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História Anjos Solitários - Wincest - Abnegação


Escrita por: Takealookmenow

Notas do Autor


Olá amigos,

Desculpem a demora, problemas com a internet,
fiquei a semana inteira lutando com a minha internet.

Segue mais um capítulo, com
todo amor que houver nessa vida....kkkk.

Desculpem os erros.

Ótima Leitura !!!!

Capítulo 55 - Abnegação


Fanfic / Fanfiction Anjos Solitários - Wincest - Abnegação

 

Dean após o torpor de ver parte de sua casa destruída, passou as novas ordens aos vampiros transformados, somente para ficarem de prontidão em toda a propriedade, caso houvesse novo ataque dos demônios, já que não podiam confiar totalmente de que os mesmos não voltariam, sendo também uma incerteza, se realmente seu avô e Castiel teriam conseguido se livrar de Crowley e acabar de vez com a maldita guerra, apesar das notícias da intervenção dos anjos na mesma, exterminando os demônios ao redor do mundo.

Bobby e Jody, competentemente, começaram o trabalho de reorganização interna da mansão, reunindo os empregados e determinando as funções de cada um para a limpeza geral, bem como, destacando um pequeno grupo de transformados para analisarem todos os danos na estrutura da propriedade em geral, o que seria acompanhando de perto por Bobby, conforme repassou a Dean, que ouvia a tudo, sem contrapor nada do que o velho caçador se propunha a ajudar.

Noah manteve alguns poucos vampiros ao longo da praia, somente para vigilância mesmo, e dispensando mais da metade de todos os vampiros que estavam na propriedade inteira, ficando somente aqueles que cobriam a vigília ininterrupta, escolhidos por Dean, e os que estavam nos planos de Bobby.

Sam estava desaparecido desde a manhã daquele dia, e sem notícias do mesmo, Dean mal conseguia se manter atento as providencias que estava tomando e as demais que tinha delegado. Além do que, não tinham quaisquer notícias de Castiel e Ludovico, o que deixava Noah preocupado em demasia, e Dean não conseguia trocar palavras com seu pai, estando ambos a um alto nível de exaustão e desânimo, deixando tudo por conta mesmo de Bobby e Jody, enquanto tentavam se ocupar de outras coisas, como assumir a função de Sam em monitorar os conflitos ao redor do mundo e manter atualizada a situação do castelo, isso se tratando de Noah, já que Dean não parava quieto, e dava buscas, sem parar, ao redor da mansão atrás de Sam.

Sophie e Liah haviam dito para Noah que Margareth estava desaparecida há alguns dias, que a mesma tinha saído do castelo sem avisar, e sem dar satisfações de seu paradeiro, o que também era grande motivo de preocupação, pois, Noah sabia que Margareth tinha saído do castelo de espontânea vontade, e como sua filha tinha uma índole um pouco independente demais, com relação ao clã, temia, que a mesma despontasse de surpresa na mansão de Dean e se intrometesse na guerra com os demônios, sem autorização, em busca de seus filhos, para talvez, retirá-los da guerra, inocentemente, pensava Noah, já que os filhos de Margareth e Luca estavam todos envolvidos com a guerra.

Ao anoitecer, Dean, no auge de sua aflição, por Sam, decidiu percorrer mais uma vez a extensão da praia, e após conversar com um grupo de vampiros que estava no local, teve a informação, de que Sam tinha sido visto próximo ao pequeno farol ao final da praia, e mesmo incrédulo de que fosse encontrar Sam, Dean foi até o local, já com a escuridão da noite por todo o lado, e com o barulho das ondas que quebravam longe, na enseada, do outro lado da praia.

Dean entrou na pequena construção de pedras, e logo notou um corpo ao chão, deitado de costas para o cômodo e de frente para a parede de pedra, e no mesmo instante, o cheiro inconfundível de Sam dominou suas narinas, e Dean correu até ele.

Dean: (Desvirou Sam, que dormia todo sujo, com o rosto num misto de poeira e lágrimas marcadas na pele empoeirada).....Sam....Sam....Sammy....(Balançou Sam bem devagar, não querendo o assustar).....Meu amor, o que aconteceu com você?

