1. Spirit Fanfics >
  2. Anomalia >
  3. Capítulo 16 - Minha primeira "missão".

História Anomalia - Capítulo 16 - Minha primeira "missão".


Escrita por: Duda_104

Notas do Autor


Voltei depois de milênios!!!!!

Eu tenho que pedir mil e oitocentas desculpas por ter demorado. O motivo? Bloqueio de criatividade. Digamos que eu já tinha escrito o roteiro da história toda, mas tem algumas coisas que me faz eu ter que refazer.
Outro aviso é que esse tal evento da Anomalia que fez os monstros fez algo a mais com uma coisa que já viram em The Flash (eu gosto de meter suspense...). Vão perceber alguns Easter eggs ao longo dos capítulos.

Eu não tenho previsão para quando irie postar outro capítulo. Este capítulo foi narrado por Jonas.

Enfim. Boa leitura!!!! :) :D

Capítulo 17 - Capítulo 16 - Minha primeira "missão".


Escolhi vocês porque em 100 anos suas vidas têm um efeito mínimo sobre a linha do tempo gravada. Eu precisava da ajuda de vocês, sem perturbar 2166.

- Rip Hunter. 

*** 

Eu não sabia para quem olhar: Kim, Joel ou a estrada. 

Joel, não sei de onde tirou a ideia, disse que não éramos o Bruce Lee para lutarem corpo-a-corpo com a menina-da-isca. Então, nos deu um facão para cada um. Rae o segurava firmemente, ficando ao lado da loira. E eu, controlava a minha respiração. Seria péssima ideia ficarmos em casa e separador de Joel. Então, ele nos levou junto. Olhava para o meu relógio toda hora. Ele seria útil naquela hora. Se ele pelo menos funcionasse. Ao lado de Kim, estava uma bolsa de Joel, cheia de armas, sal e um objeto de prata.

Em uma derrapagem, Joel estacionou perto do lago. Descemos e ele foi na frente. Quando eu, Kim e Rae chegamos, vimos Joel sendo barrado por Frank Adams. Sua esposa manteve distância dele, com cara de desgosto. E Susan, olhava-o confusa.

— Mas o que eles estão fazendo aqui? — ela continuava emburrada, como já estava antes.

— Quem é você? Esse local está restrito! — cuspiu Frank.

— Guarda florestal — Joel amostrou seu distintivo. — Sou eu que deveria saber o que estão fazendo aqui.

— Estamos admirando a vista do lago da cidade — dizia a sua esposa com um ar esnobe e superior, indicando o lago —, antes de comprá-lo.

— Ninguém me disse que iriam comprar...

— Avisamos ao xerife da cidade — Frank amostrou-o os papéis — Temos autorização. Amanhã inauguraremos.

Deixamos Kim em cima de uma pedra. Eu via como ela estava fraca e mais branca do o normal. Mas também a via tentar lutar contra aquilo. Seja lá o que era. Vi Sue Adams se aproximando de nós, o me fora uma surpresa apesar da situação. Sue era rica e mimada. Falava com todo mundo e não gastaria saliva para falar com um de nós três, apesar de que Kim ficou na frente dela e de Christopher no concurso de fotografia da escola.

— O que foi que deu nela? — ela perguntou.

— Ela está fraca! — exclamei — Será que foi mesmo uma boa ideia nós termos ido pra cá sendo que tem a menina-da-isca aqui?

— Menina-da-isca... Vocês três são estranhos — falou ela, olhando para cada um deles confusa. — Eu estou farta de ouvir isso!

— Susan, precisamos conversar! — disse Rae.

— Sai fora, garota. Eu nem sei o nome de vocês.

— Kim, Rae e Jonas — Jonas falou, apontando para cada uma ao falar os seus nomes — É sobre a sua irmã. Elizabeth Adams.

As feições dela mudou.

— Calem a boca — ela insultou-os — Vocês são idiotas de falarem sobre isso comigo...

— Ela não morreu por causa de uma doença — Rae disse. Do canto do olho, vi Joel amostrando os documentos do médico que a "operou" — Morreu nas margens desse lago, afogada.

— Eu sabia. Vocês são muito esquisitos — falou ela.

— Argh! Não temos tempo para isso — eu peguei sua mão — Eu não sei o que o espírito de sua irmã pode fazer, mas sei que ele está descontrolado.

— Sai, garoto! — ela se desgrudou da minha mão.

— Quem é você para falar isso, seu cretino? — gritou a sua mãe, atraindo a atenção de nós.

