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História Anjos Solitários - Wincest - A luz em meio a escuridão


Escrita por: Takealookmenow

Notas do Autor


Olá amigos,

Segue mais um capítulo,
o início do fim.

Desculpem a hora.

Desculpem os erros.

Ótima leitura !!!

Capítulo 53 - A luz em meio a escuridão


Fanfic / Fanfiction Anjos Solitários - Wincest - A luz em meio a escuridão

 

Dean acordou preocupado com Sam, que durante a madrugada foi atormentado por pesadelos, e passou horas falando palavras inteligíveis e choramingando, mesmo com Dean o aconchegando em seus braços vários vezes, Sam ainda lutava contra ele, em sua inconsciência. O descanso de ambos, que era para durar cerca de dez horas seguidas, de sono, se resumiu a quase tempo algum, diante desses percalços.

O momento de quase entrega com Dean havia despertado em Sam as lembranças ruins, guardadas em seu subconsciente, e assim, logo após dormir, foi submetido a pesadelos envolvendo as cenas que na vida real tinha vivido, algo entre mãos que se arrastavam por todo o seu corpo e queimavam sua pele, mãos demoníacas e desconhecidas, e depois quase podia sentir sussurros em seu ouvido de vozes grossas, masculinas e confusas, todas dizendo ameaças e obscenidades. Sam, em seu pesadelo lutava para se libertar das mãos atrevidas que passeavam em seu corpo, alisando e apertando em todos os lugares, mas não conseguia se libertar, e acabava acordando por um vago momento, e voltava a dormir e a sonhar com as mesmas coisas, dando quase que continuidade ao desespero e agonia que sentia em ser bolinado o tempo todo por figuras obscuras e tenebrosas, que lhe causavam pavor extremo.

Somente quando o dia amanheceu, e notou a claridade adentrar ao quarto, que Sam sentiu um pouco de paz e segurança, e conseguiu realmente dormir pesado, sentindo a respiração suave de Dean em seu pescoço, deitado às suas costas, lhe aquecendo, na manhã fria, lhe apoiando com seus braços fortes em torno de seu corpo. Sam até sentiu quando Dean acordou e saiu da cama, não antes de lhe cobrir mais uma vez, e colocar travesseiros em suas costas, para que não sentisse sua falta, trazendo um sorriso de prazer ao ser cuidado com tanta dedicação, e assim, se entregou ao sono mais uma vez, pois estava exausto pela noite mal dormida.

Dean ficou o máximo de tempo possível na cama com Sam, para ter a certeza de que ele estava mais calmo e conseguiria dormir mais um pouco, e quando se levantou, bastante preocupado com Sam, mas também preocupado com Ludovico e com Noah, que devia estar precisando de descanso após a noite na vigília em seu lugar, logo, se adiantou em fazer sua higiene matinal e tomar banho para voltar a seu posto, não antes de passar no quarto de Ludovico para ver como seu avô estava, o encontrando sereno, em sono profundo, quando deu um beijo em seu rosto de pele alva na luz da manhã, e seguiu para a cozinha, até sentir uma presença há muito conhecida e amada por ele.

Dean correu na sala, de onde a certeza da presença de Castiel vinha com mais força, e assim que entrou, viu seu amigo em pé, próximo ao piano, brincando com as teclas do mesmo, passando os dedos nessas, distraído em seus pensamentos íntimos e saudosos de Baltazar. Dean se aproximou dele, e quando estavam frente a frente, que Castiel se deu conta de Dean tão perto, e esse, sem dizer uma única palavra, se jogou nos braços do amigo.

Castiel foi tomado por um forte choro repentino, se apertou no corpo de Dean, que apoiou sua cabeça em seu ombro, o mantendo firme no lugar, acariciando-o pela nuca, sentindo o seu cabelo negro e liso entre os dedos. O corpo inteiro de Castiel convulsionava no abraço de Dean, que o acalentou em segurança, até o momento em que a pernas de Castiel não suportaram mais sua frágil condição, e cedeu, levando Dean consigo até o chão, ambos se abaixaram lentamente, com Castiel chorando muito e Dean lhe dando apoio para que não caísse, envolvendo o corpo dele, menor que o seu próprio, com os braços em torno de suas costas e cintura.

