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História Anjos Solitários - Wincest - O perdão


Escrita por: Takealookmenow

Notas do Autor


Olá amigos,

Desculpem a hora, mas como sempre
enrolada....kkkkk.

Perdoem o tamanho do capitulo,
mas não tinha mesmo como cortar antes.

Segue mais um capítulo,
com momentos esperados.

Desculpem os erros.

Ótima leitura !!!!

Capítulo 47 - O perdão


Fanfic / Fanfiction Anjos Solitários - Wincest - O perdão

 

Algum tempo depois, todos estavam reunidos na sala principal da mansão, arrumando suas mochilas com armas e artefatos para lutarem contra os demônios, ainda esperavam Ludovico que estava se aprontando em seu quarto. Até mesmo Bobby e Jody tinham saído do quarto e estavam presentes, ajudando na movimentação dos vampiros, comandados por Noah, que iria liderá-los na incursão ao inferno, que ficava num cemitério abandonado, conforme tinham informações.

Noah tinha a missão de conduzir a todos, e, mesmo que se separassem, durante o confronto, teria que retirar a todos em segurança e juntos do inferno, já que Ludovico era um caso à parte, tinha que se resguardar para o combate com Lucifer, e os demais vampiros abririam caminho para ele alcançar a sala do trono no inferno, onde sempre ficava Lucifer, indo de encontro ao mesmo, e por tal motivo não poderiam contar com ele na liderança, pois Ludovico estaria sozinho assim que estivesse de frente com o caído.

Noah estava confiante, apesar de sua explícita preocupação com Ludovico, e cada vez que alguém citava o nome dele naquela preparação, ele suspirava, morrendo de medo de perder seu avô, o esteio de sua família.

Sam que tinha passado o dia quase todo dormindo, assim como Ludovico, para recuperarem dos ferimentos, agora estava presente, encolhido em um canto da sala, sentado em um dos sofás próximo das janelas, e vez ou outra, olhando o mar, pausando os momentos em que era encarado por Bobby, que mantinha a fisionomia carrancuda e não trocava palavras com Sam e nem com Dean, mesmo quando foi cumprimentado por ambos, que somente respeitaram o silêncio opcional do caçador e não o questionaram pelo seu comportamento.

Devido ao descanso, assim como ocorreu com Ludovico, as marcas dos ferimentos de Sam estavam quase imperceptíveis, e seu braço, ainda na tipoia ortopédica, já dava sinais de recuperar seus movimentos, como constatou , mexendo os dedos, sinalizando que as ligações de músculos e tendões estavam sendo restauradas como era o esperado.

Não tinham tido mais nenhuma notícia sobre Castiel, mas como Ludovico mesmo havia informado, com certeza, o arcanjo estaria no lugar certo e na hora certa, quando Lucifer já tivesse para ser exterminado, tendo sido esse o plano que formularam, para não levar riscos a Baltazar, e Crowley acreditar que seu rapto e chantagem tinham dado certo, enquanto Ludovico acabava com Lucifer, Castiel recuperaria Baltazar.

Finalmente, tudo estava pronto após as cinco horas da tarde, quando Ludovico se juntou ao grupo de seus familiares.

Dean, sem delongas, se agarrou a Ludovico na despedida, mas até do que com seu pai, Noah, que entendia perfeitamente a maior ligação entre os dois. Dean não ousou chorar, nem mesmo de emoção, para não passar insegurança aos seus, mas o seu coração estava em prantos, acelerado ao máximo para poder abraçar fortemente ao seus dois grandes pilares da vida, após a morte de Benedict. Pois, senão fossem eles, Dean estaria sozinho no mundo, em desespero, por ter perdido seu companheiro de séculos, sem qualquer família ou amigos, mesmo que já estivesse trabalhando nos negócios dos Fatinelli, não teria mais nenhuma ligação maior que a profissional, e ficaria sozinho de qualquer modo, porém não foi o que aconteceu. Em verdade, Dean foi acolhido na família restrita de puros, por amor de Ludovico, que o tratou muito melhor do que a um filho, abrindo suas ordens ao clã, influenciando a todos na exceção de aceitação a um transformado, a ele, e seguida, também foi acolhido pelo resto da família como se fosse um puro, como em eles, já que era tão amado por todos, muito antes da morte de Benedict, e depois de sua partida, passou a significar tudo aquilo que o próprio Benedict significava para todos, e muito mais para Ludovico, que sempre demonstrava um carinho especial pelo viúvo de seu neto.

