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História Anjos Solitários - Wincest - Anjos que se amam


Escrita por: Takealookmenow

Notas do Autor


Olá amigos,

Segue o último capítulo.
Vou morrer de saudades dessa FIC,
na qual eu atravessei momentos muito
difíceis na vida pessoal, mas que sempre
me fez muito feliz também.

Tenho um orgulho gigante dos leitores que
a acompanharam, pois realmente ficou bem extensa.
Muito Obrigada de coração.

Obrigada aos mais de 200 favoritos.
Obrigada por cada comentário,
Muito obrigada mesmo,
são sempre muito importantes para impulsionar a escrita
e a incentivarem.

Espero do fundo da alma,
que tenham gostado, pois foi feita com
muito amor e dedicação.

OBRIGADA POR TUDO AMIGOS.

PRÓXIMA FIC, SAI AINDA HOJE....***PERMANENT***...
Espero encontrar vocês lá.

Desculpem os erros,
e o tamanho, sendo esse o
maior capitulo que já fiz.

ÓTIMA LEITURA !!!

Capítulo 69 - Anjos que se amam


Fanfic / Fanfiction Anjos Solitários - Wincest - Anjos que se amam

 

Um mês depois

 

Sam acordou com o barulho de pessoas falando agitadas do lado de fora da mansão, e como sempre, procurou por Dean ao seu lado, deslizando sua mão pela cama, não o encontrando ao seu lado. Abriu os olhos para constatar que Dean sequer estava no quarto, bufou um pouco chateado pelo vazio deixado pelo seu noivo, que naquele mesmo dia estaria se tornando o seu marido, e por esse motivo ficou mais irritado ainda, se sentindo carente da presença dele, naquele dia todo especial. Sam foi despertado de seus pensamentos, ao ouvir um estranho barulho em meio as vozes. Firmou sua audição, para surpreendentes latidos de cachorro, se levantou rápido, jogou o roupão de seda em seu corpo, correu na varanda de seu quarto, olhou em volta, vendo muitas pessoas preparando o imenso gramado e todo o terreno da mansão para receber os convidados do dia mais importante de sua vida, porém não encontrando a origem dos latidos.

Sam sempre amou cachorros, mas devido a vida de caçador de seu pai e de seu tio Bobby, que sempre o arrastavam para as caçadas e sem moradia certa, nunca pôde ter um, se contentando somente em abraçar e acarinhar cachorros que encontravam pelo caminho, que pertenciam a outras pessoas envolvidas nas caçadas ou mesmo os cachorros de rua, sem se importar se estavam sujos ou abandonados, sempre tinha a mão amiga para fazer carinho, e até, ajudar quando conseguia, dando comida ou encaminhando para abrigos, quando John ou Bobby permitiam. E quando ficou adulto, logo veio a faculdade e o pequeno quarto do alojamento, que não permitia animais de estimação, assim, nunca tinha tido a chance de ter um bicho peludo para seu amigo. Um sonho confessado a Dean, dentre os poucos sonhos, que tinha para sua própria vida.

Os latidos estavam cada vez mais próximos, e incessantes, quando Sam alcançou a parte de trás da mansão, já vestido de calça de moletom e camiseta, atravessou a cozinha e saiu na porta lateral da mesma. Se deparou com Castiel ajoelhado na grama com uma enorme toalha na mão, ao lado de Dean todo sujo e molhado, ambos próximos a uma mangueira que jorrava água, e um enorme cachorro de pelo curto e em tom de areia, bem claro, quase branco, sem raça definida aparentemente, se assemelhando a um labrador, muito maltratado e abaixo do peso ideal para o tamanho dele, mas muito bonito, e muito sujo no momento, segurado por Dean, que tentava a todo custo agarrar a mangueira e jogar água no cão que tentava fugir, escorregando entre as mãos molhadas do vampiro, enquanto ria alto junto com Castiel. Os dois estavam, visivelmente, se divertindo muito com o momento, um tanto alheios a programação do dia do casamento, ostensivamente, repassada e preparada por Sam.

Sam: (Riu da cena, mas disfarçou querendo passar pose de irritado).....Dean !!!....O que está acontecendo aqui? Porque não está fazendo a prova de sua roupa ou mesmo ajudando na orientação desse pessoal lá fora?.....(Falou com um sorrisinho sacana de lado).

Dean: (Assustado pelo flagrante de Sam).....Sammy....vem aqui, amor, quero que conheça alguém.....(Sorriu largo desarmando Sam).

Castiel riu, percebendo que Sam não estava nem um pouco irritado na verdade, e saiu do lugar, sem fazer barulho algum, sabendo que o momento pertencia somente aos dois, enquanto Dean e Sam se encaravam. Sam foi até onde Dean estava, pela grama, naquele quintal de fundos da mansão. Dean se encontrava ajoelhado no chão, próximo a uma árvore, com um grande átrio, um lago artificial cheio de pedras decorativas e piso de madeira em volta, de um lado do quintal, e do outro, havia uma parte coberta por telhado, com piso de cacos de azulejo, abaixo de uma construção de dois cômodos, em paredes de tijolos vermelhos, com um grande tanque, máquinas de lavar roupa e outros utensílios, que serviam àquela lavandeira da mansão, onde também estavam objetos de jardinagem guardados.

Dean largou o cachorro meio molhado, que correu solto pelo terreno cercado por um muro muito alto, repleto de eras, que protegia o lugar do acesso livre ao precipício, que acabava no oceano abaixo. Se levantou do chão e abraçou Sam, molhando a roupa dele toda e enchendo o rosto dele de beijos, fazendo ele rir muito, enquanto o cachorro corria por todo lado e pulava neles dois abraçados, pedindo atenção.

Sam: Meu Deus...o que esse cachorro está fazendo aqui?....(Se abaixou e ficou fazendo carinho no cachorro).

Dean apontou para a bancada larga do tanque próximo, que tinha produtos de higiene canina e um enorme laço vermelho de cetim, que reluzia no dia de sol e frio que estava fazendo.

Dean: Amor.....(Abraçou Sam pela cintura)....esse cachorro é o seu presente de casamento.....eu sei que é o que sempre quis desde criança....(Sorriu tímido).

Sam ficou sem ar e sem fala, seus olhos lacrimejaram no mesmo instante, abraçou o cachorro, que continuava sentado, esbaforido ao lado dos dois, cansado de correr e pular. Sam ofereceu seu rosto para o cachorro simpático, que virou seu focinho e lambeu o rosto inteiro dele, que ria alto igual uma criança, relembrando, quantas milhões de vezes, tinha pedido à John e Bobby para o deixarem ter um cachorro como aquele, causando um nó na garganta em meios as risadas. Sam abraçou o cachorro muito feliz com seu presente, depois se levantou e se jogou nos braços de Dean.

Sam: Obrigado meu amor....obrigado...(Falou sorrindo e chorando de emoção).

Dean: (Murmurou eu seu ouvido).....Não deu tempo de nós darmos um banho nele e colocar o laço.....(Sam sorriu no ombro de Dean).....era esse cachorro que estava na estrada no dia que me acidentei, Sam....(Afastou Sam do abraço e olhou para ele).

Sam colocou a mão na boca, espantado com a informação, olhou incrédulo para Dean.

Dean: (Continuou).....Esse cachorro que eu evitei de atropelar naquela noite, quando eu vi você com aquela garota....ele ficou comigo enquanto o carro estava virado.....e Castiel também o tinha visto quando chegou no lugar, e hoje, o Cas me ajudou a localizar ele......que ainda estava abandonado, na beira da estrada....(Olhou para o cachorro sentado bem quieto)......mas ele é lindo....e como ele tem um significado para mim....na verdade para nós dois....eu voltei lá hoje para buscar ele.....(Sorriu, se abaixou ao lado do cachorro fazendo carinho na cabeça dele e o abraçando).....eu sei que ele está assim, meio sujo e magro....mas ele vai ficar lindo, Sam.....Castiel disse que ele está saudável apesar de tudo...não tem doença nenhuma e o limpou de parasitas....agora só falta mesmo o banho....(Riu e voltou a ficar de pé, beijando Sam).

Sam: (Com a voz embargada).....Ele é perfeito....é lindo mesmo, Dean.....eu não poderia ter outro presente mais lindo que ele.....eu amo você....amo muito.....(Agarrou Dean novamente).....adorei meu presente.....adorei.

Dean: (Beijou Sam, alegre com o resultado de sua surpresa)......A gora falta um nome......Qual será o nome do seu presente?.....(Esfregou a ponta de seu nariz no de Sam, brincando com ele).

O cachorro pulou em ambos, pedindo atenção, arrancando sorrisos dos dois.

Sam: (Com os olhos brilhando para o cachorro).....O nome dele será Junior.....(Fitou novamente para a cara de sapeca e arteiro do cão).....ele será como nosso filho.....nosso amigo fiel de todas as horas.....então nada mais justo que ser o nosso filho Junior....(Brincou e Dean o abraçou forte).

