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História Anjos Solitários - Wincest - Humildade em Deus


Escrita por: Takealookmenow

Notas do Autor


Olá amados amigos,

Segue mais um capitulo,
da reta final.

Desculpem os erros,

Ótima leitura !!!

Capítulo 61 - Humildade em Deus


Fanfic / Fanfiction Anjos Solitários - Wincest - Humildade em Deus

 

Sam: Pensei que vampiros não se casassem.....(Falou baixinho, sorrindo contra o ouvido de Dean).

Dean sorriu, ainda de olhos fechados, tinha acabado de acordar, e quando se remexeu na cama, foi interpelado com a fala de Sam, que estava o abraçando pelas costas, do mesmo jeito que adormeceram na noite anterior, quando Dean tinha feito “o pedido” a Sam.

Dean: E eu achei que você estivesse dormindo ainda.....(Se virou sem se afastar dos braços de Sam, e o encarou, sustentando o lindo sorriso).

Sam: Eu tentei...(Bufou)....mas acho que fiquei um pouco ansioso demais.....(Fez um carinho no rosto de Dean que o olhava de lado com a cabeça enterrada no travesseiro)....eu passei a noite quase toda te vendo dormir.....e....(Beijou o rosto sorridente de Dean)....me convencendo que não estava sonhando.

Dean: Não está......realmente iremos nos casar....Sam...(Falou revirando os olhos, brincando com Sam, se ajeitando no travesseiro).

Sam: De onde você tirou essa idéia, Dean?....(Sorriu olhando para o alto, articulando seus pensamentos)...sabe....eu queria saber....eu fiquei pensando nisso também...e.....eu jamais poderia imaginar que pudéssemos firmar um compromisso igual ao dos humanos...algo como casamento....(Riu de suas próprias ideias).

Dean: Nós podemos tudo, Sam....e quando mudarmos de identidade novamente....podemos nos casar de novo....o que acha disso hein.....(Riu, pegando a mão de Sam e beijando seus dedos)....e cada vez que casarmos podemos fazer tudo diferente, só pela diversão....inclusive comprar novas alianças...(Beijou o dedo anelar de Sam).

Sam: Você é lindo, sabia?.....(Beijou o rosto de Dean).....mas não me disse de onde tirou essa idéia....(Insistiu).

Dean: Eu só pensei que se tornarmos nossa união oficial, e fizéssemos isso na frente das pessoas que amamos....nos sentiríamos mais seguros um com o outro.....(Notou o olhar de desconfiado de Sam e abaixou a cabeça para o travesseiro novamente, sorrindo sem graça).

Sam: Você fez isso por mim né?....Você teve essa idéia por minha causa....para eu não sentir mais esse medo de te perder....de eu acabar afastando você de mim...(Passou a mão no próprio peito)....Você quer que eu me sinta seguro ?....E não me sinta mais com tanto medo assim.....que eu não me sinta sufocado por cobranças....é isso, Dean?....(Perguntou encabulado, um pouco nervoso, mas visivelmente satisfeito pela idéia).

Dean: (Voltou a olhar para Sam, que estava com seu jeito de menino, meio tímido).....Eu quero fazer isso por nós dois....(Colocou a mão sobre a dele, em seu peito)....por você, para se sentir seguro comigo, e por mim, para que eu possa ver um sorriso nesse rosto lindo todos os dias de minha eternidade....(Sorriu e arrancou um imenso sorriso de Sam também)....eu te amo, e nada mais justo que eu queira você para mim.....(Apertou a mão de Sam, e colocou um dedo contra sua pele, o cutucando de leve)....e só para mim...(Falou encarando Sam, ainda sem desmanchar o sorriso).

Dean tinha realmente pensado a respeito do casamento, como uma forma de deixar Sam mais seguro, para que ele pudesse ter certeza de que não iriam mais se separar, por brigas tolas, ou por qualquer outro motivo que justificasse a perda do compromisso entre eles. Além do que, toda a segurança que queria passar para Sam, demonstraria que ele não precisava se sentir ofendido por aceitar ser sustentado por ele também, já que tinha notado como ele tinha ficado quando tocou no assunto de poder assumir o custo da faculdade de direito num futuro.