Dean: (Sentado no chão, com Castiel encolhido entre suas pernas, lhe abraçando).....Oh, meu amigo, eu sei o que aconteceu com você....porque não veio até mim logo?.....Eu sempre estive aqui para lhe apoiar e lhe ajudar.....você salvou Sam, e me salvou também, tantas vezes....e eu estou pronto para lhe receber em sua dor....apesar de tudo que está acontecendo....eu sempre estou pronto para lhe confortar.....eu sempre terei todo o tempo do mundo para você.....Cas.

Castiel: (Falando com dificuldade e entre o choro).....Ele era tudo para mim....era tudo que eu tinha na vida, Dean....Porquê ele foi tirado de mim assim?....(Pausou olhando para as próprias mãos que voltaram a agarrar a camisa de Dean).....Eu não entendo....eu o amava tanto.....e agora, tenho que seguir sozinho.

Dean: Cas, eu não sei responder essa sua pergunta, não sei o porquê você tem que passar por isso, mas eu sei, meu amigo, que eu sempre estarei ao seu lado, eu sempre estarei com você.....(Disse fazendo carinho nas costas de Castiel, e o recostando mais em seu peito)....aguenta firme, agora eu não vou mais deixar você sozinho por aí....eu vou cuidar de você.....só aguenta firme....que isso tudo vai passar.....(Dean se recordou do quanto sofreu na morte de Benedict, tendo que confortar Castiel da mesma dor, que levou décadas para superar).

Castiel: (Se afastou minimamente e encarou de perto os olhos verdes de Dean).....Eu pequei contra Deus, eu O desobedeci e fui muito egoísta, eu machuquei ao Ludovico....eu fiz um monte de coisas erradas.....eu estou sofrendo tanto, Dean.....que não consigo pensar direito......(Colocou a mão na própria testa).....eu não consigo parar de pensar que eu não posso sequer sumir ou acabar com minha vida....Dean....eu não tenho nem mesmo esse direito....(Chorou mais forte ainda, voltando a afundar seu rosto no peito de Dean).....eu sei que é egoísmo meu....mas doí demais, Dean.

Dean: (Dean apertou os olhos, já nervoso com a hipótese de perder Castiel).....Nunca mais diga isso Cas, você é muito importante para o mundo, você é o único arcanjo de Deus, você é vital para os anjos.....e você é muito importante para mim....eu amo você....e não quero nada de ruim lhe aconteça, não quero ver você sofrendo assim....por favor....confia em mim....eu estarei com você....vai superar tudo isso com minha ajuda.....assim como me confortou tantas e tantas vezes......eu estarei aqui por você......e um dia a dor vai passar e vai ficar somente uma saudade boa de se sentir, se lembrará dos bons momentos.....(Pausou e suspirou pesado)........e toda vez que você se lembrar dele, ao invés de lágrimas, haverá um sorriso nos seus lábios, de tão plena a sensação de ainda o ter por perto....e eu estarei ao seu lado nesses momentos para poder te abraçar e admirar o quanto você é forte e perfeito....em superar a toda essa dor por cada um de nós..... por mim, por meu avô, pelos humanos e anjos, e até mesmo por Deus.....(Dean encheu seus olhos de lágrimas com suas próprias palavras, tamanha era a compaixão que sentia por Castiel em seus braços, sofrendo tanto).

Castiel se separou novamente para olhar nos olhos de Dean, e o vampiro lhe fez um carinho em seu rosto, deitando a palma de sua mão na face oprimida, lhe sorriu ternamente e lhe deu um beijo casto nos lábios, somente expressando sua eterna amizade a aquele ser que lhe dedicou amor por muitos anos.

