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História Anjos Solitários - Wincest - Humilhação por medo


Escrita por: Takealookmenow

Notas do Autor


Olá amigos,


Segue mais um capítulo,
Cheio de fortessss emoções.

Espero que gostem.

Desculpem os erros.

Ótima Leitura !!!!

Capítulo 6 - Humilhação por medo


Fanfic / Fanfiction Anjos Solitários - Wincest - Humilhação por medo

 

Castiel estava sentado em um banco público, na beira de um pequeno lago, aguardando, pacientemente, por Baltazar, ainda dentro do campus da faculdade, onde o caído lecionava, precisava lhe falar sobre seu pedido, que tinha levado ao conhecimento de Deus. E assim que Baltazar o viu, se aproximou do arcanjo e sentou-se ao seu lado.

Baltazar: Olá irmão.

Castiel: Não somos mais irmãos, Baltazar, já te disse.

Baltazar: Tudo bem Castiel, gosto de pensar assim...(Olhou para o céu)....Em muitas religiões humanas, eles se tratam por irmãos, mesmo não havendo parentesco, simplesmente por amarem uns aos outros, assim como devemos nos amar. Mas gostei muito de ver você aqui novamente.

Castiel: Pois é Baltazar, venho lhe trazer a notícia de que intercedi junto a Deus, para que lhe conceda o perdão. E Ele aguarda o desenlace de sua vida, para julgar seus pecados, e se o merecer, será perdoado e entrará no reino dos céus como uma alma humana que termina sua passagem terrena.

Baltazar: (Com os olhos cheios de lágrimas)....Obrigado Castiel.

Castiel: Mantenha-se firme no propósito de agradar a Deus, não foi pelo meu pedido que Ele o receberá e julgará, foi por suas boas ações depois que caiu e pelo seu arrependimento sincero. Não somos e nem nunca mais seremos irmãos, mas lhe tenho em alta estima e admiração Baltazar.

Baltazar: Admiração ?

Castiel: Todos que inspiram o merecimento da bondade de Deus sobre si, merecem ser admirados, por seus atos que levaram a Deus a ter complacência. E como você disse, na qualidade de humano, você seria meu irmão, e na qualidade de arcanjo, lhe tenho como um amigo.

Castiel se levantou e ficou mais próximo da beirada da água do lago, o olhando fixamente, com uma expressão de melancolia.

Baltazar: Obrigado novamente, então, meu amigo. Mas o que lhe entristece ?

Castiel: Não há porque inventar subterfúgios para você, meu coração está pesado por um amor que não me pertence e que muito menos não me é aprazível.

Baltazar: Dean Fatinelli.

Castiel: Sim. Ele me atormenta, me faz duvidar e me entristece. Como pode, eu um arcanjo, amar uma criatura que contém mal em si? E que por livre arbítrio ama a dois outros, e menos a mim. Isso me causa sentimentos ruins, como o ciúme. Passei esses meses sob a égide de Deus, para aliviar minhas dores, porém o Senhor somente me abençoou, abençoou o amor que sinto, mas não o arrancou de dentro de mim, não me deu o alívio que eu buscava, não me condenou por amar um vampiro, e nem me condenou por meus atos, provocados por esse amor. Eu os confessei, a todos, inclusive os meus últimos atos, e Ele somente me abençoou. Estou muito confuso, Baltazar.

Baltazar: Deus é amor, Castiel, e ele conhece a pureza de seu sentimento, independente de por quem seja, ou dos atos que tenha praticado, se esses não lhe condenaram aos olhos do Senhor, não há com o que se confundir. Deus abençoa todos os tipos de amor, que sejam verdadeiros e puros como o seu é. O vampiro pode ter o mal em si ou cometer abomináveis atos, mas não é você, à ele pertence colher os frutos do mal praticado e não à você, que somente amou, e é livre de pecados. Deus jamais poderia recriminar seu amor por qualquer que fosse a criatura, até mesmo se fosse um demônio, porque no seu coração, o seu amor é puro e verdadeiro.