Dean: O nome é tão lindo quanto ele.....meu amor....(Beijou Sam, afastou o abraço, pegando a mangueira de volta, pronto para retomar o banho de Junior).

Sam estava todo molhado por abraçar Dean tantas vezes, e não se importou em nada em ajudar Dean na tarefa de dar banho no seu filho, no seu cachorro tão sonhado, Junior. Fazendo questão de cuidar dele pessoalmente, afinal era o seu melhor presente da vida, além de ser o seu presente de casamento, dado no dia mais importante de todos.

 

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Castiel tinha ficado na mansão junto de Sam e Dean, ajudando a ambos nas últimas providências do casamento, enquanto Ludovico, Noah e Sophie voltaram ao castelo na Itália, onde ficaram até a antevéspera do casamento. Os três só voltaram à mansão, bem antes do casamento, para alegria plena do arcanjo, que sofreu com saudade de seu híbrido, e tinha reclamado com Ludovico de sua ausência constante, já que pouco, o viu nos momentos em que se teletransportava para o castelo, durante aquele período em que poucas vezes puderam estar sozinhos e se amarem. Ludovico, secretamente, organizou toda a sua vida e transferiu todos os negócios pessoais e cuidados que tinha com os membros de sua família, para Noah, já que planejava passar um bom tempo ao lado de Castiel em algum lugar recluso, o qual, também, demandou tempo para preparar, tendo voltado antes, também por esse motivo, já que era uma surpresa que faria para Castiel. E o arcanjo, por sua vez, também tinha preparado uma surpresa para Ludovico, com a ajuda de seu amigo Dean, durante o tempo em que esteve separado do híbrido.

O amor dos dois vinha se fortalecendo cada vez mais, quando podiam estar juntos. Castiel estava mais solto, mais atrevido na relação com Ludovico, que amava loucamente o arcanjo, e não tinha limites de aprender, nos momentos de fazer amor com Castiel. Ludovico era sempre muito gentil e carinhoso com ele, nunca deixando de lhe dar amor e sua total atenção, nos momentos em que estavam unidos, fazendo amor, ou só aproveitando a companhia de Castiel, ou, mesmo quando ficavam na presença de outros, simplesmente o tocando com delicadeza e respeito.

Castiel tinha sido oficialmente declarado como companheiro do híbrido perante todo o clã, e a notícia correu entre todos os vampiros, que se alarmaram mais ainda, na união dos dois seres mais poderosos da Terra.

No céu, e, com os anjos, que estavam na Terra, a união do general e arcanjo do Senhor com o gran mestre dos vampiros era tida como desígnio de Deus, já que sentiam o imenso, porém, calmo e discreto amor que emanava da energia de Castiel para a energia deles, que se regozijavam com a felicidade sentida pelo arcanjo apaixonado.

Deus estava em paz pela união e realização de seu desejo e seus planos, aliviado pelo arcanjo e o híbrido terem aceitado seus destinos entrelaçados, mesmo em seus livres arbítrios, muito além, de Sua vontade. Deus estava feliz pela felicidade de seu tão amado arcanjo.

 

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Ludovico estava arrumando suas roupas nas malas, já que pretendia partir logo na manhã seguinte ao casamento, quando sentiu Castiel lhe abraçar pelas costas, como gostava de fazer, enlaçando suas mãos na frente de seu corpo. Segurou as mãos de Castiel em seu peito, com devoção, e as beijou.

Castiel: Oi, meu amor.....o que está fazendo aí?....(Questionou muito curioso, ao chegar no quarto após deixar Dean e Sam).

Ludovico: (Pigarreou controlando sua mente para Castiel não a ler, já que agora um conseguia ler normalmente a mente do outro devido a forte ligação que tinham)......Estou arrumando minha coisas para depois colocar no closet....(Virou de frente para Castiel)....mas o que estava fazendo com Dean?......Que não veio ficar comigo nem um pouquinho depois que acordamos....(Disfarçou, fazendo carinho no rosto de Castiel).

Castiel: (Sorriu e beijou Ludovico, depois se sentando na cama ao lado da mala)......Estava ajudando no presente de casamento de Sam.....(Levantou o dedo indicador para o alto, chamando atenção de Ludovico para uns latidos).....esse presente....(Riu e puxou Ludovico pela mão).

Ludovico acompanhou Castiel na risada, e o arcanjo empurrou com uma das mãos a enorme e cara mala de Ludovico para o chão, cheia de roupas, que se espalharam, e com a outra mão, segurou e puxou a mão de Ludovico, enquanto se esgueirava para trás na cama, se deitando sobre os travesseiros, levando Ludovico para cima de si mesmo, que riu mais alto ainda, ao ver todas as suas roupas no chão.

Castiel: (Segurou o rosto de Ludovico).....Ainda temos muito tempo para o casamento.....desculpe por suas roupas......(Beijou calmamente Ludovico,  que sorriu no meio do beijo, sentindo as pernas de Castiel se enrolarem em sua cintura).

Ludovico: Ainda bem que a roupa do casamento não estava naquela mala.....(Riu, olhando rapidamente para um elegante fraque preto no cabide sobre o encosto da poltrona de leitura)......acho que podemos arrumar essa bagunça depois......(Beijou Castiel).....e acho também que podemos tomar um banho bem quentinho primeiro.....(Beijou o rosto de Castiel, que ficou sem entender direito)....porque você está cheirando a cachorro.....(Riu da expressão indignado de Castiel)....e está todo molhado.....(Beijou Castiel e ergueu o corpo dele para o seu colo).

Castiel afundou seu rosto entre o ombro e o rosto de Ludovico, dando vários beijos na pele do pescoço dele, enquanto era carregado pelo híbrido para o banheiro, no colo do mesmo, que o segurava pelas coxas, tendo suas pernas ao redor do corpo dele. Ambos sorrindo.

 

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O gramado verde estava dividido em dois enormes cenários distintos e harmoniosos entre si, de um lado havia dois blocos de cadeiras enfileiradas em linhas retas, de madeira branca com assentos e encostos acolchoados em tecido de fundo branco e motivos florais, bem singelos, em tons de vermelho. Entre as cadeiras, no meio exato, havia um corredor extenso, demarcado por um tapete branco, na largura de dois metros, e cumprimento, de trinta metros,  estendido sobre a grama verde, e margeados, em ambos os lados, por arranjos de rosas vermelhas e brancas entrelaçadas em galhos finos compridos e curvilíneos, expostos em pedestais de metal fundido com detalhes de desenhos de rosas em prata pura. Os lindos arranjos estavam desenhando no chão, um perfeito corredor, em duas linhas retas, uma de cada lado, que dividia as fileiras das cadeiras, mas que acabava em um pequeno altar, que estava muito bem definido pelo tapete quadrado branco, ao final do tapete longo do corredor, com um arranjo igual ao que se via no corredor, de cada lado.

Sobre o altar tinham uma espécie de cabana, com um teto de aros de ferro fundido entrelaçados em ripas, com quatro pés que estavam fincados ao chão. Sobre o teto e os pés estavam mais rosas vermelhas e brancas entrelaçadas em galhos finos, formando o mesmo arranjo que estava por todo o corredor. A ornamentação descia através dos pés de metal opaco, até o chão, em meio às cortinas de vual branco, que estavam decoradas como ondas formadas pelo próprio tecido, e presas em meio as rosas.

No meio daquele espaço do altar havia uma pequena mesa retangular, branca em pátina, com desenhos na estrutura e nos pés da mesma, se tratando de uma mesa de século XV, muito elegante. Atrás do altar, estava a visão do oceano, numa paisagem de rara beleza, que seria vista por todos, como pano de fundo ao altar, já que o casamento estava marcado para o fim daquela tarde, quando sol estaria baixo e se pondo no horizonte.

No outro lado do gramado estava uma arquibancada de madeira branca, construída em duas fileiras, contendo cadeiras acolchoadas pretas que eram destinadas aos músicos, que formariam uma pequena orquestra. E na parte lateral da arquibancada, havia um palco quadrado bem grande, destinado aos cantores, que encantariam a todos, com o repertório escolhido por Sam e Dean, com canções que variavam do erudito ao moderno, bem como a vida longa dos vampiros. Tendo na frente desse palco um espaço de tapume, que cobria o gramado, feito em madeira branca, desenhando um imenso retângulo, que serviria de pista de dança, e ao redor do mesmo estavam distribuídas as mesas para os convidados. Todas as mesas eram redondas, com oito lugares em cada uma delas, com toalhas brancas e cadeiras de madeira com acolchoados brancos. No meio de cada mesa havia o mesmo arranjo de rosas brancas e vermelhas com o mesmo pedestal, iguais ao do corredor que levava ao altar, porém em tamanho bem menor. Dentre as mesas, uma estava destacada com arranjo somente de rosas vermelhas, destinada aos noivos e aos membros mais próximos da família.

Todo a pista de dança com as mesas ao redor, era cercada de arranjos de rosas vermelhas e branca com pedestais que imitavam postes, tendo no alto dos mesmos um pequeno lustre quadrado em vidro, com iluminação forte para quando chegasse a noite. Tais peças também estavam por todo o gramado, em grande quantidade, que garantiria que nenhum pedaço de grama ficasse no escuro.