O beijo foi sentido no coração de Castiel como um acalanto somente, um momento de pura ternura e conforto ofertado por Dean, não houve maldade, ou intenções amorosas no mesmo, somente uma expressão daquela amizade tão profunda. Assim que separou o beijo, Castiel sorriu em meio a mais lágrimas e deitou sua cabeça novamente no peito de Dean, o envolvendo novamente com seus braços. Ambos ficaram no chão, abraçados e unidos meio desajeitadamente, mas mesmo assim, com Dean dando apoio total ao corpo de Castiel encolhido em seus braços e peito, enquanto chorava contra seu peito.

Castiel: (Disse sôfrego baixo)......Eu te amo muito Dean...obrigado....obrigado.

Dean: Também te amo, Cas....também te amo....ficará comigo agora e para sempre....eu não vou deixar você partir....e nem sumir de perto de mim novamente....(Beijou o topo da cabeça de Castiel, o apertou contra si, aliviado por Castiel está se permitindo ser confortado por ele, como seu amigo).

Dean levantou seus olhos, apoiando seu queixo na cabeça de Castiel, cruzando seus braços no corpo menor que o seu, o protegendo, querendo extrair aquela dor do arcanjo, que nunca tinha merecido sofrer, mas desde que se relacionou com o mesmo, era somente isso que Castiel fazia, sofrer. Uma pontada de culpa lhe passou pela mente, por ter contribuindo, um dia, para o sofrimento do arcanjo, mas esse pensamento foi cortado, assim que escutou um soluço baixinho, e desviou o olhar, para se deparar com Sam no alto da escada, lhe observando, e secando seu rosto, na camisa do pijama, e, logo depois, caminhando lentamente de volta para o quarto, de cabeça baixa, arrastando seu corpo, sem dizer nada.

Dean se assustou com o que Sam poderia interpretar da cena a sua frente, e da palavras que tinham acabado de trocar, mas não largou Castiel, que era sua prioridade naquele momento, assim como Sam já tinha sido tantas vezes. Dean deixou de lado sua vontade de correr atrás de Sam, para continuar na mesma posição com Castiel, que precisava muito mais dele naquele momento.

 

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Ludovico havia acordado diferente naquela manhã, se sentindo melhor, se recordava de tudo que tinha conversado com Castiel horas antes, e, sentia uma refrigério na alma, somente por poder compartilhar com Castiel a dor da perda, sabendo que poderia ajudar e ser ajudado, por quem melhor poderia lhe compreender no mundo, querendo também doar sua própria compreensão. Castiel, em meio a dor e a solidão que lhe rodeavam, trouxe uma pequenina esperança a Ludovico, somente com sua presença e na certeza de sua permanência.

Ludovico se levantou da cama, já se encontrando com Noah, em seu quarto, lendo na poltrona. Não tardou, para o híbrido tocar no ombro de seu neto desatento pela leitura, e lhe dirigir um sorriso amigável, quase dizendo que estava tudo bem.

Noah: (Sorriu ao ver o pequeno sorriso nos lábios de Ludovico).....Hei.....(Tocou no rosto de seu avô, e passou o polegar ao lado da boca de Ludovico).....que sorriso lindo....que bom....que bom lhe ver sorrindo.....(Não se conteve pela boa surpresa da manhã e puxou Ludovico para um abraço cheio de amor).

Ludovico: Me desculpa, se eu te preocupei, meu querido....me desculpa se ainda o preocupo tanto....(Pediu sincero).

Noah: Não se desculpe por eu te amar, vô....(Separou o abraço e puxou Ludovico para o banheiro, feliz).....vamos tomar um belo banho.....e iremos tomar café na cozinha hoje?.......(Perguntou animado, mas com medo de uma resposta negativa, que não veio).

