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História Anomalia - Capítulo 18 - Fizemos um teste não tão discreto.


Escrita por: Duda_104

Notas do Autor


Voltei!!!!!! Ainda n abandonei a fanfic!!!!!

Bem, eu tinha viajado no carnaval (e comprei a tempo um livro) e o lugar não tinha internet. Hoje voltei como uma nova pessoa. Uma guerreira que passou cinco dias sem internet. E eu sobrevivi....
lara comeonsar, o capítulos foo grande.
Mais uma coisa: sou uma pessoa que ama Easter eggs e referências assim como Steve (entendedores entenderão). E bem... vcs vão ver algumas nos próximos capítulos. Pra quem já assistiu/jogou Until Dawn, Scream e outros vai entender. E claro, n vou me esquecer de agradecer aos comentários e reviews. Vcs são amazing (finja que é aquele "amazing" do Luba).

Enfim, boa leitura!!!! :) :D

Capítulo 19 - Capítulo 18 - Fizemos um teste não tão discreto.



Às vezes, não enxergamos as pistas, mesmo quando estão na nossa frente. 

- Flash. 

A primeira coisa que ele pensava quando tocava o sinal era a sua casa. 

Mas dessa vez foi diferente. E acreditava que, daqui pra frente, todas as vezes seriam diferentes. Seria a aula de reforço de artes. E, pelo que soube, só tinha ele, Jonas, Rae, Katie, Luke e Michael. A coincidência é absurda. Jonas podia inventar uma gripe ou um compromisso, mas aquela era a chance perfeita para ele descobrir se o trio novato era inofensivo ou não. Ele estava farto de tantas desconfianças. Era hoje que saberiam se estavam em perigo ou não. Rae comprou sal grosso. Kim arrumou coisas que viu nos livros da biblioteca alguns líquidos que preveniriam contra monstros. E Jonas trouxe coisas feitas de metal puro. 

Eles fizeram um teste. Era para serem discretos, isso foi o que Kim falou. Mas Rae e Jonas, quando viram Michael indo para uma aula onde, pelo resto da manhã, não se encontrariam mais. No último minuto, ambos jogaram sal nele. Como estava do lado de Luke, pegou um pouco no seu ombro. Em vez de pedirem desculpas, pois não surtiu efeito algum, eles apenas riram com a cara de surpresa deles e correram. Kim só pode revirar os olhos para isso. Mas fora uma surpresa para os dois quando Rae riu. 

No último intervalo, Kim fez um teste com Katie durante a aula de química. Mas, dessa vez, mais discreto e menos chamativo. O sal e nem a água benta funcionaram. Eles agora tinham certeza de que eles não eram monstros, mas ainda os achavam estranhos. 

— Vamos lá, confesse! — insistia a loira, voltando a passar os dedos calmamente nas cordas do violão. — Eles não tem nada de demais! 

— Mas você não nega o fato deles serem esquisitos! — Jonas apoiou Rae, andando pelos bancos onde os alunos se sentavam nas aulas de música. 

— Honestamente, se vocês fossem novatos vocês viriam falar comigo ou Christopher? — indaga Rae, ainda sentada no piano, ajeitando os papéis onde ficam as notas. 

Os três já viram Christopher e o seu grupo de amigos puxando papo com Luke e Michael e dando em cima de Katie. O resultado por parte dela? Um fora bem dado que doeu até para Jonas. E este garante que até sentiu pena, mas riu. 

— E ainda tem aquela coisa que Michael me falou! — comentou ela, fechando o piano. Ao olhar aquilo, Jonas a imaginava tocando. Não esperaria que Rae soubesse tocar. Já a viu entrando na aula de música muitas vezes e esbanjando um sorriso alegre quando levava o seu violão. 

Jonas lhe garante, mesmo conhecendo Rae por poucos dias. É difícil vê-la sorrindo na escola. O sorriso dela era o mesmo quando via Joel ou quando ouvia alguém falando sobre Death Note. 

— Que coisa? — ele pergunta. 

— De saberem quem são meus pais — os olhos castanhos da morena foram para ele — Ele não contou para vocês não? 

Ambos fizeram um não com a cabeça. Aquilo fez surgir uma cara de dúvida nela. 

— Do que você está falando? — Kim cruzou os braços. 

— Ontem, depois de conhecermos o nosso professor do reforço de artes, Michael veio falar comigo — contava ela. 