A realidade era que Sam não tinha mais um trabalho remunerado, não tinha mais a faculdade e ainda tinha que custear seu tratamento psicológico, mesmo sendo o profissional indicado pela faculdade, em algum momento, teria que pagar pelos serviços prestados, e Dean queria que ele tivesse o melhor sempre, não queria que ele passasse necessidades novamente, nunca mais. E com o casamento, Sam não teria porque se negar a permanecer ao lado de Dean, por orgulho de aceitar compartilhar sua riqueza, e assim viveriam melhor, sem sentimentos ruins que pudessem atrapalhar a convivência deles, pensou Dean. O casamento era a sua melhor idéia para garantir um Sam em paz consigo mesmo, nessa nova vida. Assim, mesmo ao estilo humano, iriam celebrar e exaltar o amor que sentiam um pelo outro, o que Sam, que tinha acabado de ser transformado, entenderia perfeitamente, que era uma grande prova de amor e de união, vinda de Dean, já que ainda carregava todos os costumes humanos em sua mente.

Sam: (Riu do jeito espontâneo e divertido de Dean)....E você também....não pode nem olhar para o lado mais....entendeu bem?....(Entrelaçou os dedos na mão de Dean).

Dean: Sam, eu nunca olhei para ninguém, depois que conheci você....(Falou rindo, imitando estar enfadado a respeito da verdade).

Sam: Não quero saber....não pode mais ficar flertando por aí.....e isso incluí o Castiel...(Riu alto da brincadeira com fundo em seus ciúmes).

Dean: (Levantou rápido, se sentando na cama e agarrando Sam, o apertando em seu peito).....Deixa de ser bobo, eu nunca olhei pro Castiel com malícia, depois que terminamos....você sabe disso...(Beijou seu pescoço e rosto várias vezes, e ambos riram)...eu só tenho olhos para você, amor....ainda mais agora, todo lindo assim....meu vampiro....meu Sam Winchester....(Colocou uma mecha do cabelo castanho de Sam atrás da orelha).

Sam riu mais alto ainda, e se abraçaram por alguns minutos, e quando voltaram a se deitar, Sam puxando Dean para o seu peito, suspirou alto, olhando para o teto do quarto, feliz, ainda sorrindo.

Sam: Oh....que bom que nosso casamento é verdade, e não um sonho apenas....(Pausou).....nem acredito que iremos ficar juntos e em paz.....(Ficou em silêncio um pouco, imaginando a situação)......então.....teremos muito trabalho pela frente....com todo o planejamento da festa....(Segurou na mão de Dean e a apertou contra seu peito)....Dean Fatinelli.....(Brincou com os dedos de Dean em sua pele, fazendo pequenos círculos sobre eles e sobre a mão dele)....acho que terei que adotar o seu sobrenome, né....(Riu).

Dean se deteve nos seus pensamentos, se recordando que Sam nunca soube seu nome verdadeiro e sua origem, e, muito menos, ainda o parentesco entre eles.

Dean: Na verdade....(Se ajeitou na cama, encarando Sam, ambos deitados, bem próximos, com as pernas entrelaçadas)....meu nome é outro, essa minha identidade não é a mesma de quando eu era um humano....(Sam passou a prestar atenção no que Dean estava dizendo).....meu nome real é Dean Winchester.....(Sorriu fraco)....eu sou da mesma linhagem que você, Sam....somos da mesma família....(Deu de ombros)...assim acho que não vai precisar mudar seu nome.

Sam ficou extremamente surpreso com a revelação, e, se sentou na cama, olhando para Dean com os olhos arregalados, sem compreender direito.

Sam: Como assim?....Você está brincando comigo?

Dean: Não, Sam....é verdade....nós nunca tivemos muito tempo, para eu te contar isso, com calma....mas minha origem é como um dos seus antepassados.....e eu descobri isso, quando me disse o seu nome na primeira vez, quando nos conhecemos...(Falou se recordando)......e foi por esse motivo que eu fugi de você naquela noite....eu fiquei tão chocado com a coincidência, que as memórias da minha vida como humano e tudo que eu tinha vivido até aquele momento, me bombardearam, e eu não tive uma reação muito boa....e acabei me afastando de você, apavorado.

Sam escutou tudo, se lembrando do dia em que se apresentaram, e de como Dean mudou de um homem sedutor a sua frente, para um alguém medroso, que fugiu dele e se escondeu sem nenhuma explicação, o que na época o intrigou bastante, e o instigou mais ainda a descobrir mais coisas a respeito de Dean, que era alvo de sua caçada.

Sam: (Viu a verdade nos olhos de Dean).....Agora....agora...entendo o motivo porque correu de mim e sumiu no meio da festa, me deixando lá, perdido com sua reação tão estranha....(Passou a mão no rosto, atônito).

