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História Anjos Solitários - Wincest - A morte e o renascer do amor


Escrita por: Takealookmenow

Notas do Autor


Olá amigos,

Esse capitulo é o divisor de águas, digamos assim,
aqui começa a história dos lindos.

E sim....tem reencontro nesse.

Eu gostei tanto de Ludovico que criei uma figura que na minha cabeça o define muito bem,
é o ator Michael Fassbender. Não é só porque ele é lindo, mas é porque ele tem traços
característicos com a aristocracia européia, assim como vejo Ludovico. O que justifica sua imagem na ilustração
do capítulo, ok. Para quem não se lembra, ele foi o Magneto Jovem de X Men First Class.

Desculpem os erros. Desculpem o capítulo enorme, mas não tinha mesmo como dividi-lo.

Espero que gostem. Ótima leitura.

Capítulo 5 - A morte e o renascer do amor


Fanfic / Fanfiction Anjos Solitários - Wincest - A morte e o renascer do amor

 

Bobby Singer havia pedido para Sam se encontrar com ele, logo após sair do bar de Helen. O garoto saiu do alojamento da faculdade, às pressas em direção a casa do seu tio, diante do chamado agoniado dele ao telefone.

Assim que Sam entrou na casa de Bobby, foi recebido por ele com um semblante preocupado, e antes mesmo de dar a volta na chave da fechadura da porta, a campainha tocou.

Bobby: Meu Deus, olá Samuel. A que devemos a honra...(Riu para o velho companheiro caçador que estava a sua frente).

Sam: Vô, que saudades, quanto tempo. (Sam o abraçou apertado).

Samuel Campbell era avô de Samuel Winchester, pai de sua mãe, e um dos caçadores de maior renome, e um dos mais temidos, por esse motivo, seu nome tinha sido uma homenagem a ele, feita por sua filha falecida.

Samuel era diferente dos outros caçadores, ninguém gostava de admitir, mas ele sempre adotava meios escusos nas suas caçadas, manipulando humanos e criaturas para alcançar seu objetivos, era sem escrúpulos, e isso incluía, seu neto Sam, assim como tinha sido com seu genro, John, onde ambos já tinham sido alvos de suas especulações e envides.

Bobby desconfiou na mesma hora que viu Samuel, de seus reais motivos naquela visita, que, inexplicavelmente, foi concomitante a de Sam. Sabia muito bem os métodos utilizados pelo caçador e nunca concordara com eles.

Todos se sentaram a mesa, onde Jody estava colocando o jantar, acrescendo mais lugares, e durante o jantar, Bobby não falou o que tanto desejava com Sam, que já estava ficando ansioso e não mediu as palavras.

Sam: Então, Bobby, o que aconteceu? O que você descobriu que te deixou assim, apreensivo. (Bobby o olhou de modo reprovador, mas sabia que Samuel iria descobrir de qualquer modo o motivo da conversa).

Bobby: Sam, é sobre Castiel Novak e Dean Fantinelli. Mas podemos falar disso depois, vamos aproveitar a visita de seu avô. (Viu a curiosidade nos olhos de Samuel).

Samuel: Ah, que isso Bobby, pode falar, estamos em família, né mesmo. E o que interessa a Sam, sempre é do meu interesse também.

Bobby: (Se deu por rendido)....Bom...eu descobri algumas coisas e confirmei outras.....(Pausou, respirou fundo)....Castiel Novak é mesmo o arcanjo de Deus, o único no céu, e como te falei o poder dele é ilimitado, não há meio conhecido para caçá-lo ou prendê- lo, nem sabemos como o arcanjo pode morrer, se é que ele morrem, e com um simples gesto ele consegue exterminar uma população inteira. Ele é muito poderoso, e um dos motivos que ele anda sobre a Terra é coordenar os anjos que estão espalhados no mundo todo....bem...e o outro...é que ele...ele se apaixonou por Dean Fantinelli...e eles tem ou tiveram um relacionamento amoroso...mas o que importa é que o arcanjo é louco por ele até hoje.

Sam se levantou com um sorriso no rosto, olhando entre Bobby e seu avô.

Sam: Está explicado agora, o que ele fazia na casa do Fatinelli, se passando por um amigo. Eles devem ter um caso ainda. Eu vi na cara dele que tinha alguma coisa por trás daquele interesse em mim, ele estava me estudando para saber o que eu queria lá, talvez até com ciúmes.

Bobby: Escuta, Sam, todos que se aproximarem de Dean, serão mortos pelo arcanjo, sem piedade, num estalar de dedos, que é fácil assim que os anjos matam. Então é melhor deixarmos isso de lado, vamos esquecer toda essa história de caçar o Fatinelli...como disse minha fonte....ele é intocável, pelo próprio poder dele, mas principalmente, pelo poder do arcanjo que o protege e o ama.

Samuel que até então estava calado, captou a informação completamente.

Samuel: Então, vocês estavam caçando o vampiro Dean Fatinelli ?

Sam: Eu estava, eu tenho muito interesse em artes antigas, e quando fiquei conhecendo algumas coisas sobre Dean, descobri que ele era um vampiro, eu resolvi caçá-lo ou estudá-lo melhor, que fosse. Bom, mas parece que isso acabou agora, né. Então deixa pra lá, vô....(Disse sentando novamente a mesa e voltando a comer).