Castiel: (Sorriu)...Você é realmente um letrado, meu amigo, há grande sabedoria em suas palavras, aliviou o peso em meu peito. Creio que tens razão no que diz.

Baltazar: Castiel, eu aprendi, mas não foi em livros, meu amigo....(pausou, suspirou fundo)......foi por amar demais a um arcanjo que traiu a Deus. Diferente do que todos pensavam, eu amei e me envolvi num relacionamento íntimo com Gabriel, não éramos somente anjos lutando pelo mesmo ideal errado, nós fomos amantes. Eu o amei com loucura, e concordei em trair a Deus por esse amor, que nada me acrescentava, que só me machucava. Gabriel foi um carrasco para mim, me usou e me humilhou de todas as formas que possa imaginar, inclusive mantendo outros relacionamentos em conjunto comigo. Mas mesmo assim, eu permaneci ao seu lado, até o momento de sua morte, e nem mesmo nesse momento, eu fui amado por ele.....(Fechou os olhos, relembrando)....fui ferido e expulso do céu, por Miguel, antes de exterminar a todos os outros seguidores de Gabriel. Por isso te digo, que seu coração é puro no sentimento, que não o levou a atos que maculem sua alma, como o meu não foi, eu enlouqueci e me deixei contaminar por Gabriel, e você não, você ama o errado, mas errado não é você. Eu abracei o mal, acreditando que era por amor, mas não era, era por loucura, por degradação,  o é amor não é assim. O verdadeiro amor é o que sente, é puro e inocente.

Baltazar: (Pausou e mirou as águas do lago)....E agora quem é o sábio ?...(Riu triste, e já começou a retornar o seu caminho).

Castiel ficou admirado com o que havia sido dito naquela conversa, que abriu seus olhos e acalmou mais ainda seu coração.

Castiel: Baltazar ! ...(Chamou o caído que se voltou para ele).

Castiel: Obrigado irmão. (Sorriu e sumiu).

 

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Uma semana depois do beijo.

Dean não procurou mais Sam, estava mortificado com seus próprios atos descontrolados com relação a ele, e depois que chegou na mansão, no dia do beijo, ficou horas chorando no colo de Castiel, que o acolheu como o amigo que era e ouviu todas as suas lamúrias sobre a culpa que sentia de ter traído a memória de Benedict e se apaixonado novamente. Voltando à estaca zero, ou seja, com medo e repelindo a idéia de se dar uma chance com Sam, de seguir o seu amor recém despertado por ele. Toda aquela coragem de procurar por Sam e lhe roubar um delicioso beijo havia sumido.

Castiel somente ouviu tudo, inclusive tudo que envolveu o beijo deles, e dos sentimentos de Dean, e era mais difícil do que imaginava, ouvir Dean falar sobre paixão, quando nunca o ouviu dizer que o amava nesse sentido, quando estavam juntos, e não conseguiu o aconselhar, e somente balbuciou alguma coisa que ele deveria conversar com Baltazar, que era um homem muito sábio, que sabia muito sobre a vida e sobre Sam.

Sam passou os dias em real agonia, sem saber o que fazer, como reagir. Não aceitou se encontrar com seu avô para planejar nada da caçada à Dean, porque, no momento, seus pensamentos eram todos dele, mas eram pensamentos cheios de esperança e de desejo, e não conseguiria conciliar com intenções de o caçar, mesmo que tivesse que contar uma mentira para seu avô, para disfarçar a verdade de que não queria mais seguir com plano nenhum contra o vampiro, que ele havia se apaixonado perdidamente.

Sam dormia e acordava pensando em Dean, sentindo um vazio deixado por ele, tentou ligar para ele algumas vezes, no número do cartão, para pelo menos ouvir sua voz, mas ninguém atendia, o deixando cheio de dúvidas se Dean realmente tinha dito que tinha pensado nele por seis meses, se ele tinha interesse nele, se ele não tinha se decepcionado com o beijo, se ele se arrependeu, eram muitas dúvidas sem respostas.