Dean: E foi por isso também, que eu consegui saber tudo a seu respeito, logo em seguida.....rapidamente, eu soube que era um caçador, e que estava atrás de mim....eu tive a ajuda de Baltazar, que era seu professor, e que me revelou a nossa ligação....somos parentes bem distantes....separados por gerações....mas ainda assim carregávamos o mesmo sobrenome....você veio de um tio que fugiu da peste negra que dizimou todo o resto de nossa família, restando somente ele e sua linhagem, até chegar em John Winchester, seu pai.

Sam conversou por um longo tempo com Dean, que explicou tudo para ele, contando todo seu passado como ser humano e de como se tornou um vampiro, mesmo que Sam já soubesse, Dean o elucidou da história completa, que até então não conhecia. Sam não se sentiu diferente em saber o parentesco entre eles, e nem ofendido pela omissão de Dean, pois a informação, em momento algum, não mudaria, em nada, o que sentiam um pelo outro, e os planos para o futuro.

Dean ficou aliviado com a boa recepção da surpresa por Sam, já que tinha aquela informação como relevante, somente, para o caso de ter que invocar o parentesco com ele, para o proteger e estar junto dele, se Ludovico ordenasse a separação deles, como havia prometido fazer, se Sam o magoasse mais uma vez. Mas, esperançosamente, não precisaria, nunca mais tocar naquele assunto, depois que foi revelado a Sam, pois acreditava que estariam juntos, se amando intensamente, como estavam naquela manhã, e que não voltariam a brigar por motivo algum mais.

Dean e Sam passaram o dia inteiro entre beijos e carinhos, por quase todos os cantos da mansão, aproveitando o momento de união e empolgação de Sam com o casamento, onde queria reunir todo o clã novamente, naquele momento de paz, como ambos haviam pensando, quando da partida dos puros. E o casamento seria a oportunidade perfeita para realizarem o reencontro. Dean queria somente um jantar especial no castelo ou um almoço nos jardins da mansão, mas Sam pretendia algo maior, que envolvesse a todos que ajudaram na guerra da família Fatinelli. Mesmo não chegando a um consenso ainda, ambos concordaram que deveriam esperar mais um tempo, para tudo se acertar melhor, para poderem conviver mais tempo juntos, e ainda se assegurar da recuperação completa de Sam e de Noah. Ainda havia um caminho de volta à normalidade a ser trilhado por eles, que queriam, acima de tudo, estarem unidos mais do que tudo.

 

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Castiel estava visitando o túmulo de Benedict, numa manhã fria com um intenso nevoeiro, sobre o oceano que margeava o cemitério da família Fatinelli, quando percebeu a presença de um anjo atrás de si, educadamente, o esperando terminar suas orações para poder conversar com ele.

Castiel não se incomodou com a presença bondosa e acolhedora, que transmitia paz para si, e prosseguiu sua oração à Deus, pedindo, enfim, que acalmasse o seu próprio coração, diante da saudade que sentia de Baltazar, de toda a falta que ele sentia da vida que tinha junto a ele, da união e do mundo que criaram, só para eles dois, um mundo no qual só existia o amor e a convivência deles, onde viviam intensamente a paixão que sentiam, era um mundo tão diferente e afastado do mundo dos vampiros, para o qual voltava agora, mas que ainda dava graças por o acolher tão carinhosamente, o confortando, como Ludovico estava fazendo, mas mesmo assim, não conseguia conter a saudade que corroía qualquer pequeno momento de paz ou pequenas alegrias.

O túmulo frio a sua frente lhe dizia muito mais do que poderia colocar em palavras para Deus entender o que desejava. Queria não sofrer tanto, e como sabia que não poderia deixar aquele mundo, assim, pedia em oração, encarecidamente, que Deus tirasse um pouco, que fosse, do peso da consciência de que teria que viver a eternidade sem o amor de sua vida. Sua oração tão sofrida era um pedido de ajuda, para que Deus lhe desse calma, e paz em seu coração, de modo que pudesse se dedicar novamente a ajudar todos os humanos e os anjos do céu, cumprindo sua função de arcanjo, que lhe tinha sido confiada. Nunca antes, Castiel, depois da morte de Baltazar, tinha pedido ajuda de Deus, para aplacar sua dor, como estava fazendo, tão desesperadamente, naquela hora.

Castiel terminou sua oração, recolhendo, discretamente, as lágrimas que caíam sobre suas mãos unidas, que não mais possuíam o terço de contas que costumava usar, tendo o deixado sobre o corpo de Baltazar, abrindo os olhos vagarosamente, nessa triste lembrança.

Castiel: Uriel....meu irmão....a que devo a honra de sua presença na Terra?.....(Perguntou assim que terminou suas orações diante do túmulo de mármore de Benedict, contornando o nome dele escrito na pedra, com carinho, como se lembrava que Dean costumava a fazer).