Samuel: Não, não concordo em deixar para lá essas valiosas informações. Ele é um sangue suga desgraçado, ele mata humanos para beber o sangue até a última gota, temos que tentar livrar o mundo de mais esse assassino.

Bobby: Samuel, não é bem assim, ninguém nunca viu ou soube de assassinatos cometidos por ele, e até onde sabemos ele é transformado por um puro, e eles não tem mais se alimentado de humanos diretamente.

Samuel: Você, depois de velho, virou covarde? Não acredito nisso que disse. Qualquer um com presas merece ter a cabeça arrancada do corpo. Ou ele ou nós, se lembra?

Bobby: Não é covardia, mas também não entro numa luta que sei que irei perder, e ainda mais se essa luta é travada a troco de absolutamente nada. Se esse vampiro não mata humano, porque temos que caçá-lo? Não somos assassinos, não nos igualamos aos transformados ou a demônios, que merecem nossa atenção.  (Se levantou da mesa em um pulo só e gritou).

Sam: Calma, pessoal. Vô, ninguém aqui é doido de chegar perto de um arcanjo, não sabemos nem como fazemos isso.

Samuel: Sabemos sim, melhor você sabe. Se você já manteve uma conversa com ele, você já tem motivos para se aproximar novamente, mesmo que seja uma desculpa qualquer, e colher informações sobre o vampiro, para pegarmos ele, quando estiver longe do arcanjo.

Sam ficou pensativo, analisando se isso seria possível mesmo. O seu interesse inexplicável em Dean era muito maior que seu medo e respeito por Castiel.

Bobby: Você é louco Samuel, vai colocar seu único neto em risco, por informações que provavelmente não nos levarão a lugar nenhum e que nunca usaremos para nada. Entenda de uma vez, não podemos nada contra Fatinelli ou contra o arcanjo. Vamos deixá-los em paz, antes que sejamos mortos por um arcanjo ciumento e raivoso.

Samuel: Usaremos as informações para matar Dean Fatinelli.

Bobby: (Deu a volta na mesa e colocou as mãos nos ombros de Sam, desesperado)....Você não vai dar ouvidos a essas sandices que seu avô está dizendo, vai? Aquele arcanjo vai matar você, antes mesmo que você posso pronunciar o nome de Fatinelli.

Sam: Tudo bem, Bobby, vamos tentar somente levantar mais informações com eles dois, para usarmos contra outros vampiros transformados, sem a intenção de tocar no Fatinelli, por enquanto.

Bobby: Não faça isso, filho, os vampiros são séculos mais espertos que você. E o arcanjo pode ler sua mente, e não sabemos nem metade dos outros poderes que ele possui, não podemos arriscar. Não faça isso, por favor.

Samuel: Já chega Bobby, você já disse o que pensa, mas Sam é meu neto, e mostrou isso agora, vamos seguir o plano dele, por enquanto. Primeiro, ele vai tentar se aproximar do Fatinelli, o que deve esbarrar no arcanjo, e assim ele tira algumas informações dos dois.

Bobby: E você acha que será fácil assim? O arcanjo tem a idade do mundo e o vampiro deve ter séculos, eles vão saber na hora que Sam entrar por uma porta que existe um caçador no meio deles. Isso se já não sabem, depois que Sam manteve uma conversa com o arcanjo, bem suspeita. Com certeza já levantaram todas as informações a respeito dele.

Samuel: (Sem argumentos)....Vamos tentar.

Bobby: Por favor, Sammy, não faça isso, você vai ser morto por eles.

Sam: Calma Bobby, concordo em tentar.

Samuel sorriu vitorioso e Bobby abaixou a cabeça, triste e revoltado, e saiu da sala de jantar, sem se despedir de ninguém.

Samuel resolveu se retirar e marcou novo encontro com Sam, mas em sua própria casa, longe de Bobby. Sam após levar o avô à porta, procurou por Bobby em seu quarto. Da porta, viu o mais velho sentando na beirada da cama, com ar preocupado e preferiu deixá-lo em paz, e conversar com ele depois.

 

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Dean já estava morando na Grécia há quase três meses, em uma casa construída na encosta de Santorini, uma ilha ao sul do mar Egeu, um lugar paradisíaco. Da casa, um tanto mais simples que suas mansões, via-se o mar de um azul único e maravilhoso da varanda. Que era o cômodo que mais gostava daquela casa de dois andares, mas pequena, com o andar térreo com duas salas, banheiros e cozinha, que dava acesso a um pequeno quintal de pedra branca com uma pequena piscina no meio, e o andar de cima com três suítes e um escritório pequeno, onde em uma das suítes havia essa varanda que dava vista ao mar azul royal, e foi justamente a escolhida para ser seu quarto, enquanto estivesse ali. E onde estava nesse momento, preguiçosamente, deitado numa espreguiçadeira, olhando o mar, recuperando seu estado de paz de espírito naquele dia um pouco nublado, e por isso o permitindo ficar exposto a céu aberto, sem proteção em seus olhos e pele.

Dean: Senti sua falta. (Disse ao notar a presença marcante de Castiel em pé atrás de si).

Castiel: Também senti a sua falta, Dean.

Ficou um breve silêncio.

Castiel: Espero que tenha me perdoado.

Dean: Você não cometeu nenhum erro que mereça pedido de perdão.

Castiel: Posso voltar então?