Após os abraços apertados e sofridos, Ludovico viu o apoio de Sam para com Dean, quando esse se aproximou devagar e esperou as despedidas findarem para poder segurar firme na mão de Dean, demonstrando sua presença ao seu lado. Ludovico sorriu e voltou para perto dos dois, antes de seguir seu caminho com o resto dos vampiros que estavam se retirando as casa.

Ludovico: (Colocou uma mão no ombro de Sam, que estava em pé ao lado de Dean no hall de entrada da mansão)....Garoto, cuide dele, por nós.....(Sam ficou tímido e sorriu fraco abaixando a cabeça).

Dean: (Apertou mais ainda a mão de Sam, e olhou para ele com esperança renovada).....Ficaremos bem, esperando que voltem rápido e a salvo.....(Beijou o rosto de Ludovico, que sorriu e se afastou, gostando muito do que tinha visto).

Assim que saíram, Dean, triste e com medo de perder seu pai e avô, sentiu suas pernas fraquejarem e foi apoiado por Sam, que o abraçou forte, dando alguns beijos em seu pescoço e rosto.

Dean: Eles são a minha família, Sam, não posso perdê-los....(Falou angustiado no ouvido de Sam, apoiando seu queixo no ombro dele, em meio ao abraço).

Sam: Eles voltarão em breve, seja forte, amor.....tudo ficará bem....(Apertou forte Dean contra seu peito, sentindo as batidas do coração dele se acalmarem lentamente, enquanto alisava suas costas o confortando).

Após uns minutos, Sam afastou Dean do abraço, sorriu para ele e o puxou para seguirem juntos no caminho da cozinha, para se alimentarem. Depois Dean ficaria de vigília em frente da mansão, coordenando todos os transformados que estavam ao redor da mesma, que ainda combatiam os poucos demônios que se atreviam a aparecer e Sam voltaria a se recolher para sua recuperação definitiva, mas antes que pudessem adentrar na cozinha, ouviram o pigarrear do velho caçador, atrás deles, querendo chamar a atenção, e pararam a caminhada, mesmo Sam querendo o ignorar por sua intransigência, em lhe aceitar como vampiro, até o momento, mesmo sabendo que Dean salvou sua vida..

Bobby: Sammy, poderíamos conversar?...(Perguntou sério, mas num tom amigável).

Sam: (Se virou encarando Bobby).....Claro, já que agora você está nos enxergando....(Disse sarcástico).

Bobby voltou para a sala, de cabeça baixa, sendo seguido por Sam e Dean. Parando no meio da mesma, onde estava Jody, sentada em um poltrona, olhando Sam com amor de sempre no olhar.

Bobby: Poderia ser só com você, Sammy?....(Olhou para Dean, que se prontificou a voltar pelo caminho que tinha feito, já se virando, porém Sam segurou em seu braço o impedindo de continuar).

Sam: O que tiver para me dizer, poderá ser dito na frente de Dean, nós somos companheiros agora, e iremos compartilhar tudo em nossas vidas, não tenho que esconder nada dele....(Sentenciou deixando Dean boquiaberto com as palavras que confirmavam a união deles).

Dean: Tudo bem Sam, eu posso te esperar na cozinha, sem problemas...(Respondeu simpático, sem querer causar mal estar entre os dois).

Sam: Não Dean, eu quero que fique ao meu lado....(Olhou com ternura).....por favor....(Dean deixou um sorriso de lado plantado nos lábios e assentiu).

Sam apontou o sofá para Bobby se sentar, e, ele mesmo se acomodou ao lado de Dean, no sofá em frente, buscando sua mão para segurar, enquanto estivessem ali, se agradando da proximidade e segurança que Dean lhe passava, sempre que tinham as mãos unidas.

Bobby: (Viu que teria que falar na frente de Dean mesmo, e olhou com atenção as mãos juntas e entrelaçadas, ambas no colo de Sam, e, continuou)....Bom, garoto, eu acho que temos que conversar sobre o que aconteceu.....(Fez um gesto com a mão, apontando para Sam).....Sobre isso que você se tornou.

Sam: “Isso”.....Vampiro, quer dizer?......(Bufou com raiva).....cuidado como fala, Bobby, porque não é só a mim que pode ofender...e nem preciso avisar que está na casa de Dean.

