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História Anjos Solitários - Wincest - Asas negras


Escrita por: Takealookmenow

Notas do Autor


Olá amigos.


Desculpem a hora.....vamos a mais um
capítulo cheio de emoções fortes.

Não me matem !!!

Desculpem os erros.

Ótima leitura !

Capítulo 48 - Asas negras


Fanfic / Fanfiction Anjos Solitários - Wincest - Asas negras

 

Lucifer observava Ludovico com atenção e com temor, diante da espada de Miguel em suas mãos, a mesma que o tinha obrigado a cair na Terra e se tornar um espírito das sombras, perdendo grande parte do seu poder de anjo, e acima de tudo sua beleza e sua matéria, tendo que ficar pulando de corpo humano, toda vez que o que estava começava a apodrecer, como estava ocorrendo naquele momento, e isso era uma das piores consequências de seus atos, tendo sido um anjo vaidoso com sua aparência.

A espada de metal polido, era como Ludovico. Era muito mais do que deixava transparecer, mas Lucifer sabia perfeitamente disso, e temia que a mesma estivesse sendo segura por criatura tão obscura quanto ele próprio, se antes empunhada por Miguel a espada vertia fogo vindo do poder do arcanjo, agora a mesma trazia dúvidas no que se envolveria, através das mãos de Ludovico, um monstro aterrorizante e voraz escondido dentro de uma criatura bela e mortal, como um vampiro.

Lucifer foi cortado em seus pensamentos por Ludovico, em resposta.

Ludovico: E eu jamais poderia imaginar que demoraria tanto tempo para invadir a sua morada, imundo.....já que há séculos atrás, os seus invadiram a minha....(Respondeu corajoso).

Lucifer: (Deu de ombros, encarando Ludovico, frente a ele, alguns metros de distância)....Minhas crianças sempre brincam fora do próprio quintal.

Ludovico: Suas crianças são insanas e descontroladas...bem diferentes dos meus filhos......seu maldito covarde....(Urrou para si mesmo, forçando seu aperto em torno do pomo e cabo da espada)

Lucifer: (Estreitou seu olhar atento a Ludovico e suas mãos firmes na espada).....“Filhos”......vejo que se deixou levar por seus sentimentos humanos....híbrido....mas, estou curioso, qual o motivo que me ataca? Afinal para se arriscar nas profundezas, deve haver um motivo bem plausível, presumo.

Ludovico: Estou aqui para recuperar a honra e a paz de minha família....(Bufou raivoso).

Lucifer: E posso saber porque acha que eu tirei isso de você....(Disse sério e se encolhendo um pouco a cada mínimo movimento do corpo de Ludovico em pé).

Ludovico: Um dos seus matou meu neto mais amado....isso é o bastante?

Lucifer: Sim....eu sei....assim como sei, que em seguida você matou o assassino dele, bem como matou milhares dos meus, naquele mesmo dia....te devolvo a pergunta, não acha que já teve o bastante?...(Tentou jogar com a mente de Ludovico).

Ludovico: O demônio que me tirou o coração, destroçando minha família com a perda de meu neto, morreu porque cumpria ordens suas......seu sujo.....e enquanto não foi riscado do planeta, não será o suficiente para mim...(Pausou).....aquele foi um ataque bem armado, vindo de seu comando com certeza....o verdadeiro assassino está de frente a mim....já que foi o mandante....(Gritou com ódio, mudando a cor de seus olhos para o vermelho).

Lucifer: Pode ser que sim, pode ser que não....recordar cada vez que mando fazerem alguma coisa, é bem difícil.....(Apesar do que disse, não havia tom de deboche, se manteve sério e compenetrado, bem diferente de sua primeira fala).

Ludovico: A sua falta de memória será sua ruína hoje....(Apontou mais a espada celestial, fazendo o caído se encolher um pouco mais institivamente, deixando Ludovico notar que sentia medo da espada).