— É, nós vimos! — a única coisa de que Jonas se lembrava era dos dois ficando sozinhos no corredor. 

— Ele falou que não eram monstros — ela disse — E depois que eles estavam lá porque tinham o palpite de saber quem seriam os meus pais. 

Kim e Jonas a olharam surpresos. 

— Os seus também — Rae incluiu Kim, fazendo a mesma erguer a sobrancelha. 

— Os meus? Eles sabem quem são os meus pais? — Kim falava aquilo figindo acreditar. Ela riu levemente — O.k., eles são anormais. 

— Não é? — Rae concordou com a afirmação dela. 

— Quem somos nós para falarmos que eles são anormais? — Jonas levantou essa questão, fazendo as duas o olharem. 

Definitivamente, Jonas, Rae e Kim são as pessoas mais anormais daquela cidade. 

— Vocês acham que eles podem saber mesmo quem são os pais de vocês duas? — ele também não conseguia acreditar naquilo — Ele não falou nada sobre os meus? 

— Ele disse que talvez — Rae deu de ombros — De qualquer modo, não estou nem aí! Prefiro pensar que ele é louco mesmo! 

Enquanto guardava suas notas na sua mochila, Kim e Jonas se entreolharam. 

— Mas por que você... 

Antes que Jonas pudesse completar a frase, perguntando o motivo do desdém de Rae sobre os pais dela, a porta se abre atraindo a atenção de todos. 

— Ainda tem sal no meu cabelo — Michael chegou reclamando. 

Atrás dele, vinha Luke e outro homem a quem Jonas não ficou muito prestando atenção. Michael olhou diretamente para Jonas e Rae. Podiam ver apenas no casaco de Michael pequenos pontos brancos. Quando se olharam, seguraram o riso. Jonas não recomenda fazer isso. Mas que foi engraçado, foi. 

— Ah, vocês acham graça? — ele cruzou os braços. Kim foi a que mais conseguiu segurar o riso. — Eu sei que aquilo era sal grosso! 

Eles pararam de segurar o riso. 

— Já é prova o suficiente de que não somos monstros? — ele perguntou em voz alta e clara. 

Kim se levantou e parou de frente para ele. 

— Kim, eu... 

— É verdade o que ela falou? — perguntou, o interrompendo. 

Michael olhou para Rae. 

— Você contou... 

— Você acha que eu ia ficar de boca calada? — ela se levantou frustrada. 

Luke se aproximou de Michael e pegou no seu braço. 

— Você falou? 

— Eu tinha que falar! — ele se defendeu. 

— Ainda não é a hora, Michael! Nem sabemos se são eles mesmo! 

— Vocês são estranhos! — acusou Jonas. 

— Nós? Olha quem fala! — retrucou Michael. 

— Quem são eles? — o homem sussurrou para Luke. 

Ele olhou apensos três e depois para ele. 

— Ah, esses são Jonas, Rae e Kim — Luke apresentou a cada um deles. — Este é Cisco. O... 

Luke olhou para Michael pedindo ajuda. 

— Ajudante! — inventou Michael — De Oliver... Do professor de artes! 

Jonas, Rae e Kim olharam para ele. Carregava consigo uma mochila preta, e nas mãos, um notebook. 

— Prazer! — ele disse. 

Nenhum dos três deixaram de estranhar. Parecia que o homem chamado Cisco conhecia bem Luke e Michael. Bem até demais. 

— De qualquer modo, eu não estou nem aí — falou Rae — Se não são monstros, ótimo! Mas não quero mais saber de nada vindo de você sobre meus pais! 

Ela se levantou, pegando as suas notas e as guardando na mochila. Nesse processo, Mike a observava depois de olhar para Luke. 

— Como assim? 

— Você não quer saber sobre eles? — perguntou Luke. 

— Eu estou pouco me ferrando para os meus pais — ela quis deixar aquilo bem claro — Eu não quero mais ouvir falar deles e nem me lembrar! Será que posso seguir com a minha própria vida sem depender deles? 

— Rae, você não tem nem interesse em saber quem sejam? — indaga Michael, se aproximando dela — Será que tem como você ser um pouco mais sensível e pensar um pouco neles? 

— Ser mais sensível e pensar um pouco neles? — exclamou Rae irritada — Sou eu que não sou sensível? Eu devo ficar pensando nos pais que me abandonaram? 

— De onde você tirou a ideia de que te abandonaram! 