Bobby: (Encarou a ambos com carinho).....Tudo bem Sammy....eu não quero ofender ninguém, até porque senão fosse o Dean, eu e a Jody estaríamos em perigo com certeza....o que eu agradeço muito pela oferta de nos trazer para cá para ficarmos protegidos......(Pausou, e Sam fez um carinho terno no rosto de Dean, sorrindo apaixonado para ele como que agradecendo também e Bobby continuou)....eu quero muito que saiba que eu posso não concordar com essa sua nova vida como vampiro, com essa transformação, mas eu estou feliz que tenha sobrevivido e que esteja bem....eu quero muito que entenda o quanto isso é estranho para mim....(Sam iria retrucar, mas foi contido por Bobby que fez gesto para ele parar).....espera, eu não acabei.....eu sou um velho caçador....já cacei tudo quanto é criatura, que possa imaginar.....matei todas essas coisas que assombram os humanos.....e os vampiros sempre estiveram em meu caminho como caçador...e eu já matei muitos deles.....(Dean se remexeu no sofá incomodado com a informação, e, Sam sentiu suas emoções ficarem mais intensas e colocou sua outra mão no joelho de Dean, o acalmando)....mas agora, depois disso tudo....antes mesmo dessa sua transformação....quando aconteceu aquilo com o seu avô....eu decidi que era hora me aposentar dessa vida infeliz de caçador, e a Jody concordou comigo, nós temos nossa oficina e o ferro velho para tomar conta, e não precisamos de uma vida cheia de ameaças e perigos por todo lado....e eu decidi parar de caçar por causa do que aconteceu naquele dia maldito....em que eu vi que criaturas como vocês.....(Apontou para ambos)....também têm sentimentos e podem amar como os humanos amam....que não são todos bestas famintas atrás de sangue.....(Pausou)....eu vi naquele dia, o quanto Dean ama você, e o quanto ele era amado pelo avô dele e pelo arcanjo, que fizeram o que fizeram somente para salva-lo por amor....naquele dia eu tirei essa lição para mim....as criaturas são como os humanos, uns são bons e outros maus....(Riu sem humor)....acontece que mesmo depois que o Dean te transformou, para salvar a sua vida e por que te ama....mesmo eu já tendo o pensamento mudado, desde quando aconteceu aquilo com Samuel, eu ainda tinha essa resistência de aceitar que tudo isso chegasse tão perto de mim, através de você.....eu estava mudado, mas o coração e o orgulho bobo de caçador ainda estavam enraizados em mim.....então que resolvi pensar mais um pouco....e vi que eu sou um imbecil mesmo....que tais sentimentos não valem à pena, e, me arrependo de tudo o que eu disse....pois o que vale mesmo a pena nessa vida são as pessoas que amamos, e você continua sendo você mesmo...(Riu)......aquele molecão que ajudei a criar e que se tornou esse homem cheio de qualidades que é....apesar da teimosia e da idiotice de vez em quando....(Riu e fez Sam sorrir em meio aos olhos marejados).....e quer saber mais ?....John estaria orgulhoso de você, por ser sempre tão obstinado e sempre ter essa vontade de conquistar tudo que deseja....ele estaria muito feliz de ter um filho vampiro, mas honesto acima de tudo....(Sam recolheu uma lágrima, e Dean o abraçou de lado, acariciando seu cabelo, carinhosamente)....seu pai presava muito a sua felicidade, acima de tudo....e com certeza ele estaria satisfeito de lhe ver feliz, e é isso que você busca e já conquistou ao lado de Dean....(Olhou para Sam que concordou com a cabeça).....então é isso, perdoa esse seu velho tio, ou melhor, esse velho segundo pai....que eu quero muito que continue sendo meu Sammy de sempre...eu te amo garoto....(Sam se levantou de imediato e abraçou Bobby)....eu te amo meu filho, nunca se afaste de nós por favor....você é minha família....(Beijou o rosto de Sam, molhado de lágrimas).

Logo Jody que assistia a conversa de pé num canto da sala, sem se fazer ser notada, se juntou em um abraço triplo, com Sam e seus imensos braços abrangendo aos dois.

Sam: Obrigado Bobby, você é meu pai sim, com certeza.....também te amo...seu idiota.....(Tirou o boné eterno da cabeça de Bobby e plantou um beijo bem no meio do topo de sua cabeça, sendo mais alto que ele).