Lucifer: (Sorriu com amargor).....Vejo que o arcanjo de Deus lhe deu um presentinho....a espada de Miguel....tão perigosa quanto bela.......será que Deus está de acordo com isso?....Afinal o que o arcanjo tem haver com o seu clã na terra....além é claro de ter tido um affair com um dos seus.....mas isso já não passou há tempos atrás.....(Gracejou gesticulando)......aliás o transformado que foi amante do arcanjo, tão lindo, era viúvo de seu neto, não era?......Sabe....(Se levantou do trono e deu dois passos em direção a Ludovico, o olhando intensamente, causando um desconforto interno no hibrido, que viu pela primeira vez uma postura de confronto em Lucifer, abandonando a expressão corporal de medo da espada).....Estou começando a ficar mais curioso.....a sua mente fechada não bloqueia tudo, ainda mais aqui embaixo....(Fez um gesto com o indicador rodando no ar, encarando profundamente os olhos vermelhos de Ludovico)....Posso ver que tem um outro caído em quem pensa muito...seria esse o mesmo caído que o arcanjo tomou como seu.....(Riu fraco e baixo).....Ahhh, que feio, híbrido, desejando o que é dos outros.....(Juntou suas mãos no peito, satisfeito por ter adivinhado e lido o pensamento de Ludovico).

Ludovico: (Se assustou um pouco, mais deixando sua raiva aumentar com aquilo)......Já que pode ler minha mente, porque não procura a fundo o que quer saber...você se acha tão engraçado em fazer piadas para os seus demônios?....(Mostrou os demônios ao seu redor estendendo a palma da mão para o lado).........mas você é o real motivo de piada aqui, seu imundo....(Pausou e sorriu).....você que está servindo de embuste e sequer sabe disso.

Lucifer: (Sentiu as sinceridade nas palavras de Ludovico, e voltou a olhar em seus olhos intensamente, com Ludovico fazendo questão de liberar sua mente para sua invasão, e alguns segundos depois)......NÃO !!!! Aquele verme, quem ele pensa que é para querer meu reino.....como ousa?.....Eu vou acabar com ele.......(Gritou muito alto).......Demônios!!!!!

Todos em volta de Ludovico se empertigaram para atender àquele chamado exasperado de Lucifer.

Lucifer: Tragam CROWLEY vivo ou morto !!!!! AGORA !!!....(Vociferou em alto e bom som de sua voz dúbia, fazendo vibrar todo o chão do local).

Imediatamente, vários sons abafados de estouros foram ouvidos pelo lugar, que foi impregnado de fumaça preta por todo o lado, todos os demônios ali presentes se desfizeram para ir de encontro com Crowley, conforme ordenados, assim pensava Lucifer. Sem saber, contudo, que a maioria deles já estavam ao lado de Crowley desde o início daquele golpe de ascensão ao trono. O demônio das encruzilhadas vinha, há muito tempo, corrompendo a todos, principalmente, os mais importantes e poderosos demônios para lhe apoiarem em sua saga pelo poder, e para muitos Crowley prometeu novas posições de destaques e governos na Terra, para poder conseguir o apoio irrestrito de cada um deles, o que abrangia também se fingirem de féis para Lucifer, mas surdos para suas ordens, como era o caso daqueles demônios que ali se encontravam no salão do rei, que ao ouvir o chamado e a ordem dada, somente se esconderam em bares e antros de perdição na Terra, após saírem do inferno, sem sequer almejarem qualquer busca pelo paradeiro de Crowley, a quem esperavam subir ao trono o quanto antes, pouco se importando no que Lucifer havia vociferado e no que tinham visto, o poderoso híbrido com a espada de Miguel apontada para Lucifer.

O grande salão ficou vazio, bem como Ludovico queria que acontecesse, pois sabia perfeitamente que àquela altura, Baltazar já estaria livre e protegido por Castiel bem longe de Crowley, que senão tivesse sido morto por Castiel, com certeza, seria morto por algum daqueles demônios que estavam presentes anteriormente, sem antever todas as artimanhas de Crowley junto dos demônios cegos por qualquer tipo de poder que lhe fosse oferecido.

Lucifer estava revoltado com a traição de Crowley, seu braço direito, seu faz tudo de sempre, ele que tinha ordenado que ninguém atacasse Ludovico, até que ele mesmo proferisse essa ordem diretamente, sentindo em suas entranhas o avanço dos vampiros pelos corredores e posteriormente de Ludovico, obstinado buscando o salão do trono, estava mesmo prevendo alguma coisa escondida por detrás de toda aquela demora de Crowley com o resultado da guerra contra os vampiros, e assim que viu Ludovico dentre os vampiros que invadiam sua morada, sabia que teria sua resposta, e por isso, pacientemente esperou que ele se aproximasse tanto. E quando leu toda a história na mente de Ludovico naquela fração de segundo, deixou-se abalar ao ponto de preferir pegar Crowley a ser defendido por algum poderoso demônio que ordenasse para lutar contra Ludovico, já que de toda forma não poderia ir pessoalmente até Crowley com sua forma espectral na Terra, e muito menos naquela forma provisória do corpo humano possuído, já desgastado.  O abalo foi tão profundo que nem se atentou para a espada de Miguel apontada para si, tão próximo novamente.