— Me deixando morrer afogada é o que para você? 

Michael já ia explodir. Jonas via o clima ficando mais pesado. Mas Kim se pôs na frente de Rae. 

— Michael, eu tenho que concordar com ela! — afirmou. 

Ele não soube como reagir. 

— Mas por que, Kim? — perguntou Luke — Você também? 

Ela olhou para ele e depois para Michael. 

— Sinceramente, não vale dar atenção a alguém que teve o caráter de me deixar morrer! — ela disse — Eu tenho mais coisas para fazer na minha vida do que ir correndo atrás de alguém que mal se importa comigo. 

Todos ficaram em silêncio. Jonas apenas via tudo, desejando um balde de pipoca para ficar vendo o que parecia ser a discussão. Ele preferia ficar calado, apenas observando. Kim falava sério. E Rae pareceu aliviada ao ver que não era a única ali que concordava com ela. 

Jonas percebeu que não só ele fazia o papel de público. Cisco fazia o mesmo que ele. 

— Se for por causa disso que vieram falar com a gente, — Kim continuou, pondo a mochila nas costas — então é melhor nem saberem que nós existimos! 

Ela caminhou para fora da sala, acompanhada de Rae. Jonas pôs a mochila nas costas, pretendendo deixá-los a sós. 

Ao sair, várias coisas se passavam na sua cabeça. Menos mal. Menos monstros com o que se preocupar. Mas ele estranhou aquele homem. Ele era o de menos. Jonas pensou se ele soubessem mesmo quem seriam os seus pais. Rae falou apenas que poderiam saberem sobre os pais dela e os de Kim. Mas não havia certeza para ele. 

Joana achou aquilo bobagem. Como saberiam quem seria o seu pai? Apesar de não acreditar, algo dentro dele o fazia acreditar que sim. Que haveria uma luz para saber quem realmente eles sejam. 

*** 

Aquele realmente havia sido um dia bem cansativo. 

Ela se sentia diferente. Talvez alívio por Katie, Luke e Michael não serem monstros. Mas Rae tinha suas dúvidas quanto a Oliver e Cisco. Apesar de achar o pai de Katie e Luke lindo, ela não se engana pelas aparências. E isso também valia, inacreditavelmente, para Michael. 

Ao abrir o armário, seus olhos corriam por todo canto. Ela não iria pra casa sem aquilo. Rae costuma ler muitos mangás e livros. Mas havia apenas um gibi que a fazia ter brilhos nos olhos. Mesmo sabendo que iria surtar no final daquele gibi, pois era a penúltima edição da história, ela precisava terminar de ler. Pegou-o e abriu a mochila, mas não pôde guarda-lo. 

— Oi. 

Rae olhou para a pessoa atrás da porta do seu armário. Era Cisco. 

Ela ia falar algo, mas hesitou. Então, apenas deixou-o no vácuo e ajeitou seus livros. 

— Oi — suspirou. Seus olhos foram para a sua camisa de Big Bang Theory. 

Ela colocou o gibi dentro da mochila, mas Cisco exclamou: 

— Você lê? 

Não! Eu queimo! Pensou Rae, pretendendo dar aquela resposta, mas preferiu ficar de boca calada. 

— Sim — optou pela resposta mais delicada. 

— Capitão Skalar! — voltou a falar. — Enquanto a esperança é a última que morre... 

— Nós usamos o medo como escudo e os amigos como companheiros — Rae e Cisco terminaram em uníssono. 

Ambos riram, enquanto faziam um toque. 

— Eu achava ser o único ser humano que ainda lê — falou Cisco, contente. — Eu nunca consegui achar a última edição. 

— Dizem que o próprio autor ficou com todas e queimou tudo. A original está com ele. 

— Uou... Você vai ficar irada com o final — disse ele. 

Rae guardou o gibi, sorrindo. Cisco olhou atentamente para o sorriso dela. Um sorriso familiar. Na verdade, tudo no seu rosto era familiar. Os olhos com certeza são os da mãe. Alguns traços do pai, mas nada que não a diferenciasse da mãe. Ele viu de relance as fotos de Caitlin na idade de Rae. É complicado achar diferenças. 

Mas já a personalidade... Ela pode ser tão fria quanto a Nevasca. 

— Você está bem? — perguntou ela. 