Bobby: (Tossiu sem graça, afastou o abraço, sorriu para Sam e para Dean, que os encarava sentado no sofá, feliz por ver Sam mais aberto e contente)....Então agora que estamos bem....você vai ter me ensinar uns truques desse negócio de ser vampiro aí....(Ajeitou o boné torto que Sam tinha deixado, e deu um tapinha na barriga de Sam, que gemeu dolorido ainda).....ui....desculpe eu esqueci.....(Riu alto)....perdão filho.....(Pausou e viu Sam voltar para o lado de Dean, que ria vendo a cena toda).....então acho que vou ajudar o pessoal....(Puxou Jody pela mão)....até mais para vocês dois.....(Deu um tchauzinho e saiu da sala em direção a sala de jantar onde estavam servindo sangue aos vampiros que estavam de vigília, e se pôs a ajudar na tarefa, com o rosto corado e feliz, assim como Jody que mesmo chorosa, mantinha um imenso sorriso.

Sam se abraçou a Dean, repassando a ele sua alegria de retomar sua qualidade de filho junto a Bobby e Jody, sinceramente, mais aliviado e mais leve.

Dean: (Apertando forte Sam em seus braços espalmando sua mão gentilmente nas costas dele)...Viu, amor....que bom que Bobby mudou seu pensamento, e será bem mais fácil conviver com ele.....não vai precisar ficar magoado com ele....que sei que estava....(Separou o abraço vendo o semblante bem mais animado de Sam).

Sam: Verdade.....(Respondeu cabisbaixo mas sorrindo)....estava mesmo, ele foi muito duro com o que disse para mim antes.....mas eu sabia que dentro daquela carcaça mora um coração....(Riu e beijou Dean e o abraçou novamente, se levantando em seguida e o puxando para a cozinha).....Vem, vamos tomar sangue....(Riu).

Dean: (Riu alto)....Nossa....você está mesmo faminto....(Se colocou ao lado de Sam segurando em sua cintura e andando junto dele, ambos rindo, mesmo que no fundo do coração de Dean houvesse a preocupação latente com Ludovico e Noah).

 

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Estava uma tarde de inverno seca e com frio, todas as folhas das árvores, que rodeavam os túmulos do cemitério, haviam caído, deixando seus troncos e galhos fantasmagóricos mais destacados do que as próprias lápides acinzentadas pelo tempo, que cobria o terreno a perder de vista.

Ao longe haviam diversos mausoléus de diversas estruturas e cores de mármores diferentes, uns eram, realmente, enormes e abrigavam famílias inteiras, já os menores disputavam os olhares com os túmulos mais avantajados, por suas estátuas gigantescas que protegiam àqueles que dormiam para a eternidade. Fácil constatar as centenas de imagens de anjos espalhadas, sendo mesmo as preferidas pelos parentes dos mortos, mas havendo também aqueles que davam lugar as figuras femininas de mantos, representando santas da igreja dominante na Terra. Todo o local era um misto de ruelas em labirintos e esquinas que levavam a lugar algum, se não adentrassem em mais ruelas que jaziam em suas laterais, mais túmulos, sendo uns extremamente cuidados, polidos e limpos com esmero e outros desleixados e abandonados à ação das estações e suas intemperes.

Mais afastado, em um certo ponto do cemitério, os túmulos davam lugar, a um gigantesco terreno descampado, sem qualquer vegetação, que não fosse a grama rasteira, onde as pequenas placas demarcavam nomes em covas diretamente feitas na terra, e bem ao meio desse terreno havia um único mausoléu feito de cimento, mantido sem qualquer pintura de tinta, permanecendo o sombrio tom cinza chumbo. A entrada era composta por duas enormes colunas romanas, que margeavam um portal de ferro preto, com gradio decorado em pequenas faixas de metal com flores trabalhadas no ferro preto, que terminavam em lanças afiadas apontadas para o céu, trazendo em seu metal fundido, chapas de ferro, compondo o enorme portal, que possuía um trinco em forma de alavanca, de igual forma, gigantesco. E foi justamente nesse local que se concentraram todos os vampiros que seguiam Noah e Ludovico Fatinelli, após atravessarem todo o território do cemitério que guardava o segredo do portal para o inferno, uma passagem para o submundo que começava naquele mausoléu, logo após aquele imenso e belo portal preto, usado e criado por demônios que recolhiam as almas dos cemitérios, almas comprometidas por contratos com esses e almas desgarradas pelo pecado mundano.