Sam: Dean?....(Perguntou acordando meio confuso de onde estava, mas se lembrando de tudo e se encolhendo mais no canto da parede, fugindo das mãos de Dean em seus ombros).

Dean: Hei....Sammy....que foi?....Porquê está nesse lugar.....eu estava louco te procurando...meu amor....vamos para casa....(Disse esperançoso que ele concordasse de primeira).

Sam: (Encarou Dean, suspirou cansado, e se virou de costas para Dean).....Dean.....eu me sinto tão sozinho.....eu não tenho ninguém no mundo que me importe mais que você, mas às vezes, você me parece tão inalcançável....como se nunca tivéssemos ficado juntos de verdade.....parece um sonho, de um tempo tão distante.....eu estou tão triste e tão cansado de lutar contra tudo que está no meu coração....que eu acho que nunca mais vou conseguir ficar com você.....(Disse confuso e descontrolado, no chão frio, tremendo com as roupas e o corpo úmidos da maresia).

Dean: Que isso Sam?....Porque está dizendo essas coisas?.....(Perguntou muito preocupado e com pena de Sam naquele estado deplorável, jogado no chão).....Vamos para casa.....você está todo molhado e com frio.....eu vou cuidar de você....Vem comigo, amor....(Pediu, tentando desvirar mais uma vez, notando que Sam estava chorando).

Dean se sentou de vez no chão, e puxou Sam para si, o abraçando com carinho, sentindo as lágrimas dele molharem sua camisa no ombro.

Dean: O que está te fazendo chorar assim?....Porque veio para cá?.....(Pergunto terno, com medo das respostas de Sam).

Sam: Eu não sou bom para você....eu não mereço você.....se quiser ficar com o Castiel, eu vou entender.....(Se afastou do abraço, e se sentou direito, de frente para Dean, gesticulando freneticamente com as mãos)....sabe, ele é perfeito...perfeito para você....ele é tão lindo, poderoso, livre e vocês se completam tanto....vocês se entendem somente com um olhar.....ele pode voltar a te amar como antes.....e você também pode conseguir ficar ao lado dele....eu vou compreender....(Abaixou a cabeça de repente e fungou no meio do choro, como um menino perdido).

Dean: (Não se controlou e puxou com força contra seu peito, o prendendo num abraço desesperado).....Não diga isso, por favor....eu amo você....eu amo você....você....só você....Sam...(Sentia todo o corpo de Sam tremer em seus braços, enchendo os seus próprios olhos de lágrimas nervosas, cheias de compaixão).

Sam: (Tentou se afastar, mas Dean não permitiu, o apertando mais contra seu peito, o segurando com a mão espalmada nas costas e pela nuca).....Não, Dean....eu não sou nada perto dele......você não pode me amar....não pode mais....eu sou cheio de defeitos....eu já ferrei com tudo várias vezes....eu já te coloquei em risco....e agora eu nem sei quando eu vou poder me entregar de verdade para você.....eu estou tão quebrado, que nem sei se posso me recuperar disso....(Falou no aperto do abraço contra o ombro de Dean).

Dean: Sammy.....(Afastou Sam, lhe segurando nos ombros e quase o sacudindo, encarando seus olhos vermelhos e inchados).....Por favor, entenda, de uma vez por todas, eu amo você.....eu quero ficar com você....eu estou aqui ao seu lado....eu vou esperar o tempo que for.....eu vou esperar por você.....(Acariciou os cabelos sujos e emaranhados de Sam, de uma forma meio bruta, nervoso).....Pára com isso....eu não aguento te ver desse jeito.....nós teremos todo o tempo do mundo a nosso favor.....nós somos eternos....(Sorriu olhando para os lados, buscando agoniado as palavras certas)......e nós ficaremos juntos....(Sacudiu o corpo de Sam, se deixando levar pelo peso em seu coração).....juntos....entendeu bem?

Sam: Eu sou ruim para você, Dean....(Sussurrou em meio ao choro forte)....eu só faço mal a você...e agora isso...(Fez um gesto tocando em sua cabeça, se referindo a confusão que sua mente estava).