Sam estava sem saber como continuar vivendo aqueles dias sem ter certeza de nada com relação a Dean, tinha medo de que ele sumisse para sempre. Passava horas na internet buscando informações sobre Dean Fatinelli, tentando saber onde poderia localizá-lo, já não estava se aguentando mais de ansiedade, e, até na mansão de Connecticult esteve, e pelo interfone os empregados informaram que ele estava viajando. Lhe sobrou o silêncio de Dean, aquele vazio na alma, e uma foto dele que imprimiu de uma reportagem na internet. E cada minuto do dia a olhava com esperança, e, muitas vezes de madrugada, quando a agonia chegava a sufocar, se abraçava a ela, tentando sentir algum refrigério para sua solidão.

 

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Depois daquela semana inteira de distanciamento de Dean, com relação a Sam.

Baltazar terminava seu dia de trabalho, quando sentiu a presença diferente e ao mesmo tempo conhecida, às suas costas.

Baltazar: A que devo tamanha honra, Sr. Fatinelli. Senão for morder meu pescoço, eu estou de saída, gostaria de tomar um café comigo?

Dean: Olá Baltazar, jamais morderia um homem tão inteligente e de tão vastos estudos como você, seria uma perda para a humanidade. Aceito o café, desde que seja num lugar calmo, onde possamos conversar.

Baltazar somente fez um gesto com a mão chamando Dean, caminharam até o carro do caído, e seguiram conversando amenidades sobre artes, até uma pequena cafeteria no centro da cidade, bem tranquila e elegante. Sentaram numa mesa mais escondida, um de frente para outro, fizeram seus pedidos, café forte para Baltazar e com creme para Dean.

Baltazar: (Primeiro a puxar a conversa)....Meu amigo, é um prazer estar em sua companhia, mas poderia ter perguntado ao Castiel, não acha?

Dean: Do que está falando?

Baltazar: Sam Winchester, acho que Castiel já sabe de tudo sobre ele.

Dean: Ah sim, imagino...(Sorriu)...ele é meio super protetor.

Baltazar: E ele te ama.

Dean: (Fechou o sorriso)....É isso também.

Baltazar: Não há muito o que saber, o rapaz é muito jovem, não é como nós....(Sorriu)....e o mais importante a saber, com certeza já sabe, ele é de uma família de caçadores e ele mesmo é um caçador, ele ama vampiros e tem interesse especial em lhe caçar.

Dean: Imagino que sim...(Riu sarcástico)...e obrigado por mandá-lo até mim, para me avisar.....(Fez gesto de juntar as mãos como em oração para agradecer).....mas o que me traz até você não é somente isso....eu tenho a leve desconfiança que você sabe mais do que disse a Castiel sobre quem é esse garoto, que como descobriu tem o mesmo sobrenome que o meu, quando era humano. Quero saber até que ponto vai esse grau de parentesco, se é que existe mesmo.

Baltazar: Fatinelli, como disse a Castiel, foi simples chegar a ligação de vocês com o estudo da árvore genealógica do garoto. O garoto teve um tetravô, quatro gerações antes da dele, que teria como irmão, um Allan Winhester, cujos registros na Inglaterra constam como a família inteira de Allan e ele próprio, mortos na peste negra por volta de 1665, e havia um homem chamado Dean nascido nessa família inteira, era justamente um dos filhos de Allan, e não se tem registro de encontrarem o seu corpo, assim como tem registros de encontrem os corpos dos quatro outros membros da pequena família de Allan, conforme os sanitaristas escreveram nos registros, após marcarem a casa, e deixaram a observação que o corpo do filho homem mais novo do casal estava ausente na coleta. Aí, foi só ligar os fatos aos antigos papéis da triste época e tocar no sobrenome Winchester com Castiel e ver a reação dele, que confirmou o que eu já desconfiava muito, que você era o Dean daquela mesma família. Naquela época era muito raro esse nome, também.

Dean: (Revivendo seus momentos na família original, com lágrimas nos olhos)...O meu pai, Allan Winchester tinha um irmão chamado Roger, que fugiu da peste, indo com a família para Portugal, mas meu pai não quis segui-lo, acreditando que a peste não chegaria até Londres. Depois que ele se foi, nós nunca mais soubemos dele.