Todo o local era vigiado por anjos que controlavam os abusos dos demônios, para não escarnecerem as almas puras, mas perdidas que esperavam a ida para o céu, naquele lugar, e esses tinham observado e descoberto o portal tão precioso para todos os lados, pois dava acesso para ser utilizado pelos anjos, como estava acontecendo naquele momento, pois os próprios anjos tinham repassado esse localização do portal para os vampiros e para Castiel.

Noah esperou todos se reunirem diante do portal, para passar as últimas diretrizes de como deveriam permanecer juntos o máximo que conseguissem, e acima de tudo dar cobertura entre os demônios para Ludovico chegar até o grande salão do trono de Lucifer, já que ele estaria na frente de todos junto de Noah abrindo o caminho.

Enquanto Noah falava aos seus, no frio do início da noite, com o céu despontando a escuridão, Ludovico levantou a mão para que todos prestassem atenção em alguém, que estava se aproximando, caminhando dentre as covas. Quão enorme foi a surpresa de todos, e principalmente de Ludovico ao se deparar com Castiel que andava serenamente, no terreno plano, até se aproximar deles, e encarar Ludovico, há poucos metros dele.

Castiel: Fatinelli !.....(Chamou a atenção, apesar de já estar sendo encarado por Ludovico, que ficou muito tenso com sua presença, sendo a primeira vez que se viam depois da reação de Castiel ao saber de seu amor por Baltazar).

Ludovico: A que devo a honra?....(Perguntou seco, sem tom de deboche).

Castiel: Estou aqui para presenciar seu ingresso no inferno, e lhe dizer que estarei em minutos, indo buscar Baltazar, somente dando tempo para chegue em seu objetivo, e fique de frente para o caído que habita esse antro...(Respondeu de forma concisa).

Ludovico: (Olhou desconfiado para Castiel)....Só isso....eu não posso crer que seja somente isso que veio fazer aqui.....ou estou errado.?....espero que não tenha vindo acabar o que começou na cozinha da mansão...porque aqui, não estamos junto de Dean, para pedir por mim ?.....E, afinal ainda tenho um serviço inacabado para resolver e por isso estamos aqui nesse lugar...concorda ? Se quer me matar, que seja depois disso tudo.

Castiel: Não é isso....não vou mais lhe atacar como um selvagem passional como fiz antes.....estou aqui, seja qual for o resultado de sua luta com Lúcifer, porque quero lhe pedir perdão pelos meus atos, por ter lhe ferido física e moralmente com insultos........eu me deixei levar pelo sentimento humano que engana a mente e suplanta a discórdia no amor, que transforma o medo de perder em um ato de puro egoísmo e obsessão......e isso me tornou indigno de carregar minha função de arcanjo do Senhor, mas como meu arrependimento é puro e meu coração não traz rancores, Deus me concedeu seu amplo perdão....e agora eu peço o seu....entendo que o amor que carrega por Baltazar não é sua culpa....finalmente compreendo as palavras que me disseram.....compreendo que suas atitudes forma impensadas e imaturas, por desconhecer o sentimento novo que carregava....não merecia meu julgo nublado pela ruindade do ciúme....me perdoe, Ludovico....agora compreendo....(Respirou aliviado, tendo dito tudo rápido, visivelmente ansioso).

Ludovico ficou pasmado com a situação, e finalmente, viu em Castiel, o mesmo anjo que acompanhou Dean por tantos anos, e sempre se mostrou bondoso e generoso com todos, bem diferente daquele que parecia, somente um humano, lhe agredindo na cozinha da mansão. Analisou profundamente as palavras ditas por Castiel, e não viu qualquer sinal de dissimulação, que também não esperava, sendo ele um anjo, revestido pela sinceridade natural.

Ludovico: Me perdoa você primeiro, arcanjo.....como eu já tinha lhe pedido na cozinha de Dean....e fiquei sem sua resposta....eu que peço seu perdão....(Balançou a cabeça, resignado com a situação de ambos).

Castiel: Sim, eu te perdoo por tudo que me contou, por seus atos....mas principalmente, porque o sentimento que carrega, é genuíno e puro, como somente o amor deve ser....e não se deve pedir perdão por amar....(Sorriu fraco, olhando para o horizonte).