Ludovico: (Olhando ao redor, mostrando que estavam sozinhos para Lucifer que acompanhava seu olhar)....Então, impuro, agora somos só nós dois.....e não posso mais esperar para sentir o seu espírito deixar de vez esse planeta...(Falou se deixando dominar pelo pensamento em Benedict e pelo ódio que carregou anos por causa de seu assassinato).

Ludovico viu o olhar espantado de Lucifer, que tinha voltado para o trono, permanecendo de pé ao lado desse, sem se sentar, diante das palavras revestidas de tanto ódio ditas por Ludovico, que o fez estremecer um pouco.

Ludovico aproveitou a distância entre eles novamente estabelecida, e se ajoelhou no chão, colocando a espada ao lado de seu corpo calmamente. Tocou o chão com uma das mãos, abaixou a cabeça, invocando palavras em língua morta, começou a se contorcer, e a cor de sua pele mudar para um tom de vermelho bem escuro, quase negro. Ainda com a mão no chão, uma luz azul subiu de sua mão em contato com o solo e passou por todo o seu corpo, que começou a crescer, e se transformar em uma forma muito maior, com mais de três metros de altura, deixando as roupas de Ludovico em pedaços no chão, se rasgando, facilmente, quando os ombros enormes e largos irromperam a camisa, assim como suas pernas, com coxas fartas e pés gigantescos acabaram por deixar tudo em farrapos que se desprenderam rapidamente do corpo de Ludovico, já todo coberto daquela pele vermelha e lisa, sem pelos e nu. Levantou a enorme cabeça, e encarou Lucifer horrorizado lhe observando, suspendeu seu rosto no ar, voltando os olhos vermelhos para o máximo que conseguia erguer sua cabeça para trás, enquanto sua boca se rasgava, deixando sair presas avantajadas e pontiagudas em seus caninos e demais dentes laterais. Suas feições se tornaram completamente diferentes, em linhas disformes e quase retas como esculpido em pedra. Abaixou sua cabeça, e a sacudiu brevemente, dando um urro baixo, ao sentir suas costas sendo rasgadas pelas enormes asas negras que saíram dela e se estenderam livres e abertas, como se fosse alçar voo, porém no mesmo instante se recolheram em sua dobradura por trás de Ludovico, sendo sustentadas pelo tórax completamente definido cheio de músculos sobressaltados, expostos com precisão, assim como os músculos de seus braços e pernas. Estava completa a transformação da besta que Ludovico escondia, e a mesma se assemelhava aos grandes gárgulas que enriqueciam as lendas humanas, porém era a mistura clara da escuridão dos demônios e a luz dos anjos, ambas presentes naquele corpo imenso.

Ludovico voltou a tocar na espada de Miguel ao seu lado, se surpreendendo quando a viu ser envolvida por enorme chama azul com pontas trepidantes em tons de negro, correspondendo ao seu toque, se fundindo ao seu próprio poder e se utilizando dele para se revestir.

Lucifer até então parado, em admiração ao que seus olhos viam, deixou a pele que habitava, saindo em espírito de dentro do corpo humano, em grande quantidade de fumaça negra, que se aglomerou bem diante de Ludovico, parado com a espada em punho.

Toda a fumaça densa negra do espírito de Lucifer pousou ao lado do corpo humano putrefato no chão, e depois passou a crescer, conforme havia um pequeno redemoinho se remexendo, e assim, grandiosa criatura se formava pouco maior que Ludovico, e quase do tamanho do teto do lugar, enormes chifres laterais se firmaram, parecidos como os chifres de bode, em uma base grossa junto a cabeça que afinava conforme se aproximava da ponta, ambos dividindo o rosto sem nariz e com uma boca sem lábios, e queixo proeminente, com olhos totalmente negros, na pele puramente vermelha, num tom vivo, por ser viscosa como a dos repteis, o corpo era diferente da besta de Ludovico, era sem definições, e esguio, quase magro, longas pernas com pés iguais a de cascos de cavalo, de cor preta. Seus braços e mãos eram humanoides, e tudo liso, sem contornos algum de musculatura, e também não havia naquele ser, sexo ou mamilos em seu peito, era completamente liso nos lugares onde deveriam estar posicionados, apenas deixando parecer suas asas, sem penas, feita de pura pele da mesma cor vermelha e viscosa, e ainda eram pontiagudas, com garras negras em suas pontas, iguais aos dos dez dedos de suas mãos.