Dean: Isso não é verdade.......não é....(não conseguiu retrucar como queria, se lembrando das vezes que Sam o tinha magoado).....é diferente, agora você está mudado, você aprendeu a ser melhor.....melhor para mim, melhor para nós dois....e isso que está passando, é uma fase, Sam....você vai superar eu tenho certeza....(Viu Sam abaixar a cabeça, e segurou em uma de suas mãos, levantou o rosto dele para o encarar)....eu estou aqui.....e te amo muito....eu vou te ajudar...sempre.....mas fica comigo....não queira ficar sozinho novamente....é pior....tudo fica mais confuso para você.

Sam suspirou derrotado, deixando as palavras de Dean entrarem em sua alma e no seu coração, sempre com muito medo de o perder de verdade, e assim abriu seus braços, praticamente se jogando no abraço de Dean novamente. Deitou sua cabeça no ombro dele, e suspirou.

Sam: Eu estou tão sujo....me desculpa....(Se separou do abraço e sorriu fraco).

Dean deixou as últimas lágrimas caírem, e sorriu para ele também, levando a mão no rosto de Sam.

Dean: Você está lindo....como sempre esteve.....(Beijou seus lábios de forma casta, e voltou a o abraçar apertado, o sentindo se acalmar aos poucos, tendo sua respiração voltado ao normal e seu corpo estava menos tenso).

Sam sorriu mais aliviado, apesar de sua mente ainda lhe pregar palavras desencorajadoras, sua alma queria estar no aconchego dos braços de Dean, tudo em si clamava por Dean, e ele estava ali tão perto, lhe ofertando o mesmo e enorme amor de sempre, mesmo tendo sido tão cruel muitas vezes com ele, nada tinha mudado, sempre via o amor nos olhos verdes do vampiro por quem era apaixonado perdidamente, por quem suspirava profundo, com quem sonhava construir um vida cheia de romance e paz.

Dean: Acha que podemos voltar para casa agora?....(Separou o abraço e fez carinho no cabelos de Sam, que assentiu, sem dizer nada).

Dean se levantou do chão e estendeu sua mão a Sam, que a segurou firme e se levantou também, entrelaçando os dedos nos de Dean. Ambos com os corações mais calmos, saíram do pequeno farol, e voltaram à praia, onde Sam puxou Dean para que andassem na beirada do mar, sentindo as pequeninas ondas se desmancharem, alcançando os pés de ambos, com a espuma branca e o cheiro agradável de maresia. Sam sentia a água gelada do mar lamber seus pés e a areia fina se desfazer sob eles, já que estava descalço, desde quando seguiu Dean no combate que pegou ambos de surpresa mais cedo. Já Dean estava de sapatos e assim, segurando nas pontas dos dedos de Sam, se afastou para não ser pego pela água, mas manteve o contato com o corpo de Sam, enquanto esse brincava inocente de andar na água.

Dean olhava o jeito maroto de Sam, como se ele fosse uma pequena criança, distraída se divertindo, não poderia haver em seu rosto nenhum outro semblante que não fosse de um apaixonado, mas no fundo aqueles modos de Sam, também o preocupava, de como ele tinha se desligado de todas as suas profundas angústias em tão pouco tempo, para deixar um sorriso infantil nos lábios, enquanto fugia do mundo, e adentrava no seu momento de pureza extrema, quase de inconsciência de tudo que lhe amofinava há poucos minutos antes. Todavia, Dean sabia da mente conturbada de Sam, e não se rogou em encher seu coração de paz, diante daquele momento tão único com o seu amor, e num rompante, sem se importar em molhar seus pés e sua roupa, se virou para Sam, e o puxou para si, o beijando, dentro da agua, que estava cobrindo os pés de ambos. Sam sorriu abertamente no meio do beijo, enlaçando o pescoço de Dean com as duas mãos, e se deixando apertar em sua cintura pelas mãos possessivas de Dean.

Alguns vampiros assistiram a cena inspiradora de ambos os vampiros do clã, se amando naquela brincadeira leve e descomprometida, que levava a eles a mesma intensidade de paz, que ambos sentiam, sabendo que não haveriam mais lutas para arriscarem suas vidas, e que em breve estariam voltando para seus amores também.

Assim que chegaram na mansão, sob o manto da harmonia entre eles, Dean preparou um banho de banheira para Sam, que se deitou na mesma, feliz no contato com água quente em seu corpo que ficou horas exposto a friagem do farol e de suas paredes, e a ânsia de estar naquele relaxamento era tanta, que nem se importou com Dean sentado ao lado da banheira lhe observando, esfregando suas costas, suavemente com delicioso sabonete líquido cremoso e com a fragrância relaxante.