Dean: Duvido que tenha estado longe, em algum momento.

Castiel sorriu, pela perspicácia do amigo, e andou até ele e sentou ao seu lado, numa cadeira de ferro que fazia conjunto com outras três, na decoração daquele ambiente. Dean, sem se levantar, procurou a mão do amigo e a segurou, sem retirar os olhos do mar.

Dean: Eu amo você Castiel, mesmo que não me entenda, amigo. Não fuja de mim, eu só tenho você para me acompanhar.

Castiel: (Ainda de mãos dadas ao vampiro)....Por enquanto.

Dean: (Olhou para o arcanjo sem entender)...Como assim ?

Castiel: Eu estava recolhido ao céu, tinha que entender tudo que estava acontecendo comigo, tinha que entender esse amor que sinto por você e o que isso estava me afetando de alguma forma, por tudo o que aconteceu desde que nós terminamos. E agora sei, que o híbrido não mentiu, quando disse que eu não te contei sobre Sam porque estava querendo te separar dele, muito mais do que acatar sua vontade de se manter longe. O híbrido não pode ler minha mente, ninguém pode, ele leu isso na sua mente, e, deduziu tudo o mais nos meus atos. Ele estava certo, Dean. Você precisa se libertar para o amor, deixar que outro te acompanhe pela vida.

Dean soltou a mão do anjo e se sentou melhor aconchegado, de frente para Castiel.

Dean: Você ficou com ciúmes de mim? Não precisa, sabe disso, não sabe?

Castiel: Fiquei Dean, não só com ciúmes, por você vir a se aproximar dele, mas também fiquei com remorso, eu poderia estar tirando a sua chance de voltar a amar.

Dean: (Se levantou e andou de um lado para outro)....Cass, eu fiquei três meses no castelo, ouvindo todo mundo dizer a mesma coisa. Noah e Sophie tentaram me convencer a procurar por ele, os próprios pais de Benny, e sem falar de Ludovico que ficou batendo na mesma tecla quase todos os dias, até Margareth ligou para o castelo para falar comigo e se meteu nessa conversa, dizendo para eu dar uma chance ao amor. E que saber....CHEGA !!!...Eu não quero mais ouvir isso, de ninguém. (Se sentou e colocou as mãos em sua cabeça com os braços apoiados nas pernas).

Castiel: (Se abaixou entre as pernas de Dean, e segurou firme em suas mãos)....Olha pra mim, Dean....(Dean o olhou sério)....você tem que tentar ser feliz, de alguma forma...Não quero brigar com você, mas me escute por favor, porque eu te amo, que vou te falar isso...(Dean ficou prestando atenção a Castiel)....Benedict não vai mais voltar, acabou.

Dean balançou a cabeça em negação e deixou vir as lágrimas em seus olhos, enquanto Castiel pausava, esperando ele lhe voltar a atenção para si.

Castiel: Nada que você fizer ou sentir vai trazê-lo de volta, Dean. Sentir saudades é normal, e eu nunca duvidei que você o amava, acho que ninguém irá duvidar disso. Basta olhar em seus olhos para ver Benedict. Até hoje, depois desses quase cem anos da morte dele. Eu fico lisonjeado que você tenha me permitido tocar em você, viver um pouco do meu amor com você, mas nem eu ou a memória de Benedict podemos fazer você feliz.

Dean: Cass, eu queria poder te amar como você me ama, seria tudo tão mais fácil.... (Passou a mão no rosto de Castiel e suspirou triste).

Castiel: Dean, isso tudo é passado, nós somos passado, assim como o que viveu com Benedict. Ele amou você, desse jeito único que vocês tem de amar, ele venerou você, e talvez nunca ninguém vá te amar, como ele te amou e como ele te fez feliz. Mas você não pode deixar de viver, até mesmo, o que o próprio Benedict viveu com você, quando ele foi despertado para o amor verdadeiro e tomou você para ele, sem barreiras. E agora, você foi despertado para o seu amor verdadeiro, e não quer vivê-lo. Entende? Acho que nem mesmo Benedict iria ficar feliz de lhe ver triste, de ver que você se acovardou para a vida e para o amor verdadeiro, do jeito que ele nunca fez. Se ele tivesse feito isso, vocês jamais teriam vivido um amor tão lindo juntos.

Dean: Eu sei Castiel, eu vou pensar no que me disse.

Castiel: Não tenha medo, eu irei te ajudar.

Dean: Obrigado Cass. Vem, fica comigo hoje....(Puxou as mãos de Castiel o levando para dentro de casa, indo para a cozinha para se servirem de alguma bebida refrescante no calor da Grécia)...me conta o que fez esse tempo todo lá em cima, vai. Estou curioso.

 

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***Lembranças de Castiel***

No dia da morte de Benedict.

Tudo aconteceu quando alguns vampiros transformados, comandados por tio de Benedict, irmão de seus pais, chamado Enzo, foram atacados por demônios, durante um dos conflitos de guerra entre os humanos, onde tinham ciência também das lutas entre as espécies que se estendiam há anos na Terra.