Ludovico rugiu para Lucifer anunciando seu ataque em breve, e Lucifer com sua transformação completada ergueu a mão e espalmou o chão, fazendo Ludovico balançar, em sinal de seu poder.

Lucifer: (Sem sua segunda voz, agora uma única e rouca voz saída de sua boca)....Quer lutar....vamos lutar....mas se eu deixar de existir....tudo isso aqui morrerá comigo....destruirei esse lugar....e você nele.

Ludovico: Não temo a morte, se esse for o preço pela seu extermínio...(Disse apontando a espada para Lucifer).

Dito isso, os dois se projetaram um contra o outro, num encontro de seus corpos transmutados, causando tremendo estrondo no lugar, que foi ouvido por todos os demais vampiros que ainda brigavam com os demônios nos corredores.

 

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Castiel que tinha sumido durante alguns dias após  suas atitudes impensadas contra Ludovico, por puro ciúmes, se recolhendo ao pés de Deus, implorando o seu perdão, se sentindo mal por tudo que tinha feito, e antes mesmo de abrir sua boca e confessar a Deus, seu coração já gritava pelo terrível arrependimento do que fizera. Não era sua índole, não era seu caráter e jamais seria ele mesmo. Não compreendia em todo o que tinha acontecido para ficar e agir daquela forma, somente vindo em sua mente a justificativa que cabia, ciúmes. Por tudo que Ludovico inconsequentemente havia feito por suas costas, tentando conquistar Baltazar. Seu amor, seu. Chorou sofregamente, se torturou mentalmente, se debateu, mas nada tinha sido pior do que a certeza de que tinha errado com o seu Senhor, de que tinha sentido o lhe era impróprio e indigno da presença de Deus em sua existência e em sua função, e mesmo assim se entregou tão facilmente. Deus o recolheu em seus longos braços amorosos e deu a ciência mais nítida dos acontecimentos, esclarecendo a Castiel, de que o amor não era justificável ou mesmo imbuído em culpas por quem o carrega, assim não poderia culpar Ludovico. Deus lhe mostrou que mesmo sendo uma criatura, de outra espécie, diferente das que habitavam o céu, Ludovico era aos olhos de Deus como uma criança, um inocente em se tratando de sentir amor, e foi exatamente isso que Deus mostrou a Castiel. Que em nada o híbrido tinha culpa, que até mesmo seus atos tinham sido por desconhecer e se perder na nova experiência do que era amar, até então inédito sentimento em seu coração secular.  Já tão arrependido e com essa certeza de sua própria injustiça no tratamento com Ludovico, Castiel pediu perdão a Deus, que tocou em sua mente, lhe mostrando todo o amor que tinha vivido com Baltazar, todos os momentos perfeitos e plenos em que se amaram, e trocaram aquele mesmo sentimento que habitava solitário no coração do hibrido. Deus mostrou a enorme honra e felicidade de ser correspondido no amor, como ele o era com Baltazar, sempre ao seu lado, e Ludovico nunca seria. Deus mostrou os erros para o arcanjo e o perdoou, sem dizer uma única palavra, apenas induzindo o seu mais poderoso guerreiro a um merecido descanso, na mansidão do olhar de Seu, e sob Sua proteção.

Depois de desperto ainda no céu, Castiel sabia exatamente o que fazer, e assim o fez, tendo pedido o perdão também de Ludovico, e como não havia suspeitado da fidelidade de Baltazar, diante das sabias palavras do próprio híbrido, que o alertara para que isso não acontecesse, antes mesmo de sequer suscitar a ideia, não pediria perdão a Baltazar, mas sim, o amaria cada dia e mais, valorizaria ainda mais cada segundo com seu amor, e mostraria a Deus que aprendera Sua lição, Baltazar não era sua propriedade, era o seu amor, para ser vivido, cuidado, cultivado e respeitado, não usurpado e preso como sua propriedade.

Assim que deixou o cemitério, se postou às portas da velha igreja abandonada, onde estava Baltazar, e com certeza, onde encontraria Crowley, que havia deixado a mansão e sumido novamente.

