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História Anjos Solitários - Wincest - O renascer de Ludovico


Escrita por: Takealookmenow

Notas do Autor


Olá amigos,

Desculpem a demora, mais uma vez,
mas ainda estou com problemas sérios na net.

Segue mais um capítulo.

Desculpem os erros,

Ótima leitura!!!

Capítulo 58 - O renascer de Ludovico


Fanfic / Fanfiction Anjos Solitários - Wincest - O renascer de Ludovico

 

ALGUNS DIAS DEPOIS...

Ludovico tinha acordado de seu longo sono, que perdurou por três dias, depois que retornou do confronto com Crowley, deixando todos saudosos de sua presença, já que sabiam que o sono dele era advindo do toque de Deus, e não se preocuparam. Haviam milhares de conversas pendentes e problemas a serem resolvidos, e somente Ludovico poderia intervir, sempre respeitado em sua posição por Noah, que tinha o poder dele em mãos perante o clã, para usar em sua ausência, mas sempre esperava por Ludovico, em total respeito e consideração, além de querer o impulsionar a retomar sua vida, estagnada após a morte de Baltazar.

Para surpresa de todos, e satisfação de Noah, a melhora de Ludovico era evidente, desde o momento exato de seu despertar, ele estava se sentindo realmente consolado de suas dores. Separou o primeiro dia para saborear o dom da vida junto de seus amores, passando o dia quase inteiro acarinhando e puxando Noah para perto de si, suprindo toda a carência dele, sempre lhe cobrindo de atenção e amor, deixando ele falar tudo que estava em seu coração e o confortando, já que não pôde fazer isso quando Noah tentou falar com ele antes de ir para o inferno, e, vendo em sua mente o quanto ele estava abatido ainda. Ludovico se rodeou de Castiel, enquanto isso, inserindo o arcanjo em cada minuto de seu dia, mesmo com Noah próximo, não deixou Castiel se afastar, o chamando e pedindo suas opiniões em tudo, lançando olhares de cumplicidade para Noah, que entendia perfeitamente a solicitude de Ludovico para com o amigo triste e cabisbaixo.

Dean e Sam somente se entregaram a fortes abraços e algumas lágrimas de alegria de Dean ao rever o avô, aparentemente, muito mais forte e confiante, preferindo dar espaço para a aproximação de Noah com ele, sabendo o quanto o pai necessitava de seu avô, já que tinha passado os seus dias em completo transe, em volta de Ludovico, implorando silenciosamente que ele acordasse logo.

Ludovico, após esse primeiro momento em família, engajou Castiel na vida deles, começou a levar Castiel para cima e para baixo, em cada pequeno detalhe do seu dia e na retomada de seus trabalhos. Castiel estava presente em cada palavra proferida por Ludovico, que sequer lhe dava tempo para que esse parasse para sofrer por Baltazar, inclusive o acomodando em um quarto de hóspedes da mansão, não deixando ele partir sem explicações novamente.

Ludovico estava diferente, e bastava uma segunda olhada para ele, para perceber o quanto ele tinha deixado seu lado mais sério e sombrio entre os seus, e todos notaram que ele abandonou sua frieza peculiar, para dar lugar a um carinhoso e amoroso avô e amigo, quando estava sozinho com os seus e, um comedido, na frente de outros, porém sempre demonstrando tratamento mais amável para com sua família e com Castiel.

Ludovico reconquistou o poder das decisões em sua família, que eram muitas e pendentes de resolução, por causa da guerra e seu término, e ainda por causa do afastamento definitivo de Margareth do clã, e do meio dos puros. Ludovico, com o apoio e as opiniões imparciais de Castiel, manteve pulso forte para todas as questões familiares e as milhares de dúvidas dos filhos e marido de Margareth, assim como Luca, Liah e Sophie. Afinal, todos eram parentes diretos de Margareth, e estavam muito preocupados com a mesma, já cientes de sua traição, contada por Sophie, em sua terrível dor, que fez, sem notar, a notícia do castelo se espalhar para todo o clã, que não parava de interpelar Ludovico sobre o paradeiro de Margareth e sobre qual seria sua providência a respeito.