Numa época sombria, onde não se reconhecia o respeito e a paz, e os humanos guerreavam entre si, promoviam grandes batalhas pela independência de países separatistas da Europa, na chamada Guerra da Segunda Coligação, em 1801. A França, com seus soldados estavam atacando a Costa italiana, perigosamente se aproximando do castelo, com uma armada pelo mar. Ludovico resolveu soltar seus comandados para se fartarem dos soldados, ainda em seus navios, enquanto Enzo e os demais vampiros, protegiam o castelo por terra. Porém não contavam com a presença de alguns demônios dentre os franceses, que aguardavam as almas comprometidas para serem levadas à Lucifer.

Os demônios que agiam por impulso, simplesmente se meteram na matança realizada pelos vampiros, os atacando sem nenhum propósito, somente por causa de uma distante guerra das espécies, que ainda vigorava. Haviam demônios nos navios e entre os soldados que atacavam por terra, e com isso, os vampiros foram recuando de volta ao castelo para se protegerem, sob o comando de Enzo, que ao se ver regredindo em seu intento, se trancou com os transformados no castelo, convocando à luta Benedict, e por consequência Dean, que protegiam o lugar e as mulheres vampiras, Liah (Mulher de Ludovico), Sophie e Margareth.

Tudo aconteceu quando Noah estava muito fora do castelo, a mais de mil quilômetros dali, tentando  conter os avanços de novas tropas francesas que se esgueiravam pelo mar Adriático da Croácia, e se encontrariam em portos espalhados pela costa italiana, incluindo uma esquadra destinada a se unir com os que já estavam em Amalfitana, e Noah tinha a missão de comandar um grupo de transformados e destruir essa esquadra, evitando que se unissem a que estava parada na costa ao lado do castelo.

Quando estavam por adentrar no Castelo, Enzo e os demais foram surpreendidos com bombardeiros vindo dos navios na encosta, fazendo o castelo tremer, ameaçando a desmoronar, levando consigo toda sua estrutura. Ludovico sentindo o abalo que se fez em sua morada e com medo por sua família, seguiu sozinho voando para os navios, e enquanto matava um por um, humanos e demônios, viu outros soldados e demônios invadirem a frente do Castelo com tochas e catapultas que lançavam bolas de fogo para dentro do castelo.

Os demônios eram difíceis de matar, devido a serem necessárias armas especiais que os expulsassem dos corpos possuídos, e poucos vampiros possuíam em mãos essas armas, em sua maioria, espadas e facas. Aos poucos, os transformados sucumbiram sem forças, para combaterem os poderes demoníacos que se apossavam de seus corpos, enfraquecidos pela batalha, os obrigando e intuindo suicídios, assim restando somente os puros.

Ludovico, em agonia, lutava cada vez mais rápido, voraz e furioso nos navios, completamente sozinho, sendo alvejado, esfaqueado e golpeado, sem parar nenhum minuto de atacar, sentindo dores excruciantes, mas quebrando os pescoços de todos humanos soldados, e matando os demônios, com uma única faca especial que matava os seres possuídos e os demônios em espírito. Ludovico também conseguia exterminar os demônios simplesmente dizendo palavras na língua antiga, para que começassem um frenesi corporal seguido de combustão espontânea nesses, exaltando os poderes concedidos pelo sangue dos anjos em si. Muitos se jogaram ao alto mar, em desespero, já havendo fogo em todos os navios parados na costa, por causa daqueles corpos em chamas que se alastravam.

Parte do Castelo estava em chamas, quando Dean ordenado por Benedict escondeu as vampiras mulheres numa pequena embarcação amarrada nos porões quase submersos do castelo. E quando voltava para a parte da frente do castelo viu Benedict e Enzo lutarem ferozmente, e foi agarrado por um demônio, que diferente dos outros demônios, não o queria matar, queria o afastar de Benedict. Dean se libertou e passou a ser perseguido pelo demônio que o segurava a cada passo que dava, mesmo lutando, não o conseguia matar, estava desarmado, não conseguia se ver livre do demônio, vendo a sua frente Benedict ser imobilizado por vários demônios ao mesmo tempo, e Enzo cair com uma espada de aço grosso atravessada de um lado a outro em seu tronco, que não o matou, mas o deixou sem reação por algum tempo. E quando voltou o olhar para Benedict, ainda correndo em sua direção, o viu ser golpeado com um punhal certeiro em seu coração por um demônio que saiu detrás de outros vários, tendo ainda alguns demônios segurando seus braços e pernas. Benedict lançou seu último olhar ao seu grande amor e caiu de joelhos no chão, e, imediatamente, abriu um clarão dentre os demônios, que estavam ao redor.

Nesse momento, Dean sabia que Benedict iria morrer, gritou estrondosamente pela noite, varrendo o som de todos os barulhos que se faziam presentes, sendo seu clamor ouvido por Ludovico, que em asas e voltou ao castelo, vendo seu neto de joelhos em seu derradeiro suspiro, caindo e sendo agarrado por Dean.

Ludovico teve a visão ofuscada pelo quadro a sua frente, seu neto amado caindo morto. Olhou ao redor tudo pegando fogo, seu outro neto desacordado com a espada em seu corpo, e cerca de cem humanos e demônios em silêncio, após o grito de desespero de Dean, ele sabia que aquele milésimo de segundo de quietude iria acabar e voltariam a atacar, e certamente matariam Dean, sem que esse reagisse, diante da morte de Benedict, sabendo que ele iria preferir morrer ao lado de seu neto.