Ludovico: Tudo bem, eu entendo o que diz....e também te perdoo Castiel, é totalmente compreensível sua reação....mas eu lhe respeito muito, e respeito a Baltazar,  não vou interferir em nada no amor de você....pode estar certo....assim como disse, eu também me arrependi de meus atos....mesmo que impulsionados por meu coração, eles foram impensados e pretensiosos.

Castiel: (Olhou o céu, e a noite que já tinha se instalado ao redor).....Então, aconteça o que for na sua luta, estamos quites, desobrigados de ódio um pelo outro, e já que amamos a mesma pessoa....lutemos também por ele....(Se aproximou vagarosamente de Ludovico, ficando frente a frente com ele).

Castiel abriu o sobretudo preto que estava usando e retirou uma espada celestial, que se assemelhava a enorme adaga, de algo em torno de meio metro, talhada, curiosamente, em grosso e reluzente metal em formado quadrado, que se afinava da parte onde a mão segurava até sua ponta. Ludovico se assustou um pouco, acreditando que Castiel talvez o fosse atacar, com o objeto, porém o olhar plácido, e o semblante manso e pacífico, o fez crer que o pensamento tinha sido insana e sem proposito. Castiel estendeu a espada para Ludovico, a demonstrando deitada em seus dois braços em riste.

Castiel: Eu trouxe a minha espada celestial para você, em sinal de paz e confiança de que a mesma lhe será muito útil, afinal nada melhor para exterminar um anjo do que essa espada. Lembre-se que Lucifer, mesmo que esse seja um espectro e um anjo caído, possui grande poder vindo das milhares de almas que consumiu.....(Ludovico delicadamente pegou a espada em sua mão, admirando o seu brilho e sua forma, sendo interrompido por Castiel)..... Use-a com sabedoria, pois essa espada, me foi herdada, e só foi empunhada uma ocasião na guerra do céu, pelo grande arcanjo Miguel, que apesar de ter se perdido em ganância, foi o maior guerreiro que já existiu dentre os anjos....e ele com essa mesma espada expulsou Lucifer para a Terra, após uma grande batalha entre os dois....ela agora é sua....desejo que fique com ela....(Entregou de vez a espada para Ludovico).

Ludovico: (Engasgou com sua emoção parada na garganta)....Obrigado Castiel, muito obrigado....nunca imaginei....muito obrigado, você realmente é um anjo digno de ser chamado como tal...(Disse extravasando sua emoção e agradecimento).

Castiel: Não precisa agradecer, selamos a paz e restabelecemos a confiança e o respeito mútuo.....apesar de nossas divergências....(Castiel estendeu a mão, que foi recebida e apertada por Ludovico, no mesmo grau de força exercida pelo arcanjo).

Ludovico: Sim.....e depois que tudo estiver resolvido.....poderemos viver em paz finalmente....é o que eu quero, tanto para os anjos quanto para os vampiros....(Apesar do coração palpitar em pensar em Baltazar ficando com Castiel no fim de tudo, sorriu desejando mesmo estar em paz)....como disse....irei lutar por Baltazar, pois apesar de compreender que o amor dele te pertence, e entendo o porquê....(Teceu o elogio, vendo os olhos de Castiel brilharem)...desejo que ele também possa viver em mundo com paz entre as espécies....desejo que ele seja feliz ao seu lado....que possam amar e usufruir das maravilhas desse planeta, em paz.

Castiel: Com certeza....Que se faça sempre a vontade de Deus...(Pausou e suspirou)....Até mais Grande hibrido, mestre dos vampiros.

Ludovico: Até mais, e te vejo em breve, arcanjo de Deus...(Sorriu).

Enfim, Ludovico soltou a mão de Castiel, que deu um assentimento com a cabeça, bem singelo, e sumiu.

Ludovico ainda sentindo a paz transmitida por Castiel, em sua presença e em sua conduta ilibada de lhe pedir perdão, e ainda lhe presentear com arma de tamanho poder e valor sentimental para si mesmo, manejou seu corpo de encontro ao grupo que lhe aguardava ansioso, recebendo um sorriso fraco de Noah, que assistiu a cena, emocionado também.

Os vampiros puros abriram os portões que simbolizavam o portal para o inferno, e logo sentiram somente o cheiro de enxofre, enquanto desciam uma escada larga, cravada na terra crua feita a partir do buraco encoberto pelo mausoléu do portal, que descia vertiginosamente pelo âmago do solo, que se perfazia nas paredes ao redor da escada, numa mistura de terra negra que clareava para um barro mais avermelhado conforme desciam mais fundo.