Ludovico sorriu mais uma vez, pensando que em breve encontraria Castiel, para lhe contar como sua presença tinha lhe dado paz, então, concordou com Noah, e segurou firme em sua mão, que lhe puxava, e se deixou conduzir até o box para o banho, cercado por Noah, que segurava em suas mãos e braços, com cuidado, como se ele fosse de porcelana, e pudesse se quebrar a qualquer momento, arrancando mais pequenos sorrisos de Ludovico, naquele momento reconfortante, de cuidado extremo de seu neto, de quem sentia muito orgulho por ter permanecido ao seu lado firmemente, até nos momentos mais sombrios, os piores de sua longa vida, nos momentos em que sinceramente desejou morrer junto com Baltazar.

Assim que se aprumou, Ludovico desceu ao primeiro andar, enquanto Noah foi descansar, já que Dean estava pronto a assumir seu posto, mas para a surpresa de Ludovico, esse encontrou Dean com Castiel nos braços, ambos sentados no chão da sala, aconchegados um no outro, calados, ouvindo–se alguns soluços espaçados de Castiel. Dean vendo seu avô, fora do quarto, traduziu com o olhar sua alegria, sem expressar com palavras, devido ao momento de Castiel, sofrido em seus braços. Ludovico deduziu o que estava acontecendo, e em silêncio, com o coração apertado, sabendo o motivo da dor de Castiel, se lembrando de sua própria, se retirou, direto para a cozinha, onde se alimentou, pensativo na cena de Castiel se consolando com Dean, e decidiu que poderia fazer parte do momento também, e assim conseguir, apoiar mais intensamente, seu novo amigo, Castiel.

Ludovico se aproximou dos dois, ainda no chão, tocou no ombro do arcanjo, o alertando para se soltar de Dean, e assim castiel o fez, quando se deparou com a face pálida de Ludovico, lhe encarando com ternura no olhar.

Ludovico: (Estendeu a mão ao arcanjo).....Vem comigo, Castiel.

Castiel confiando no olhar carinhoso de Ludovico, gentilmente, deixou os braços de Dean, que lhe deu mais um beijo no rosto, e se segurou na mão de Ludovico, ao se levantar do chão, e seguiu o hibrido até um salão enorme na mansão, que funcionava como uma pequena galeria de obras de artes, onde Dean expunha algumas peças que mais lhe agradava, que estavam espalhadas pelo local, expostas devidamente sob pedestais e paredes com iluminação perfeita sobre cada uma das obras. Alcançaram um enorme e largo sofá, disposto como um divã, em veludo cinza jumbo, que servia para reflexão sobre uma pintura de Renoir, à frente do mesmo. Ludovico gesticulou para que Castiel se sentasse, e após se acomodarem, Ludovico admirando a pintura, viu em sua visão periférica, Castiel limpar as lágrimas que tinham molhado sua face.

Ludovico: Castiel, eu sei o que está sentindo.....(Segurou na mão de Castiel que estava em seu colo).....mas não imagino a imensidão de seu sofrimento, pois não provei do amor, não o tive em meus braços e muito menos em meus lábios....para que eu pudesse mensurar sua perda......(Suspirou).....eu te trouxe aqui, não para limpar as lágrimas, mas para que confie em mim......e se quiser chorar, eu prometo que não deixarei você se perder dentre elas.....prometo que o segurarei para que não se afunde.....(Virou sua cabeça, vendo o arcanjo o encarar sério).

Castiel: Eu sei que sim.....suas palavras são sinceras....obrigado....eu....precisava disso....(Sorriu minimamente para Ludovico).

Ludovico: E é isso que eu quero lhe dar, que eu ofereço junto a minha família....(Largou a mão de Castiel e se uniu a ele, num abraço de lado, onde Castiel se contraiu um pouco, mas logo, deitou a cabeça no ombro de Ludovico)......você me ajudou, somente com sua presença, e eu também quero poder lhe ajudar, mesmo que somente um pouco, que seja, mas eu quero muito......assim como você disse....eu preciso disso, preciso te ajudar.