A dor da perda de seu neto e de ver Dean urrar em sofrimento, cruzou sua mente, e deu vazão a todos os seus poderes de uma vez só, se transformando numa besta colossal, aterradora e disforme, de asas negras e corpo muito maior que o normal de um humano, com a pele em tom vermelho escuro, assim como seus olhos ficaram em puro sangue, projetou suas presas enormes para fora de sua boca, suas roupas em farrapos somente lhe escondendo a nudez, arrancou sua camisa rasgada de seu corpo, mostrou o peito nú, completamente musculoso e definido, e enormemente crescido de forma desproporcional.

Ludovico e o híbrido deixaram de existir e deram lugar, a fusão materializada de anjo e demônio, em suas formas originais, colocou suas enormes mãos e garras no chão, e todo o local tremeu, fazendo todos caírem no solo, se colocou na frente de Dean e Benedict que jazia em seus braços, e os arrastou com a ponta de uma de suas asas negras, à um canto do muro, sem fogo e sem demônios ou humanos, claramente os protegendo, assim como puxou Enzo por seus pés para junto deles. Todos observavam boquiabertos, em total terror, em pânico. A besta se aproximou perigosamente do centro, daquele terreno, entre o muro e o castelo, abriu suas enormes asas negras, fazendo esvoaçar tudo a sua volta, fazendo quase todo o fogo se apagar rapidamente, se elevou acima do solo, em torno de meio metro, parando no ar, gritou palavras inteligíveis e um fogo azul brotou em volta de todo o lugar, em um enorme círculo marcado pela chama rala e que não passava de dez centímetros do chão, que se retraía em direção a ele, engolindo a todos, em um círculo que se fechava, cada vez mais, indo de encontro à besta que mantinha suas mãos elevadas ao céu noturno, junto de suas asas, controlando o poder. Assim que o fogo azul tocava no humano ou demônio, instantaneamente, o ser era pulverizado, virando uma leve poeira que se desfazia no ar.

O círculo só parou de se fechar, quando chegou ao redor de Ludovico, que instintivamente, tocou o chão com seus pés desnudos, observou em volta, vendo somente o demônio que cravara o punhal no coração de seu neto, que mesmo tocado pelo fogo do círculo, não foi atingido, assim como Dean, Benedict e Enzo. O demônio estava atordoado sem saber porque tinha sido poupado e estava sozinho de frente para horrenda criatura, que lembrava os gárgulas, só que em tamanho de dez vezes maior do que aqueles retratados em estátuas.

A besta se virou, mirou novamente Dean sentado no chão com Benedict em seus braços, viu as lágrimas que desciam no rosto sujo pela foligem, vendo as mulheres vampiras se aproximarem deles, já aos prantos, viu Enzo tentar retirar a espada que lhe atravessava o corpo. Viu descer do céu, Noah que tinha voado de volta ao castelo assim que pressentiu o perigo rondar sua família, deixando o destacamento de transformados atacando sozinhos a esquadra que avançava em alto mar. Noah que ainda no caminho tinha sentido a morte de Benedict, e mesmo assim prosseguiu, e ali diante da besta que tomou o corpo de Ludovico, viu seu filho morto atrás desse, e se deixou cair sem forças no chão, chorando e puxando os próprios cabelos, em arrebatamento por sua dor.

Não se contendo mais, a besta rugiu e gritou, a plenos pulmões, assustando a todos, ao redor, e seu grito e sua dor foi sentida por todos os vampiros, puros e transformados, por todos os anjos e por todos os demônios que estavam na Terra, ao redor do mundo. Sustentou as mãos no ar, e as uniu, olhando fixamente o algoz de Benedict, que pós as mãos na cabeça em clara agonia, e a besta foi contorcendo suas mãos juntas, acompanhando os gritos de dor que o demônio sentia, e em seguida, foi separando as mãos bem lentamente, assistindo o corpo do demônio ser separado em duas partes, a partir de sua virilha até chegar na cabeça, demorando a morrer, naquela tortura, vendo a si mesmo ser rasgado em dois. Nem mesmo o espírito negro havia sido poupado, e sofreu junto a matéria, preso pelo poder de Ludovico sobre si.

Todas essas imagens passaram nas mentes de todos os vampiros até aquele derradeiro final, das duas partes de carnes caindo ao chão e sendo queimadas por uma chama azul intensa, não restando absolutamente nada, nem matéria e nem espírito. Assim a vingança pela morte de Benedict estava concluída ainda naquele mesmo ato.

Mesmo ainda transformado na besta, puxou Noah para si, e o abraçou, o confortando, e deixando esse gritar e esbravejar em seu peito. Aos poucos foi voltando ao normal. Até ambos se levantarem e se juntarem ao pequeno grupo que chorava e gritava descontrolados em volta de Dean e Benedict.

Todas as lembranças foram vistas na mente de Dean, muito tempo depois.

***Fim Lembrança de Castiel***

Castiel olhava Dean dormir tranquilo quando se lembrou de tudo que aconteceu e na morte tão traumatizante de Benedict. Tanto que somente após cerca de cinquenta anos que Dean se permitiu ter um novo relacionamento com ele, e depois de muito ele se declarar e insistir.

A morte de Benedict para Dean foi um divisor de águas, já que sabia viver somente debaixo de sua proteção e amor. Se deixando ser cuidado e idolatrado pelo vampiro puro.

