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História Anomalia - Capítulo 21 - Joel se recusa a falar de creepypastas.


Escrita por: Duda_104

Notas do Autor


Voltei!!!!

Boa leitura!!!! :) :D

Capítulo 22 - Capítulo 21 - Joel se recusa a falar de creepypastas.


Fanfic / Fanfiction Anomalia - Capítulo 21 - Joel se recusa a falar de creepypastas.

“Não podemos deixar o medo ditar nosso futuro.” 

- Supergirl. 

****** 

Ela olhava para todos os lados, atenta. 

Até agora, não conseguiu se encontrar com Jonas ou Rae. Mandou a mensagem que recebeu do desconhecido e iriam para a casa de Joel hoje. Pela primeira vez em muito tempo, Kim não sentia vontade alguma de mexer no celular. Por medo. Por temer que haja um hacker no seu celular. Perdeu a conta de quantos anti-vírus baixou. Mal conseguia se concentrar nas aulas. Mal conseguia tirar aquele pensamento da cabeça, Kim tem que admitir que pensa na possibilidade de ser a Vindicta. Bruxas usam celular? 

Seu medo a assombrou até na aula de história, onde ficou apenas desenhando flores. Os desenhos dela eram razoáveis. Nessa noite, ela sonhou com flores amarelas. Um campo cheio delas. Mas algo naquele ambiente fictício deixava o campo mais... Assustador. O tom ou o clima do local. O céu meio escuro. Kim acredita que seja algo lhe avisando. Quem sabe, uma visão do futuro? Tudo pode acontecer. 

Enquanto saía da sala, um garoto foi atrás dela. Kim não o percebeu. Andava olhando melhor o desenho das flores. Até o garoto parou do seu lado. 

— Oi! 

Kim pulou de susto. Michael franziu a sobrancelha. 

— Tá tudo bem? — ele perguntou, estranhando o seu repetindo susto. Kim balançou com a cabeça. 

— Sim. Noite mal-dormida — mentiu. Kim apressou os passos. Ela não queria falar com ele. Preferia manter distância. Rae pode até ser fechada, mas ela está certa em se manter afastada deles. 

— Você quem fez? — Michael conseguiu alcançá-la. Ela olhou para seu desenho e assentiu. 

— NÃO! 

Kim pulou de susto mais uma vez. Olhou ao redor, com o sentimento de que a voz se dirigia a ela. Mas ninguém parece ter se incomodado com o grito. Parecem até que nem o ouviram. Era de uma garota. 

— Ei, Kim! — ele chamou a sua atenção. — Meu Deus! Você está pálida! 

Ela o olhou, e seu corpo foi tomado pelo cansaço. Michael a pegou antes que desabasse no chão. Largou o desenho e as coisas que segurava. Vozes aleatórias sussurrando para ela chegaram aos seus ouvidos. As luzes se tornaram mais fortes, e tudo ficou escuro. 

*** 

— Fique tranquila! Não foi nada de demais — acalmou a mulher, voltando-se para Kim, que estava sentada na maca. 

As duas estavam na sala da enfermaria da escola. Um local pequeno, apenas com suprimentos médicos e uma maca. Kim bebeu água para se acalmar. 

— Sua pressão baixou! Apenas isso! 

Kim não a questionou. Sabia que não era aquilo. Está bem lembrada do que viu. 

— Tem um garoto te esperando de fora. Ele te trouxe até aqui. 

A loira olhou para ela, surpresa. Pediu para que ele entrasse. A mulher deixou os dois sozinhos. Quando ela abriu a porta para sair, Kim viu de relance Michael conversando com um homem. Não conseguiu vê-lo melhor, mas saiu logo quando ele entrou. Michael parou em frente à Kim. 

— Obrigada! — agradeceu Kim. Michael sorriu. 

— Eu fiquei preocupado! — falou ele, sincero — Você teve a mesma coisa como naquele dia! 

O estômago de Kim se contorceu. Pensou em inúmeras mentiras para encobri-la. 

— Eu... Não tenho comido direito! — mentiu. Desviou rapidamente os seus olhos dos de Michael. Ele se sentou do seu lado. 

— Por causa... Daquilo? Daquelas coisas... — ele gesticulou com as mãos. 

Kim assentiu imediatamente. 

— Eu estou mais assustada do que nunca. 

— Se tiver algum problema, você pode me chamar Kim! — disse — Você, Jonas e Rae parecem bem aflitos! 

— E estamos! — concordou. 

Os dois ficaram em silêncio por longos segundos. Michael notou o jeito encolhido de Kim e suspirou. 

— Olha, sobre aquele dia! Aquilo sobre seus pais... 

— Michael, eu não quero saber! 

— Mas eu só... 

— Honestamente, isso me faz suspeitar ainda mais de vocês! — Kim o interrompeu. Ela não negou ter se sentido culpada ao ver o semblante arrependido e triste de Michael. Mas era a verdade. 