Baltazar: Eu sinto muito, Dean.

Dean: Eu também, mas parece que ele conseguiu escapar então...que bom...agora eu tenho uns parentes perdidos por aí, né mesmo? (Tentou amenizar o clima e limpou as lágrimas com um lenço).

Baltazar: Sim. E o jovem Sam é o seu primo de quinto grau, se é que isso é possível. (Riu).

Dean: E é um caçador, um maldito caçador.

Baltazar: Também, mas parece que seu interesse nele é muito maior do que somente saber o parentesco, dá ver nos seus olhos.

Dean: Se engana caído, meu interesse nele é puramente familiar, para saber até onde vai meu parentesco com esses que matam minha espécie.

Baltazar: Ah Fatinelli, não o conheço tão bem quanto Castiel, mas certamente, vejo a mentira em seus olhos. Você mente para si mesmo. E vem mentindo há muito tempo, e sabe disso.

Dean: Não vim aqui para ser analisado por você. Não preciso disso.

Baltazar: Eu sei, e sei do que precisa, e ele tem nome e o sobrenome igual ao seu.

Dean: Cala a boca, você não sabe de nada. (Se levantou, enfurecido).

Baltazar: (Agarrou o braço de Dean)....Sente-se por favor, não estamos aqui para brigar. Eu realmente quero te ajudar, mas você tem que deixar. Eu não tenho tantos modos angelicais como Castiel, e nem sei ser tão calmo e resignado como ele, assim, por favor, sente-se, antes que eu mesmo desista de lhe ajudar de alguma forma.

Dean bufou, mas acabou aceitando a ordem do caído, que logo em seguida, com mais calma, contou tudo que sabia sobre Sam Winchester, tudo que já havia contado a Castiel.

No final da conversa, Dean se sentia mais angustiado ainda, porque além de tudo, Sam era seu parente, mesmo que distante, e era um caçador, que ainda estava o caçando. Como poderia se deixar levar por aquela paixão que sentia queimar dentro de si, se ele era um caçador que há bem pouco tempo, estava tentando lhe enredar em algum tipo de armadilha para lhe caçar e por isso esteve em sua casa. Quem era Sam de verdade, e somente uma palavra vinha em seu pensamento, traidor.

Dean não podia amar um caçador, um traidor, um ordinário, era pedir demais que esquecesse seu amor tão puro e tão perfeito por Benny para se entregar a um traidor, um caçador.

Com esse pensamento, não adentrou em momento algum, no assunto do que estava sentindo por Sam, com Baltazar, preferiu deixar morrer o assunto, que lhe trazia tanta mágoa, e somente tirar suas dúvidas a respeito do possível parentesco deles mesmo.

 

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Dean continuava fugindo de Sam, mesmo tendo se passado quase um mês, permanecendo dentro dos Estados Unidos, resolvendo seus negócios, já que preferiu se afundar no trabalho a ter que pensar nele. Viajava de um lado a outro, visitando vários museus e colecionares especiais, para negociar seu acervo e o do clã. Ainda despachando as obras em aeroportos, contratando e acompanhando o trabalho das transportadoras e dos restauradores, caso houvesse necessidade.

Sam aproveitou a nota que tinha saído na internet de que Fatinelli estaria na inauguração de uma galeria em Nova York, como convidado especial, já que quase todas as obras vinham de suas mãos. Sem perder tempo, ansioso como era, pegou o primeiro avião para Nova York, um dia antes do evento. Se hospedou num hotel mais barato e mais próximo do lugar, e comprou, na mão de um cambista, o ingresso para a inauguração, pagando o dobro do valor, sem se importar, apesar do pouco dinheiro que tinha, quase contado para comprar a passagem de volta.

Dean estava extremamente bonito no seu terno Armani cinza claro no dia da inauguração, e andava no meio da elite de Nova York, explicando a história de cada peça de arte no local, para os admiradores, sendo assediado por quase todas as mulheres e por alguns homens do evento, mas não prestando atenção em nada que não fosse uma obra prima de arte em exposição.