— Eu não sei de onde você falsificou isso, mas se quiser chamar atenção...

Joel se aproximou dele e falou, tocando o dedo indicador nele.

— Se eu quisesse chamar atenção, Adams, eu teria feito isso melhor. — ele foi ameaçador — Diz isso porquê um cretino sabe da verdade sobre a sua família corrupta! Não querem estragar a reputação de vocês.

Frank mudou o semblante para um ar de desdém, dando de ombros.

— E qual é o seu problema com isso?

— Ela é uma criança, seu desgraçado! — Joel o empurrou — Fez uma mentira dessas para esconder um assassinato.

— Joel...

Eu e Rae olhamos para ela.

Kim olhava diretamente para a água. Sue fez o mesmo e vimos uma cabeça afundando de novo, casando ondulações na água. Nós gelamos.

— Joel! — Rae chamou mais alto.

A discursão entre os adultos parou e olharam para o lago. Eles viam apenas as ondulações.

— Caíam fora daqui se quiserem continuar vivendo...

— Estou fazendo isso pelo seu bem, seu desgraçado!

Joel liberava a sua ira. Tive a impressão de que a maré estava aumentando aos poucos. Sue, Kim e Rae também percebiam aquilo, e mais ondulações apareceram. Sue não falava mais nada. Apenas ficava perplexa.

— Pai!

— Sue, não se meta — sua mãe caminhou pisando duro até ela — Nós vamos ficar e pronto.

— Vamos embora! — ela já começava a se assustar. Não era para tanto, pois se eu estivesse no seu lugar, eu já estaria no Brasil.

O lago aumentou, e vimos de novo a menina da isca. Em um movimento que não pude prever, uma onda se criou e foi em direção à Joel e Frank.

Nós gritamos, mas já era tarde. A onda pegou mais Frank, e puxou ele e Joel para o lago. Joel só foi até a margem, mas Frank desapareceu. Sue gritou. Rae e eu corremos até Joel e o puxamos de volta para a superfície.

— FRANK! — gritou a mãe de Susan, cambaleando.

Kim se esforçou para se levantar e correu até ela.

— Senhora, vai ficar tudo bem...

Ela caiu duro no chão. Kim não fez nada. Sue correu até a mãe.

— O QUE FEZ COM ELA?

— Nada! A pressão baixou. Está inconsciente.

— ONDE ESTÁ O MEU PAI? — gritou ela, começando a chorar.

Joel tirou o seu casaco e mergulhou. Rae pegou a arma no seu casaco e me deu um pé-de-cabra. Poucos segundos depois, ela apareceu.

Ela estava perfeitamente igual como eu tinha a visto hoje cedo. Um tom cinzento, a roupa molhada, e os cabelos sem vida, um pouco infestado de plantas aquáticas e coisas que haviam no fundo daquele lago. Também vejo Joel, mais distante da garota, com o pai dela em mãos. Frank estava de olhos fechados, o que desesperou ainda mais Sue. Aquele não era um bom momento para pessoas histéricas, mas eu tento entender pelo ponto de vista dela.

— PAI! NÃO!

— Jonas — Rae me chamou. Deu para mim uma espécie de espelho e uma arma. — É feito de puro prata. Pode prender a menina-da-isca.

— E como é que...

— Só faça ela olhar para o espelho — interrompeu Rae, recarregando uma arma. — Eu vou tentar distraí-la.

A menina-da-isca fez a maré aumentar de novo. Rae recuou até do meu lado.

— Me fala que eu estou vendo mesmo isso — murmurou Rae, boquiaberta.

— Se eu falar, vamos ser dois loucos.

O fantasma ergueu o seu gancho e olhou para Frank com ódio. Joel percebeu o seu olhar e voltou-se para eles.

Uma onda se formou. Rae começou a atirar nela, mas parou no terceiro tiro. A pressão da arma ainda a incomodava. Tentei amostrar o espelho, mas já era tarde. Rae se pôs na minha frente e me abraçou com força. A onda pegou nós dois, mas sinto ela sendo puxada brutalmente para longe de mim. Eu apenas fui para a margem, como Joel. Consegui respirar oxigênio e olhei ao meu redor. Minha sorte era que naquele dia estava ensolarado. Mas a água não deixava de estar fria. Vejo Sue tentando ajudar Kim, a afastando dali. Kim já estava recuperada, mas atordoada demais para fazer algo.

— JONAS! — ouço o grito de Joel. Olho para ele e me apavoro ao ver que eu não via Rae aqui.