Haviam algumas mesas sem cadeiras, espalhadas por todo o lugar, cada uma com um garçom de prontidão. Nessas mesas continham salgados, sobremesas, pequenos bolos, tortas, doces variados e finos, assim como bebidas mergulhadas em baldes de prata repletos de gelo com taças transparentes. Uma mesa sem cadeiras também estava exposta ao lado da mesa dos noivos, com o bolo principal do casamento, bem centralizado no meio, rodeado de rosas vermelhas deitadas na toalha branca da mesa.

Um batalhão de garçons e garçonetes estavam preparados para servir o buffet especialmente preparado para a ocasião, em forma de um delicioso jantar, que seguiria até as mesas de cada um, em carrinhos de prata aquecidos, em um cardápio com quatro pratos distintos para cada gosto, sendo, além de grande variedade de acompanhamentos, uma massa, uma carne, um peixe e uma ave. Para os vampiros seria servido sangue, em taças de cristais negros, que seriam oferecidas pelos garçons nas mesas, já que nem todos os convidados eram vampiros, mesmo havendo um número muito reduzido de humanos, em especial, Bobby, Jody e Hellen, amiga de Dean, dona do bar de caçadores, atualmente, um simples bar, não mais quase exclusivamente destinado aos caçadores. Atualmente era um lugar comum para todos, tendo em vista que após uma reforma, com ajuda financeira de Dean, como um presente por sua ajuda em proteger a mansão na guerra. O bar tinha sido ampliado, e, ganhou novos ares, deixando de ser um lugar obscuro, para se tornar um badalado ponto de encontro entre amigos e namorados, de todas as espécies, como um ambiente neutro, para todos, fossem, humanos, caçadores ou não, vampiros, anjos, anjos caídos, e, ainda, todos os descendentes dessas espécies, já demônios não eram benvindos no lugar.

O casamento seria acompanhado por alguns jornalistas selecionados por Sam e Dean, que teriam algumas mesas separadas para eles. Os mesmos se destinava a divulgar o casamento do mais importante comerciante de obra de artes do mundo, como Dean era conhecido, bem como, difundir a rede comercial das obras de artes dos Fatinellis, eternamente vinculada ao nome de Dean, que também estaria expondo diversas peças, na decoração do casamento e da própria mansão. A presença da imprensa era mais um avanço em propagando para os negócios da família.

O casamento seria filmado e fotografo por equipe especializada para tanto, não sendo permitidos aos jornalistas tais prerrogativas, por motivo de segurança, ou seja, para não causarem prejuízos a imagem de ninguém com comentários fantasiosos vindos de fotografias montadas.

Atrás da mesa do altar estaria Castiel, para celebrar a cerimônia, e, ao seu lado estaria Ludovico, para concessão de sua benção e as boas vindas à família Fatinelli, ao novo casal de vampiros, advindo de uma união passada com um puro, no caso, Benedict, respeitando a tradição do clã, para honra de Dean.

 

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Castiel estava lindo em um fraque preto com camisa social preta e gravata vermelha escuro. Ludovico estava de fraque preto e colete com detalhes em veludo preto, camisa social branca e gravata acetinada preta, um perfeito lorde.

Dean e Sam estavam iguais em fraques pretos sem calda, e com camisa social branca com lenço preto acetinado em forma de gravata ao redor do pescoço de cada um. Sam estava com uma rosa vermelha na lapela do fraque, e ambos, com sapatos engraxados pretos iguais.

De um lado do altar estava Noah, de fraque com colete preto e gravata vermelha e Sophie de vestido longo vinho, com conjunto de pérolas em um colar de várias voltas e brincos discretos de uma só pérola, já do outro do ao altar, estava Bobby com um fraque simples preto com camisa cinza e gravata branca  e Jody com vestido longo em tom de cobre, com cordão e brincos em ouro. No altar estavam somente os pais dos noivos, já que Castiel e Ludovico estavam atrás da mesa, conforme as demarcações feitas pelo cerimonialista e vontades de Sam e Dean.

As alianças seriam entregues no altar por Noah à Dean, ambas em ouro amarelo de aro grosso, com o símbolo do infinito gravado em ouro branco, exatamente ao contrário das alianças de noivado, que seguiriam para o cofre daquela mansão, onde viveriam por um tempo indefinido, já que optaram em estar perto das recordações da história deles, entranhada em cada centímetro daquela imensa casa.

Toda a decoração do casamento estava estendida ao redor da piscina que estava coberta de pedalas de rosas brancas e vermelhas, assim como, haviam decorados as grandes, batentes de portas e janelas com as mesmas tonalidades de rosas.

 

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Todas as cadeiras tinham sido preenchidas pela enorme família dos vampiros puros, os transformados que estiveram com Dean e Sam durante a guerra. Todos tinham sido convidados e compareceram em sua grande maioria, condescendentes com a nova ordem que se formava no clã e na família Fatinelli, tendo em Dean como um grande amigo de todos, como ele sempre se mostrou durante a guerra, quando lutou lado a lado com aqueles vampiros, assim como, tinha feito, também Noah, em várias ocasiões.

A grandiosidade da festa se dava por conta do volume de vampiros presentes, que confraternizavam animados, com o reencontro e com a cerimônia. Os puros eram a minoria, perto daqueles transformados, porém não haviam nenhuma diferenciação na forma de tratamento entre eles, e, a recepção era a mesma para todos. O único destaque dado era a mesa dos noivos da recepção e festa, onde sentariam, além dos próprios, os pais dos noivos, Ludovico, Castiel e Liah. Os demais puros estariam misturados em todos os lugares e mesas.

Castiel trocava as pernas de apoio, ansioso atrás da mesa do altar, como o celebrante do casamento, escolhido por Sam e Dean, além dos laços de amizade e amor com a família, por se tratar do maior representante de Deus na Terra, mesmo Dean não sendo religioso para esse tópico da escolha, respeitava a condição das tradições humanas, ainda no coração de Sam, que fez questão que fosse Castiel, que teria ao seu lado, ninguém menos que Ludovico.

No altar, estavam reluzentes, os últimos raios de sol que iluminavam o oceano abaixo, em perfeito contraste com o cenário envolto em rosas criado por Sam e Dean. De um lado estavam Noah e Sophie, e do outro, Bobby e Jody, os quatro bem agoniados para que tudo desse certo, em comunhão com Castiel e Ludovico, que tentavam acalmar seus corações mutuamente, permanecendo de mãos dadas. Quando, enfim, ouviram a música instrumentada, majestosamente, tocada pela orquestra. E, os toques suaves de “In Dreams” no violino e na flauta, dominaram o lugar, naquela tarde de temperatura amena, obrigando a todos os demais sons se calarem imediatamente, tamanha perfeição dos acordes delicados, que detinham a atenção de todos os ouvidos apurados dos vampiros, ou mesmo dos humanos presentes.

Todos se virarem para encontrar Dean e Sam, lindos, um ao lado do outro de mãos dadas, iniciando uma caminhada lenta e graciosa, pelo extenso tapete branco, que contrastava com as roupas pretas de ambos e os arranjos de rosas nas laterais do corredor. Os dois olhavam para a frente e para os lados em busca dos rostos amigos e sorridentes de cada um dos presentes. Ambos exalando felicidade e amor.

Sam muito nervoso, com o coração muito acelerado, e o corpo trêmulo, segurava um terço de contas de madeira muito escura, enrolado em seu pulso e mão livres, que tinha sido presente de seu pai John, para quando se tornasse um caçador e pudesse fazer seus próprios exorcismos, aquela, junto com o diário de John, eram as únicas heranças que seu pai tinha lhe deixado, e Sam teve como a única maneira de homenagear a lembrança do caçador.

Dean igualmente nervoso, mas um pouco mais tranquilo que Sam, por sua própria personalidade e maturidade, segurava com firmeza a mão quente de Sam, lhe passando segurança, fazendo questão de ter em sua mente o sorriso lindo e os olhos azuis de Benedict, também como forma de homenagear e agradecer tudo que o vampiro tinha feito por ele, em especial por salvar a vida dele, ter lhe feito alguém tão íntegro, ter lhe proporcionado um grande amor, ter desvendado o amor para si, lhe amando e sendo o seu anjo por muitos anos, e mesmo por caminhos tortos que custaram sua vida, ter lhe proporcionado encontrar o amor verdadeiro em Sam, pois sem ele, nada daquilo seria possível, morreria sem conhecer o amor e a felicidade.

O corredor entre as cadeiras foi percorrido com os corações de ambos aos pulos dentro do peito, e por todas as razões de tudo que já tinham vivido e vencido, estavam sinceramente muito aliviados e felizes, era a celebração do amor vitorioso, que a tudo tinha conquistado com muito sofrimento. E por isso, faziam questão de sorrirem um para o outro, pois a maior batalha de todos, tinha sido transporem as barreiras dentro deles mesmos, e mereciam tudo de melhor que a vida eterna lhes reservasse a partir daquele dia glorioso.