Castiel em passos calmos e confiantes, com seu amor renovado no peito, adentrou ao local em quase ruínas, já a noite, em que se via as poucas estrelas entre nuvens no céu escuro, o local estava todo no breu, com uma névoa tensa encobrindo o solo, iluminado somente por um fogo brando findo do que parecia um pequeno foco para uma fogueira, dentro do frio local, o que se justificava de certo modo. Deu alguns passos mais adiante, buscando seguir em frente e rever seu amado, resgatando-o daquele suplício o quanto antes, porém sentiu uma forte força o impedindo de prosseguir, e sem esperar, quando almejou o próximo passo, foi jogado para trás, não chegando a cair, mas seu corpo foi impulsionado de tal modo, que seus pés deslizaram pelo chão alguns metros apara trás, sem controle.

Castiel que havia cruzados os punhos em frente ao rosto, em posição de defesa, não sabendo do que se tratava, ouviu uma risada alta, o fazendo retirar as mãos da altura do rosto para se deparar com Crowley, junto a parede de fundo da igreja, a parede que ficava atrás do altar, ainda com vestígios de sua estrutura montada pela santa igreja. Como sempre, estava elegantemente vestido, todo de negro, parado em pé, mas curvado com as mãos apoiadas no joelho em sinal de galhofa pelo ocorrido.

Crowley: Hei, arcanjo, alguma coisa errada aí?.....(Riu mais alto).

Crowley depois que tinha passado longas horas sozinho nos bancos duros de madeira do salão da igreja abandona, voltou para junto de Baltazar, o encontrando sossegado lendo a bíblia, como senão estivesse preso distante de todos e em risco nas mãos de um demônio como ele. Crowley, que não estava no seu melhor humor para ficar irritando gratuitamente Baltazar, ou puxando conversas desnecessárias com o tão instruído professor, resolveu que ficaria ali, sentando a mesa, acompanhado de uma garrafa de uísque envelhecido e um bom charuto entre os dedos, lendo as magníficas notícias do mundo todo, que lhe alegravam muito, ao se deparar com desde ataques terroristas até guerras civis com armas químicas que matavam de forma indiscriminada, tendo mais almas para aumentar o seu poder, já que em breve ele que estaria ao trono sugando cada alma que entrasse em seus domínios, e em sua concepção, seria muito mais poderoso que o próprio Lucifer, afinal de contas, já tinha um corpo que funcionava muito bem, e uniria o seu poder de demônio das encruzilhadas com o poder adquirido da almas.

Não queria mais pensar na confissão que tinha ouvido sobre o amor de Ludovico por Baltazar, e aquele caído cobiçado era uma arma contra si mesmo, e assim manteve o plano na cabeça, de que teria que se livrar de Baltazar o quanto antes. Tinha que quebrar esse elo que o ameaçava, e que lhe traria problemas no futuro, caso, houvesse uma guerra verdadeira onde anjos e vampiros resolvessem perseguir os demônios por conta daquele caído raptado por si mesmo.

Castiel: O que isso significa...o que fez nesse lugar?....(Perguntou sentindo o abalo em seu corpo, com a seu interior tremendo, como se tivesse levado um grande choque, uma descarga elétrica).

Crowley: Fiz o que todo demônio esperto faria.....me precavi contra você....(Dito isso apontou para o rastro de fogo)......não percebeu?....(Fez um gesto com a mão afastando a névoa que rasteava próximo ao chão, dando visão plena do círculo de fogo, de onde pequeno foco vinha, que Castiel tinha suposto se tratar vindo de uma pequena fogueira).

Castiel: Óleo sagrado.....realmente muito esperto de sua parte, demônio....(Castiel olhou em volta do salão confirmando a extensão do círculo, que dava volta em todo o lugar, havendo uma enorme armadilha para anjos desenhada no solo, que estava fazendo efeito somente por causa do óleo sagrado dos anjos ali despejado, queimando).

Crowley riu alto novamente e sumiu em fumaça, retornado um segundo depois segurando Baltazar pelo pulso, que parecia confuso e um pouco agitado, tentando se desvencilhar da mão que o detinha fortemente.