Só depois Cisco percebeu que a encarava por um tempão. Mas era inevitável. Era inevitável estar encarando sem falar nada para a mesma garota que há muitos anos atrás estava com os seus pais. A mesma garota que pensaram que estaria morta. Mas ela estava ali, bem na sua frente. Cisco não tinha provas, mas ele sentia esperança em relação a ela. Rae era muito parecia com Caitlin. Ele sorriu só de pensar se Caitlin e Barry soubessem. De como o irmão dela reagiria. 

— Então... Até a próxima aula — disse Cisco, após ter pego um ângulo melhor dela. 

— O.k. — Rae estranhou, mas não questionou. 

Cisco virou o corredor, até se encontrar com Oliver dentro da sala de aula. Cisco tirou a câmara escondida na sua camisa. A foto, que tinha o melhor ângulo que ele pôde ter para Rae, apareceu na tela do seu notebook. 

— O que você vai fazer com isso? 

— Peguei a foto de todos eles. Tenho que ver se não tem algo neles pela internet. — explicava Cisco — Alguma coisa que possa nos ajudar.  

*** 

— Como vocês três tem tanta certeza disso? — indaga Joel, fazendo soar um som ao jogar a caixa com alguns livros na mesa. 

Kim tinha que admitir. Joel sabe pôr medo nas pessoas. 

— Nós tentamos inúmeras coisas neles! — Rae se pronunciou, cruzando os braços e falando num tom que soava como se desafiasse o tio. — Eles são esquisitos mesmo! 

— Então por que eles foram falar logo com vocês três? — ele indicou todos ali — Sem ofensas! Acham mesmo que eles sabem sobre os seus pais? 

— Eu odeio admitir isso, mas Michael me pareceu convincente — Rae admitiu. 

— Depois dele te encurralar no armário... — Jonas sussurrou para Kim, e a mesma abafou um riso. 

— Bem, se vocês dizem, então melhor ainda — Joel viu pelo lado positivo. — Mas se eles sabem sobre os seus pais, então... 

Algumas batidas vindas da porta o interrompeu. Eram leves, mas rápidas, como se estivesse sendo perseguido. Rae abriu a porta e se deparou, mais uma vez, com a última pessoa que pensava que viria. 

— É urgente! — Sue foi logo falando. 

Joel foi para a porta, ouvindo a voz trêmula da garota. A mesma amostrou alguns papéis. Joel os pegou. 

— Meu pai sabe! — ela disse, respirando muito rápido por causa de sua correria em meio à chuva. Por incrível que pareça, nem parecia ligar que estava encharcada. 

— Sabe de quê? — intrometeu-se Rae. 

— Dos monstros! Dessas coisas bizarras que vocês enfrentam — ela explicou — E sabe que Joel é aquela coisa! 

— O que é isso? — perguntou Kim. 

— É um acordo — murmurou Joel — Com ele e o vice-prefeito! Para não deixarem vazar... 

— Sobre os ataques dos Wendigos! — continuou Sue. Joel a olhou perplexo — Eu o encontrei na mesa do escritório dele! 

— Entra — disse Jonas. 

Joel e Rae deram passagem para que Sue entrasse. Ela tremia de frio. Jonas tirou o seu casaco e deu para ela. Kim se levantou, curiosa. Definitivamente, aquela não era a Sue que eles conheciam. A mesma Sue que andava exibindo deus incríveis cabelos lisos, mas que agora estavam encaracolados. A mesma Sue que adora se exibir. A mesma Sue que ficou com inveja de Kim quando ficou em segundo lugar no concurso de fotografia. A mesma Sue que pensavam serem mimada, agora estava ali, pouco se importando de estar encharcada e desobedecer a ordem do pai de não entrar no seu escritório. 

— O que diz aí? — indaga Kim. 

Depois de um tempo, Joel terminou de ler e o devolveu para Sue. 

— O pai dela sabe de tudo — revelou — Eles tinham um policial particular. Eles sabem que a cidade é um ímã de monstros. E descobriram que tinha Wendigos. — Joel suspirou — Eles escondem isso da mídia e de todo mundo. Querem manter todas as mortes que tiveram escondido... 

— Mortes? — exclamou Jonas. 

— Nem a polícia sabe dos homicídios na floresta! — Sue continuou, apesar de confusa e assustada. — Teve muitos nesses dias por causa dos Wendigos. E outros, há algumas semanas, de outros monstros! 