A menina-da-isca estava pegando todos nós. Ela olhava para mim e para Rae numa tentativa de decidir qual de nós dois pegava. Ela iria me pegar, mas Rae me salvou.

E assusto ao ouvir os gritos dela na água. Pelo jeito que ela se esperneava e mal mantinha a cabeça na superfície, dei conta de que ela não sabia nadar. Eu não sabia o que fazer. Se eu mergulhasse, deixaria Sue e Kim e a menina-da-isca me pegaria. Mas não posso ser tão egoísta a esse ponto de deixar Rae se afogando.

— Jonas.

Me viro ao ouvir a voz de Kim e vejo a assombração ali. Sinto meu bolso, onde estava o meu relógio, esfriar, e dou um passo ágil para trás, sentindo o gancho passando centímetros do meu nariz.

Só fui eu que achei isso muito Matrix?

Atirei contra ela, mas me acertou de raspão o gancho no meu braço. Nos filmes, eu acharia aquilo impossível. Mas tendo um relógio que te dá mais reflexos mas que não funciona toda hora já é uma boa explicação. Ou não.

Amostrei o espelho para ela, e pareceu sacar o que aconteceria. O acertou com o gancho o espelho e o levou para o chão. Bateu mais precisamente na minha mão e o soltei. Não pude esperar que ele não tivesse sido quebrado pois o lago me puxou. Mas ouço Sue gritar:

— LIZ!

Fiquei na superfície. Mas sentia uma corrente ao meu redor. Vejo Sue pegando o espelho e o chutando para trás. Suas lágrimas estavam descontroladas. O rosto inchado de tanto chorar. As duas irmãs se olharam.

— Liz, sou eu! — gritou ela, emocionada.

Fui puxado para baixo, mas me debati para continuar respirando. Eu engolia água e cuspia.

Kim se levantou e pegou o espelho, que parou do lado dela graças ao chute de Sue. A menina-dá-isca encarou Sue. Ela devia estar alarmada ao vê-la como uma morta-viva. Haviam cortes pelo seu corpo que não sangravam, mas sim um tom escuro.

— Sou eu! Sue! Susan! — afirmou Sue, dando um passo à frente — A sua irmã.

Liz segurou mais firme o gancho.

— Eu não entendo... — ela chorou mais — O que está acontecendo? Liz, pare! Por favor!

Os olhos de Sue viram Kim por trás da irmã.

— Por favor!

Liz empunhou o gancho, e foi apenas isso o que eu vi e Kim gritando para ela virar para trás.

Fui puxado completamente para baixo. Já que estava ali, resolveu procurar por Rae. Coisa que eu já devia ter feito há milênios. Nadei e fui para a superfície. Gritei pelo nome dela e a vejo há três metros de mim. Consigo chegar até ela, ainda debaixo d'Água. Ela se debatia então tive que pega-lá pela cintura e pegar o seu rosto. Eu fiquei com medo de pegar a radiação dela, mas eu tive que fazer isso para fazê-la se acalmar.

Com uma mão eu peguei na sua cintura e a empurrei para cima, e com a outra eu segurava o seu rosto. Chegamos na superfície e a segurei para permanecer ali.

— Calma, Rae! — tentei tranquiliza-la. — Eu estou aqui! Eu estou aqui!

Olhamos para a margem e vimos apenas Kim e Sue. As duas seguravam o espelho e nem sequer olhavam para ele. Joel deixou o corpo inconsciente de Frank ali e Sue se ajoelhou ao lado dele. Ele me olhou e pareceu aliviado ao ver Rae comigo.

— Me tire daqui — pediu Rae de uma forma que nunca pensei que ela fosse falar: melosa e assustada — Por favor!

— O.k.

Nadei até a margem cautelosamente. Joel me ajudou a colocá-la na superfície.

— Conseguimos — Kim ia dar o espelho para mim, mas Joel o pegou.

— Não é uma boa — falou ele.

Olhei para Sue, que estava do lado do pai. Andei até ela, cauteloso.

— Você está bem?

Ela não respondeu. Apenas ficou tremendo e olhando para o chão. Toquei nos seus ombros.

— Eles vão ficar bem — assegurei — Acabou.

Sue assentiu com a cabeça.

— Vamos levá-la pra casa. — disse Joel, indo pegar o carro.

***

Joel parecia ser especialista em encobrir algum caso.