Castiel estava, igualmente, vestido com extrema elegância, todo de preto, terno e a camisa social que o acompanhava, e estava, quase o tempo todo, distante de Dean, trocando opiniões sobre as peças, toda vez que parava diante de alguma. A sala era enorme e estava dividida por grandes telas brancas, onde eram projetadas imagens das peças, cada parte da divisão trazia um tipo de arte diferente, um box com esculturas, outro com pintura, outro com objetos raros, e assim por diante.

Castiel foi o primeiro a notar a presença de Sam no local, quando esse entrou na parte dos quadros, onde Castiel admirava um obra de John Singleton Colpley, que retratava tropas inglesas invadindo uma rua da área urbana dos Estados Unidos de 1700. Sam parou ao lado de Castiel, que olhou para ele com certo ar de riso, deixando Sam encabulado.

Castiel: Você é realmente muito determinado, não é ?

Sam: (Sorriu para o arcanjo)...Sim, e tenho um motivo muito mais forte agora.

Castiel: (Sacudiu a cabeça, divertido, sorrindo)...Imagino que sim....e ele está do outro lado da sala, mas daqui a pouco nós iremos servir um coquetel para os convidados e ele deverá ir a sala reservada, que fica a sua esquerda.....(Apontou uma porta)...para tomar nota de suas observações e dos pedidos que lhe passaram durante o evento. Assim se quiser....(Fez um gesto com os ombros, dando a entender que era a dica para ele ir para a sala esperar Dean).

Sam: Obrigado, Sr. Novak. Muito obrigado.

Sam saiu, e, olhando de um lado pro outro, entrou sorrateiramente na sala reservada, deixando Castiel sorrindo sozinho.

Não demorou mais do que vinte minutos para começarem a servir o coquetel e Dean entrar na sala reservada, composta de sofá em formato de L, com carrinho com bebidas e alguns aperitivos de frente a esse, e vários Pufes espalhados no chão, de tamanhos, formas e cores diferentes, em volta de uma mesa de centro com alguns pequenos blocos e canetas, justamente, destinados para anotações dos convidados.

Sam ficou em pé em frente a uma janela de vidro escurecido, observando o movimento na rua, quando ouviu a porta abrir e se fechar, e sem esperar, olhou para trás, vendo Dean entrar na sala de cabeça baixa, já com um bloco e caneta na mão, escrevendo alguma coisa.

Sam: Gostaria muito de saber o porquê você continua fugindo de mim?

Dean quase deu um pulo com o susto, pois estava tão distraído que nem sentiu a presença de Sam, e muito menos o tinha visto, ali parado, com um semi smoking preto com camisa social branca, tradicional, que era a roupa mais elegante que tinha, comprada para o casamento de Bobby, que deu Graças a Deus que ainda lhe servia. Estava lindo, com o cabelo bem arrumado e penteado para trás.

Dean se sentiu incrivelmente amedrontado pela surpresa e o que ela significava, pois a última pessoa que pensou ou intencionou encontrar, era Sam. Ficou instantaneamente nervoso.

Dean: Desculpe, acho que não entendi direito.

Sam: Você sempre foge de mim, ou estou enganado? (Disse, sorrindo com covinhas no rosto, e foi se aproximando de Dean).

Dean estava encantado com aquele sorriso tão lindo, e não se deu conta de que Sam se aproximava, ficou olhando para ele e pensando um meio de conseguir resistir e fugir dali o quanto antes. Quando Sam estava quase a sua frente, acordou de seus devaneios e deu a volta na sala, ficando o mais distante possível, decepcionado Sam.

Dean: Você está enganado, eu sou um homem muito ocupado no momento. Inclusive gostaria de pedir desculpa pelo meu comportamento na faculdade, eu não quis lhe ofender, por favor, me perdoe. (Se curvou levemente).

Sam: Me ofender ? Agora quem não está entendendo nada, sou eu. Como você poderia me ofender, me beijando ?