Numa tarde, Ludovico realizou uma reunião com todos do clã, os puros que estavam na mansão de Dean, na presença desse, acompanhado de Sam, e anunciou sua decisão sobre Margareth, que diante do momento pós guerra, ainda poderia ser uma decisão provisória, mas dando a certeza que Margareth jamais voltaria ao seio familiar, e senão permanecesse na cela dos vampiros traidores junto à masmorra, o destino dela seria a morte. Todos compreenderam a delicada situação, mas houveram alguns protestos de tristeza, dos filhos e de Luca, porém todos mantiveram o extremo respeito para Ludovico, e logo se conformaram com a decisão, já os demais que assistiram a reunião por vídeo conferência na Itália, não se manifestaram, apenas lamentaram, não o destino de Margareth, mas a traição dela, que a levou a ter tal destino. Ludovico deixou claro que Margareth não receberia visitas e que ninguém teria acesso a mesma, sem que ele próprio autorizasse. Nem mesmo Sophie e Liah, que estavam no castelo, não poderiam sequer olhar nos olhos de sua filha e neta.

Noah se ressentiu dos atos de sua filha, e se conteve em gritar que tudo era culpa sua, diante a sentença de Ludovico na reunião, deixando sua voz calar, e ser convencido do contrário por Ludovico em mais uma conversa particular entre os dois, cheia de compreensão e emoção. Noah foi o único permitido a ver sua filha quando bem quisesse, em claro sinal de extrema confiança de Ludovico, que assistia o sofrimento dele, cada vez que tocavam no assunto. Noah tinha o poder de mudar o destino de Margareth a qualquer tempo, Ludovico tinha lhe dado essa prerrogativa como pai, mas ele seguiu e acatou a decisão de Ludovico, sem questionar.

Apesar dos problemas acumulados e intermitentes, Ludovico se sentia rejuvenescido em suas forças. A missão que Deus havia entregue a ele, de salvar Castiel de seu destino de pecador, e a conquista da realização da missão, tinham dado a Ludovico um ânimo inesperado, uma nova vontade de viver, um sopro de vida em meio a sua alma sofrida e gasta, e, tudo tinha sido mais intensificado, quando recebeu a visita de Baltazar no inferno, e ficou sabendo dos planos de Deus para Castiel.

Ludovico voltou a valorizar cada segundo que seus pulmões se enchiam de ar e seu coração retumbava em seus ouvidos. Ele não transmitia alegria em demasia, que seria demais com os problemas que tinha que lidar ainda, mas era, convicentemente, mais leve, demonstrando em cada ato um sorriso confiante e radiante nos lábios, e, o mais importante de tudo, era a constatação de que seus olhos nunca mais verteram lágrimas de sua própria tristeza, ficando somente as poucas emotivas, quando abraçava para consolar e confortar o coração doído de Castiel ou de Noah, que ainda choravam suas mágoas, tendo, Ludovico, forças suficientes para acalmar os corações sem se destruir mais um pouco.

 Ludovico ficava incomodado de assistir o sofrimento de Castiel em seu semblante contemplativo e exausto, mas não o confidenciou a visita de Baltazar para si mesmo e muito menos os planos de Deus, pois ambos deveriam permanecer em segredo em seu coração, como Baltazar induziu em sua mente, quando do encontro deles. Ludovico havia concluído sua missão com Deus, e agora, acreditava, por conta própria, que possuía uma missão para com Castiel, como seu amigo, e assim, não o deixaria sozinho jamais, como sempre se comprometeu e como iria cumprir, a todo custo.

Castiel, acostumado ao mundo de Dean, ajudou Ludovico em tudo que podia, desde o momento que esse acordou para o mundo novamente, sob o manto plácido do olhar sereno de Castiel, que não saiu do quarto enquanto Ludovico não abriu os olhos, muitas vezes ao lado de Noah, velando o sono do amigo. Castiel assistia Ludovico em seus negócios e na administração do clã, também, realizando a comercialização de alguns objetos de artes, relembrando os tempos ao lado do vampiro, substituindo Dean, momentaneamente. Se mantendo ocupado em suas novas funções arranjadas por Ludovico, que divida o escritório da mansão com ele e Noah.