— Foi um... Engano! — afirmou ele, olhando para ela. — É que... Um amigo nosso perdeu três dos seus filhos. E eles ficaram muito abalados com a perda deles... 

— E como sabe quem eles estão aqui? 

— Isso foi com Cisco — respondeu ele — Eu, Katie e Luke estávamos loucos para encontrá-los! E vocês apareceram... — Michael balançou a cabeça — Apenas esqueça, Kim! Eu só não quero estar brigado com você, Rae e Jonas. 

Kim assentiu. 

— Bem, eu também não gosto de fazer inimigos! — concordou ela. — Mas eu não garanto nada para Jonas e Rae! 

— Principalmente Rae — suspirou Michael. Aproveitando que tocaram nela, Kim se lembrou de ontem. 

— Eu vi ontem vocês dois no corredor — ela falou, curiosa — Vocês andam... Conversando? 

— Eu estava tentando conversar com ela. Sabe... Fazer amizade! — disse Michael — Mas ela quis me ignorar o tempo inteiro! 

Michael pegou algo dentro da sua mochila, pegando seu desenho. 

— Christopher quase o pega — avisou ele, entregando-o a ela — Você tem um fetiche por flores? 

— É. Bem, eu tenho sonhado muito nesses dias com um campo florido — falou Kim, pouco se importando se aquela informação seria algo grave — Um campo cheio de flores amarelas... 

— Numa floresta? — supôs ele. 

— Sim... 

— Palpite! — afirmou Michael apressado. 

— Sim. Isso tem algum significado? — perguntou ela, mais para si do que para ele. 

— Quem sabe seja um aviso? — teorizou. 

Michael viu o semblante de Kim um pouco apavorado. Ela estava perdida em pensamentos. Michael tocou no seu ombro. 

— Kim, você não está bem! — ele disse, trazendo-a de volta — Dá para me falar? 

— Não — respondeu ela. Olhou para ele sorrindo — Obrigada pela preocupação! 

Os dois ficaram se olhando por um tempo. Kim nunca se sentiu tão grata ao ver alguém daquela escola, exceto Jonas e Rae, e que não tenha nada a ver com coisas sobrenaturais se preocupar com ela. Ao se aprofundar nos olhos azuis de Michael, ela teve a impressão de que ele se importava com ela. 

— Kim? 

Ambos olharam para frente, se deparando com uma Rae ofegante. Seus olhos constantemente iam de Michael para ela. 

— Eu estou bem! Só tive a pressão baixa! — ela falou lentamente, mas lançando-lhe um olhar significativo. Rae conseguiu entender o que ela quis dizer. 

— O.k... — murmurou — O que você está fazendo aqui? 

— Olá para você também! — Michael forçou um sorriso. — Eu a ajudei a ir para a enfermaria! 

— E por que logo você estava do lado dela quando ela desmaiou? — Rae pareceu falar aquilo mais para ela do que para eles. 

— Porque nós estávamos conversando! — Kim se intrometeu — Ele me ajudou, Rae! E ninguém conhecido estava por perto para se importar comigo! 

Kim não queria brigar, e não tinha o porquê de brigar com Rae. As duas estavam no mesmo time. Mas queria entender o motivo de tanto ódio para Michael. Já provaram que não são monstros. Pra quê tanta frieza e desconfiança? 

Ela balançou a cabeça. Também não pode se dar tão bem assim com Michael só por causa daquilo. Ele era estranho. Pegou sua mochila e saiu da maca. 

— Eu tenho que ir! — olhou para os dois — Que horas hoje na casa de Joel? 

— Três — respondeu Rae. Quando Kim passou por ela, falou mais próxima do seu ouvido. 

— Eu tenho uma coisa para contar! 

Rae assentiu com a cabeça, atenta. As duas saíram e Kim tomou seu rumo, segurando o desenho das flores amarelas que nem fazia ideia do quanto lhe trazia lembranças nem tão boas assim. 

— Qual é o seu problema comigo? 

Ela se virou para ele ao ver Kim fora de vista e o corredor vazio. Aproximou-se dele lentamente, impaciente. 

— Quer a lista em ordem alfabética, numérica ou por data? 

— Nós nos conhecemos apenas há poucos dias! 

— Bem, então sabe as primeiras impressões que eu tive de você! — retrucou ela, parando na sua frente de braços cruzados. Mas tomando cuidado para não ter tanta proximidade — Você acha que eu me esqueci daquele dia? 

— Olha, foi um engano — Michael repetiu tudo o que ele disse para Kim agora para Rae — Eu sou me arrisquei! 

— Então vocês estão procurando por aí os três filhos perdidos? — ironizou Rae. 

— Não! Quero dizer, sim! Mas não mais! Nós nos mudamos para cá! Apenas isso! 

— Ah, me poupe Michael! Vocês são... 

— Suspeitos? Esquisitos? — interrompeu Michael. Ele sorriu — Olha só quem fala... 

Rae se aproximou mais dele, querendo olhá-lo nos olhos. 

— Eu sei que vocês estão planejando algo com esses monstros! — acusou ele. — Eu sei que estão correndo perigo! 