Não se sabiam quantos imensos degraus desceram até se depararem com o final da escadaria, em uma espécie de corredor largo, com chão e paredes ainda de terra somente, não havia luz em nenhum lugar, sendo somente iluminado por tochas acessas que os vampiros tinham levado. Em cada lado do corredor haviam várias passagens para outros corredores menores e mais estreitos, todos não passavam somente de buracos quadrados feitos na terra, sem paredes formadas e sem qualquer contenção, dando vista para as nervuras e raízes contidas no solo exposto.

Ludovico parou e analisou o caminho, tomando em seguida um dos corredores menores, presumindo que seria o certo para o salão do trono, segundo seu poder o alertava. Todos seguiram o híbrido pelo caminho, que aos poucos, se transformava em paredes constituídas de imensas rochas e pedras, havendo a modificação da temperatura bruscamente conforme avançavam, sentiam o calor chegar e se instalar na friagem do corredor, acabando com a mesma, e se intensificando a cada metro que seguiam, chegando a queimar os dedos de um dos puros que se atreveu a tocar nas pedras da parede. O cheiro de enxofre que se parecia com vinagre, dominava o lugar, porém estava mais ameno, e se misturava ao odor de carne e ossos queimados, como num centro crematório, um odor terrível e horripilante. Chegaram a uma pequena bifurcação de onde se via ao fundo de um dos corredores imensa luz, parecendo labaredas trepidantes nas paredes, e do outro corredor vinha uma luz comum, como as fornecidas por energia elétrica, uma luz branca e estática. Assim Ludovico se precipitou em seguir o segundo corredor, imaginando que se tratava de seu objetivo, já que sentia, em seu poder, que ali habitava demônios humanizados, que valorizavam coisas da terra, como o luxo, como se tratava daquele tipo de iluminação.

Tão logo adentraram no segundo corredor, e quando menos esperavam, alguns demônios surgiram em volta deles, se materializando de fumaça negra para uma forma física humanoide. Todos começaram a lutar com os demônios com tremendo fervor, sempre se protegendo simultaneamente, utilizando da armas especiais em punho, eliminando um a um, conforme surgiam, mesmo que não parassem de aparecer. Fizeram uma formação em semi círculo para lutarem. Ludovico manteve a espada angelical guardada em suas costas, sob a roupa e presa a seu cinto, e lutava com as armas que tinha, duas facas avantajadas de pura prata, uma em cada mão, que suspendia no ar e descia com vigor sobre os demônios, quando tinha a certeza de que os atingiria de forma certeira, e sem se desgastar, tanto assim que sequer se transformou como todos os outros. Ficaram em formação de um semi círculo aberto para o lado que dava ao fundo do corredor escolhido por Ludovico, de forma que esse prosseguisse, enquanto continham os demônios presentes, sabendo que se o corredor estava sendo protegido é porque havia um motivo justo.

Ludovico seguiu o plano e olhou uma última vez para Noah, em batalha, se permitindo sentir naquele segundo todo o amor que carregava por sua família, e com a força que vinha da lembrança de cada um dentro de seu coração. Caminhou passo a passo pelo corredor, sempre surgindo demônios em sua volta durante o percurso, agora solitário, já que todos tinham ficado em formação contendo a maior quantidade de demônios que o impediam de avançarem, Ludovico eliminava fácil e rapidamente a cada novo demônio que se atrevia a brotar em seu redor, e continuava avançando sem parar, até encontrar estranhamente um portal de madeira cravado em meio a parede de pedra, que tinha de um lado, somente as pedras, onde estava Ludovico e do outro lado, uma parede comum de cimento, totalmente bem acabada, o que demarcava claramente o limite entre os dois ambientes.

Ludovico diminuiu seus passos, por não ser mais importunado por nenhum demônio, assim que passou por aquele portal, e logo em seguida, admirou-se com o que seus olhos estavam acompanhando a seguir, onde o corredor se abria e se estendia em um imenso cômodo com teto muito alto. Notando que adentrara no fundo de um enorme salão, pouco iluminado com luz branca, emanada por poder de Lucifer, e com enormes paredes de pedras medievais, e assim apreciou o lugar luxuoso, coberto de tapetes e cortinas negras, e alguns detalhes em dourados, nas cadeiras de rico estofados, distribuídas pelo lugar. O salão era digno de realeza, era dividido em quatro grandes partes e portas, e ele tinha passado por uma delas, sem notar, dando ao lugar o formato de uma cruz, que trazia no centro, um enorme trono, como o de reis, e nele estava sentado uma figura humana, que Ludovico teve certeza se tratar de Lucifer, tendo em volta vários demônios, uns em forma de espectro negro, outros em formas monstruosas e indefinidas, e mais alguns em formas humanas bem vestidos e fisicamente atraentes. Ludovico teve certeza de que estava no lugar certo.