Dean se controlou ao máximo diante do corpo nu de Sam, mas que ostentava o olhar meio perdido ainda, e somente por ter notado isso, que conseguiu, à duras penas, manter suas mãos longe de toques mais profundos nele. Aquele olhar mantinha a barreira entre eles, o olhar produzido pela mente deprimida de Sam, que lembrava a Dean, principalmente, o trauma do amor de sua vida, ainda vívido por detrás daquele olhar, nas feições felinas de Sam, no rosto perfeito, no amadurecimento de sua imagem após a transformação em vampiro.

Sam terminou seu banho, minutos depois, sendo ajudado por Dean a se enxaguar, e a se vestir com novo pijama, mais quente, sendo em seguida, colocado com carinho na cama, para que adormecesse em paz, em meio as cobertas que envolviam seu corpo. Dean ainda ficou aguardando Sam dormir completamente para se retirar do quarto e terminar seu dia árduo, nas providências do fim da guerra em sua mansão, deixando para trás seu coração, naquele quarto com Sam.

 

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Castiel sem ser anunciado, surgiu no templo que abrigava Deus, no céu, e diante do trono desde, depositou o corpo de Ludovico, bem perto de onde Deus estava placidamente assentado ao seu trono.

Castiel olhou para o Senhor, e se curvou em respeito, depois se agachando ao lado de Ludovico, que respirava com lentidão, e olhava em volta, sem reconhecer onde estava, mas se sentindo incrivelmente envolvido por um sentimento de paz e harmonia, no meio daquele névoa toda. Viu o imenso trono, mas não conseguia ver quem estava sentado nele, sua visão estava embaçada e se incomodava um pouco com a intensa luminosidade que vinha de quem estava sentado ali.

Castiel colocou sua mão no peito de Ludovico, para transmitir calma e segurança, com temor de que o híbrido se assustasse quando percebesse onde estava realmente.

Castiel: Senhor.....peço sua permissão para entrar em seu reino com outra criatura, de outra espécie, diferente das que habitam os céus....(Pediu de cabeça baixa, confortando Ludovico que se remexeu um pouco, descobrindo para onde Castiel o tinha levado).

Deus: Arcanjo, essa criatura, como bem disse, não pertence a esse reino.....volte com ele de onde veio.....o que pretende com essa postura....sabe que não pode adentrar em minha presença acompanhado, ainda mais de uma criatura extremamente pecadora, que não mais reconheço como sendo um filho meu, tamanho foi seu pecado em se transmutar, insatisfeito com o que Eu lhe havia dado, um humano, minha imagem e semelhança....(Ordenou em sua estrondosa voz).

Castiel: Senhor, se me permite.....(Não esperou resposta e continuou falando).... não quero Lhe faltar com o respeito, mas estou aqui, Senhor, para pedir pela vida desse ser....ele está morrendo....e não possui um abrigo para sua alma, quando essa se desprender da matéria, será apagado completamente.

Deus: Esse foi o único ser que escolheu seu destino....ele escolheu ser o que é....(Não deixou Castiel continuar seu pensamento).

Castiel: Eu não estou pedindo por ele....estou pedindo por mim.....(Olhou fixamente para Deus, que se curvou achando interessante aquela frase).

Deus: Explique-se, arcanjo.

Castiel: Essa criatura é a unidade de toda a espécie dos vampiros na Terra, tudo que fez e tudo que sempre faz está dedicado a essa nova espécie.....Senhor, toda a responsabilidade pelos seus atos pecaminosos está compensada pelo imenso coração que esse ser carrega, basta olhar como ama os seus familiares, aqueles que vieram a partir dele.....(Abaixou a cabeça).....e nós pregamos e exaltamos o amor, seja a forma que for.....então eu peço que restaure o sopro de vida a ele....em nome do amor que ele carrega por todos de sua espécie, pelo amor exacerbado que tem por sua família e ainda senhor, pelo amor que sente por Baltazar, que morreu, por que ele se recusou a transforma-lo em um vampiro, num ato de total abnegação a si mesmo, tendo ele respeitado o que Baltazar queria e não si próprio, já que o amava tanto e o desejava para si mesmo.