Assim que pisaram no pequeno altar, voltaram seus olhares e seu corpos um de frente para o outro, emocionados e felizes, se observaram uns instantes, com suas expressões de puro júbilo, e a música pausou para que a voz de Castiel fosse ouvida por todos.

Castiel: Meus amigos, eu tenho a honra de estar aqui hoje, apresentando para vocês e para o meu Deus, Meu pai, em nome de quem celebro esse casamento, essas duas almas que estão se unindo por amor....um sentimento tão verdadeiro e perfeito que conquistou muito mais do que a vida deles dois, conquistou a razão de viverem, e assim se comportaram desde que se encontraram a primeira vez...um sendo o esteio do outro.....(Pausou relembrando)....um sempre buscou pelo outro, fosse em qualquer situação.....suas almas afins estavam sempre se procurando, se completando e se unindo a cada passo que davam....até esse momento, que enfim chegou, depois de todas as adversidades e obstáculos.....finalmente estão juntos....e assim permaneceram por toda a eternidade....pois enquanto houver vida, haverá amor entre eles.....em nome de Deus eu os abençoo, e, que a união e o amor de vocês prosperem e aumentem a cada dia....(Sorriu num dos mais lindos sorrisos de sua existência, apertando seus olhos azuis, e encarando a Sam, e depois ao seu amigo eterno, Dean)....Deus abençoe vocês, meus amigos....(Desejou, independentemente, de serem vampiros, Deus sempre via a todos, e Castiel sabia disso, tendo uma prova viva ao seu lado).

Ludovico com os olhos cheios d’agua segurou na mão de Castiel, que tinha soltado para ele falar, enquanto esse dava o lugar e a palavra ao hibrido. Sam e Dean se olharam muito apaixonados e emocionados pelas palavras de Castiel, Sam o mais emotivo não segurou as lágrimas, que corriam em seu rosto, nem sequer de longe se lembrava daquele Sam teimoso e orgulho de antes, era somente um menino apaixonado pela primeira e única vez na vida, presente naquele momento, com suas mãos entrelaçadas e de frente para o seu amor, para o vampiro de beleza estonteante e um charme inigualável, que lhe sorria deixando mais claro que o céu daquela tarde, que o amava com loucura, e que o faria mais feliz do que a si próprio, se fosse possível. Era mesmo assim que Dean se sentia, ali diante de seu amor verdadeiro, diante da jovialidade e perfeição de Sam, que num retorno de suas emoções, transbordava seu amor, com seu jeito ansioso, sempre querendo agradar, e, com eterno medo de o perder por qualquer motivo, num misto eterno de paz e desespero, juntos no mesmo amor, que Dean lia nos olhos misturados de azul e verde, assim como ele mesmo o era. Ambos olharam para Ludovico se posicionando no altar, de frente a todos, segurando a mão de Castiel.

Ludovico: Minha família....assim eu considero a todos que estão aqui....já que todos são provenientes da mesma espécie....(Todos os vampiros presentes ficaram mais atentos ainda, com a fala do mestre do clã).....como precursor e pai de quase todos.....como me considero....(Olhou amoroso para Dean e Sam).....eu dou minha benção a essa união, para ressaltar o amor que a fez.....Dean, um filho para mim, e, seu amor verdadeiro, Sam, sempre estarão sob a égide de minha proteção pessoal, e como membros da família Fatinelli serão amados e respeitados por todos seus irmãos aqui presentes, desejo que essa união perdure pela eternidade que os aguarda, plena de esperanças e prosperidade......que sejam felizes diante de nossos olhos.....(Deu a volta na mesa, e colocou a mão na cabeça de Dean e Sam, abençoando a ambos).....que haja sempre esse mesmo amor de hoje até o último ar de seus pulmões.....(Ludovico abraçou a ambos, deixando Dean por último)......eu te amo meu pequeno, seja feliz....(Disse no ouvido dele, que sorriu, muito feliz).....sejam muito benvindos ao nosso clã e à família Fatinelli......(Falou alto e encerrou sua explanação, voltando para o lado de Castiel e tomando sua mão entre as suas próprias).

Castiel: (Sorrindo).....Sejam felizes e se amem sempre......(Olhou para os dois).....podem se beijar !!!.

Dean e Sam, ainda bastante emocionados, se beijaram sorrindo e chorando no meio do beijo, se abraçaram por um longo momento, colocando seus sentimentos mais profundos e sinceros no abrigo do corpo do outro, trocaram declarações de amor sussuradas no ouvido, se beijaram novamente, e logo em seguida foram agarrados por Noah, Sophie, Bobby e Jody, depois por Castiel e Ludovico, novamente.

O casal seguiu o caminho de volta pelo corredor de tapete branco, seguindo direto para a mesa reservada a eles na recepção, ao lado da pista de dança, onde receberam os cumprimentos de todos os convidados.

Muitos presentes tinham sido enviados antes do casamento para a mansão e outros foram entregues em mãos pelos convidados, e assim organizados e encaminhados para o escritório da mansão. Sam estava bem mais relaxado depois da cerimônia e aproveitou cada abraço recebido dos seus convidados, com gosto de conquista por tudo ter dado tão certo, até o momento, no qual prometeu que iria se divertir junto de Dean.

Após o casal, gentilmente, cumprimentar a todos, o lindo bolo de três andares, totalmente confeitado em branco com letras do brasão da família Fatinelli enfeitada em vermelho, numa letra F estilizada no último andar e nas laterais do bolo, foi muito fotografado, com os noivos ao redor, que acompanharam e posaram, no momento do corte do mesmo, feito por ambos com as mãos juntas na espátula de prata, para em seguida ser servido a todos, enquanto o casal se encaminhou para a primeira dança deles, numa música valsada, tocada quase por inteira no piano.

Dean abraçou Sam, e os dois com seus braços ao redor do corpo do outro, dançaram felizes, se movendo com desenvoltura e elegância, naquele bailar suave. Se beijaram várias vezes, sem se importarem com nada, nem mesmo com protocolos do próprio casamento, já se esquecendo dos mesmos, e dando muito mais atenção a eles mesmos, do que a todo o mundo ao redor, cumprindo suas próprias promessas de aproveitarem a festa e se divertirem.

Rapidamente, a pista de dança ficou cheia, todos acompanharam as próximas músicas, mais dançantes, junto com o casal, homenageado os mesmos, e se unindo a eles para dançarem todos juntos. Taças de sangue foi servida ao casal e aos demais, na pista de dança, onde trocaram mais juras de amor eterno, para brindarem junto com todos ao redor que se deliciavam com bolo e champanhe servidos. Numa fusão perfeita das espécies presentes e num momento raro de descontração de todos.

Até Noah, Sophie, Bobby e Jody arriscaram alguns passos de dança junto aos filhos, que eram abraçados por eles o tempo todo. Noah estava tremendamente sorridente, e a cada oportunidade que chegava próximo de Dean, logo o estava abraçando e beijando, querendo eternizar aquele momento em que casava, agora, seu único filho. Houve um pequeno instante em que dedicou um pensamento saudoso a Benedict, o que era inevitável, mas retomando sua alegria, puxando Sophie e Dean para perto, assim como a Sam também, com quem confraternizou em muitos momentos de carinho, sempre entusiasmo.

Da mesa, Ludovico assistiu a tudo, orgulhoso dos seus netos, e até mesmo de Bobby e Jody que estavam bem mais soltos com os vampiros ao redor, apoiando Sam, em tudo, inclusive enquanto dançavam juntos, quando ambos o puxaram e o apertaram com vontade, fazendo Sam ficar corado com tanta demonstração de amor do seu pai emprestado, o velho e rabugento ex caçador, que a cada nova rodada de champanhe, ficava mais alegre.

Sophie e Jody eram mais discretas que seus maridos, mesmo mimando seus filhos, sempre arrumando suas roupas, como tinham feito mais cedo ao ajudá-los a se prepararem para o casamento, e levando comidas para eles na pista de dança, além dos constantes beijos no rosto e poses para as fotos, que os obrigavam a fazer a cada minuto.

Ludovico ficou sentado conversando com Liah, colocando todas as suas experiências de viagens em dia com o ex companheiro, muito atencioso e cordial, tendo sempre Castiel às voltas com eles dois, já que o arcanjo não parava sentado muito tempo, sempre ajeitando os mínimos detalhes da festa e seu transcorrer, não dando qualquer margem para ficar extremamente envergonhado na presença de Liah, quando Ludovico segurasse em suas mãos ou o abraçasse, como sempre fazia, e como ele adorava, mas naquele momento, o tornaria bem constrangido.

Castiel aproveitou uma dessas pequenas fugas da mesa, para abraçar mais Dean e Sam, sempre sussurrando palavras de incentivo e amor no ouvido de seu amigo, pedindo obrigado por tudo que Dean o tinha ensinado, extraindo lágrimas de emoção do vampiro, que por sua vez não cabia em si, tamanha a alegria de ver Castiel amando e sendo amado por seu avô, sabendo que seriam mesmo amigos para sempre, numa amizade que assim como Castiel passou a ter por Baltazar, somente eles dois poderiam mesmo explicar, devido ao amor que os unia, que transcendia qualquer amor de irmãos.