Depois que Ludovico acordou, Castiel tentou se recolher, mais foi impedido por Ludovico, que argumentou precisar dele cada vez mais, e assim Castiel, sempre tão prestativo, se postou ao lado de Ludovico para todos os fins, e em contrapartida, o híbrido ajudou imensamente ao arcanjo a lidar com todos os trâmites para resguardar o patrimônio deixado por Baltazar em sua vida terrena, passando tudo que o ex anjo caído tinha para o próprio Castiel, que já possuía uma identidade humana, da época que era assistente de Dean, e com isso, Castiel Novak herdou absolutamente tudo de Baltazar Duvalier, que não tinha herdeiros naturais, e tinha feito um testamento deixando tudo para Castiel. Havendo lamento da faculdade e alunos, após Baltazar ter sido declarado morto, diante do testemunho do poderoso Ludovico Fatinelli, e do próprio Castiel Novak, sob o argumento de que ambos estavam com o professor em uma igreja antiga, estudando e avaliando obras sacras, quando enfrentaram um incêndio no lugar, onde Baltazar não conseguiu escapar.

Nesse dia, Castiel sorriu sincero para Ludovico, que por sua ajuda, realizara seu desejo de poder estar no meio das coisas de Baltazar em seu apartamento quando bem quisesse, para se  sentir perto do mesmo, sendo esse o único imóvel de Baltazar, do qual nunca iria se desfazer, para aplacar um pouco da saudade de seu grande amor, buscando sua presença e o seu cheiro em cada cômodo do lugar, quando seu coração apertasse muito no peito.

Castiel estava quase sempre com o olhar perdido e vazio, parado em algum ponto no céu ou mesmo nas paredes, e em seu pensamento, a amargura da perda de Baltazar era o preenchimento de sua alma e de seu coração. Somente vivia, como tinha que ser, mas nada mais lhe dava o refrigério profundo de sua dor. As pequeninas alegrias estavam em poder estar ao lado daquele de quem que gostava, como Dean, Ludovico e Noah, e poder se doar, mas essas eram passageiras e muitas vezes, abafadas pelo seu sofrimento interior, o que denotava em alguns sorrisos pequenos que morriam um segundo depois de se formarem.

O ombro amigo de Ludovico era o que mais dava sustentação para Castiel continuar, e se afastar dele, havia se tornado uma opção longínqua. O arcanjo não sabia o que o futuro reservava para Ludovico ou para Dean, mas sabia que onde quer que os amigos estivessem, ele também estaria, mesmo que fosse visitar o seu recanto para reaver a presença de Baltazar, ele sempre voltaria para junto de seus amigos, que eram seu tronco de salvação na Terra. Castiel não sabia dos planos de Deus, e esperava, sem nenhuma ansiedade ou medo, o chamado Dele, para o julgamento de seus pecados, e já que tinha sido surpreendido pela missão de Deus confiada a Ludovico em lhe salvar, não estava preocupado em demasia com seu ordenamento junto de Deus, que se não confiava mais nele, pelo menos ainda o amava, para ministrar ao híbrido em sua salvação, o que lhe confortava muito.

Noah estava muito abalado com tudo que tinha acontecido durante toda a guerra, mas diferente de Ludovico, não perpetuou sua tristeza, e muito menos a transformou em depressão. Em seu jeito retraído, sempre muito tímido, se dedicou, de coração aberto, a reencaminhar os vampiros transformados para seus devidos lares ao redor do mundo, dando uma recompensa a cada um deles que ajudou pessoalmente na proteção da mansão de Dean, além de seus agradecimentos. Noah se reposicionou nos negócios da família, cuidado de toda a contabilidade da mesma, em especial dos prejuízos gigantescos que tiveram, com fabricação de armamento, abastecimento de sangue, transportes e o custo de manutenção dos transformados na mansão durante todo o período, além de suas recompensas e construção da mansão muito danificada, e tudo isso custou uma grande fortuna aos cofres do clã. Noah tinha tantos números para cuidar e se preocupar, que foi fácil para ele, colocar a dor de seu coração de lado, e se ater àquelas finanças, mesmo que algumas vezes deixava seu sono chegar em meio às lágrimas. Noah era constantemente acompanhado de Dean e de Ludovico, que lhe davam bem mais atenção do que precisava, e a cada pequena ruga de preocupação ou uma nota diferente que denunciasse sua voz embragada, lá estavam os dois, ou um ou outro, para lhe abraçar apertado, levando força para ele.