Deus suspirou e sorriu, pensando nas sábias palavras do arcanjo, usadas para O conquistar naquele momento, e ser atendido em seu pedido tão fora do normal.

Deus: Porque acha que essa criatura merece mais dos que todos os outros humanos que morrem na Terra?...... Porque acredita que ele mereça estar diante de mim, dessa forma?

Castiel: Porque ele sabe amar de verdade....como os humanos ainda não sabem...ou ainda estão aprendendo....até a mim, ele se dedicou, sem pretensões, somente porque eu estava sofrendo a mesma dor dele....mesmo depois de eu o ter maltratado tanto....ele é paciente e altruísta, não mede esforços em fazer qualquer coisa por quem ama....ele é diferente....desprendido....todo o amor que carrega é despretensioso...não espera nada em troca....apenas que todos que ama, fiquem bem....(Olhou carinhoso para Ludovico).

Deus: Eu sei de tudo que acontece, arcanjo, e sei todos os atos que foram praticado por esse híbrido....(Colocou a mão no queixo).....seus pecados são deploráveis.....ele se sujou por livre arbítrio....se perdeu e perdeu a própria alma por sua livre opção....e ainda deu origem a milhares que já nasceram perdidos como ele.....todo o amor que ele carrega dentro de si...(Seguiu o olhar de Castiel sobre Ludovico, estudando o interior do híbrido, vendo o quanto ele estava mudado realmente)....nasceu a partir de seu amor pelo anjo Baltazar....não porque ele havia despertado da escuridão de seus pecados.

Castiel: (Respirou fundo com as justificativas de Deus para não se intrometer)....O importante é o que ele carrega agora, Senhor, ele se entrega por amor, ele entregaria a vida dele por amor, assim como já entregou sua própria chance de ser feliz e sua liberdade....quando passou a proteger e se dedicar a quem ama, como ele faz com sua família....todos os pecados dele estão sendo resgatados através do sofrimento a que ele foi exposto...(Se perdeu, olhando o nada, se recordando).....ele sofreu tanto que sua mente fraquejou em sua sanidade......(Fechou os olhos, deixando escorrer uma lágrima e pausou).......Por favor, Senhor, salve-o......eu imploro pela vida dele.......até mesmo em meu pecado de ser egoísta, pois eu não suportarei perder mais ninguém....eu ainda não suporto ter perdido Baltazar....e se ele morrer.....eu vou pedir....(Pigarreou nervoso)......que me libere do meu cargo.....e me permita viver como humano comum na Terra, até perecer....para não cometer o pecado de tirar minha própria vida....(Abriu seu coração para Deus poder ver sua intenção e o quanto sofria ainda)....peço que ele seja o último elo entre o arcanjo do Senhor e o ser humano, que eu possa me tornar....por favor...meu Deus....não tenho mais a quem recorrer....e não o faria a ninguém....somente a Ti....preciso que o salve, por toda a espécie dele, por todos que o amam tanto, e também por mim....por favor.....(Implorou mais uma vez).

Deus: (Olhou sério para Castiel).....Ah...quão imensa é essa dor em seu peito, arcanjo.....não quer viver mais?.....Por esse a quem tenta salvar ou pelo que sofre pelo anjo Baltazar?....(Perguntou sabendo a resposta positiva para ambas as perguntas).

Castiel: Sem aqueles que me incentivam a despertar todos os dias, apesar do que estou sentindo agora, apesar de todo o sofrimento.....sinceramente não......não quero viver mais.....sem ter um amor que esteja me cercando....(Sorriu fraco).....e a última vez que senti amor de verdade, foi vinda de Ludovico.....amor de amigo, amor de quem sente compaixão verdadeiramente, de quem sabe o que você mesmo está sentindo, sem hipocrisia....e mesmo sofrendo tanto, ainda assim, permaneceu me ofertando somente amor, mas nada.....amor puro e desinteressado....amor verdadeiro....como tudo nele....como tudo que vem dele...(Segurou no peito de Ludovico, que gemeu baixinho de dor).