 

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Liah deu uma pausa em suas viagens, para garantir sua presença no casamento de Dean e Sam, e foi recepcionada com entusiasmo por Dean, assim que adentrou na mansão, algumas horas antes do casamento, e mesmo sem ter visto os demais vampiros e nem Ludovico, ela se recolheu em um quarto de hóspedes, só saindo do mesmo, quando estava próximo ao horário marcado, quando Liah surgiu em um lindo vestido longo, vermelho, de mangas longas, com sapatos no mesmo tom, além de um colar discreto de aros em ouro. Sendo logo notada por Noah e Sophie, que a aguardavam na sala principal, e festejaram sua presença, tendo depois sido beijada e abraçada por todos os puros que estavam hospedados na mansão, os filhos de Margareth e suas próprias famílias, e Luca, além do viúvo transformado, Alexander.

A grande manifestação de alegria de todos alertou a Ludovico que saía do quarto, junto com Castiel, que segurou forte na mão do híbrido, ao ver Liah do alto da escada, sentindo receio de não ser bem aceito por ela.

Ludovico não soltou a mão de Castiel, e desceram as escadas sob os olhares de todos os presentes, em expectativa para o momento do encontro da híbrida com o arcanjo. Liah ao se aproximar de Castiel, o cumprimentou com um longo abraço, como estava acostumada a fazer, quando o arcanjo se hospedava no castelo com Dean, depois abraçando também a Ludovico.

Ludovico estava tranquilo, bem consciente de que a recepção de Liah não seria outra, pois tinha a segurança da amizade de sua ex companheira, e respeito sincero entre eles. Castiel não tinha dito nada a respeito do que temia sentir quando se encontrasse com Liah, para Ludovico, mas o medo estava explícito em seu olhar e nos gestos travados e pouco à vontade dele, na presença dos dois juntos, o que Ludovico percebeu rapidamente.

A híbrida ficou sentada na mesma mesa dos noivos, e em momento algum se sentiu deslocada, mesmo com Castiel fugindo do contato com ela durante a noite, se mantendo sempre longe da mesa, na qual havia um lugar para ele ao lado de Ludovico. Liah já sabia da união de Ludovico com Castiel, pois o híbrido havia enviado uma carta para ela, contando em detalhes como tudo tinha ocorrido, e no encontro de sentimentos entre ele e o arcanjo. Ela chorou, não de tristeza, mas de emoção pela felicidade nas palavras finais de Ludovico, agradecida pela atenção e retidão de seus atos com ela, já que além de ter se preocupado em escrever uma longa carta de próprio punho, ainda tinha enviado a mesma por um empregado, que a entregou em mãos, cruzando países para levar a mesma, que estava em viagem pela Ásia.

Durante o casamento, Liah entrou na mansão para descansar um pouco da agitação e barulho, e quando subiu para o seu quarto, notou uma luz fraca vinda do quarto de Ludovico e foi até o mesmo, se deparando com Castiel no meio do cômodo, sentado na cama, olhando fixamente uma espada linda em uma maleta especialmente desenvolvida para abrigar o artefato, repousada sobre a cama, sendo tocada por pontas dos dedos do arcanjo.

Liah: (Sorriu ao ver o arcanjo tão sonhador olhando a peça).....É linda....não parece pertencer à Terra.....(Castiel se retraiu um pouco, mas sorriu para Liah e se levantou da cama).

Castiel: Não, não pertence à Terra.....essa espada foi do arcanjo Miguel.....morto na guerra entre os anjos do Céu.....onde foi forjada, e me foi entregue em confiança, após eu me tornar o arcanjo de Deus....(Olhou triste para a espada, que tinha sido deixada separada entre as malas de Ludovico).....infelizmente, foi a mesma espada que tirou a vida de muitos anjos também....e hoje conta a história da morte de Lúcifer, e extinção do inferno que aquele anjo criou....(Abaixou mais a cabeça).....ela foi usada por Ludovico na guerra....e volta para mim agora.....(Castiel tinha recebido a espada de volta das mãos de Ludovico que a guardava com cuidado, e ambos tinham combinado em levar a mesma para o acervo pessoal de obras de arte do castelo, onde teria um lugar de destaque).

Liah: (Pensou nas palavras de Castiel para iniciar o assunto mais delicado).....Você realmente é diferente, Castiel....não é como Miguel....sempre pregou o amor....por isso é merecedor de estar assentado ao lado de Deus....(Respirou fundo)....estamos em paz....assim como o céu e os seus filhos.....estamos comemorando mais do que um casamento hoje, os vampiros comemoram uma nova era que se iniciou.

Castiel: (Assentiu e fechou a maleta da espada)....Tem razão....eu só me distraí um pouco....mas eu estava aqui para verificar o novo amigo de Sam.....(Apontou para a varanda, para onde Liah se encaminhou, olhando para baixo, vendo numa área mais afastada, que ficava nos fundos na mansão, um cachorro brincando com um osso artificial na grama, ao lado de uma casinha de madeira enorme, cheia de camas e cobertas para o cachorro).

Liah: (Riu).....Ele é lindo....aposto que foi Dean quem deu....(Sacudiu a cabeça divertida).

Castiel foi até a híbrida e se colocou ao lado dela, olhou Junior, sorriu e concordou com Liah. Depois se fez um silêncio um pouco constrangedor, onde nenhum dos dois sabia o que dizer. Castiel se remexeu, inquieto, e fez menção de sair da varanda, retirando suas mãos do parapeito da varanda e voltando o seu corpo para dentro.

Castiel: Bom, acho melhor eu voltar.....(Riu sem graça, tendo os olhos de Liah sobre si).

Liah: (Segurou de leve no braço de Castiel).....Castiel, espera por favor.....(Pausou retirando sua mão de Castiel).....eu já sabia que você e o Ludovico estavam juntos.....(Castiel se espantou com a informação que não fazia idéia da carta de Ludovico).....ele me enviou uma carta contando como tudo aconteceu.....(Olhou para a escuridão do céu a sua frente).....ele sempre foi assim.....muito correto e justo....(Falou com admiração).

Castiel: Liah....eu....(Foi interrompido).

Liah: Castiel....eu não carrego nenhuma mágoa de Ludovico, e muito menos de você, ou mesmo do anjo Baltazar.....tudo que houve entre vocês, só diz respeito a vocês.....Ludovico era o único que me devia alguma posição, e pode ter certeza que ele me deu muito mais do que isso.....ele foi um cavaleiro, como eu disse, ele sempre foi muito correto.....ele nunca fez nada que merecesse minha mágoa....ou que diminuísse minha profunda admiração por ele......(Pausou lembrando)......nós vivemos muitos anos juntos e toda nossa história está lá fora.....os nossos netos e bisnetos....toda nossa descendência em uma família....todos aqueles que nasceram de nós dois, da nossa união....e isso é o bastante para mim....eu tenho um lugar entre eles......sou amada por eles......é muito mais do que eu poderia sonhar em ter.....e eu não poderia desejar nada além de muita felicidade para Ludovico.....se temos paz.....se somos cuidados, amados e protegidos hoje.....é tudo por causa dele....pelo caráter dele....ele merece viver um grande amor....ele merece ser amado.

Liah respirou fundo, dando uma grande pausa de silêncio, com Castiel ao seu lado, com  os olhos marejados dele, a observando olhar o céu escuro.

Liah: Você é muito precioso, Castiel......para Deus, para a Terra, para todos nós.....quando eu li a carta de Ludovico....eu quis gritar de tanta alegria em saber que ele estará bem com você.....que chegou a vez dele ser cuidado e protegido....não haveria ninguém melhor que você.....mas o melhor disso tudo.....(Virou de frente para Castiel, passou a mão no rosto dele e o encarou).....é ver o quanto de amor existe em você....amor por ele.....é o que eu vejo....um amor muito sincero e intenso por Ludovico, quando olho nos seus olhos.....(Sorriu para Castiel).....ele nunca conheceu o que era o amor, mas ele respeitou o meu amor por ele.....mas agora é a vez dele amar....e é glorioso ver que ele está sendo amado também.....tão amado, por você.

Liah, delicadamente, se inclinou e deu um beijo no rosto de Castiel, que fechou os olhos, com o coração cheio de alegria, e em paz novamente, caminhou pelo quarto, e parou na porta do mesmo se voltando para Castiel.

Liah: Ainda quero dançar com você naquela pista de dança hoje.....(Recolheu uma lágrima)......depois que eu retocar a maquiagem.....(Sorriu brincando)....espere por mim....ouviu?....Não é todo dia que uma vampira pode dançar com um anjo de Deus.....(Castiel sorriu largo para ela e assentiu feliz).

Liah deu as costas e seguiu para o seu próprio quarto, deixando Castiel com a mão no peito, segurando um suspiro emocionado. Foi até a maleta da espada, e voltou a dedilhar os detalhes gravados em letras na língua dos anjos.