Todos voltaram seus olhares para Ludovico, assim que pisou no salão. O encaravam desconfiados, mas sabedores do objetivo do mesmo, exterminar o rei do inferno, porém nenhum deles atacou Ludovico, e se mantinham somente observando atentos, enquanto o mesmo com sua postura altiva e arrogante, se encaminhava lentamente para o centro do salão, e para se aproximar do trono ao meio.

Lucifer: Jamais poderia imaginar que os vampiros se atreveriam a invadir a minha morada....(Riu muito alto, e sua voz parecia se ambígua, falando duas pessoas ao mesmo tempo, uma praticamente grunhindo e a outra igual a uma voz humana).

Ludovico sorriu sem medo, por ter alcançado seu objetivo, pelo qual aguardou tanto tempo, para poder realizar, se aprumou e segurou a espada celestial, a sacando de suas costas, e a revelando em punho, apontada para o caído que estava sentado no suntuoso trono, naquela figura humana de um homem forte e robusto, como um lenhador, de cabelos loiros e olhos azuis em tom bem escuro, totalmente vestido em negro, em um manto, parecendo uma toga de tecido grosso, como um saco de estopa, com grossos fios transpassados, em linha e tecidos negros, que chegavam até seus pés, tendo seu fim, um tecido esfarrapado com fios partidos e lascas de tecido dependuradas, destacadas pelos pés descalços e sujos, por algo parecido com lama negra entre os dedos brancos. Além de seus pés, via-se de seu corpo, somente o rosto, o pescoço e suas mãos. Ludovico se aproximou mais, receoso por qualquer ataque de algum dos presentes que não se moviam, notando as tatuagens de letras negras que cobriam a pele de ambas as mãos de Lucifer, assim como, morriam em seu pescoço, onde pedaços das tatuagens eram vistos, como se dessem sequencia aos desenhos pelo corpo escondido por aquele manto. Tais tatuagens traziam letras e símbolos iguais aos pintados nas parede do salão, e como bem conhecia Ludovico, era armadilhas e feitiços para anjos. O rosto do caído estava com a pele descamando em ambos os lados, apresentando um estágio de saponificação como ocorre em cadáveres em decomposição, com bolhas arredondadas escurecidas em uma viscosidade anormal, trazendo aspecto repugnante e hediondo a pele do rosto, e em consonância ao vislumbre do pés sujos, Lucifer parecia algo tão repulsivo quanto o cheiro que transmutava a sua volta em odor de chorume, nauseante e asqueroso, piorado pelo forte cheiro de enxofre que voltara a dominar todo o ambiente, desde quando pisou naquele salão.

Ludovico quase repeliu a visão e o cheiro que chegavam a si, tomado pelo nojo gritante de sua presença, mas focou em seus sentimentos para prosseguir, e se postou bem ao centro do salão, próximo ao trono, frente a frente com Lucifer.

O caído rei do inferno sorria e olhava admirado com a visão do híbrido, igual a um ser humano comum, bem trajado e com traços de beleza e refinamento europeus, sabendo que por trás dessa figura pouco convencional aos padrões das espécies detentoras de grande poder, se escondia a mesma besta horrenda que já tinha se manifestado nele, e que leu na mente daqueles que a viram séculos antes, em seu esplendor. Ludovico não era, definitivamente o que aparentava ser, e Lucifer sabia disso, ele era o único que conseguia exteriorizar a besta que vivia dentro dele, que era a fusão perfeita de anjos e demônios, com aspectos da terceira espécie formada por ele mesmo, vampiro.

 

CONTINUA...


Notas Finais


OBRIGADA AMORES PELO ENORME CARINHO,

MUITO MESMO....

OBRIGADA POR TODOS OS COMENTÁRIOS PERFEITOS RECEBIDOS, AMÉM.

BJSSSSSSSSSSSSS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


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