Bobby e Jody voltaram para a casa deles, sendo agraciados por Dean com uma grande soma em dinheiro e alguns artefatos raros de artes, vindos diretamente de sua coleção pessoal, expostos na galeria daquela mansão, cujo interesse pela história foi demonstrado por Bobby, em uma visita que tinha feito à galeria na companhia de Dean, durante a fiscalização do que tinha sido danificado na guerra. Mesmo que o ferro velho e os estudos de Bobby não lhe rendessem nada, sua vida seria muitíssimo confortável até mais umas três gerações, que não viriam mais, e assim, se o velho e rabugento caçador quisesse, poderia ostentar uma vida de riqueza a partir do momento que recebeu os presentes de Dean, que, por seu lado insistiu muito para que fossem aceitos, como forma de agradecimento e confiança por tudo que tinham ajudado durante a guerra. Bobby mesmo sabendo que estavam vivos somente por causa do acolhimento de Dean, aceitou, após a intervenção surpreendente de Sam, para que o fizesse, sem ímpetos de orgulho extremado.

O trabalho de reconstrução da mansão foi acompanhado de perto por Dean e Sam, ambos obedecendo a vontade de Ludovico, que queria deixar os dois juntos o maior tempo possível, e os designou para tal tarefa, que inclusive, os obrigava a saírem um pouco de casa, na compra de materiais para a imensa obra, que estava sendo feita com a ajuda de alguns transformados e empregados da casa, além deles dois, pessoalmente. Ludovico entendeu a importância de deixar a mansão como Dean a queria, já que ele, em segredo informou para Ludovico, que num futuro desejava construir sua vida com Sam, naquela mansão, por estar próxima da faculdade de Sam e da família dele, Bobby e Jody, onde ele se sentiria melhor e mais confiante, nesse tempo de transição de humano para vampiro, da guerra para a calmaria, e de recuperação de seus traumas, quando mais precisaria de seu velho pai do coração e do amor de mãe de Jody.

No inferno, as coisas haviam mudado muito, e sem nenhum líder para os ordenar, os demônios ficaram descontrolados, mas antes que pudessem invadir a Terra, receberam a visita do arcanjo Castiel, que por intuído por Deus, emanou e expandiu sua luz por meio de cada corredor, sala e espaço entregue a escuridão eterna, exterminando as trevas do submundo, e tudo que estava espalhado pelo lugar, queimando almas e espíritos demoníacos em cada mínimo centímetro do inferno, não restando nada além de terra, que foi preenchendo tudo que estava vazio, brotando das entranhas do solo, e, multiplicando cada punhado em toneladas de terra, não deixando nada descoberto para trás. O inferno estava acabado, e quando Castiel se retirou para frente do portal, o selando eternamente sob a gravação de encantamentos dos anjos nos quatro cantos do ferro do portão do mausoléu e nos quatro cantos do cemitério, tinha a certeza de que se algum demônio tentasse reaver o inferno a partir daquele local, isso seria impossível.

Castiel estava ciente da enorme quantidade de demônios exterminados pelos seus anjos ao redor do mundo, e não havendo o inferno, os poucos que ainda existiam, certamente estariam se escondendo por um imenso período de tempo, com temor dos anjos, dele e de Deus. Os míseros impuros que estavam sobre a Terra iriam se ocultar em guetos e covis, nos mais recônditos lugares terrestres, mantidos por humanos adoradores do mal, mas a grande parte da humanidade estaria a salvo, até mesmo, de terem suas mentes confusas por sussurros e murmúrios ao pé do ouvido, como era por hábito dos demônios comuns, brincarem com as mentes humanas para cometerem maldades puras e simples, que se transformavam em crimes e guerras civis.

Era cediço que estavam por vir décadas de paz, pelo menos no que dizia respeito aos demônios e aos vampiros, esses por estarem, em primeiro plano, cansados, exaustos de atritarem em todo o canto com os demônios, e até em algumas vezes fugindo deles, e em segundo plano, por receberem ordens de Ludovico, o gran mestre do clã, para que caçassem somente humanos, quando fossem para se alimentarem, e quando esses fossem criminosos ou doentes terminais, no seu último suspiro de vida.