Dean: É isso....me desculpe !...Eu estava chegando de uma longa viagem naquele dia, acho que estava um pouco cansado e não estava no meu estado normal, acabei indo a faculdade procurar um amigo, quando te vi por lá...e me comportei daquele forma vergonhosa.

Sam: Eu juro que se eu não estivesse ouvindo isso, não acreditaria. Você me beijou e fugiu, depois de confessar que tinha pensando em mim durante meses, então porque está agindo assim, tão indiferente ?

Dean: (Sentiu uma pontada de remorso, por ver os olhos tristes que o fitavam)...Escuta, eu só acho que me precipitei demais...eu realmente pensei em você depois do dia da festa do meu aniversário, porque você ficou com uma imagem um tanto misteriosa, e isso me chamou a atenção, só isso. Eu não fugi de você, eu passei mal no dia da festa....(mentiu)....e na faculdade, eu fui embora porque fiquei embaraçado com meu próprio comportamento leviano. Novamente, me desculpe.

Sam observou Dean dizer cada palavra e as ouviu, não querendo de forma alguma, acreditar que tinha se iludido tanto durante aquele mês todo, longe de Dean, depois daquele beijo arrebatador.

Sam: Então aquele beijo, não significou nada para você?....Além de matar sua curiosidade, para saber se eu era real mesmo ou não, para esclarecer a minha imagem misteriosa da sua cabeça. (Disse já com a voz embargada).

Dean assentiu firme com a cabeça. Fez um silêncio, para digerir todas as palavras que tinha dito e as palavras de Sam, com as quais concordou, sabendo que estava magoando muito a  ele. Ficou estático, com o coração a mil por hora, sentindo o peso das palavras de Sam lhe atingirem.

Dean: Eu não queria que tivesse pensado que aquele episódio sugeria que eu sentisse algo por você, e justificasse você ter vindo até aqui me procurar. Eu deixei claro que aquele beijo não foi nada demais na minha vida, quando eu não te procurei mais, não deixei ? Pensei que você faria o mesmo, e não me procuraria mais também, não é assim que as coisas acontecem, quando não tem importância, tipo um encontro banal, como o nosso foi......(Ficaram em silêncio uns instantes, Sam digerindo as palavras tão cruéis de Dean)......Bom....Você precisa de ajuda para voltar para Connecticult ? Você é estudante, né? Deve precisar de dinheiro, para voltar, certo?.....(Sabia que essas seriam as palavras chaves para matar qualquer sentimento em Sam e nele mesmo, pois Sam nunca mais olharia na sua cara, depois de o humilhar dessa forma, oferecendo dinheiro).

Sam: (Foi andando em direção à porta, fez sinal de não com as mãos para a perguntas, sem conseguir responder, com olhos cheios d’agua)...Tudo bem, então, eu que tenho que pedir desculpas, por ter vindo atrapalhar seu trabalho, não foi minha intenção.

Sam abriu a porta e antes de deixar o local.

Sam: Eu sinto muito.

Aquela última frase fez Dean desabar, assim que a porta se fechou e não viu mais Sam. Se jogou no sofá sem conseguir se concentrar em mais nada que não fosse a recente presença de Sam em seu dia. Sabia que tinha sido um canalha com ele, mesmo ele sendo um caçador, e talvez o querendo caçar ainda, não justificava aquele tipo de situação, pois o que viu nos olhos dele não era típico de quem não estivesse sentindo nada ou de quem estivesse armando alguma coisa. Era uma tristeza genuína e verdadeira, se sentiu péssimo por ter feito aquilo, mesmo ainda dizendo para si mesmo que era o melhor, acabar antes de começar, ele o amava, e se comportou como se nada sentisse.