Uriel, o anjo do Deus, o mesmo que tinha recebido Baltazar no céu e o conduziu ao trono do Senhor, se aproximou de Castiel, e humildemente, beijou sua mão, em sinal de amor e respeito, entre irmãos e entre arcanjo e anjo.

Uriel: Arcanjo, estou aqui em nome de nosso pai, que o convoca à sua presença.

Castiel: (Sorriu, tenso, sabendo que o momento do julgamento tinha chegado)....Obrigado, irmão....hoje mesmo estarei na presença do pai....para meu julgamento.

Uriel: (Sorriu meigo para Castiel)....Ele o aguarda, não só para o seu julgamento, grande arcanjo....e espero que esteja preparado para os novos rumos dos planos de Deus em sua vida na Terra.

Castiel suspirou surpreso com a intenção de Deus revelar seus planos para ele, mas conformado, com o que aquilo poderia significar, pensando que seria julgado, e com isso, talvez perdesse sua posição de arcanjo, e até mesmo de anjo, e que Deus teve que planejar seu destino de alguma outra forma, além de o deixar na terra como ser humano comum, como queria, e como tristemente, já tinha pedido.

Castiel: Tudo bem, Uriel, obrigado....(Castiel abraçou Uriel e se afastou, enquanto esse apertava sua mão e sumia).

Castiel fechou os olhos, e cambaleou um pouco, sentindo todo seu corpo formigar com o contato de Uriel, pela presença de Deus impregnada no anjo. Era uma sensação boa, já que tinha se afastado tanto de Deus e do céu, tanto, que aquele suave toque, lhe trazia um arfam de paz, em seus dias nublados de sofrimento , como aquele.

Ludovico: (Que estava na porta do mausoléu e viu a partida do anjo, após presenciar a conversa entre eles).....Meu amigo, você está bem ?...(Perguntou após ter procurado por Castiel no castelo o encontrando somente no cemitério, se aproximando rápido para o segurar, acreditando que ele iria cair).

Castiel suspirou cansado, como se lhe faltasse o ar, se sentindo protegido por seu amigo, que cuidadosamente, o fez sentar no chão, após evitar que caísse com a vertigem passageira.

Castiel: (Bateu suave na mão de Ludovico em seu braço)...Estou bem, Ludovico....é só uma reação à presença de Deus, no toque de Uriel em mim....(Riu sem graça).

Ludovico ajudou Castiel a se levantar, sempre segurando firme em sua mão, com medo do amigo desmaiar, ou algo parecido, pois nunca tinha visto nenhum traço de fraqueza em Castiel, e tinha ficado assustado com aquele jeito dele.

Castiel: (Notou o olhar de Ludovico sobre si)....Fica tranquilo, eu estou bem sim....eu vou ao céu, Ludovico, e como você pôde ouvir.....(Respirou fundo)....talvez esse seja, um adeus entre nós dois, pois não sei qual será meu destino, não sei quais os planos de Deus para mim....então...(Estendeu a mão para Ludovico em despedida).

Ludovico sorriu, sabendo o plano de Deus, e puxou Castiel para um forte abraço.

Ludovico: (Disse no meio do abraço)....Não tenha medo, você vai voltar para nós, para sua nova família.....ainda nos veremos muitas vezes.....(Pausou e fechou os olhos emocionados)....tenho certeza disso....(Separou o abraço e beijou a testa de Castiel, segurando em suas mãos).

Castiel se sentiu amado verdadeiramente naquele momento, tamanho o carinho que via no olhar de Ludovico, e chegou a confiar na palavra dele, de que iria retornar.

Castiel: Como você pode saber isso?....(Deu de ombros, rindo fraco do amigo).

Ludovico: (Soltou as mãos de Castiel e arrumou seu cabelo com carinho)....Eu só sei....mas vá logo, afinal....não se deve deixar Deus esperando, né mesmo....(Sorriu amoroso e deu mais um beijo em Castiel, dessa vez no rosto).

Castiel estranhou as palavras de Ludovico, que traziam tanta certeza, de algo que ele não poderia saber, mas não se deteve mais em questionamentos tolos.

Castiel: Adeus amigo.

Ludovico: Até mais, Castiel....eu te disse.... você irá voltar....então....até mais....(Riu e deu as costas para Castiel, saindo do mausoléu).