Baltazar tinha passado longas horas lendo a bíblia sagrada, que tinha separado para si, muito interessado em absorver seus ensinamentos tão preciosos, alguns já esquecidos por si e outros interpretados de forma errada, e achou que seria um bom momento para corrigir sua compreensão sobre a palavra de Deus. Mesmo com Crowley chegando ao local, e chutando metade das coisas que via pela frente, sem dizer nada, o que também não fazia questão nenhuma de perguntar, e depois,  enchendo a cara e baforando o charuto fedorento, que se não deixaria esmorecer, e se dignava somente a levantar seus olhos cada vez que o demônio ria sozinho ou falava com ele mesmo, mas depois voltava sua atenção a leitura, sentado sobre o colchão, que lhe foi destinado, sempre mantendo a força dentro de si, pensando na paz que tinha em viver o amor de Castiel, por quem era muito apaixonado, e fazia sua concentração se elevar vertiginosamente. Até que num piscar de olhos,  Crowley sumiu de onde estava sentado, e, voltou lhe agarrando o braço sem explicações, para então ficar frente a frente com seu amor Castiel, que tinha ido naquele lugar horripilante, lhe salvar, e mesmo atordoado, estava com o coração mais leve e feliz, na certeza de que seu poderoso protetor o iria resgatar, confiando plenamente em seu superior poder em comparação ao demônio que apertava seu braço.

Castiel sentiu um frio descer por sua garganta, secando imediatamente sua boca, e seu coração se acelerar de forma descompassada e desordeira, com a simples visão de Baltazar sendo subjugado por Crowley, bruscamente.

Castiel: Não toque nele, seu lixo.....solte-o....(Ordenou com medo de Baltazar, seu amor mais precioso ser machucado).

Crowley: Hei, não vou fazer nada com seu brinquedinho....ele estava aqui esse tempo todo e foi muito bem tratado por mim.....(Soltou Baltazar que caiu sentado no chão, e se aproximou rapidamente de Castiel, quase tocando no campo de força que o impedia de se libertar).

Castiel: (Com lágrimas nos olhos de ver seu amor daquela forma, assustado e com medo por ele)....Oi, amor....que saudades.....(Baltazar se atirou no chão e Castiel se agachou perto dele, que tentava tocar com a mão erguida no campo, em desespero para alcançar Castiel, mesmo ciente do campo de força).....não, não.....Baltazar, não pode tocar aí...isso vai te machucar, se afaste...por favor....(Viu a tristeza nos olhos azuis de Baltazar).....eu estou aqui e vamos sair logo daqui, juntos.....tá bom....fica calmo, tudo vai se resolver agora.

Baltazar: Cas, eu quero ficar com você.....eu quero tocar em você.....eu preciso...(Suplicou).

Castiel: Eu sei...amor...eu sei....nós já vamos embora.....calma, por favor....(Castiel se pôs de pé novamente e encarou Crowley que ria assistindo a cena dele com Baltazar).

Castiel: Demônio....sua parte no acordo está feita.....Lucifer está fora dos confins do inferno para sempre.....liberte-o agora.....(Ordenou novamente).

Crowley: (Fez sinal com os dedos em negação)......Espera, arcanjo....eu dou as cartas aqui....eu tenho que ter certeza do que está falando....como pode me provar o que diz ?.....não posso me arriscar com Lucifer vivo por aí, depois de descobri que eu o traí.....(Sacudiu a cabeça).

Castiel: Um arcanjo não pode mentir.....(Pensou em ter que pedir perdão por isso a Deus novamente, mas internamente acreditando que naquele momento tudo já estaria terminado no inferno, confiante da vitória de Ludovico)......Lucifer foi finalmente extirpado da Terra, com a espada de Miguel).

Crowley sorriu largo, e dançou sozinho, com a mão no peito, como se ouvisse uma música lenta, se balançando de um lado a outro do grande salão, demonstrando toda sua felicidade na derrota definitiva de Lucifer, rindo sozinho.

Castiel: Solte-o logo, e pare com essa palhaçada.....apague esse fogo.....para eu poder segurar ele e sairmos daqui.

Crowley: (Despertado pela voz áspera de Castiel).....E quem me garante que não irá me matar assim que eu apagar o fogo do óleo.....(Sabia que era somente ele virar fumaça e sair do lugar, como havia programado em fazer, mas não podia perder de conseguir mais garantias).....e outra coisa....no futuro...tem que prometer que não vai me perseguir, depois de hoje, que tudo será como antes, cada espécie em seu lugar, mesmo eu comandando o inferno.

Castiel: Pare de Bobagens, demônio….sabe muito bem que eu desobedeci a Deus, indo atrás de Lucifer....e depois de hoje, talvez Deus me torne tão caído quanto  Baltazar, ou mesmo em um humano comum, sem longevidade....por castigo....(Disse tentando enganar o demônio).