Os vampiros obedeciam em massa todas as ordens dadas pelo clã, ainda mais depois de tudo que tinham lutado para a sobrevivência deles, afinal a notícia dos acontecimentos da guerra estavam como rastilho de pólvora, e se alastravam em velocidade alarmante. Assim, todos os vampiros sabiam quase da história toda, de tudo que tinha vivido e enfrentado, principalmente, da aliança com os anjos, e tudo que essa envolvia, do empenho monstruoso de Ludovico em manter o poder bélico dos vampiros para a batalha, fabricando armas especiais que matavam demônios, para que se defendessem dignamente. Todos também souberam dos sacrifícios e das dores das perdas de cada um, e principalmente, da perda Ludovico e de Castiel, o arcanjo do Senhor, agora grande amigo do gran mestre, por conta da morte do amor de ambos, sabiam do sofrimento de Dean e de seu companheiro, agora, tão conhecido por todos, sabiam da traição vil da pura, neta do gran mestre, punida com a morte na cela dos traidores. Com isso, a compaixão dos vampiros ao redor do mundo fosse até maior do que sua obediência, mas de certo modo, uma levava a outra, justificando a união entre os da mesma espécie, que reconheciam o sofrimento dos puros, e dele se compadeciam e obedeciam, para os ajudar e se ajudarem.

 

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Sam estava mais disposto conforme o tempo passava, e apesar da presença constante de Castiel dentro da mansão, esse não apresentou mais nenhum episódio de ciúmes que o afastasse de Dean, até porque Castiel estava cada vez mais próximo de Ludovico, e a sua auto confiança e estima estavam melhorando dia a dia, já que Dean não economizava elogios e atenção para ele, que devagar, recuperava o seu jeito de menino num corpo de homem, e agora de um lindo vampiro.

Sam não temia mais Castiel, e nem sua grandiosidade diante da sua imaginária pequenez, e, presenciou vários sinais de amizade entre Dean e Castiel, como conversas longas e confissões, e nem mesmo os abraços e carinhos permanentes entre os dois o deixavam inseguros mais, não como antes, já que a certeza de ser tão amado lhe envolvia cada vez mais.

Sam e Dean passavam o tempo quase todo juntos, e isso estava ajudando imensamente a ambos, pois conseguiam recuperar pequenos momentos entre eles, já esquecidos pela não convivência de tanto tempo separados. Dean estava conhecendo Sam novamente, assim como, Sam observava Dean, e aprendia a decifrar seus gostos.

Sam estava, dia a dia, justificando o motivo pelo qual era completamente apaixonado por Dean, vendo ele tão forte, belo, charmoso, leal, educado e dedicado, e melhor de tudo respeitador, pois Dean sabia esperar por Sam, e nunca o forçava a nada, nunca o tocava de forma imprópria, mesmo que todas as noites dormissem agarrados um ao outro.

Dean fazia questão de sua presença ser sentida por Sam, que se sentia seguro e calmo nos braços dele, tanto que os pesadelos deixaram de povoar sua mente em seu sono, e quando acordado, não pensava mais no que tinha vivido, e quando acontecia de um momento ou outro, um detalhe cotidiano ou outro, o levar de volta para tortura nas mãos de Gadreel, Sam buscava Dean imediatamente, e sem a menor vergonha, enlaçava seus dedos aos dele, ou simplesmente mantinha suas mãos o tocando, o segurando para si, como sua âncora, onde quer que estivessem.

Nenhum dos moradores da casa, empregados e ou os transformadores não estranhavam mais o jeito de Sam, sempre buscando por Dean, estando perto dele o máximo de tempo possível, todos acompanhavam com ternura o amor que Sam dedicava e ansiava em Dean, tanto que Ludovico, Noah e Castiel eram agraciados com vários momentos de puro amor entre os dois, e sempre sorriam com a certeza de que aquele amor era, ostensivamente, o merecido por Dean, aliviando os corações aflitos de preocupação, se Sam seria o merecedor daquela nova e última chance.

Sam se sentia observado, mas não mais se importava com as cobranças em cima de si mesmo, pois sabia que eram direcionadas, por causa da proteção que todos tinham com Dean, e assim começou a evoluir o seu pensamento, para melhor aceitar que não precisava mais ter medo de errar com ele, pois sabia que dessa vez, quem precisava muito mais de amor, era ele, que estava quebrado, e não Dean, que era seu suporte, e como redescobria o amor imenso que tinha por ele, a cada minuto, isso o acalmava, na certeza de que nunca mais erraria com Dean, nunca seria fiel as suas idéias, se essas machucassem ele, pois o amor que sentia por ele era infinitamente maior do que si mesmo.