Dean não era um fraco, e lutou corajosamente ao lado de Benedict muitas vezes nas guerras entre as espécies. Pois toda a educação e ingresso nas artes das armas e lutas, Dean aprendeu, assim como Benedict tinha sido educado, Dean também o foi. Benedict fez questão de que ele tivesse todas as mesmas oportunidades de estudos que ele mesmo teve. Benedict fez Dean desenvolver seus poderes gradativamente, coisa que muitos transformados não tinham a chance de saber, e com isso se tornou bem mais poderoso que muitos iguais a ele.

Benedict estava sempre o incentivando e o colocando para se aprimorar em tudo, desenvolveu em Dean o amor pela leitura e pelas artes, assim como toda a família amava e admirava, muito mais que o próprio Benedict, que preferia ser um guerreiro em defender o clã e os de sua espécie do que ser um grande negociante, como Dean aprendeu a ser. Essas pequenas diferenças só faziam se amarem mais ainda, pois Benedict tinha muito orgulho do garoto camponês que mal sabia escrever o seu primeiro nome e tudo que lia, era juntando as sílabas de cada palavra que se tornou em um grande vampiro, letrado e com profundo refinamento, enquanto Dean amava ser protegido e fazer amor com seu guerreiro de braços fortes e peito largo.

Castiel se levantou da beirada da cama, de onde olhava Dean, fechou os olhos, se lembrando de quantas vezes ouviu Dean dizer os motivos de amar Benedict. Muitas vezes sentiu que nunca conseguiria superar esses motivos, e um dos grandes problemas enfrentados no relacionamento deles, também tinha sido por ele encarar o passado e o amor de Dean como uma disputa com o fantasma de Benedict, além dos ciúmes que feriam seu coração.

Castiel deu um beijo no rosto do homem que amava.

Castiel: Eu te amo. (Sussurrou no ouvido de Dean e sumiu no ar).

 

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Sam olhava pela janela, incrédulo, para o homem que estava parado do outro lado do gramado do campus, apoiado em uma árvore, ao lado de um carro Lexus LS 460, elegante sedan preto, enquanto estava dentro da sala de aula, no terceiro andar do prédio. Tinha sido surpreendido pela visão quando resolveu se sentar em uma carteira na beirada da janela, para mais uma aula entediante que não prestaria atenção em nada, como vinha acontecendo desde que seus únicos pensamentos estava voltados para o homem misterioso da festa.

Quão enorme foi a falha na batida de seu coração, quando o viu ali parado, tão perfeitamente lindo quanto se lembrava, vestido elegantemente com calça social preta, camisa social branca e jaqueta de couro pesado preta, com óculos escuros que lhe escondiam os olhos, e de cabeça baixa, mas seu coração não se enganaria, era ele.

Sam nem pestanejou e saiu correndo da sala, ouvindo ao longe o professor lhe chamar, mas não se voltou, ficou desesperado apertando, um milhão de vezes, o botão do elevador, e não conseguiu ficar esperando e desceu as escadas correndo, pulando vários lances de uma vez só, e ao chegar ao térreo, saiu, como se corresse uma maratona pelo corredor, até alcançar a porta de vidro enorme da entrada do prédio e ele ainda estava lá, no mesmo lugar. Parou, respirou fundo, e desceu o pequeno lance de degraus para seus pés encostar no gramado, e andar em direção a seu objetivo, sentindo palpitação e tremor nas mãos. Até ficar de frente para ele, que levantou a cabeça e o encarou, com semblante sério.

Dean, na manhã seguinte, após a volta de Castiel, tomou a decisão, que tanto lutou por não fazê-lo, de procurar por Sam Winchester, mesmo que ainda não tivesse certeza do parentesco com o rapaz, ele tinha que tentar, no mínimo tirar a prova de seus sentimentos tão fortes por ele, e quem sabe o conhecer. Colocou na cabeça que se aproximar não justificava se envolver com ele, e resolveu que seria melhor dar aquele pequeno passo, depois de tanta luta consigo mesmo e da fuga para Itália e para a Grécia.

Ainda dentro do avião, Dean acreditou estar cometendo uma loucura, e quase pediu para arremeter e voltar ao aeroporto grego, mas assim que pensou em se levantar, sentiu a mão de Castiel entrelaçando seus dedos nos dele, e, sem dizerem nenhuma palavra, seguiram o resto da viagem juntos. Castiel não o deixaria desistir, estava claro. Se instalou na mansão de Connecticult novamente e se arrumou sem muito esmero, pensava ele, e seguiu para a faculdade, e como um simples humano esperaria o final das aulas, para achar Sam, apesar de já ter sentido onde ele estava, assim se pondo em frente ao prédio correto. Nervoso, sentindo o suor frio molhar sua camisa, apesar do frio cortante do inverno, com o coração dando pulos no peito.

Dean: Olá, tudo bem? (Disse, tomando a iniciativa, já que Sam estava parado na sua frente sem nada dizer por um longo tempo, já o deixando mais nervoso).

Sam: Oi...(Se concentrou no iria dizer, apesar do medo de tudo ser uma ilusão idiota de sua cabeça)....Você lembra de mim? (Queria morrer por ter perguntado aquilo, mas não se conteve).

Dean: Sim. Sam Winchester. (Sorriu buscando o sobrenome do caçador e o seu próprio).