Castiel: Obrigado meu Deus.....mais uma vez.....(Se referiu a postura  de Liah consigo).....obrigado....(Sorriu, fechou a maleta e voltou para a festa).

 

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Ludovico ofereceu a mão para Castiel, que se sentou ao seu lado, e aceitou a mão de Ludovico, e ambos foram dançar uma música lenta instrumentada. Um dos braços de Ludovico estava em volta da cintura de Castiel e a outra segurou a mão dele entre os corpos colados, tendo Castiel passado seu braço ao redor de Ludovico, porém com a mão espalmada no meio das costas do mesmo.

Ludovico beijou o rosto de Castiel, um pouco abaixo do seu, já que era mais alto que ele, e iniciou o leve balançar dos corpos de ambos, no meio da pista.

Ludovico: Você é sempre tão lindo.....(Sussurrou no ouvido de Castiel)....amo você.

Castiel: Também te amo.....(Pausou e pensou que aquele seria o melhor momento para sua surpresa).....eu tenho uma surpresa para você.

Ludovico separou, minimamente, seu rosto de Castiel e olhou curioso para ele, esperando ele falar, enquanto cobiçava a boca dele na sua.

Castiel: Eu vendi tudo que era de Baltazar.....inclusive o apartamento dele....e doei o dinheiro todo para caridade....(Ludovico parou de se mexer no mesmo momento, estagnando a dança no meio da pista, um pouco vazia no momento).....eu não queria mais ficar indo lá.....eu sei que isso te magoava ainda.....(Pausou encarando Ludovico).....eu não quero que nada fique entre nós dois, e muito menos que você se sinta ferido com isso......agora sou livre para amar só você....e Baltazar é meu irmão no céu somente, não mais uma lembrança de um amor que não existe mais em mim, e nem nele também.

Castiel tinha conversado com Baltazar a respeito de sua decisão, e o anjo achou muito acertada, tendo em vista que ambos queriam evitar a insegurança de Ludovico, que sempre levava um último resquício de tristeza para o híbrido, toda vez que citava que tinha estado no apartamento, dentre as coisas herdadas de Baltazar. O anjo, mesmo não tendo mais nada em seu nome, após ser declarado morto, concordou prontamente com Castiel, seu herdeiro. E no mesmo dia, em que o arcanjo retornou do céu, após a visita a Baltazar, tomou todas as providências junto com Dean, para se desfazerem de tudo, e ainda ajudar na reforma e manutenção de um enorme abrigo de animais perdidos e abandonados naquela cidade, com o dinheiro de tudo.

Ludovico mesmo sabendo que Castiel lhe tinha amor, aqueles momentos em que ele se refugiava no apartamento, mesmo que fosse por alguns minutos, para trocar de roupa, lhe incomodavam, e aquela surpresa tinha lhe tirado o fôlego, de tão acertada que foi, para que ficasse em paz enfim, sem nenhum receio quanto à Castiel.

Ludovico ficou pasmado com a surpresa, e apertou o corpo de Castiel contra o seu, voltou a se mexer lentamente no ritmo calmo da música.

Ludovico: Obrigado Cas.....(Beijou o pescoço do arcanjo que se arrepiou e sorriu)....eu te amo tanto....e agora mesmo, estou te amando mais ainda....se é que seja possível.....(Riu baixinho).

Castiel: Obrigado a você....Ludovico...meu amor....sem você eu não estaria aqui...teria caído em desgraça e acabaria morrendo como humano.....você me salvou....e me ama dessa forma tão profunda e pura....(Suspirou muito feliz).....assim como eu amo você....eternamente....só a você.

Ludovico não disse mais nada, selou os lábios de Castiel, levantando sutilmente seu rosto na ponta dos dedos ao redor do maxilar dele, delicado e amoroso como sempre. Separou o beijo na boca e beijou os cabelos de Castiel, se agarrou mais nele, apertando sua mão entrelaçada com a dele entre os corpos, na altura do peito de ambos, num claro de sinal, do quanto estava feliz e como já havia dito, do quanto amava o arcanjo.

Liah sorriu muito sincera ao ver a união entre Ludovico e Castiel, e o amor dos dois, bem diante de si, enquanto brincava com seus tataranetos, filhos dos filhos de  Margareth, que tinha conhecido naquele casamento, junto com Ludovico, ficando muito feliz com a perpetuação da espécie em mais uma geração, que se formava em sua família, que estava ficando cada vez maior, para sua satisfação.

 

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No meio da pista de dança, após várias músicas, e muitos casais namorando em pé ao invés de continuarem bailando ao som lento das mais lindas canções de amor instrumentadas ou sussurradas por vozes profissionais dos cantores, Ludovico e Castiel continuavam em transe, se movimentando de um lado ao outro, aproveitando o calor do corpo um do outro, tão juntos, que mal se podia notar os diversos sorrisos que surgiam sem motivos aparentes nos rostos deles.

Ludovico ergueu seu rosto do pescoço de Castiel, após muito tempo naquele abraço enquanto dançavam, sentindo a presença mais do que conhecida, olhando em volta e vendo o tempo parado, nada se movia, além dele e Castiel em seus braços.

Baltazar: Eu tinha certeza que seriam felizes....(Falou assustando um pouco aos dois).

Castiel: (Se endireitou no enlace de Ludovico e foi abraçar Baltazar)....Irmão !.....Que bom te ver aqui....(Falou no meio de um abraço seguido de um beijo no rosto do anjo).

Baltazar sorriu, separou o abraço terno, e encarou os olhos cinzas de Ludovico, que se colocou atrás de Castiel, e permaneceu com a mão na cintura do mesmo, sempre um pouco protetor com ele, apesar do belo semblante de felicidade em rever Baltazar.

Ludovico: É uma honra que tenha vindo à Terra para nos visitar.....(Abraçou apertado Baltazar e voltou a tocar a cintura de Castiel).

Baltazar: (Sorriu pelo modo carinhoso e amoroso, como Ludovico estava com Castiel).....Obrigado.....eu realmente precisava vir.....queria muito poder estar com vocês mais vezes.....mas meu trabalho no céu é bem intenso....(Alargou seu sorriso, feliz por suas funções no céu, das quais tinha muito orgulho em desempenhar)....estou muito feliz de poder rever vocês.

Castiel: (Estendeu a mão e fez um carinho no cabelo loiro de Baltazar).....Sei bem como é.....mas estou mesmo feliz que tenha vindo.....que bom te ver Baltazar.....(Olhou para Ludovico, encostando suas costas no corpo dele).....ainda mais, junto com Ludovico.

Baltazar aproveitou a união deles e abraçou a ambos, novamente, apertando-os carinhosamente, num momento de pura emoção.

Baltazar: Nada poderia me deixar mais feliz, do que ver vocês se amando assim.....minha felicidade está completa, Castiel.....(Riu para os rostos quase colados)....vocês dois juntos, não poderia ser mais perfeito....Deus planejou essa vida de amor e felicidade para vocês.....não aquela vida de sofrimento, guerra e mortes de antes....agora temos paz....e ela é oferecida para vocês dois, para que tenham tempo de viver esse amor tão bonito....e é o que eu desejo sinceramente....minha missão dentro dos planos de Deus se completou, deixando nos três em puro deleite de felicidade....(Encarou o casal).....aproveitem meus amigos....meus amores....(Riu).

Castiel e Ludovico assentiram compreensivos das palavras usadas por Baltazar, que se mostrava realmente um anjo do senhor, se preocupando com eles, em frases tão significativas, que tocaram fundo nos corações deles, pois Baltazar tinha sido mesmo o elo para a união dos dois.

Baltazar fez um pequeno carinho no rosto de cada um, e fez menção de se ajoelhar e beijar a mão de Castiel, em respeito à sua posição de arcanjo, mais Castiel o ergueu pelos ombros.

Castiel: Você é muito mais do que eu sou.....é muito mais digno do que eu....e um dia, eu quero lhe dar minha posição no céu....tenho certeza que Deus permitirá....(Sorriu).....por tudo que fez por mim....por tudo que fez por nós...por quem você é.....(Olhou rapidamente para Ludovico).....e por seu próprio merecimento....(Se ajoelhou e beijou as duas mãos de Baltazar, sem vergonha alguma).....obrigado Baltazar.....por tudo....nós dois te amamos muito.....tenha sempre essa certeza....(Se levantou e beijou levemente os lábios de Baltazar e o abraçou apertado, seguido pelos braços de Ludovico ao redor de ambos).

Baltazar emocionado e com seus olhos lacrimejantes, encarou os dois mais uma vez.

Baltazar: Eu amo você Castiel.....meu arcanjo e irmão....e a você Ludovico.....o grande guerreiro, que aprendeu a amar....(Sorriu com sua referência)......deixo minhas felicitações para Dean e Sam.....(Fez surgir em suas mãos uma rosa que misturava as duas cores, vermelho e branca, com um perfume maravilhoso na mesma).....entregue a eles, por favor....esse meu presente é singelo....mas que nunca morrerá como o amor deles dois.....e de vocês também.