Dean via Sam se fortalecer à olhos vistos, e mais uma vez, firmou sua confiança na recuperação plena dele. Passando horas envaidecido de como Sam o tratava, como se ele fosse a joia mais preciosa, dentre todas do mundo. Sam o olhava de um modo, misturando inocência e amor, que o cativava sempre mais. As vezes Dean podia ver malícia, no olhar de Sam, quando estavam sozinhos, e quando na intimidade do quarto deles, se pegavam com roupas mínimas, ou, toalhas amarradas na cintura após o banho. Nesses momentos, Dean jurava que os olhos de Sam incendiavam de desejo, escurecendo-os, permitindo o verde predominar sobre o azul, naquela batalha de cores eterna. Mas nada que o auto controle de Dean não pudesse aliviar a tensão, em uma singela saída do cômodo para respirar fundo no corredor, não querendo assustar ou parecer cobrar nada de Sam.

Dean sabia que a recuperação de Sam estava em se deixar tocar, e com isso Dean intensificava a escala de toques, aleatórios ou não, no mesmo, durante o dia, Sam estava sempre por perto, facilitando ser tocado com suavidade no ombro, no rosto, nas mãos, e a noite quando se deitavam, Dean sempre, e lentamente, o abraçava, as vezes, se aconchegando em suas costas, sem que seus quadris se pressionassem, em respeito, e as vezes, Dean puxava Sam para se deitar de frente para ele, recostado em seu peito, onde passava muito tempo acariciando seus cabelos, conversando com ele, fazendo pequenos círculos em suas costas e ombros, o acalmando até ele dormir. Os beijos de Dean eram castos em sua maioria, ou se prolongados, eram calmos, sem profundidade o suficiente que levasse a exploração do desejo, que algumas vezes corria solto em suas veias, diante do olhar enigmático e hipnotizante de Sam, sobre ele.

O casal de vampiros eram a sensação dentre os transformados que ainda estavam trabalhando na mansão, e assim, todos queriam ajudar na recuperação da união deles, e não era mais raro encontrarem olhares e suspiros apaixonados quando estavam próximo um do outro. Dean e Sam ficavam com vergonha, mas gratos pela torcida carinhosa dos vampiros, que estavam cada mais unidos com os puros.

 

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Após duas semanas da morte de Crowley, tudo estava muito mais calmo, a vida estava entrando nos eixos novamente e os dias eram de muito trabalho para todos, mas cada um estava eliminando seus afazeres excessivos para adentrarem a normalidade do trabalho cotidiano.

Noah, após concluir a exaustiva contabilidade de tudo, já que a obra de recuperação da mansão está completa, deu adeus aos últimos transformados que estavam na casa para ajudar na obra, e após acertarem as contas com a recompensa aos mesmos, esse resolveu que era hora de rever sua esposa amada, Sophie, pois da Itália, conseguiria manter as contas em dia, e, voltaria a contabilizar a recuperação do dinheiro das obras de arte, e teria mais facilidade para negociar peças do acervo pessoal de Dean, de Ludovico e seu próprio, para conseguirem a curto prazo reporem a grande parte do dinheiro gasto com o custo da guerra, já contando com a ajuda vital de Castiel para os negócios.

Ludovico acompanhou Noah na decisão de retornar a Itália, pois sempre soube que esse dia chegaria, e teria que voltar a conduzir a família do seu epicentro, o castelo, onde muitas outras decisões o aguardavam, em especial o que fazer com Liah e Margareth. Certamente, que não deixaria Castiel para trás, e seu amigo já tinha sido convencido de o seguir, para o que, chamava de férias do céu e do inferno, se referindo, bem humorado, a quantidade de vezes que o arcanjo teve ir ao céu e ir ao inferno durante a guerra.

Castiel concordou com Ludovico, deixando claro que qualquer sinal de sua vontade em voltar ao apartamento de Baltazar, ele o faria sem que houvesse sentimentos negativos a respeito, o que Ludovico assentiu, feliz, por ter uma chance de estar ao lado de Castiel, o ajudar a amenizar seu sofrimento e de lhe mostrar um pouco mais do seu mundo também.