Eles ficaram olhando-a por um bom tempo. Kim não deixou de ficar surpresa. As eleições estavam por vir, e há rumores de que o pai de Sue participasse e ganhasse por ser o único candidato. Ele esconde isso de todos, imagina quando for o prefeito? 

Ela pensou sobre aquilo. Por um lado, aquilo é possível de acontecer. A cidade é um ímã de monstros. Uma hora ou outra iriam saber. Principalmente o prefeito. Mas alguém como Frank Adams já é um risco. Sorte que ele tenha guardado segredo. Mas uma coisa lhe fazia refletir ainda mais. Não foi noticiado de nenhuma morte na floresta. Apenas de desaparecimentos e coisas do tipo. Mas nada de nenhum ataque. Nem ataques de lobos ou de ursos. E a família das vítimas? E os corpos? 

— Eles esconderam todos os corpos e encobriam as cenas dos crimes —esclarecia Sue, chocada. Ao olhar para ela, Kim pensou em como deve ser difícil para Sue absorver todas as verdades da família. Apesar de nunca ir com a cara dela, sentiu pena. Ninguém merecia aquilo — E o meu pai organizava isso tudo! Até o da minha irmã! 

Joel sentou-se na poltrona, ficando de frente para Sue, que estava sentada no sofá. 

— Ele sabe que você pegou isso? 

— Não! 

— Quando você for pra casa, coloque isso de volta no escritório dele. Ele pode notar o roubo! 

Sue assentiu com a cabeça. 

— Eu achava que se eu falasse para vocês, saberiam como resolver esse problema com os Wendigos. E, sei lá, acabar logo com tudo isso! Eu tenho medo de que a polícia esteja do lado do meu pai! 

— É aí onde está o problema! — Joel disse. 

— Pra começo de conversa, o que são essas coisas? — indaga Sue. 

— Wendigo é uma criatura sobrenatural da lenda dos povos indígenas. Eles dizem que, se uma pessoa estiver passando extrema fome em um local sagrado das suas terras e praticar canibalismo, com o tempo, essas pessoas se transformarão e serão possuídas pelas almas dos Wendigos. Ficam mais ágeis e fortes. A pele mais resistente e mais sanguinários. — dizia Jonas, empolgado — Só caçam à noite e alguns em bando. Quando pegam a vítima, eles costumam escondê-lo sem algum lugar como se fosse comida, geralmente em uma caverna, para depois devora-los. 

Todos olharam para Jonas, surpreso. Kim tem que admitir que ele sabia mesmo desse tipo de coisa. O que mais lhe assusta é que é uma das lendas favoritas dele. 

— Isso aí, garoto — concordou Joel — E agora, a Vindicta está atrás de nós. Não é comum haver Wendigos nessa região. 

— Se ela quer tanto vocês, por que não vem matar logo de cara? 

— É o que quero saber — Joel respondeu a Sue. Ele olhou ao redor. — Eu tenho cara de Wikipédia para vocês? 

— Sue, você falou isso para alguém além de nós? — indaga Jonas. 

— Não. Só vocês — garantiu — Honestamente, eu não sei quem mais entende além de vocês ou os meus pais! 

— Sue, que isso permaneça entre nós, está bem? — disse Joel lentamente, como se Sue fosse uma criança de quatro anos. — Se mais alguém souber, haverão mais mortes. Você sabe quem mais está envolvido? 

Sue negou com a cabeça. 

Kim nunca pensou que sentisse pena dela. Ela nunca caçoou diretamente de Kim, Jonas e Rae. Mas sabia que falava coisas dela. Foi só uma vez que Sue falou algo de Kim em público. Ela já falou pra sala inteira, depois que Kim acertou uma pergunta da professora, que ela era a sabe tudo é que gostava de se amostrar. Desde aquele dia, Kim preferiu nem espirrar no meio da aula. Nem fazer perguntas. Só as fizesse depois da aula, antes que o professor fosse embora. Ela tiraria todas as dúvidas com ele sem que ninguém soubesse. 

Mas vendo pela situação em que Sue estava, o fato dela ser mimada pouco lhe importava. Saber que a morte de sua irmã foi escondida pelos seus pais, vê-la como fantasma, descobrir que a cidade onde mora tem monstros e coisas sobrenaturais e descobrir que seu pai é um homem corrupto e que escondia muitas coisas dela já teria feito a cabeça de Kim explodir. A mente de Sue estava uma confusão. 

Além de que, algo dizia a Kim que a vida de Sue Adams não vai voltar a ser o que era antes.



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