Castiel sacudiu a cabeça, achando graça de Ludovico, que vinha se mostrando um excelente amigo, e o esforçava bastante, sempre lhe dando trabalhos para ocupar sua mente, e, o confortando amavelmente quando se abatia, com as lembranças de Baltazar. Ludovico era muito atencioso, e onde quer que Castiel fosse, em breve Ludovico estaria no mesmo lugar, lhe demonstrando carinho e dedicação a cada minuto, lhe deixando à vontade com sua família e com seu castelo. Ludovico, até, obrigava Castiel a comer novamente, o interrogando sobre suas comidas e bebidas prediletas, para a elaboração de um cardápio diário somente para ele. Castiel apreciou a amizade de Ludovico e a valorizava imensamente, não queria mais se afastar dele, e, se caso, suas vidas fossem separadas pelo destino de cada um, sendo ele um arcanjo no comando dos anjos e Ludovico, o grande representante de toda uma espécie na Terra, ele sempre voltaria para visitar Ludovico, sempre estaria do seu lado, assim como tinha sido com Dean, nos longos anos em que estiveram juntos como amigos, antes de Baltazar e de Sam, surgirem em suas vidas. Afinal, para amigos não existe distâncias ou barreiras que os impeçam de estarem juntos, pensava Castiel.

Castiel estalou os dedos, fechou seus olhos azuis exaustos, e quando os reabriu estava no templo de Deus, diante de Sua presença. Castiel, rapidamente, se prostrou de joelhos no chão branco, em respeito e humildade, ao seu Senhor.

Deus se alegrou em ver seu arcanjo diante de si, mesmo com o semblante tão entristecido ainda.

Deus: Seja benvindo, arcanjo.

Castiel: Senhor, estou aqui, atendendo seu chamado.

Deus: Eu sei, meu filho, e espero que esteja pronto, para o que chamei de julgamento dos seus pecados cometidos na Terra....(Olhou com mansidão para Castiel).

Castiel: Sim, Senhor, estou pronto...(Respondeu com retidão, e se colocou de pé).

Deus sorriu, e se aproximou de Castiel, lhe abraçando, o envolvendo de sua presença e luz, deixando Castiel com o corpo completamente entregue diante do toque do Senhor, sentindo todas as suas forças se esvaírem, não conseguindo nem se manter de pé, deixando a presença de Deus o invadir de paz. Olhou para Deus, querendo de alguma forma, explicar a causa de estar se curvando novamente, mas nem sua voz o obedeceu, e apenas algumas lágrimas rolaram pelo seu rosto emocionado.

Deus: (Segurou firme Castiel nos braços e se agachou junto com ele no chão, se sentando, com ele recostado em si).....Eu sei, meu filho, seu espirito está tão fraco, e o contato comigo, te renova, retirando suas poucas forças e recolocando as minhas no lugar....(Sorriu terno para os olhos azuis de Castiel)....Meu filho, porquê deixou a dor e o sofrimento comandarem você?.....Todos seus pecados tem origem na dor que permitiu entrar no seu coração.

Castiel: (Murmurou)....Senhor, tudo que eu fiz foi por amor, só por amor.

Deus: (Negou com a cabeça)....Não, não.....como pode estar tão enganado?....Meu arcanjo....eu permiti que experimentasse o amor....(Acarinhou os cabelos de Castiel)......e o amor não é pecado....o amor que sente nunca o faria pecar....o que causou seus pecados foram outros sentimentos que aprendeu com os humanos....(Pausou o olhando com compaixão).....você endureceu seu coração diante da maldade que fizeram com o seu amor....e se deixou invadir por esses sentimentos, porque a tristeza da perda causou esse vazio em seu coração, que foi dominado pelo que não provinha de mim....(Suspirou)....ao invés de você preencher esse vazio com a minha presença, e buscar em mim seu conforto, você se isolou....meu filho.

Castiel se recuperou devagar e foi retomando suas forças, se sentando direito diante de Deus, enquanto o ouvia falar calmamente, o fazendo se sentir com vergonha de seus atos e pecados.

Castiel: Me perdoa, meu pai.....me perdoa....(Pediu clemência, chorando)....eu sei que falhei.

Deus: Castiel....(Afagou seu rosto molhado pelas lágrimas)....somente agora se arrepende de seus atos?....Somente agora que sabe que seus pecados não se justificam no amor?

Castiel: (Respondeu trêmulo)....Eu me envergonho por isso, Senhor....eu me arrependo de todo meu coração, pela ilusão que eu criei para mim mesmo....para que eu pudesse me vingar de algum modo daquele que matou Baltazar....eu fui alertado do erro que iria cometer.....eu me arrependi.....(Olhou em súplica para Deus)....eu só não aguentei ficar sozinho.....eu não aguento mais ficar sem ele....Senhor....eu só não aguento mais.....(Desabafou atrapalhado com as palavras, sem conseguir se conter).