Dean não conseguia visualizar sua casa, sem aquelas pessoas tão preciosas que lhe acompanharam tanto tempo, e quando os puros se despediram, quase desabou com a perspectiva de se afastar de Ludovico e Noah, pois sabia que Castiel não o deixaria de visitar com frequência, mas Ludovico e Noah seria mais difícil, tanto pela locomoção quanto por causa dos compromissos de trabalho de cada um, quando chegassem ao castelo. Era complicado aceitar que a separação se fazia necessária, mais era assustador, de verdade, saber que ficaria sozinho com Sam novamente, pois não teria mais as ocupações de antes para os distraírem e muito menos os ombros e ouvidos amigos para onde correr, e receber conselhos a cada passo dado para recuperação do amor deles. Dean estava com medo de se perder em tentar ajudar Sam.

Após longa despedida, Sam retornou para dentro da mansão sendo acompanhado de um Dean choroso, com o coração transbordando de tristeza de ver seu pai e seu avó deixarem a mansão. Sam ficou um pouco triste também, mas, mais ainda pela reação de Dean, que parecia querer ir junto com os puros para o castelo, mas não podia por causa dele, o que rendeu uma conversa quase monologa com Dean, que lhe garantiu que era impressão de Sam, mas sem muita convicção. Resultado dessa lamúria que Sam passou o dia se perguntando sobre a vontade de Dean no momento. Não era insegurança sua, era apenas sua dúvida, pois acreditava que Dean desejava estar junto de sua família, depois de tudo que viveram.

Quando Sam se recolheu para o quarto deles, e Dean demorou para subir ao mesmo, naquela noite, esperando a ligação de Ludovico confirmando a chegada na Itália. Mas quando entrou no quarto, Sam estava deitado na cama, acordado o aguardando.

Sam: Dean, seu avô já entrou em contato?....(Perguntou calmamente, enquanto Dean passava pelo quarto em direção ao banheiro).

Dean: Sim, e chegaram bem....(Respondeu ansioso, sendo percebido por Sam).

Sam esperou Dean tomar seu banho, e quando ele sentou na cama, ambos em silêncio, Sam abraçou suas costas largas, recostando seu peito nas costas dele, enquanto ele deixava o ar sair de seus pulmões lentamente, surpreso com o abraço recebido.

Dean: (Segurou as mãos de Sam sobre seu peito, afagando a pele de suas mãos).....Amor, que foi?....Eu já vou me deitar com você.

Sam ficou com a cabeça encostada nas costas de Dean, ouvindo ressoar de sua voz e as batidas de seu coração acelerado, querendo poder ter Dean o mais perto possível.

Sam: Você quer ir para a Itália, rever sua família, Dean?.....(Falou bem calmo, para não espantar Dean)....Você parece estar sofrendo demais com a partida de seu avô.

Dean se virou e segurou nas mãos de Sam, o encarando.

Dean: Sammy, está tudo bem, eu sentirei muita falta deles, e quero muito ir para a Itália, para poder rever minha mãe e avó, mas eu quero ir com você e esse não é o melhor momento para você, e eu compreendo isso.....(Foi sincero, apesar de ocultar o medo de não conseguir estar sozinho com Sam).

Sam: (Abaixou a cabeça e se deitou)....Eu também quero ir com você, mas se tivesse me dito isso antes, eu teria forçado você ir com eles, como queria.....não quero que fique triste aqui.

Dean: (Se deitou ao lado de Sam, ficando de frente para ele)....Eu não estou triste.....(Acariciou a pele lisa do rosto de Sam).....eu estou muito feliz com você aqui ao meu lado, mas eu fico preocupado.....(Encarou os olhos curiosos de Sam)....eu tenho medo de te machucar de alguma forma, de não conseguir cuidar de você direito...(Suspirou pesado)....é isso, Sam.

Sam não disse nada e subiu seu corpo sobre o de Dean, se deitando sobre ele, encaixando suas pernas nas laterais do corpo de Dean, e se curvando sobre o peito dele, até ficar com o rosto na altura do rosto de Dean.