Sam: Então, quem é você?....Desculpe...melhor...qual o seu nome? Você não me disse naquele dia da festa....e eu fiquei esse tempo todo tentando descobrir...saber quem era você....(Não conseguia nem formular uma frase direito, de tanta coisa que tinha para lhe dizer, que tinha se acumulado aquele tempo todo em que sonhou com aquele homem).

Dean: (Sorriu)...Então você ficou interessado em saber quem eu era? Pensou em mim durante esse tempo?....Confesso que me sinto lisonjeado...obrigado...(Disse sarcástico e sedutor, se curvando em agradecimento).

Sam: (Muito sem graça)....Desculpe...eu sou meio afobado, assim mesmo....mas realmente eu....quer dizer...você....(Enrolado)....sabe, você mexeu comigo naquele dia, e eu fiquei curioso e também....um tanto atraído por você....desculpe....é que eu não quero te constranger.....mas por favor, qual o seu nome?...Eu preciso muito saber.

Dean analisou o rosto e o corpo lindo de Sam, que estava enfiado em uma calça jeans clara, camiseta branca e uma camisa xadrex preta com cinza, com uma jaqueta de tecido surrada, tudo emoldurando seu rosto de traços finos, que deixavam seus olhos mais iguais ao tom escuro da roupa, estava num traje bem típico dos estudantes que passavam por eles, mas que não o deixava em nada menos bonito. Sorriu novamente para Sam, fechou os olhos, respirou fundo, sentindo o cheiro maravilhoso de Sam, o cheiro de sua essência, como da primeira vez, aquele cheiro de absinto suave e doce, o entorpecendo. Tinha pesando no caminho, milhões de vezes em mentir, ocultar quem era na verdade, já que Sam não o reconhecera, e também por saber do plano tolo de o caçar, mas não seria digno, e não queria parecer um mofino.

Dean: Prazer jovem Winchester...(Estendeu a mão para Sam)....me chamo Dean Fatinelli.

Sam deu um passo para trás, fazendo Dean sorrir abertamente de sua reação de medo. Sam quase engoliu sua própria língua de pavor, de estar diante do homem dos seus sonhos e de uma criatura antiga e tão perigosa, esqueceu completamente todo seu treinamento de caçador, e ficou realmente com muito medo, pois o sorriso que Dean ostentava parecia lhe transmitir a clara mensagem de que ele sabia quem era, e, pior que ele sabia de seus planos para o caçar, e até se envergonhou naquele instante.

Dean: Pela sua reação, acredito que me conhece?...(Sorriu novamente, aquele sorriso de lado, meio debochado,  recolheu a mão esquecida no ar).

Sam desesperado por causa da aproximação de Dean e sem saber o que aquela pergunta queria dizer, se ele se referia que conhecia o famoso empresário das artes ou se sabia que ele era um vampiro.

Sam: (Tentou se controlar)...Bem....eu...eu conheço você...eu sou meio que seu fã, você é um dos maiores empresários no ramo que eu admiro muito, eu sou um aficionado por artes. (Mentiu, querendo correr para longe de Dean, mesmo tendo corrido para ele antes).

Dean: Entendo, então obrigado, eu acho. (Riu mais descontraído, deixando de encarar Sam, para ele se sentir mais à vontade).

Fez silêncio, cada um com seus próprios pensamentos e sentimentos. Sam ainda atordoado e com medo, e Dean se divertindo internamente com as reações de Sam, ao mesmo tempo em que sentia algo crescendo infinitamente em seu coração, só de olhar para Sam, queria poder empurrar ele dentro daquele carro e amá-lo ali mesmo, sentir todo o gosto de sua boca e do seu corpo.

Dean percebendo que Sam nada dizia, resolveu testar até quanto Sam o queria por perto, já que visivelmente saiu da sala de aula para o encontrar, disfarçando sua respiração entrecortada e sem fôlego de quem correu até ele.

Dean: (Puxou um cartão de visitas)...Acho que vou indo, eu já terminei o que estava fazendo aqui mesmo...(Sorriu sacana para Sam sem explicar)...se quiser, me liga, quem sabe eu possa te mostrar minha galeria pessoal com algumas obras de artes, antes de retornar a Grécia. Foi um prazer revê-lo.

Sam: Grécia ? Não está mais aqui ? Foi lá que esteve durante esses meses ?...(Mais uma vez se descontrolou com medo dele se afastar e o perder novamente).

Dean: Sim, estou vivendo na Grécia por esses meses, e não tenho interesse nenhum em permanecer nos Estados Unidos...(Viu o espanto no semblante de Sam)...e a sua última pergunta, acho que se tornou pessoal demais, não acha?....(Riu internamente, pensando que o tinha decifrado somente o tratando com um pouco de desprezo e grosseria, vendo ele morder os lábios ansioso).

Sam: Me desculpe, não quis parecer invasivo.

Dean: Acho que você tem esse dom, né mesmo....(Sorriu)....invadiu minha festa de aniversário, invadiu a varanda da mansão e agora, invadiu minha privacidade com suas perguntas.

Sam: Nossa...(Ficou assustado com a grosseria)... Me desculpe mil vezes, não sabia que estava te importunando tanto...(Deus as costas, com um nó na garganta)...tenha um bom dia...(Deu uns passos para longe de Dean, querendo esconder as lágrimas que já começavam a brotar no canto de seus olhos).

Dean segurou em seu braço, sabia o que iria fazer, morrendo de medo de não conseguir se conter, mas tinha que fazer aquilo, para conhecer melhor quem era Sam.