Deus: Eu sei, Castiel....( Abraçou novamente Castiel, o confortando, ambos sentados no chão).

Castiel chorou dentro do abraço, Deus o levantou calmamente, e Castiel foi andando ao lado de Deus até seu trono, já que a mão do Senhor o conduziu até lá, com um leve toque em seu ombro.

Castiel: (Mais recuperado de suas emoções)....Senhor, eu aceito o meu castigo por ter pecado....por ter lhe desobedecido....(abaixou a cabeça, resignado)....aceito tudo que vir do Senhor.

Deus: Castiel....(Sorriu novamente transmitindo calma)....não existe castigo....tudo estava predestinado a acontecer....eu sabia que iria pecar e me desobedecer, sabia que iria invadir o inferno atrás do impuro, e sabia que se uniria aos vampiros, inclusive trazendo um deles à minha presença.....por isso que quero que entenda...(Olhou carinhosamente para Castiel)......tudo que viveu e praticou foi com minha permissão.....você provou que sabe amar, mas que precisa se fortalecer e não se deixar contaminar por sentimentos humanos, como egoísmo ou ciúmes......você é puro, e seus sentimentos devem ser puros....seu amor deve ser por toda a humanidade....o mundo deve ser o seu lar...seus amigos devem ser todos, cada ser que habita a Terra, sejam humanos ou não....sua família está no céu....junto de mim....(Castiel olhou para Deus compreendendo todos os erros que tinha cometido, somente com aquela reprimenda)...Seja novamente o arcanjo do Senhor na Terra, Castiel....seja novamente aquele destinado a salvar, e não a matar....se já é puro....purifique-se mais....lembra?....(Castiel assentiu, triste).

Deus pausou olhando o rosto aturdido e cansado de Castiel, que era absorvido por suas palavras, tão serenamente pronunciadas.

Deus: Eu enviei o seu amigo, Ludovico de volta à Terra, com vida para o salvar de cometer um grande pecado....pois não poderia permitir que se sujasse, que maculasse sua alma para sempre, concluindo uma vingança, matando aquele impuro....e graças a Ludovico, um híbrido....uma criatura que desafiou as minhas leis.....(Sacudiu a cabeça em reprovação aos atos citados)......você pode estar novamente diante de minha presença.....(Deus levantou as mãos para Castiel que as segurou e se ajoelhou diante dele novamente, em frente ao trono).....tudo era o meu plano para lhe ensinar Castiel.....eu tinha que lhe ensinar o amor....o amor em todas as suas formas....o amor pessoal...o amor pela humanidade, o amor por seus amigos e irmãos e o amor próprio....eu tinha um arcanjo que salvou o céu e muitos irmãos da guerra, por pregar o amor....mas quando foi posto à prova....não sabia amar como se deve...não sabia amar como os anjos devem amar.....(Elevou o olhar para distante da face de Castiel).....Eu planejei toda essa lição...e foi um longo caminho, Castiel....desde o dia em que acreditou amar o vampiro que não te amava até esse momento....você acertou e errou....falhou acreditando ter sucesso...ganhou e perdeu....mas eu sempre lhe dei a liberdade para aprender a cada passo que dava....e acho que aprendeu, concorda?....(Perguntou para Castiel, sorrindo, lhe voltando a olhar curioso).

Castiel: (Assentiu, recordando de tudo que tinha vivido)....Sim Senhor, eu aprendi muito....agora eu sei o valor do amor em suas formas......eu compreendo sua lição em minha vida.

Deus: Eu sei que aprendeu, filho.......disso, eu tenho certeza, mas aprendeu pela dor.....basta olhar para trás e ver que apendeu o amor próprio quando não conseguiu ser amado pelo vampiro, mas conheceu o amor pessoal, quando amou de verdade, sem ilusões, ao anjo Baltazar.....(Deus pausou e observou a expressão agoniada e triste de Castiel ao tocar no nome de Baltazar)....depois por causa desse amor e de tudo que o envolveu, aprendeu a não ser egoísta e amar a humanidade e a todos os seres da Terra, se dedicando a ajudar outros, ainda estando com ele e depois que ele se foi, protegendo os humanos, até se aliando aos vampiros, para salvar a humanidade dos demônios.....(Sorriu satisfeito com Castiel)....ainda aprendeu o amor aos seus amigos e irmãos, quando transformou o amor pelo vampiro Dean em um amor tão sublime de amizade, sem ressentimentos.....aprendeu a fazer novos amigos, os amando igualmente, como fez com Ludovico, quando elevou seu espirito para o perdoar por também amar ao anjo Baltazar e depois, o amando também como seu amigo leal.....entende como tudo que aconteceu com você foi meu plano para que aprendesse e honrasse sua posição, arcanjo?

