sim....(Procurou a mão de Dean, de seu pescoço, que lhe concedeu na mesma hora).....estou com muito sono....fica aqui comigo, meu amor...(Com muito esforço, escorregou seu corpo mais para o lado da cama, saindo do meio exato como estava antes, dando lugar para Dean ficar e se deitar junto dele, fechando os olhos em seguida, para descansar um pouco).

Dean olhou em volta, e todos entenderam seu pedido de privacidade, já que estava feito, e a transformação de Sam em vampiro seria completada, sem nenhuma dúvida, após aquele pequeno ritual de passagem, de tomar e doar sangue, de tomar a vida e doar sua eternidade, assim foi consigo mesmo, em seu último suspiro de vida, através das presas de Benedict, e assim estava sendo com Sam, que também estava sendo gentilmente acolhido nos braços de quem mais lhe amava.

Dean viu todos saírem do quarto, quase que conduzidos educadamente por Castiel, restando Ludovico, parado no mesmo lugar, ao lado de Dean, que percebendo sua permanência única no quarto, com Castiel já o aguardando sair para fechar a porta, na qual mantinha sua mão na maçaneta em aviso, lhe encarou curioso e impaciente.

Ludovico: Espero que saiba o que fez.....a responsabilidade desse novo transformado é sua....ensine-o tudo que sabe....tudo que meu neto lhe ensinou....eu estarei no andar de baixo....(Disse secamente, assustando Dean com seu jeito naquele momento, um tanto forçado e rude).

Dean: (Segurou na mão de Ludovico, que se virou para sair do quarto)....Vô, eu sei que está chateado com essa situação....mas ele não vai mais me fazer sofrer....eu sinto que agora tudo será diferente....ele sofreu demais nas mãos daqueles imbecis....(Apontou para o corpo de Sam).....Olha como ele está.....ele aprendeu a confiar em mim....e não vai mais nos colocar em risco....ele vai saber respeitar o clã, lhe respeitar...(Disse de um fôlego só).

Ludovico: Dean....ele tem que respeitar a você....(Deu grande ênfase na frase)....Ele deve respeitar o seu amor por ele......(Puxou a mão presa por Dean, sem força e esfregou ambas as mãos em suas frontes laterais, como se sentisse dor de cabeça)....Não ame sozinho, Dean....por favor.

Dean: Não vou....eu sei que não...(Respondeu chateado com Ludovico).

Ludovico: Assim espero, meu pequeno, assim espero....(Se inclinou e beijou a cabeça de Dean, por cima de seus cabelos, carinhoso como sempre e saiu do quarto com Castiel lhe dando passagem e fechando a porta em seguida).

Sam: (Espantando Dean, falando mesmo com os olhos fechados).....Ele tem medo que eu te faça sofrer mais.....(Sorriu).....mas eu não vou....nunca mais....eu te prometo.

Dean ouviu Sam, respirou fundo, voltando para a paz que os envolvia, naquele quarto silencioso, retirou seus sapatos, e se ajeitou na cama, ao lado de Sam, ficando de lado para ele, que estava de barriga para cima, com um dos braços com soro e medicamentos, que vinham de uma bolsa plástica pendurada num tripé ao lado da cama, além da imobilização em seu braço deslocado, ambos postos pelos médicos, assim que chegaram no quarto.

Dean se aproximou mais do corpo de Sam e segurou em sua mão livre no meio da cama, ficou com medo de se aproximar mais e assustar Sam, depois do profundo trauma que ele tinha vivido, mas mesmo assim ficou com o rosto e o peito a centímetros de Sam, que ouvia e sentia a respiração de Dean ao seu lado, gostando da aproximação carinhosa do seu amor, tão respeitoso e sem avanços sobre seu corpo doído.

Dean: Pode dormir, meu amor....não se preocupe....tudo ficará bem....amanhã será uma vida nova para você, para nós dois.....(Disse vendo Sam ficar com o semblante cada vez mais relaxado de sono).

Sam: Dean....obrigado por me amar tanto assim....(Se entregou ao sono que o embalava tão solidariamente, enquanto sentia todas as dores de seu corpo se dissiparem lentamente).

Dean: Para sempre, Sam, para sempre.....(Viu Sam ressonar e se aconchegou mais perto ainda dele, acarinhou seus cabelos e seu rosto, depois puxou o edredom que os cobria mais para cima, na altura dos peitos de ambos, e dormiu, segurando a mão de seu amor).

 

CONTINUA.....

 


Notas Finais


Hei pessoal,

OBRIGADAAAAAA POR TUDO SEMPRE,
Tenho recebido tantos comentários cheios
de carinho que fico horas sorrindo depois que leio.

OBRIGADAAAAAAAAAAAAAAAA por só ter a AGRADECER......
BJSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS


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