Castiel: (Suspirou alto)......Eu sempre admirei sua força e determinação.....e acho que isso não vai mudar......mesmo tendo visto o quanto está quebrado..

Ludovico: Você não está diferente de mim, e também admiro seu coração puro e bondoso....algo que desconheço sentir, desde quando eu era um humano comum, e apenas um garoto com sonhos bobos na cabeça.

Castiel: (Sorriu terno)....Eu nunca ouvi ninguém falar sobre sua época de humano, e muito menos você mesmo.....gostaria de ouvir sobre isso....quem sabe assim eu possa o entender melhor....quem sabe eu compreenda o que fez você se apaixonar por Baltazar....(Olhou Ludovico e sorriu).

Ludovico: É possível que me entenda melhor, do que eu mesmo.

Castiel: Então me conta....esse momento pode aliviar meus pensamentos......e nossas dores.

Ludovico: Não é o melhor momento para isso, e nem sei se é o melhor jeito de fazer com que se sinta melhor....mas podemos tentar....gosto de sua companhia...(Sorriu de lado e viu Castiel retribuir o sorriso, mansamente, se aconchegando no calor do corpo de Ludovico, como precisava sentir acolhido).

Castiel e Ludovico ficaram sentados juntos, com o braço de Ludovico acolhendo protetoramente os ombros de Castiel, que estava com a lateral de seu corpo encostada em Ludovico, que contava pausadamente sobre seu passado, como nunca o tinha feito, nem mesmo com os seus filhos e netos.

Ludovico se entregou plenamente ao momento de confiança, querendo cativar em Castiel, o sentimento de amizade por ele mesmo, para que pudesse a seu modo, o confortar. Já Castiel ouvia a tudo com imenso interesse, em conhecer Ludovico, notando, como Deus disse, a boa intenção dele em tentar lhe distrair um pouco de seu fardo, e estava conseguindo fazê-lo com sucesso, pois Castiel se perdia nas histórias, que lhe arrancavam alguns sorrisos tímidos e também olhos marejados, associando algumas vezes o real motivo de estarem naquele lugar, e, com quem estava, se recordando de sua dor, mas se apartando dela, a cada novo lance da infância e juventude de Ludovico como ser humano, inocente para os males do mundo e inocente o bastante para cair nas garras da ciência, que lhe fez apaixonar por conquistas vazias, que não engrandeceram em nada seu espirito, e por muito ao contrário, o fez se perder, e principalmente, cair na desgraça de Deus.

 

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Dean após deixar Castiel sair com Ludovico se sua presença na sala, não se conteve em procurar por Sam, antes de vigiar a casa no lugar de Noah. Foi ao quarto dos dois, se deparando com Sam encolhido na cama, de costas para a porta, com o corpo todo coberto, e ao se aproximar, notou que o mesmo estava bem trêmulo e que chorava baixinho com o rosto enterrado no travesseiro. Dean pensou no motivo óbvio para aquele momento, e sabia que enfrentaria mais uma crise de ciúmes de Sam com relação a Castiel, assim se deitou novamente, colando seu corpo nas costas de Sam, que se retesou completamente com o contato, causando medo e estranheza a Dean.

Dean: (Passou a mão pela cintura de Sam, e o puxou para si, mesmo com ele endurecendo todo o corpo).....Que foi meu amor?....Porque está chorando?

Sam: Eu quero ficar sozinho Dean...por favor....(Pediu baixinho, se sentindo muito triste e com ciúmes, com a cabeça povoada de dúvidas e receios)....só um pouco.

Dean: Eu não vou te largar, enquanto não falar comigo, Sammy....(Pausou)......Vamos lá.....eu sei que ficou com ciúmes do Cas....mas não precisa....ele é meu amigo, e está sofrendo demais a morte do companheiro dele....eu só estava dando apoio a ele....afinal, a dor dele me entristece também....espero que entenda......não preciso repetir para você o quanto nós somos ligados e amigos...(Falou com calma e paciência).