Castiel apertou a mão de Ludovico, que segurava no momento, segurou delicadamente a rosa entre os dedos.

Castiel: Até mais irmão.....estarei novamente com você no céu.

Baltazar: Como disse na cerimônia.....sejam felizes....(Encarou a ambos, sentindo o amor no coração de Castiel, sorriu para os dois e fez um gesto com a cabeça em direção a Ludovico, se despedindo, fazendo o tempo transcorrer normalmente e ascendendo ao céu).

Ludovico encostou seu queixo no ombro de Castiel, que olhou emotivo para a rosa em suas mãos, reconhecendo o toque do poder de Deus nela, que não mais lhe enfraquecia, como aconteceu uma vez. Sabendo que veio diretamente do Senhor, para o lado de quem, Baltazar voltava, para ser feliz Lhe servindo eternamente.

Ludovico: (Apertou a cintura de Castiel com as mãos).....Você tinha que beijar ele na boca?.....(Riu alto e se afastou, andando em direção a mesa dos noivos, sabendo que Castiel viria atrás dele).

Castiel: Ludovico !!!....(Castiel realmente seguiu Ludovico para poder entregar a rosa a Dean e Sam, rindo pela brincadeira de Ludovico).

 

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Noah que não parou de sorrir, durante todo o casamento, se afastou um pouco para dar atenção aos jornalistas, socializando com os mesmos a respeito do que aqueles estavam observando do casamento e das peças expostas, Sophie foi atrás dele e o retirou do meio dos jornalistas, muito discretamente, puxando o braço do marido.

Sophie: Meu amor....hoje não é dia de trabalhar....então volte a dar atenção ao nosso filho.....(Segurou no antebraço de Noah, o levando de volta para perto de Dean, agradecendo e enviando felicitações aos jornalistas, muito simpática).

Noah deu o braço para enlaçar o braço de Sophie, corretamente, e sorrindo para ela, voltaram à mesa dos noivos, enquanto todos conversavam distraídos. Sophie sentou ao lado de Noah, que apoiou seu cotovelo na mesa e se virou completamente para ela.

Sophie: Que foi, Noah?.....(Olhou sorrindo para o jeito do marido a observando tão atentamente, lhe deixando um pouco encabulada).

Noah: Você é linda....sabia disso?.....Parece uma rainha.....(Beijou a mão de Sophie).

Sophie: (Deu um tapinha na mão de Noah depois que soltou de sua própria mão)......Acho que estamos velhos para isso.....pelo menos por dentro....(Riu).....já estamos juntos há tanto tempo.....tantos séculos....que nem me lembro mais como flertar com você....(Riu)....e agora fico assim, toda sem jeito....(Encarou Noah, sorrindo).

Noah: (Ficou sério, e arregalou seus olhos azuis profundos para Sophie).....Eu sempre te amei Sophie.....acho que desde quando éramos crianças, eu já te amava como mulher, e nem um dia sequer, de toda a nossa vida comum, eu nunca te amei menos, por nem um segundo sequer.....(Fez o gesto com a mão)......eu sou o mesmo vampiro puro apaixonado de quando éramos crianças.....e você sempre foi minha rainha....mesmo quando era pequena.....sempre foi minha companheira.....a mulher e a vampira mais linda que eu já vi.....(Puxou Sophie para juntar seu rosto ao dela, que sentiu a pele dele roçando a sua levemente)......você é meu mundo Sophie....é tudo para mim.....se eu não me entreguei ao desespero e a dor.....foi porque o amor que sinto por você me sustentou....tudo que passamos juntos, só aumentou meu amor por você......eu te amo muito....muito mesmo.....minha rainha.....(Separou o rosto e beijou Sophie, num beijo tranquilo e cheio de amor).

Sophie enxugou uma pequenina lágrima de seu rosto, sorriu para Noah, depois do beijo,  se levantou de sua cadeira e se sentou no colo dele, meio de lado, o abraçou apertado, surpresa pela declaração de amor mais linda que já tinha ouvido de Noah, que sabia tinha lhe custado muito para ser dita, já que ele era tão tímido, o que só a valorizou ainda mais.

Sophie: Sempre te amei da mesma forma, Noah.....sempre.....e sempre será assim....minha alma é sua....meu amor.....você é lindo e basta olhar para esse seu jeito que eu me apaixono novamente a cada dia......(Beijou Noah ardentemente, sentindo ele gemer timidamente no meio do beijo).....eu te amo Noah.....e essa noite iremos fazer amor até amanhecer.....(Murmurou no ouvido dele).

Noah ficou até meio perdido depois que o beijo de Sophie terminou, buscando o ar, com as palavras de Sophie que retiraram sua sanidade, momentaneamente, olhou para o lado e viu todos da mesa dos noivos olhando e rindo para eles, Dean, Sam, Ludovico, Castiel, Bobby, Jody e até Liah, e automaticamente, todos riram mais alto ainda, quando viram o rosto vermelho de Noah, encarando-os.

Noah: Hei....ela é minha esposa.....e nós nos amamos....não tem nada de errado aqui.....(Riu de um jeito nada tímido, bem diferente de seu normal, e, voltou a beijar Sophie, agarrando-a com toda sua vontade, enquanto ouvia os resmungos e risos da outra mesa).

 

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 A linda noite do casamento se estendeu quase até o amanhecer, quando finalmente, Dean e Sam se recolheram, bem depois de Noah, Sophie, Ludovico e Castiel, ambos cansados ao extremo, por dançarem desenfreadamente por horas, além de dar atenção constante a todos, que sempre puxavam conversas, cumprimentos e elogios.

Os jornalistas estavam contentes com as matérias que teriam para publicar em seus jornais e revistas, com algumas fotos concedidas pelos noivos, da própria celebração da cerimônia daquele dia, e das diversas obras de artes que encontraram por todo o lado, associando aquele dia feliz e a união do casal, ao espetáculo cultural e visual fornecido durante o casamento.

Todos deixaram a mansão assim que a festa terminou e os noivos se recolheram, ficando na imensa casa, aqueles que iriam tomar o dejejum e partirem logo cedo, já que tinham, inclusive, se despedido do casal. O que contava com Liah, todos os puros que tinham vindo da Itália, os filhos de Margareth e suas famílias, Luca e Alexander.

Bobby e Jody, assim como, Hellen, partiram ainda de madrugada para suas casas, mesmo sob os protestos de Sam, mas como eles tinham extrapolado no divertimento, estavam mesmo precisando reporem suas energias, em seus corpos humanos, já de meia idade. Todos se despediram do casal, sabendo que demorariam a se reencontrarem, possivelmente, bem depois que voltassem da viagem de lua de mel, que seria longa também.

As despedidas mais demoradas tinham mesmo sido protagonizadas entre Dean e Sam, e, Noah, Sophie, Castiel e Ludovico, quando esses se recolheram antes do casal, que foi ostensivamente beijado e abraçado por eles, que necessitaram ouvir milhões de promessas que sempre estariam em contato, já que cada par iria para um lugar bem diferente no mundo, e a distância acumulada com o tempo que iriam ficar sem se ver, marcaria o período com muita saudade.

Assim que entraram na mansão, Dean e Sam depositaram o presente precioso de Baltazar, numa jarra fina para uma única rosa, de cristal, e a expos encima da lareira da sala principal, sorriram para a mesma, se recordando do professor, agora anjo, caminharam para a cozinha, porque Sam antes de se recolher, fez uma visita a Junior, que estava dormindo em paz em meio aos seus brinquedos e cobertores, assim se abraçou a Dean que o esperava na soleira da porta e subiram as escadas abraçados.

Sam e Dean que se alimentaram bem durante a festa, provando das comidas servidas e brindando diversas vezes com sangue, e, com champanhe, não tinham nenhum apetite para o café da manhã que se anunciaria em breve, esgotados, preferiram dormir e descansar, após um banho quente, e fazerem amor preguiçosamente enquanto o dia amanhecia e invadia o quarto por frestas da cortina fechada. Esgotados mais infinitamente felizes.

 

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Na manhã após o casamento, Ludovico acordou cedo, ansioso para colocar em prática o plano surpresa para Castiel, que quando acordou foi levado ao banho rapidamente, e, em seguida, foi, praticamente, enfiado num dos carros de Dean, por Ludovico, que também dirigiu o carro, sem  explicar nada, enquanto cruzavam o estado, indo de encontro a uma região serrana, com vegetação rasteira de grama amarelada, queimada pelo sol e pelo frio, semelhante a região de savana.