Crowley pensou por um segundo e viu que o arcanjo estava mesmo certo, e sorriu novamente por ter conseguido ferrar com a vida do arcanjo de Deus além de tudo, ainda tinha conseguido essa façanha, acabar com a linhagem dos arcanjos no céu, já pensando que o arcanjo estaria destituído de seu posto e poder em breve.

Crowley: (Bateu palmas no ar).....Verdade mesmo....acho que alguém aqui que se deu muito mal né?.....(Riu alto debochando).

Antes mesmo de Castiel pedir para libertar Baltazar novamente, Crowley surgiu ao lado de Baltazar, agora em pé, próximo a Castiel, olhando o diálogo acirrado dos dois seres. Crowley, dando vazão a sua perversidade natural, e querendo humilhar Castiel, agora, não tão poderoso, começou a pôr em prática seu plano de se livrar de Baltazar.

Crowley: (Abraçou Baltazar por trás usando sua força de demônio, envolvendo a barriga dele com sua mão).....Isso me deu uma ideia, sabia, arcanjo......(Deu um beijo no ombro de Baltazar que se contorceu com nojo)......Acho que vou brincar com seu amorzinho bem na sua frente....já que não pode fazer nada......não seria legal, seria?....(Passou sua outra mão pelo peito de Baltazar, o apertando mais contra si).....afinal, esse caído aqui é bem disputado, quero descobrir o que um arcanjo e um híbrido, mestre dos vampiros viu nele....(Beijou a nuca de Baltazar, que se contorcia em seu abraço).

Castiel enlouqueceu totalmente com a cena, trazendo em sua mente tudo que tinha visto acontecer com Sam, e sabendo o quanto os demônios eram sujos e traiçoeiros, ficou totalmente desnorteado, cheio de raiva dentro de si, muito mais ainda por ter relembrando o seu problema com Ludovico.

Castiel: Solte ele agora !!! (Gritou exasperado).

Crowley: (Se apertando em Baltazar e fazia caretas em desagrado total, assustado demais para raciocinar as palavras de que o demônio sabia sobre a paixão de Ludovico por ele, e que Castiel também parecia saber).....Acho que alguém está com ciúmes.....mas não pode fazer nada....(Riu sustentando sua farsa, mesmo não querendo tocar em Baltazar, somente dobrar de joelho o arcanjo e por consequência o híbrido, e ainda acabar com Baltazar, o que lhe traria imenso jubilo e fama diante dos demônios).

Castiel: (Olhou para Baltazar, se focando nele somente)......Escuta amor....isso não vai acontecer, eu não vou deixar....não tenha medo.....(Baltazar olhava para Castiel apavorado, deixando toda sua paz anterior se esvair rapidamente, dando lugar ao mais profundo medo daquele demônio atrás de si).

Crowley: (Riu debochado).....É mesmo....e o que o ex arcanjo pretende fazer?

Castiel: Ainda tenho meus poderes, demônio....(Castiel se concentrou  e não falou mais nada, vendo as mãos de Crowley apertarem o corpo de Baltazar contra o seu peito, o dominando).

Crowley sentiu todo o chão estremecer violentamente, largou Baltazar por impulso em se salvar, vendo os olhos azuis de Castiel em pura luz, ficou aterrorizado com o que o arcanjo iria fazer consigo, caindo na realidade, de que sua brincadeira com o caído tinha rendido um arcanjo enfurecido.

Castiel deslocou seu poder para o mais profundo que a terra embaixo daquele lugar permitia, fazendo o solo entrar em estado de terremoto, vendo tudo se mexer dentro do salão, desde os bancos de madeira, até mesmo as paredes, que pareciam enormes blocos de papelão ao invés de concreto, pois se balançavam.

Crowley: Idiota...irá matar seu companheiro, causando um terremoto?...(Gritou em meio ao balanço de todo o lugar, enquanto Baltazar tentava se afastar de Crowley e correr para Castiel, se equilibrando no chão).

Castiel: Não, ele estará protegido, agora quanto a você, não digo o mesmo....(Levantou sua mão desenhando com uma luz branca que emanava da mesma para o chão, queimando por onde tocava).

Castiel fez um círculo em volta de todo o lugar, se sobrepondo ao círculo para os anjos, impedindo o demônio de se transformar em fumaça e sumir, ainda mais levando Baltazar, como pensou que o demônio poderia fazer, já que conseguiu entender a intenção de Crowley.