Sam ouviu tudo que Dean disse, com o coração apertado, pois sua mente não acompanhava o quanto se sentia pressionado por toda sua situação atual, sabendo que não poderia nunca mais falhar com Dean, pairando sobre sua cabeça a ameaça de Ludovico, tendo que se recuperar de seus traumas o quanto antes para não destruir seu relacionamento com Dean, assim pensava, e agora tinha Castiel, que triste pela morte de Baltazar, tinha buscado Dean, que foi seu grande amor um dia, para se apoiar, com laços tão estreitos, muito mais fortes do que os laços que ele próprio tinha com Dean, o que poderia resultar em um retorno do relacionamento deles, já que ele mesmo não estava em condições de se entregar plenamente a Dean. Sua mente estava uma bagunça, ao pensar tudo isso, e não queria ferir Dean, nunca mais, como tinha prometido.

Sam: Você beijou ele.....eu vi....você beijou ele na boca, Dean....(Disse chorando).

Dean: (Se apertou em Sam).....Sammy, foi um beijo inocente, eu estava muito envolvido pela tristeza dele, e eu amo muito o Castiel, queria que ele se sentisse amado por mim.....mas tudo como seu amigo....amigo de verdade.

Sam: Eu não posso ser para você, o que ele é.....eu nunca poderei....(Recomeçou a chorar mais forte).

Dean: Sam, vocês são diferentes, são amores diferentes....cada um tem seu lugar na minha vida e no meu coração.....você é meu amor, minha paixão, minha razão de viver.....ele é meu melhor amigo, um amigo de longa data, ele me acompanhou por séculos, e eu o fiz sofrer muito já.....e me corta o coração vê-lo sofrer de novo....você não tem que competir com ele....porque você tem seu lugar e ele o dele....não se misturam dentro de mim.

Sam: (Engasgou com o choro, e Dean ficou fazendo carinho em suas costas).....Ele pode te reconquistar....porque eu estou assim, desse jeito...(Gesticulou apontando para si mesmo).....eu não consigo fazer amor com você....e minha cabeça é uma confusão só....essa noite mesmo eu tive esses pesadelos com as coisas que aconteceram comigo....e eu não sei quando eu vou parar de pensar nisso....e você não tem que me esperar....eu não quero te prender de alguma forma....e ele pode tudo que eu não posso....ele está muito mais próximo de você que eu....e...(Foi interrompido, em sua fala rápida e atrapalhada).

Dean se afastou de Sam, surpreso pela dedução errônea e apavorante dele.

Dean: Não, não diga isso, nunca mais.....eu estou com você, eu quero só você.....e eu vou te esperar o tempo que for.....eu jamais buscaria em qualquer outra pessoa para me satisfazer sexualmente, quando o dono da minha alma está sofrendo de alguma forma....eu nunca conseguiria fazer sexo com qualquer outra pessoa, porque eu só quero poder fazer amor com você novamente....eu vou te esperar, eu vou cuidar de você com paciência e amor, até que se cure de seus medos....(Fez Sam se virar de frente para ele, e enxugou as lágrimas do rosto dele).....ah, Sam, não sinta medo por causa dessas coisas....não faz o menor sentido....eu te amo, meu corpo ama somente o seu corpo, a nenhum outro, eu desejo você, eu só quero você, meu amor.

Sam tentou fugir das mãos de Dean, sem explicação, e Dean o segurou pelo pulso, antes que ele pudesse se levantar da cama, como almejou fazer.

Dean: Onde vai?

Sam não respondeu, se soltou, fugindo até do olhar de Dean, e, se trancou no banheiro, chorando desesperado, fora de controle, com suas emoções em ebulição dentro do peito e sua cabeça doendo de tantos pensamentos que se passavam.