Castiel assentiu, chorando baixinho, após ouvir partes importantes de sua própria estória.

Castiel: Senhor....(Voz embargada)...me perdoa por perguntar isso.....mas não entendo.....porquê me tirou Baltazar?.....(Perguntou sabendo que por esse seu pensamento íntimo, não buscava ser consolado por Deus, acreditando que Ele havia permitido que Baltazar fosse morto).

Deus: Eu não tirei Baltazar de você, filho.....não se magoe por isso....pois o livre arbítrio dos envolvidos em toda aquela situação, que culminou na morte dele é tirou a vida do anjo.....(Pausou)....além do que, Baltazar não era sua propriedade....e ele foi sua maior lição, Castiel.....por causa dele que seu coração se abriu para o amor, em todas as formas....(Castiel abaixou a cabeça)....por causa de Baltazar.....que entendeu que deveria me amar sobre todas as coisas?....(Perguntou com tom altivo, mas carinhoso)....eu te fiz entender, que eu estou aqui para lhe socorrer em suas aflições, mesmo tendo se calado em sua dor....mesmo tendo se escondido....eu senti tudo que sofreu....e esperei me chamar em sua agonia....eu sabia que em algum momento iria reconhecer que tudo a mim pertence....e que não caí uma folha de uma árvore sem minha permissão.....e hoje, enquanto orava, exaltando meu nome, você me pediu socorro, como ainda não tinha feito....e eu te trouxe aqui, filho...(Deus saiu do trono e ergueu Castiel do chão, onde esteve ajoelhado, o encarando e segurando em seus braços).....eu queria te ensinar tudo isso, filho, de outro modo....que não o fizesse sofrer....(Secou mais lágrimas do rosto de Castiel).....mas não havia meios....e você é precioso demais para que se perca de mim.....eu te amo, Castiel....você é meu filho, meu guardião, meu guerreiro mais valioso, aquele que sempre me amou e propagou esse amor....eu tenho orgulho de você....toda essa lição, foi também, para que voltasse para mim, meu filho.

Castiel abraçou novamente a Deus, chorando convulsivamente, muito arrependido por sentimentos tão banais e fúteis que tinha acolhido em seu coração, se distanciando de Deus, até mesmo sem perceber. Estava totalmente tomado pela emoção de ter o amor de Deus, de ter os braços acolhedores lhe envolvendo, aquecendo seu coração novamente, restaurando sua alma partida.

Deus: Você está livre dos sentimentos humanos, agora que compreende.....onde eles o influenciaram, onde eles o levaram a pecar, e assim, o contaminar com o mal....depois de tudo que viveu.....(Castiel concordou com a cabeça)......não há castigo maior do que toda essa lição, não há dor maior do que a morte de quem amamos verdadeiramente...seja qual da forma que for.....acredite, Castiel....(Falou abraçando apertado Castiel e afagando seus cabelos).....seus pecados estão perdoados, meu filho, por cada lágrima que tem derramado......(Afastou do abraço, encarou Castiel, o segurando nos ombros e sorriu).

Castiel se esforçou para sorrir, em meio ao alívio que sentia, revivendo em seu coração, a certeza da perda de Baltazar, por causa da conversa com o Senhor. Ainda se sentia triste com as lembranças, fez menção de se afastar do aperto das mãos de Deus, achando que tinha acabado de falar, mas Deus, o manteve seguro pelos ombros, pousando uma mão em cada lado de Castiel, ainda sorrindo para ele.

Deus: Filho, meu plano para você não termina aqui......(Castiel arregalou um pouco mais os olhos, surpreso).

Castiel: Senhor, eu compreendo tudo que aconteceu comigo....mas eu realmente, não aguento mais....(Soluçou sofrido, pelo tanto tempo que passou chorando)....eu só não aguento mais sofrer.....se tiver que me pôr à prova....não me afaste dos meus amigos....por causa de minhas funções na Terra....eu gostaria de lhe pedir....não me afaste de Ludovico....(Pediu humilde, desviando o olhar para o chão com vergonha)....ele me ajuda, na minha dor pela perda....assim como o Senhor, ele está sempre do meu lado.....(Parou de falar ao notar o sorriso persistente de Deus para si, sem entender).