Levamos os corpos dos pais de Susan. Ela os limpou e Joel colocou remédios na escrivaninha. Encobrimos o que havia acontecido, mas não tinha como esconder disso de Susan. Ela já tomou um calmante e agora está melhor. Joel fez o discurso de não falar para ninguém e Sue prometeu não falar nada.

— Eu não sabia — ela disse, já calma e nós, por incrível que pareça, na sala da casa dela. — Me disseram que ela morreu no hospital. Mas eu me lembro do dia que fomos para o lago. Eu a vi... Se afogando.

Ela olhou para nós.

— Eu não entendia o que estava acontecendo. Meus pais me colocaram no carro e não me falaram nada.

Joel se desencostou do sofá.

— Acreditamos em você — falou ele. Sue o olhou.

— Eu prometo não falar para ninguém. Mas eu não sei os meus pais...

— Eles vão achar que tudo foi um sonho. Bem, esperamos — Joel se levantou. Sue também se levantou.

— Obrigada — ela disse.

Eu, Kim e Rae nos levantamos enquanto nos olhávamos.

— Você o quê? — indaguei.

— Só... Obrigada. — disse ela, calma. — Eu nunca vou me esquecer do que aconteceu. Eu sei que vocês eram estranhos. E agora eu sei o porquê.

— Valeu pelo elogio — murmurou Kim.

— Eu acho que devo uma para vocês.

— Não precisa... — Joel ia falar, mas eu quis que ele se calasse.

— Não. Vocês salvaram a minha vida e a da minha família.

— É, Joel. Salvamos e devemos receber algo em troca — disse Rae.

Nos despedimos dela e saímos da mansão dos Adams. Eu tenho que admitir que nunca achei que pisaria naquele lugar na vida. Quando toquei na porta do carro de Joel, Rae parou do meu lado.

— Eu também estou te devendo uma — falou ela — Por ter me salvado.

— Não precisa...

— Por que todo mundo fala isso? — suspirou — Eu não sei nadar. Eu fui abandonada no píer, amarrada. Meus pais queriam que eu morresse. — ela fez uma pausa — Digamos que eu tenho um trauma. Mais alguns segundos e eu não aguentaria.

Eu não soube o que dizer.

— Então, obrigada — disse, agradecendo. Deu um pequeno sorriso — Age que não foi tão ruim ter um amigo como você.

Se eu não sabia como reagir, imagina agora. Apenas devolvi o sorriso.

— Então eu posso te chamar de amiga? — perguntei. Ela me olhou de um jeito diferente.

— Não — respondeu — Me chame de Rae porquê esse é o meu nome.

Eu safei um riso. Ela sorriu de volta. Antes de entrar no carro, ela se virou e continuo:

— Jonas, o seu relógio estava funcionando? — perguntou ela.

— Acho que sim. Eu desviei da menina-da-isca.

— E na hora em que me salvou? Ele funciona?

Dei de ombros.

— Sim. Talvez. Eu não sei — falei incerto — Por que?

— Quando alguém toca em mim, demora cinco segundos para ela sentir o efeito da radiação — falou ela — Você ficou mais tempo tocando em mim. Não surtiu efeito?

— Eu sentia frio por causa da água. Mas acho que saberia o frio da sua radiação — disse.

— Ei! Vocês dois! — chamou Joel — Entrem logo! Eu tenho mais o que fazer.

Ele bateu a porta. Eu e Rae nos entreolhamos.

— Simpático, não é? — ela disse.

— Muito. — suspirei.

Entramos no carro e saímos dali. Kim caiu no sono. A visão com certeza esgotou as suas forças.

Encostei minha cabeça na janela, olhando para a vista. Quem diria querem estivesse fazendo aquilo. Quem diria que aquela cidade seria um ímã desse tipo de coisa? Quem diria que eu ganhasse uma amiga como Rae e Kim? Quem diria que aquela fosse a minha primeira "missão"? Peguei o meu relógio. Ele estava molhado ainda. Estava como sempre esteve. Olhei para o nome gravado ali. Alguém o gravou para que eu me lembrasse dele. Será que com tudo isso acontecendo comigo e depois de saber sobre Anomalia, eu posso ter respostas sobre aquele nome. Sobre o meu passado. Sou um Rotzum. Sou uma coisa com um nome esquisito.

Algo me dizia que o nome "Rip Hunter" tinha mais o que oferecer. Talvez ele não fosse um alcoólatra. Minha imaginação fértil me levou a teorizar se ele fosse alguém importante. Um policial. Um caçador... Só falta ser um viajante do tempo.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...