Deus: Você me desafia Castiel?.....Não posso simplesmente esquecer o que essa criatura fez, ele se alimenta da morte de humanos, ele vive nas sombras e carrega muitos com ele.....se assemelhou aos demônios na crueldade por muitas décadas...o passado dele é tão lamentável quanto detestável por mim....porque insiste?

Castiel: Senhor, não é minha intenção lhe desafiar ou lhe desobedecer, mas peço, assim mesmo, por ele, mesmo ele sendo esse ser tão coberto de pecados sórdidos, ele não merece morrer e deixar os seus, não mais, ele se renovou no amor de Baltazar, ele se fez nova criatura, se transformou por causa do amor....e é isso que ele carrega...somente isso....sei que pode ver.....e mesmo quando era perdido em pecados assombrosos....ele nunca deixou de amar...ele nunca deixou sua essência primordial....ele merece uma segunda chance para se redimir ainda mais por suas transgressões....ele já carrega um fardo imenso em si....ele carrega amores que não alcançam a imensidão de seu sentimento....(Acariciou os cabelos de Ludovico ternamente, com tremenda compaixão por ele, vendo o sangue dele se aglomerar embaixo de seu corpo, naquele chão branco).

Deus: Ele não se arrepende de todos os seu pecados, ele os justifica, dizendo que os pratica em prol de outros....e assim que ele se sente também.....(Pausou encarando as orbes azuis de Castiel).....Arcanjo, só podemos perdoar com o arrependimento sincero....não é o que pregamos?....(Sorriu para o arcanjo que retrucava tudo para poder salvar o amigo).

Castiel: (Pensou uns segundos, se atrevendo além do que devia).....Eu também não me arrependo dos meus pecados, não os aqueles que eu cometi em nome do amor que sinto....Me perdoe Senhor, mas é a verdade.

Deus: (Embrenhou em Sua piedade)....Chega, arcanjo....continua me desafiando, é um fato....(Voltou Seu olhar misericordioso para Ludovico).....Essa criatura.....(Deus se aproximou de Ludovico, que estava muito mais pálido que o normal e de olhos fechados, esgotado pelo seu ferimento)....não vai morrer, não hoje, não agora.....e seus atos como meu arcanjo serão julgados por mim....mas não o deixarei morrer, porque sei do quanto o fim da guerra e o restabelecimento da paz entre as espécies dependem da vida desse híbrido.....Já que se atreveu a traze-lo aqui.....que se cumpra o desejo do seu coração de salvar a vida dele....(Disse altivo mas com serenidade para transmitir a concordância)....que ele possa seguir a seus próprios sentimentos e modificar sua vida na Terra....para ser melhor.

Ludovico que sentia a vida deixar gradativamente seu corpo, através da dor do ferimento em seu coração, estava o tempo todo sendo mantido vivo pelo poder de Deus, desde quando adentrou no céu com Castiel, mesmo não tendo, Deus revelado ao arcanjo sua intervenção. A dor era imensa, mas dentro de si havia a consciência da gratidão por ter amado e sido amado, por sua família, agradecia por ter conhecido a pureza do amor verdadeiro e ter conseguido grandes feitos para os seus. Agradecia por todos, sendo visitado em sua memória por rostos tão amados, por Benedict, por Dean, por Noah, por Sophie, por Baltazar e por Castiel, que em pouco tempo, lhe ensinou a bondade que desconhecia, mostrou como era gratificante se importar com as pessoas e cuidar delas, como sempre o tinha feito, mas não entendia a profundidade de seus atos, para fortificar seu coração. E Deus viu tudo isso em Baltazar e muito mais. Se Ludovico era um ser sombrio, pertencente as trevas, por outro lado, ele era grandioso em amor e compaixão.

Deus: Abra os olhos, Ludovico Fatinelli.....me deixe ver seus olhos perdidos na morte....(Ordenou).