Sam: Você nunca vai me machucar, eu confio em você....(Beijou os lábios de Dean, apertando seus lábios contra o dele para sentir a boca carnuda de Dean).....ninguém cuidaria de mim com mais amor que você, não tenha medo de nada.....eu sei que estou meio abalado, mais eu não quebro, não mais....porque você me fortaleceu.....(Encostou sua boca no ouvido de Dean).....Eu te amo, meu amor.

Dean sentiu todo o seu corpo arrepiar com a voz de Sam sussurrada, ficando atordoado e excitado, deixando todo o seu corpo quente, e assim, puxou a cabeça de Sam, com carinho para um beijo profundo, como há muito tempo não tinham. Dean não se conteve, e suspendeu seu tórax de encontro a Sam, o ajeitando sobre seu colo, colando seus peitos, separados pelo tecido do pijama de ambos.

Sam se acomodou sobre o quadril de Dean, tendo sua boca devorada por ele, enquanto sorria em meio ao beijo, aliviando sua saudade do corpo amado de Dean, e suas reações de desejo, como aquela. Sam teve seu corpo enlaçado pelos braços de Dean que davam a volta em suas costas, enquanto erguia a cabeça para dar espaço para Dean atacar seu pescoço, com beijos quentes e lambidas, que logo terminavam de volta em sua boca, em beijos ardentes e cada vez mais intensos, o fazendo arfar e sentir sua ereção latejar, se encaixando na de Dean, que já mostrava estar muito excitado também, permitindo ser tocado pelas mãos exploratórias de Sam, em todos os lugares, por debaixo da camisa.

Dean prendeu Sam sobre seu membro duro, não deixando que ele movesse seu quadril, desesperado, excitado ao extremo e não querendo gozar com os movimentos dele sobre si, já que estavam tanto tempo sem fazer amor um com o outro, e não queria assustar Sam. Dean segurou a cabeça de Sam, o beijando sem parar, mas estalou no momento em que sentiu a mão de Sam descer entre os seus corpos, e ir direto para seu membro, querendo o aliviar.

Dean: Pára, amor......(Sam continuou, querendo tocar diretamente na pele do pênis de Dean, adentrando a mão em sua calça de pijama).....Sammy, pára, por favor......eu não vou conseguir me controlar, se fizer isso.

Sam: (Sorriu na boca de Dean).....Não, eu quero muito, eu quero você Dean. Me deixa te tocar, vai.

Dean brigando consigo mesmo, afastou seu peito do corpo de Sam e segurou sua mão, a levando de volta para suas costas, enquanto via o olhar perdido de Sam.

Dean: Eu não quero, não quero desse jeito....eu disse que não conseguiria me controlar....porque eu amo você e desejo muito fazer amor com você, mas eu quero com calma, sem pressa, sem essa excitação extrema, que pode fazer com que você desista de ser tocado por mim, bem no meio do nosso momento.....(Sam abaixou o olhar, mas Dean levantou sua cabeça para o encarar).....não quero que se sinta mal, eu não estou te rejeitando, de modo algum, eu te amo demais para que pense nisso, um só segundo que seja....eu só quero que você consiga se entregar até o fim, até que eu escute seu grito de prazer no meu ouvido, e não você chorar de novo, entendeu?.....(Perguntou olhando dentro dos olhos de Sam).

Sam: (Se abraçou a Dean com força).....Eu amo você, amo muito mesmo, Dean.

Dean: Também te amo, minha vida.

Dean segurou firme no corpo de Sam, o deitando novamente, sobre o seu peito, tendo uma das pernas dele no meio das suas, deixando as respirações se acalmarem, assim como suas doloridas ereções. Dean beijou e fez carinho o tempo todo na cabeça de Sam, até ele dormir, mais de uma hora depois. Dean ficou pensando em como seria no dia seguinte, e o que poderia fazer para poder diminuir a intensidade da entrega final de Sam, tendo em vista que ambos não conseguiriam se conter tanto, ao ponto de irem com calma, no momento exato. Dean dormiu sorrindo com a certeza de que ele saberia muito bem cuidar de Sam, afastando seus medos, com algumas idéias para poderem se amar novamente.

 

CONTINUA....


Notas Finais


Obrigada amados
pelo enorme carinho.

Amo vocês e seus comentários.

Responderei a todos como sempre. BJSSSSSSSSSSSSSS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


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