Sam quase não sentia o chão sob seus pés, pensou em alguma outra situação que tivesse se sentido pior, e não encontrou, deixou algumas lágrimas caírem de seu rosto, antes mesmo de alcançar a saída, foi visto nesse estado por Castiel, mas não se importou. Estava se sentindo humilhado e usado, como se fosse um trapo velho que não servia para nada. Não se sentia digno de estar à altura de Dean, que era lindo, charmoso, rico e famoso, e ainda tinha poderes de vampiro, e ele era de todo o contrário. Se recriminou muito por ter feito aquela loucura, gastou todo o seu pouco dinheiro para ir atrás de Dean, numa ilusão, e ele ainda lhe ofereceu ajuda ou dinheiro, como se ele fosse uma prostituta barata, nunca foi tão humilhado em sua vida toda. Não conseguiu nem lembrar em que direção ficava o hotel, tamanho seu desespero e se sentou no meio fio de uma calçada qualquer, retirando a gravata e o blazer, os jogando com raiva no chão, por ter sido tão idiota de achar que se arrumando com aquela roupa poderia chamar atenção de Dean. Ficou mais de uma hora sentado no mesmo lugar, chorando e repassando aquele momento na sua cabeça.

Castiel sentiu todas as emoções de Sam, ao se concentrar nele, desde o momento em que o viu sair apressado e chorando da galeria, ficou muito preocupado com o garoto, sozinho naquela cidade perigosa, e, tão desnorteado daquele jeito. Foi até Dean, e o encontrou no sofá, cabisbaixo, tentando inutilmente escrever algo no bloco de papel.

Castiel: Dean, ele veio de outro Estado para poder estar com você, para não deixar você fugir mais dele, ele estava cheio de esperanças quando eu o vi entrando nessa sala, e destruído de tanta tristeza quando o vi sair, chorando em meio aos convidados. Só te faço uma pergunta, você sabe realmente o que está fazendo ?

Dean: Castiel, eu não pedi nada, eu não pedi que ele estivesse aqui, que viesse atrás de mim. Ele veio porque quis, não posso fazer nada. (Disse num tom frio, disfarçando a dor de saber que o tinha entristecido tanto, e o feito chorar).

Castiel: Você....(Estava com raiva na voz, andou de um lado para outro).....Você quer saber mesmo o que eu acho disso?.....(Dean o encarou)....Você nunca vai saber o que é amar e não ser correspondido, da mesma forma, por isso que agiu assim com ele, por isso que o feriu desse jeito..... (Castiel ficou furioso com a reação do amigo, e deixou escapar essa real observação, que também dizia respeito a si mesmo e o machucava).

Dean: Cass...eu...eu não queria...por favor. Vai atrás dele por mim, e ajuda ele de alguma forma, por favor. (Ficou nervoso e sentiu a raiva na voz do anjo).

Castiel: Não. (Era a primeira vez que Castiel dizia não a Dean, e isso o assustou muito).

Dean: Não? ? ?

Castiel nem olhou para Dean e sumiu, revoltado com a atitude de Dean, que atirou todos os objetos da sala contra a parede com a força de seu pensamento, da raiva que estava sentindo de si mesmo, pela idiotice que fez com Sam, e também com raiva de Castiel, por jogar aquelas palavras tão verdadeiras na sua cara e sumir.

Sam se levantou sem forças, deixando as roupas no chão mesmo, afinal não precisaria mais delas, não tinha mais a quem tentar agradar. Foi andando pelas ruas do centro de Manhattan, se sentindo pior ainda, além de humilhado, se sentia uma formiga no meio daqueles arranha céus, quando estava passando por um beco, foi empurrado com toda força contra uma parede suja e pichada, após ser arrastado mais para dentro do beco. Após o impacto com a cabeça e as costas na parede, viu um garoto com uma faca enorme em seu pescoço, com os olhos vitrificados e ofegante, parecia em crise de abstinência.

Ladrão: Passa a grana !!!!

Sam: Eu não tenho dinheiro, eu estou sem nada aqui.

Ladrão: Cadê a carteira, amigo, se estiver mentindo, vou te cortar.

O próprio ladrão enfiou a mão no bolso de trás da calça de Sam, e arrancou a carteira, a abrindo, sem nem prestar atenção a Sam, que também não conseguiu reagir, por causa do susto e da dor que sentia na cabeça.