Ludovico com dificuldade abriu os olhos, meio aéreo, sem compreender ao certo quem estava por trás daquela luz grandiosa ao seu lado, não conseguia ver nada além da luz, e quando forçava muito os olhos, via somente um contorno fraco do corpo, mais nada do rosto era notado, além da imensidão branca de luz. Não conseguia compreender que aquela voz forte pertencia a Deus, porém sabia que tão poderosa voz pertencia a alguma divindade imponente, assim, não acreditando que fosse Deus, por não ser merecedor de estar em Sua presença, para ele, estava perante a algum anjo do Senhor, e mesmo assim obedeceu ao comando que foi lhe dado, sem questionar. Sentia um pouco de medo daquele ser ao seu lado, o que lhe era bem raro, mas como estava morrendo, entendia que não tinha como lhe ferirem mais, ao ponto de sentir medo, ou mesmo não havia motivo para não acatar o que estava lhe sendo pedido, já que entendia serem seus últimos momentos de vida. Olhou fixamente para o ponto de luz forte, sentindo todo a sua pele arder, e seus olhos serem queimados, mas nada que se comparasse a dor em seu peito, que roubava seu ar e um pouco de sua razão.

Deus tocou no rosto de Ludovico, repousado nos braços de Castiel, que estava de joelhos no chão, por trás de Ludovico, deixando seu corpo de apoio ao híbrido, estendido no chão, com as costas e a cabeça apoiadas em seu peito e pernas de Castiel. No mesmo momento que recebia o toque do Senhor, Ludovico sentiu uma forte dor em seu ferimento, como se o queimasse por dentro, em toda a extensão do buraco da adaga, em seu corpo, o sangramento fino que escorria do mesmo foi aos poucos se extinguindo, e todos os pontos de sua pele cauterizados por uma luz tênue que saiu do ponto do ferimento, até alcançar a superfície da pele no peito de Ludovico, onde uma pequena marca se fez presente, assim que a luz sumiu.

Ludovico que sentia a vida se esvair, foi tomado por um sono incontrolável, porém, não antes da realidade lhe atingir. Tinha ouvido todo o diálogo entre Deus e Castiel, porém nenhuma das palavras lhe chegavam clara aos ouvidos, mas naquele momento compreendeu tudo que tinha sido dito e tudo que tinha se passado, diante da vontade de Deus. E se deixou sorrir na certeza de que Castiel tinha desafiado a Deus a seu favor, inclusive dizendo que preferia se tornar humano e morrer como um, a ter que que vê-lo morrer. Castiel foi atrevido e inconsequente, e mesmo com os seus sucessivos pecados por Baltazar, nada se comparava a sua audácia de tentar salvar, a todo custo, a sua vida, mesmo que para isso perdesse sua imortalidade e seu posto de arcanjo. Castiel agiu com temeridade para lhe ajudar, e pecou gravemente, mais uma vez, por ele. Ludovico se entregou ao sono, deixando brotar uma lágrima solitária em seu rosto, apesar do sorriso singelo nos lábios finos.

Castiel notou a graça de Deus passando através do toque no rosto de Ludovico, e assim sendo restaurada a vida para o híbrido, que amoleceu todo o corpo e se entregou ao sono, enquanto Deus voltava a Seu trono.

Castiel repousou delicadamente o corpo de seu amigo no chão, e correu aos pés de Deus, onde se atirou, veementemente, O agradecendo.

Castiel: Obrigado Senhor, muito obrigado.....me perdoe por tudo....me perdoe por meus pecados...Obrigado meu Deus.....(Chorou emocionado pela graça recebida, sentindo sua fé se apoderar novamente de seu coração).

Deus: Castiel.....(Estendeu a mão, que foi agarrado e beijada por Castiel).....meus desígnios não incluíam devolver a vida a essa criatura.....mas restaurar sua fé, sim....(Sorriu para Castiel, mexendo em seus cabelos suavemente).....vá, e devolva o híbrido aos seus.

Castiel: (Se levantou em obediência)....Sim Senhor....obrigado...muito obrigado, meu Deus.

Castiel se voltou para Ludovico e o tomou em seu colo mais uma vez, sentindo uma enorme paz em seu coração, mas com uma pequena dúvida, que martelou, instintivamente, em sua mente, assim que estalou os dedos para voltar a Terra.

Castiel: (Disse para si mesmo).....Porque Deus citou Baltazar como sendo um anjo....e não mais um caído?

 

CONTINUA.....


Notas Finais


Pessoal,

Muito Obrigada pelo carinho de todossssss.....
amo vocês.

Responderei a todos ainda hoje com certeza....BJSSSSSSSSSSSSSS!!!!!!!!!!!!!!!


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