Dean: (Se encostou na porta, do lado de fora do banheiro, pacientemente)......Sam, saí desse banheiro, meu amor....nós podemos conversar.....eu estou aqui para te apoiar e te ajudar a superar tudo isso.....(Pausou esperando reação de Sam, que ficou em silencio).....Sam, por favor.....não faz assim meu amor....eu só quero você.

Sam: Eu amo você Dean, eu amo muito......eu tenho medo de te perder.....me desculpe...(Disse sem sair do banheiro)....eu não posso ser tudo aquilo que você merece.....você é perfeito, lindo e está mais do que pronto para amar livremente e ser amado.....e eu sou essa pessoa cheia de barreiras.....(Mas uma vez Sam foi interrompido, e parou de falar na mesma hora, abrindo a porta do banheiro e encarando Dean atônito na sua frente).

Um enorme estrondo se fez ouvir em todo o lugar da mansão, e quando Dean correu para a varanda de seu quarto, notou que haviam centenas de demônios atacando de forma coordenada, ao mesmo tempo, e lançavam bombas que reproduziam forte feixe de luz artificial, que estavam usando para cegar os vampiros, e avançarem contra os mesmos, e com isso causavam enormes estrondos, e estavam conseguindo matar vampiros, com golpes certeiros em seus corações e decepando as suas cabeças, enquanto estavam sem enxergar, e sequer podiam ver de que direção vinham os ataques.

Dean horrorizado pelas cenas que se desenrolavam, não pensou duas vezes em se atirar para o quintal da mansão e se misturar em meio aos vampiros, nos conflitos, buscando freneticamente de onde partiam as bombas, e qual ou quais, os demônios que as estavam lançando contra os vampiros, que estavam guardando a mansão e os vampiros que estavam na praia, vendo ao longe vários feixes de luzes estourarem diante deles.

Sam analisou tudo que estavam acontecendo e mesmo de pijama, esqueceu completamente de seu momento e de suas dúvidas, e seguiu Dean, pegando somente suas armas que matavam demônios, que estavam sobre um aparador dentro do quarto, e em seguida pulando da varanda, já se transformando em vampiro e partindo para cima dos demônios, ajudando os transformados, enquanto Dean caçava a origem das bombas de luz.

 

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Ludovico e Castiel, que estavam passando bons momentos juntos, se distraindo mutuamente, saindo um pouco da bolha de sofrimento que os cercava, foram surpreendidos pelos barulhos sucessivos que vinham da parte externa da mansão. Ludovico que não estava combatendo há tempos, em recuperação de sua mente atordoada e sofrida, viu quando Dean passou correndo em sua velocidade anormal, no meio dos vampiros, e logo em seguida ficou completamente cego durante alguns segundos, sendo apoiado por Castiel, que o viu se contorcer pelo incômodo em sua vista, causado pela luz que vinha forte da porta de vidro, onde estava parado, em frente a mesma, olhando para fora, acompanhando Dean se locomover e seus vampiros sendo ferozmente atacados enquanto estavam cegos.

Castiel: (Falou alto para Ludovico, que se esgueirou para trás, escondendo o rosto com a mão e o braço)....Calma.....calma.....(Segurou nos ombros de Ludovico)......São apenas luzes.....elas não podem te ferir....calma....(Verificou a situação dos olhos de Ludovico, levantando seu rosto com ambas as mãos, que estavam com as pupilas retraídas, mas não feridas).

Ludovico: (Ainda cego por aquele momento)....Eu não estou enxergando, Castiel....meus vampiros e Dean.....o que está acontecendo lá fora?....(Perguntou preocupado)....eles estão sendo atacados....e as luzes estão prejudicando a reação deles.

Castiel: Dean está correndo no meio deles e Sam está lutando junto com os transformados.....(Olhou todo o lado de fora da mansão)....os demônios estão lançando bombas de luz para cegar os vampiros....e poderem os atacar sem serem vistos.....(Castiel olhou com mais atenção e identificou um demônio com corpo robusto e alto que arremessava as bombas de luz para todos os lados).....Ludovico, fique aqui.....eu já volto....(Tentou fazer Ludovico se sentar numa cadeira ao lado da porta onde estavam).