Deus: (Arfou sorridente e levantou o queixo de Castiel)....Como eu disse, tudo foi um grande plano meu para você, só que a maior razão do meu plano para você, ainda não lhe foi dita.....(Deus sorriu, e olhou para o alto, para as nuvens que pairavam sobre suas cabeças).....o amor, Castiel.....na sua mais bela forma...o amor na sua essência, o amor que conduz a minha presença para dentro de você....(Divagou absorvido pelas palavras, e estalou os dedos para o alto).....esse amor que reservei para você.

Castiel não prestou atenção no gesto de Deus e continuou olhando em sua face, que reluzia grandiosamente, enquanto as palavras ficavam entoando em sua mente. Sentiu uma grande paz dentro de si, retirando o fardo de toda dor que sentia anteriormente, como que por milagre, se sentia livre de todo sofrimento e pesar de seu coração. Em busca de seus próprios sentimentos, ouviu passos atrás de si, e sentiu o aperto das mãos do Senhor em seus braços se desfazer.

Baltazar: Castiel.....(Chamou o arcanjo com sua voz baixa e eloquente, se postando de pé, atrás dele).

Baltazar, sem sua presença ser evidenciada, assistiu, pela vontade de Deus todo o diálogo de Castiel com o Senhor, e chorou junto com o seu amor, durante todo o tempo. Seu coração e sua alma sofreram junto com o sofrimento de Castiel, o vendo tão quebrado. Baltazar não se conteve em explanar a imensa tristeza de rever Castiel daquela forma, e teve que ser contido por Uriel, também encoberto, para a privacidade da conversa com Deus, já que o anjo queria abraçar Castiel e revelar sua presença, dando fim àquela dor imensurável dele. Baltazar ficou o tempo todo, ansiando por aquele momento, pois desde que os planos do Senhor tinham sido revelados a si, sabia que esse reencontro chegaria. Mesmo com seus trabalhos e ensinamentos no céu, reaprendendo seus poderes e os fundamentos de ser um anjo novamente, Baltazar nunca deixou de sofrer e clamar por Castiel.

Castiel paralisou totalmente, todos os seus sentidos ficaram automaticamente voltados para a voz tão conhecida que chamou seu nome, e quando notou, Deus já estava em seu trono, sorrindo imensamente em sua direção, e ele estava no meio do salão, sem nada e sem ninguém, no seu campo de visão. Engoliu todas as palavras que poderia dizer, e se virou devagar, para ter certeza de que seus ouvidos não tinham enlouquecido junto com sua mente já fatigada.

Baltazar chorava pela grande emoção de rever Castiel, não prevendo qualquer reação dele, e, quase sem forças para avançar mais próximo, o vendo se virar,  e o olhando espantado, com o semblante sustentando dor e felicidade ao mesmo tempo.

Castiel: B...Baltazar...(Se engasgou no nome amado, sentindo o coração acelerar e o seu corpo ficar todo quente, no mesmo momento que engolia o ar frio e suas pernas fraquejavam).

Baltazar: (Chorando e soluçando)....Sim, meu amor....sou eu...(Respondeu olhando o rosto pálido de profundos olhos azuis da cor do mar, sentindo toda a saudade invadir seu coração, sufocando sua voz e fazendo doer seu peito).

Castiel passou sua mão pelo próprio rosto, na certeza de que não era uma miragem criada por sua mente, e quando Baltazar permaneceu parado à sua frente, o olhou por inteiro, na mesma imagem do corpo que deixou no leito de morte, o mesmo rosto tão reconhecido e tão querido, os mesmos olhos azuis claros, no tom do azul do céu, e o cabelo loiro, cor de palha, o mesmo corpo esguio de peito largo, era tudo igual, era exatamente o seu Baltazar, o seu grande amor, que não saiu de sua mente e de sua alma, desde que se descobriu o amando. Castiel esticou sua mão e tocou na mão dele, que pendia ao lado do corpo, sacudido pelo choro forte. Castiel sentiu a pele de Baltazar, e acreditou por fim.

Castiel: (Sem perceber derramou uma lágrima de felicidade)....Baltazar !....(Repetiu o chamando alto, sorrindo).

Baltazar se jogou nos braços de Castiel, desesperado de saudades, e foi recebido com um aperto descomunal em seu corpo, com os braços de Castiel o envolvendo. Ambos chorando desesperados, mas dessa vez, pela imensa felicidade de se reencontrarem.

 

CONTINUA....


Notas Finais


Lindos,

Muito Obrigada por todos os comentários....são muito importantes sempre.

Estou no facebook Takealookmenow (fácil né)....kkkkk.....e também no twiter: [email protected] lá para dar um aló.....BJSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS !!!!!!!!!!!!!


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