Ladrão viu que não havia dinheiro, além de dez dólares, que pegou e jogou a carteira no peito de Sam, e partiu para cima dele com a faca, o derrubando no chão com força e se sentando sobre seu corpo com a faca encostando no rosto de Sam. O ladrão não era da altura de Sam, só que era bem mais corpulento, além da faca que carregava nas mãos suadas, não permitindo reação de Sam.

Ladrão: Eu podia fazer um furo em você para não ser mais tão burro, mas não tô afim de matar ninguém hoje...está com sorte. (Disse isso, mas deslizou a faca afiada por cima da camisa de Sam, sobre o seu peito, cortando o tecido e a pele, em um corte grande, mais não muito profundo, que logo manchava de sangue toda a sua camisa clara. Sam tentou se desvencilhar do ladrão, mas não conseguiu, quando esse lhe desferiu vários socos nas costelas, tirando todo o ar de seus pulmões, e depois lhe dando dois fortes socos no rosto, puxou seus cabelos com força, bateu a sua cabeça no chão com muita firmeza e saiu de cima dele e correu para longe, com a nota de dez dólares na mão. Tudo muito rápido.

Sam não conseguia se levantar, seu peito doía muito, não conseguia respirar direito e sua cabeça que já estava ferida antes, piorou com essa última batida no chão. Seus olhos estavam começando a ficar pesados, e sabia que não poderia se entregar ainda, pois poderia ter alguma fratura nas costelas e isso o mataria, senão pedisse socorro. Se arrastou pelo chão, deixando uma trilha de sangue de seu peito no cimento liso do chão, com muita dificuldade pegou o celular, que o ladrão não levou, no seu outro bolso da frente da calça, e tentava discar o número de emergência, mas seus dedos estavam cheios de sangue e não conseguia.

Dean: Sam...Sam...oh que droga !!! O que aconteceu aqui ? Onde você está ferido?...(Dean chegou ao local e viu Sam se arrastando no chão sujo e  cheio de sangue, e tentou levantar Sam do chão).

Sam se assustou vendo Dean perto dele, e tentou o afastar com a mão estendida fracamente em sua direção.

Sam: Não...por favor, não.

Dean: Hei, calma, eu vou te ajudar. (Tentou pegar Sam no colo, com medo de o ferir mais, e apavorado dele ter sido ferido fatalmente, já que não conseguia enxergar onde estava ferido, devido a quantidade de sangue em seu peito).

Sam fez sinal de negação com a cabeça, com a mão no peito, respirando com muita dificuldade e tentou continuar se arrastando para longe de Dean, não queria que ele o humilhasse mais, o vendo naquele estado.

Dean: Pára com isso, eu só quero te ajudar. (Segurou nas duas mãos de Sam).

Sam: (Mostrou para Dean as palmas das mãos)...Sangue...você não pode....não quero sua ajuda...não preciso de você...não quero que me veja assim...vai embora.....(Desmaiou sem conseguir completar a frase, que expressava medo de que Dean vendo o sangue pudesse o morder, revelando inconscientemente que sabia da identidade de Dean, e também querendo que ele fosse embora para não humilhá-lo mais).

Dean segurou Sam no colo, e o levou o mais rápido que conseguiu para o hospital, já que tinha saído atrás dele sem carro, somente utilizando seu poder e força para correr depressa, sentiu que Sam estava em perigo, assim que saiu da galeria e com isso se adiantou em procurá-lo por todo lugar, até se deparar com um jovem vestido de preto, pálido com cabelo oleoso correndo de um beco com uma faca suja de sangue nas mãos, e assim que cruzou com aquele humano asqueroso, sentiu a presença de Sam por perto.

 

CONTINUA...


Notas Finais


Pessoal amado,

Obrigada pelo carinho e por comentários tão maravilhosos,
cheios de observações do capítulo, que me deixam muito, mas muito feliz que
estejam vivendo a história junto comigo.

OBRIGADA por comentarem e acompanharem.

BJSSSSSSSSSSSSSS!!!!!!!!


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