Ludovico: (Se agarrou na mão de Castiel, mesmo sem enxergar direito).....Espera.....você não pode se meter na guerra, arcanjo....os anjos não fazem parte dela.

Castiel: (Segurou na mão de Ludovico com sua outra mão, deixando a mão de Ludovico no meio de suas duas mãos).....Ah, meu amigo, eu já pequei tanto pela morte de Baltazar....que Deus me deu novas ordens que devo cumprir, e uma delas é acabar com essa guerra maldita.

Ludovico: (Pensou um instante nas palavras de Castiel).....Não quero que vá sozinho....eu vou com você, então.

Castiel aturdido pelo pedido de Ludovico, notando que tinha chegado a hora de os dois juntos fazerem aquilo que o destino tinha reservado para ambos, de certa forma, se lembrando de Baltazar morrendo entre eles dois.

Castiel: (Com os olhos cheios de lágrimas).....Se entrarmos juntos na guerra, ela irá acabar hoje mesmo.....mas teremos que ir até o final.....(Ergueu a mão sobre os olhos de Ludovico, e os limpou com os dedos polegares, desembaçando a visão de Ludovico, que fixou seu olhar no rosto do arcanjo).....e isso quer dizer....que eu te convoco.....a acabarmos juntos com Crowley.....(falou calmamente).....eu pela justiça e você por vingança.

Ludovico: (Segurou na mão de Castiel em seu rosto e a apertou com carinho, e abriu um imenso sorriso maléfico e satisfeito)......Por Baltazar.

Castiel retribuiu o sorriso, se soltou da mão de Ludovico, deu um passo para trás, deixando seus olhos azuis se transformarem em fortes orbes azuis brilhantes e acessas, e abrindo suas asas enormes, agora, negras, com penas escuras, diferentes das dos vampiros, mas aderindo a mesma tonalidade de escuridão na mesma. As asas eram lindas como tinham que ser, porém misturavam uma entonação de medo e admiração, em suas penas milimetricamente dispostas em camadas, divididas por tamanhos diferentes e descendo das menores penas para as maiores, sendo as últimas camadas, compostas por penas enormes e pontudas, que em sua envergadura formavam um V completo. Vários pequenos feixes de luz branca saíram das mãos de Castiel e envolveram todo o seu corpo, transpassando de um lado a outro, e o mantendo dentro de um redemoinho da névoa iluminada por aqueles pequenos rastros de energia. Castiel, após sua transformação, nunca antes vista por qualquer vampiro ou humano daquela geração, caiu com um joelho apoiado ao chão, e o outro dobrado e apoiado com o pé, com ambas as mãos ao alto, em oração a Deus, para se iniciar no ataque.

Ludovico levou alguns segundos para entender, que era realmente Castiel ao seu lado, e olhou, em profundo fascínio, para sua transformação total, para a beleza de suas asas e enormidade de poder que emanava dele, deslumbrado com a figura de anjo imortal e guerreiro tão perto de si. Ludovico não demorou para entender que era sua vez de se libertar, e assim como Castiel, que acabava suas orações, e voltava o olhar para o híbrido, ele começou sua transformação, deixando suas asas negras surgirem, assim como suas presas e seus olhos vermelhos de sangue, para em seguida todo o seu corpo crescer e se modificar, e em poucos segundos, a besta estava livre para seguir ao lado do arcanjo do Senhor, a mesma besta que havia derrotado Lucifer, se fazia presente, em seu esplendor e escuridão de espirito, muito diferente, mas, ao lado da luz, da luminosidade da alma do arcanjo, e ambos sabiam que chegara a hora de lutarem lado a lado.

 

CONTINUA...


Notas Finais


AMIGOS,

MUITO OBRIGADA POR TUDO SEMPRE.

BJSSSSSSSS !!!!!!!!!!


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