Sam se voltou, olhando a mão firme que agarrava seu braço.

Sam: Me solte !

Dean se aproximou dele e envolveu seu corpo com os dois braços passando em sua cintura, levantou os óculos escuros, e ficou encarando Sam, que se forçou um pouco para escapar, mas Dean utilizando sua força de vampiro não permitiu.

Dean: Não me deixou acabar de falar......você  também invadiu meus pensamentos e meu coração durante esses seis meses.

Dean sem dar indícios do que faria, puxou forte Sam, apertou todo seu corpo contra o de Sam, de forma possessiva, e o beijou profundamente, colocando sua língua com gosto de anis dentro da boca de Sam, acariciando a língua sem reação dele, depois passando entre seus dentes e mordendo levemente seus lábios finos, separou o beijo, abriu os olhos, deu mais um selinho nele, com carinho, depois Dean cheirou profundamente seu pescoço para sentir aquele cheiro em sua pele, que o instigava tanto, querendo o morder e o marcar, e subitamente o soltou, com medo de perder o controle totalmente. Sam ficou todo arrepiado, e Dean olhou nos olhos de Sam, que estava atônito, se afastou dele, deu a volta no carro e partiu, vendo a última imagem do rapaz totalmente entregue ao momento já findo, mas ele ainda mantinha seus olhos cerrados e passando a ponta dos dedos em sua boca.

Dean arrancou com o carro, não acreditando no que tinha feito e nem o porquê tinha feito aquilo, já que a intenção era somente conhecer Sam. Ao mesmo tempo que se recriminava, inconscientemente, imitou o movimento de Sam, passando os dedos pela boca, sentindo um leve sabor doce, e lambeu os próprios lábios. Se lembrou do perfume natural de Sam, do cheiro de sua pele, que despertava tanto desejo em si. Sorriu. Confuso, parou no acostamento, tentando manter a calma, com o coração acelerado no peito, e a respiração arfante. Colocou a cabeça no volante, se acalmando aos poucos.

Pensando no que tinha feito, friamente, veio a onda de sentimentos misturados, ansiedade, paixão e desejo por Sam, e culpa, arrependimento, saudade, respeito e amor por Benny. Se sentiu um traidor por ter maculado seu corpo com um beijo daqueles que eram destinados em igual intensidade somente a Benny. Como sentia saudade dele, seu coração parecia que iria explodir a qualquer momento. Se sentiu terrivelmente sozinho, ficou com pena de ter deixado Sam, daquele jeito, também sozinho. Gritou para ninguém dentro do carro, e em total entrega daquele turbilhão de emoções. Saiu do carro, retirou a jaqueta, sentindo o frio absurdo que fazia, para tentar se sentir melhor e gritou novamente para o mundo ouvir sua dor.

No castelo de Amalfitana, Ludovico deixou uma lágrima escapar, olhando o mar da janela de seu escritório, queria tanto que Dean fosse feliz, mas ele resistia tanto, doía se lembrar de seu olhar com Benedict morto em seu braços. Ludovico, depois de tanto tempo, queria travar uma batalha com Dean, se fosse preciso, para cumprir a promessa que tinha feito a si mesmo, de que um dia, veria um sorriso sincero de felicidade no rosto dele.

Enquanto Castiel, chorava, por motivo diferente de Lodovico, mas o mesmo de Dean, a perda de um grande amor. E continuou, como sempre, esperando o retorno de Dean, naquele dia, em sua mansão, sentado no muro da varanda que dava vista ao oceano, deixando sua face ser lavada por lágrimas.

Sam ficou alguns minutos em pé, sentindo sua alma ir ao céu e voltar à Terra em pedaços. Estava perdidamente apaixonado por aquele homem, por aquele vampiro, ao qual tentava caçar. Sabia que tinha se apaixonado no momento em o viu, no instante em que ele fugiu e deixou um imenso e descabido vazio em si, na mansão. Agora, parado ali, com o gosto dele na boca, a paixão invadiu todo o seu corpo, deixando seu rosto avermelhado e sua pele quente. Sentiu o vazio novamente se apoderar de si, pela ausência daquele corpo colado ao seu, o alvo de todas as batidas de seu coração, que tinha se afastado, sem explicação.

Era certo, agora mais do nunca, estava apaixonado pelo vampiro. Sentia uma liberdade de emoção ao reencontra-lo e pelo visto ser correspondido por ele, afinal foi isso que ele tinha ido ali fazer, se declarar de certa forma, pensava ele. Sem se importar se era vampiro ou não, se o iria caçar ou não, se viveria aquele amor com ele ou não, deixaria esses pensamentos para depois, por enquanto só queria ficar ali, exatamente ali, parado em frente aquela árvore, saboreando todo o momento do que sua paixão gritava silenciosa para sua alma, com o sabor dele na boca e o perfume dele ainda no braço onde a mão dele tocou, e a presença dele ainda sentida no seu corpo.

 

CONTINUA....


Notas Finais


Muito obrigada pelo carinho de estarem acompanhando,
meus leitores amigos.

Adoro a presença de vocês aqui, muito obrigada por acompanharem
e comentarem. OBRIGADAAAAAA.

Agora mais do nunca, peço que comentem para eu saber se estão gostando
dessa segunda fase da FIC.

BJSSSS!!!!!!


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