Crowley: Pare com isso já, que eu liberto ele do círculo......eu estava só brincando com você, arcanjo.....não tenho interesse nesse caído, não costumo fazer essas coisas....(Olhou o chão reluzir em algumas linhas que se interligavam).....O que isso no chão?....(Ficou preocupado com o risco intenso e profundo em círculo que se sobrepunha ao feito pela armadilha e ao óleo dos anjos, conseguiu agarrar o braço de Baltazar novamente).

Castiel: (Respondeu calmamente).....Está começando a ficar com medo demônio?.....Eu quero Baltazar comigo, livre, agora......e já que está demorando em atender minha ordem.....te apresento uma armadilha para demônios....para você.

Crowley no mesmo instante mentalizou em sumir levando Baltazar, sendo impedido justamente pelo círculo já formado no chão com imensa estrela no meio e os encantamentos gravados nos espaçamentos entre as pontas da estrela.

Crowley: Me deixe sair que te devolvo seu companheiro....(Gritou com medo, sentindo o chão parar de tremer e alguns pedaços das paredes laterais desabarem)....eu não irei reagir se me libertar também....(Manteve Baltazar preso segurando em seu punho).

Ao mesmo tempo que a terra parava de tremer, grande parte da estrutura do lugar desabava, assim como a terra levantava do chão, misturada com escombros do solo revestido de cimento, agora voando pelos ares em grandes pedaços, em volta de Castiel, porém não adentrando ao círculo que protegia Baltazar e até mesmo Crowley.

Castiel: Esse círculo de óleo sagrado não vai me deter....nem que eu tenha que escavar ao centro da Terra para conseguir entrar nele e pegar Baltazar....então, demônio.....acabe com isso agora, senão eu irei acabar com você de qualquer forma....rompa o círculo da armadilha de anjos, apague o fogo do óleo sagrado e eu deixarei você sumir daqui.....eu quebrarei a armadilha de demônios feita especialmente para você, e te libertarei.

Crowley mesmo com medo de se aproximar na linha que dividia o círculo de óleo sagrado, ele o fez em uma das laterais, mas longe possível de Castiel, e ainda segurando Baltazar pelo braço com força para ele não escapar, apagou a chama que ardia no óleo sagrado com o seu poder, e raspou o círculo da armadilha de anjos. Restando somente a armadilha de demônios ser rompida por Castiel, para se libertar.

Crowley: Vamos logo com isso, arcanjo, sua vez....me deixe ir....que deixarei o professor seguir seu caminho.....(Sacudiu de leve o braço de Baltazar, que olhava fixamente para Castiel).

Castiel com a mesma luz que emanava de sua mão, riscou o chão sobre a armadilha para demônios gravada, fazendo desaparecer o círculo perfeito em volta da armadilha, quebrado seu poder.

Crowley se viu livre, sorriu debochado, puxou um pequeno punhal da manga de seu blazer e cravou nas costas de Baltazar, se certificando que o mesmo perfurasse irremediavelmente o pulmão do caído, ao mesmo tempo que deixava parte de sua essência em fumaça negra invadir o furo do punhal na pele de Baltazar, entrando em seu corpo e em sua corrente sanguínea, o tornando o mais impuro possível para Castiel não poder salvá-lo, um truque que havia aprendido observando a movimentação da mansão, e escutando pelos cantos, quando alguém comentou que o arcanjo não conseguiu aplicar seu poder de cura em Sam por causa da impureza do contato com os demônios.

Castiel viu Crowley puxar o corpo de Baltazar contra o seu uma última vez, e ouviu o caído gemer alto, como que ferido, mas não conseguiu ver o que Crowley tinha feito nas costas de Baltazar, e somente quando viu o corpo dele amolecer e ser empurrado contra o chão pelo demônio, que sumiu em seguida, conseguindo escapar, que percebeu o punhal fincado nas costas do seu amor, que o olhou estendendo a mão em pedido mudo de socorro.

Castiel: Meu Deus, não, não, não....por favor, meu Deus não......(Correu desesperado para Baltazar caído ao chão).

 

CONTINUA....


Notas Finais


OBRIGADAAAAAA !!!!!!

MUITO OBRIGADA POR COMENTÁRIOS E
MAIS DO QUE NUNCA ME DIGAM O QUE ACHARAM,
POR FAVOR.....KKK.....MILHÕES DE BJSSSSSSSSSSSSSSS !!!!!!!!!!!!!!!


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