O carro subiu e a serra, com ambos em silêncio, já que Ludovico se negou a responder as várias perguntas de Castiel, querendo saber onde estavam indo. Ludovico mantinha a mão sempre segurando a de Castiel com cuidado, a beijava as vezes ou somente o olhava com amor. Pouco tempo depois, entraram em uma trilha no mato queimado, no meio de algumas arvores, começaram a se locomover bem devagar e com cuidado, e após alguns minutos, pararam ao lado de uma cabana, que mais parecia uma casinha de lenhador. A pequena construção de um único andar era feita com paredes comuns, porém com decoração de pedras rústicas na base, o telhado era feito de toras de madeira, assim como a varanda larga que se alongava de uma ponta a outra da entrada. Atrás da casa havia um caminho feito de pedras no chão, que levava a um lago pequeno e aconchegante, de águas claras e banhadas pelo sol, que a cobria por completo. A uma certa distância do lago, havia um penhasco de pedras enormes, não tendo nenhuma montanha em volta daquela clareira aberta no meio a serra, onde havia somente a cabana e o pequeno lago. A visão era esplendorosa, à frente, somente o céu alaranjando do meio dia, provocado pelo ar rarefeito da serra, cuja estrada principal prosseguia até outro Estado. Mas para eles a viagem relativamente curta, tinha terminado naquele lugar escondido e isolado no meio da serra. Abaixo, haviam campos abertos com a mesma vegetação rasteira amarelada, com alguns em tons de laranja e marrom, ao longe, tinham a visão de toda a cidade, e, do mar mais adiante.

Castiel olhou tudo em volta, quando desceu do carro, e correu por todo o lugar, sendo seguido por Ludovico, que sorria pelo jeito ansioso e infantil do arcanjo, que depois de olhar tudo, correu para os seus braços.

Castiel: O que estamos fazendo aqui?.....(Perguntou já com imenso sorriso no rosto).

Ludovico: Essa é a minha surpresa para você.....nós ficaremos aqui o tempo que quisermos.....(beijou Castiel).

Castiel: Eu achei que estávamos indo para o castelo na Itália.....(Sorria olhando mais em volta, virando de costas para Ludovico, mas sem se afastar do abraço dele).

Ludovico: Não....eu estou literalmente de férias.....nós estamos.....e iremos ficar nessa cabana isolada do mundo....para nos amarmos e para aproveitarmos nossas vidas como nunca fizemos....(Falou no ouvido de Castiel o abraçando por trás e apoiando sua cabeça em seu ombro)......gostou ?

Castiel: Nossa.....eu amei.....amei demais.......é tudo que eu mais queria....ficar com você.....só você.....(Sorriu e beijou Ludovico)....eu te amo muito Ludovico....(Encarou falando mais sério).

Ludovico: Eu também te amo Castiel....meu arcanjo.....(Beijou a testa dele e olhou fundo em seus olhos)....meu arcanjo lindo.

Ludovico abraçou e beijou Castiel calmamente, num beijo profundo e apaixonado, depois  entrelaçou seus dedos aos dele, para entrarem juntos na pequena cabana, anteriormente abastecida, com todos os alimentos, e em grande quantidade, já que Castiel apreciava o prazer de comer dos humanos, assim como, Ludovico também tinha providenciado madeira para as lareiras da casa, diesel para o gerador, milhares de cobertas e tapetes, uma bela geladeira e fogão, e uma cama grande e muito confortável. Tudo preparado com extremo cuidado a cada detalhe para que aquele fosse o primeiro passo de sua união com Castiel, que se prolongaria por toda a eternidade.

 

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Sam se arrastou para conseguir acordar Dean, colado em suas costas, reunindo toda sua coragem para desfazer aquele semblante perfeito de paz no sono profundo dele. Após várias tentativas, Dean finalmente se pôs de pé, tomaram banho juntos, se agarrando embaixo do chuveiro, mas guardando energias para o dia de viagem que teriam.

Todos os hospedados da mansão já tinham partido, com exceção de Noah e Sophie, que ainda dormiam depois de Sophie cumprir o que tinha dito para Noah, se entregando a ele. Os pais de Dean fizeram amor a noite inteira, os eternos companheiros. O casal tinha planejado ficar na mansão por mais alguns dias para poderem aproveitar os Estados Unidos um pouco mais, e somente depois voltariam para a Itália, já que Noah teria uns dias de descanso merecidamente, depois de tudo que tinham vivido e do trabalho intenso para reerguer os cofres da família. Sophie já tinha planejado visitar também New York e a Califórnia no percurso, bem como, visitar sua avô Liah e estreitar laços de amizades com Bobby e Jody, que pretendia convidar para voltarem com eles para o castelo na Itália.

Dean antes de sair deu uma espiada em seus pais dormindo agarrados, sorriu com a cena, beijou a ambos, que lhe corresponderam com sorrisos sonolentos, e sem demora, recolheu sua última mala do sofá, e saiu atrás de Sam, que aguardava ao lado do carro, beijando o focinho de Junior, e fazendo mil recomendações aos empregados para que cuidassem bem do seu filho, os fazendo prometer que colocariam o telefone na orelha dele quando ligasse e que o deixariam fazer tudo que ele bem quisesse, mesmo que fosse alguma arte, pois ele já tinha sofrido muito na rua, segundo as palavras de Sam, que fizeram Dean gargalhar.

Após alguns minutos numa viagem curta, com ambos conversando sobre como estavam felizes e satisfeitos com a cerimônia e festa de casamento, e em como o escritório da mansão estava repleto de presentes até o teto, chegaram ao porto de Connecticult, embargaram num transatlântico muito luxuoso, que os levariam as ilhas gregas, onde aproveitariam a lua de mel durante alguns dias, e depois, seguiriam para Tóquio e Tailândia.

Sam estava deslumbrado com tudo que via a sua volta, tanto que mal conseguia fechar sua boca, fosse babando por tudo ou falando mil comentários ao mesmo tempo, divertindo Dean imensamente com a energia e alegria dele.

Dean: Calma amor, nós ainda temos alguns dias nesse navio para observar tudo de perto....(Falou sorrindo enquanto Sam corria pelo quarto imenso do navio e olhava pela pequena janela oval).

Sam: Dean, eu nunca andei num desses antes.....eu sempre fui pobre....(Riu)....agora eu tenho mais é que admirar tudo....(Riu novamente, igual uma criança, sem nenhum orgulho, e continuou explorando o quarto).

Dean seguiu e puxou Sam pela mão e o abraçou em frente a uma jacuzzi com teto de vidro que tinha dentro do banheiro.

Dean: É lindo mesmo.....(Falou vendo a boca aberta de Sam).....mas agora eu tenho algo muito mais lindo para olhar.

Sam sorriu e Dean o beijou ardentemente, cheio de desejo, depois, desceu seus beijos pelo pescoço dele, enquanto o guiava com cuidado para a cama.

Sam: Dean....(Falou abafado em meio aos beijos que já o estavam excitando).....meu amor.....nós podemos fazer amor naquela jacuzzi?

Dean: (Riu contra a pele de Sam).....Sim amor....onde você quiser....tá bem.

Sam assentiu e riu alto, se afastando de repente de Dean, mas segurando na mão dele.

Sam: Nossa que legal.....então podemos fazer amor em outros lugares também....pelo navio....(Riu).

Dean agarrou sua cintura e praticamente o derrubou na cama, que estava na direção das costas dele. Ambos riram alto.

Dean: Sam.....claro que não.....ficaremos restritos ao nosso quarto....(Voltou a beijar Sam).....que marido mais exibicionista....(Riu).

Sam: Ah Dean.....por favor....(Se apertou contra Dean, que sentiu a ereção no meio das pernas dele, o fazendo gemer).

Dean: Covardia Sam.....(Riram juntos).....tá bom.....eu aceito fazer amor com você onde quiser, literalmente.....mas se formos pegos por alguém....a culpa será sua....(Riu).

Sam: (Encarou Dean com um brilho nos olhos).....Combinado.....(Rodou Dean na cama, ficando por cima dele e arrancando sua própria camisa social, mostrando seu abdômen definido e colocando a mão de Dean sobre ele).

Dean: Eu te amo Sam.....meu Sammy.....faço tudo por você.....(Sorriu apaixonado, encarando Sam e tocando na barriga dele com a ponta dos dedos).....sou louco por você....e sempre serei....(Sam assentiu, sorridente).

Sam: Também te amo Dean.....meu marido....te amo mais que tudo e sempre vou amar....sempre serei seu....(Arqueou as costas e beijou Dean, acariciando seu cabelo e rosto, se roçando suave em seu colo).

Dean: Enfim sós....(Falou com Sam beijando e lambendo seu pescoço).

Sam: Enfim felizes.....e...(Pausou).....felizes para sempre.....(Voltou a beijar Dean).

 

****FIM****

 


Notas Finais


MUITO OBRIGADAAAAAA PESSOAL, SEM VOCÊS
NENHUM ESCRITOR É NADA.....OBRIGADAAAAAA !!!!!!!!

Quero agradecer nesse espaço, a três pessoas
maravilhosas que sempre estiveram comigo,

MAYLINSAYURI22 e ENFJANA

E a meu irmão de alma Hiago,
simplesmente por existir.

Dedico essa Fic a meu grande amigo e filho que se foi...
JUNIOR....meu amor eterno.

OBRIGADAAAAAA !!!!

BJS!!!!!!!!!!!!!


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