— Kim te contou? 

— Não! Contar o quê? — ele perguntou, intrigado — O que vocês têm a ver com aquelas coisas? 

— Nada que te interesse! — murmurou Rae — Para o seu bem e para os de Katie e Luke, fiquem fora disso! Ninguém os chamou! 

Michael ia falar mais coisas. Interroga-lá mais. Mas Rae o cortou. 

— Se você ou qualquer um deles estiver nos espionando ou tramando algo, Michael, eu não vou mais precisar usar o teste do sal! — ameaçou ela com firmeza — Há mais daquelas coisas por aí e agora estou me preocupando com um idiota como você! Não se meta no nosso caminho! 

— Com prazer — Michael garantiu — Mas não significa que não sejamos mais colegas, não é Rae? Alguém precisa me falar como esta escola funciona! 

— Funciona como qualquer outra! — retrucou ela, se afastando dele. Olhou para seu cabelo — Tem sal no seu cabelo! 

E deu-lhe as costas. Michael cerrou os punhos. Se ela não for a filha de Caitlin, só pode ser minha irmã! Ele pensou. Quando ela virou o corredor, pegou seu celular, vendo as mensagens constantes de Katie mandando ele se encontrar na sala de artes. E quando e constantes, é constantes mesmo. Foram ao todo vinte mensagens escritas "Michael". Com certeza era algo importante, ou Katie apenas estava animada demais. 

Mas recebeu outra mensagem. Quando ele foi ver, estava lá um vídeo. 

'Fazendo novas amizades?'  

O vídeo era de alguns segundos atrás. Rae o ameaçava frente à frente. De acordo com o ângulo, a pessoa filmou do final do corredor oposto de onde Rae saiu. 

Michael bufou. 

*** 

— Como assim ela te mandou mensagem? — Joel tentava entender. 

— É sério! Ela mandou! — garantiu Kim, abrindo os braços. Rae, Jonas e Owen — este veio acompanhado de Jonas por terem descoberto algo. 

— E depois você apenas bloqueou? 

— E baixei um anti-vírus — completou Kim. 

— Tá legal! E o que ele está fazendo aqui? — ele olhou diretamente para Owen. 

— Nós dois descobrimos uma coisa! — Jonas respondeu alegre. 

Joel e Rae se entreolharam por um segundo. Ambos pensavam a mesma coisa. Eles são bem rápidos para fazerem amizade. Rápidos até demais. 

— E o que vocês descobriram? — perguntou Joel, ajeitando o traje de guarda florestal da parte de cima, da qual derrubou café sem querer. 

— Owen sabe de muita coisa sobre computação — começou Jonas — Ele conseguiu rastrear... 

— Espera aí! Rastrear? — Rae ficou surpresa, endireitando-se no sofá. Seus olhos cruzaram os do garoto de 16 anos. 

— Oráculos costumam ser muito inteligentes — disse ele — Sem querer me gabar, claro! 

— É verdade! Os Oráculos e Videntes tem uma inteligência mais avançada, dependendo de como a pessoa é! — concordou Joel. — Tipo Snowden! Ou Albert Einstein... 

— O quê? — Rae, Jonas e Kim exclamaram em uníssono. 

— Eu falei demais — Joel revirou os olhos. 

— Enfim, eu consegui rastrear a localização do sinal por meio do meu computador. Pelo visto, ela esteve em uma cidade próxima daqui — ele checou o computador — Lakewood! 

— Lakewood? — Joel perguntou. 

— A cidade que teve uma onda de assassinatos? 

— Oi? — Kim olhou surpresa para Jonas. 

Este deu de ombros. 

— É. Teve aquele caso há muitos anos atrás com um cara chamado Brandon James — explicou Jonas, levantando-se da cadeira e gesticulando com as mãos — Ele era um maluco! E anos depois, teve casos relatados de um assassino que usava sua máscara... 

— Espera! Como assim? — Rae continuava confusa. 

— Ele tinha um rosto deformado. Por isso, usava uma máscara — disse Owen — Ele morreu por causa de uma garota que ele gostava na época. E essa garota teve uma filha com outro cara. 

— E essa garota foi sendo ameaçada, até que ela e os amigos descobriram que o assassino era a sua meia-irmã! A filha de Brandon James! 

Rae, Kim e Joel se entreolharam, vendo entusiasmo de Owen e Jonas. 

— E ela foi morta! Mas depois descobriram que ela tinha um cúmplice! — foi a vez de Owen falar — E esse cúmplice queria vingar a morte dela. E ele era o namorado da garota boazinha! Ele na verdade estava com a filha de Brandon James e os dois namoravam! 

— E ele, quando foi mandado para a prisão, foi morto durante custódia policial por algum assassino! — dizia Jonas. 

— De que filme vocês tiraram isso? — perguntou Joel. 

— Isso foi real mesmo! — afirmou Jonas, exasperado. 

— Ele tem razão! Eu já vi no noticiário — concordou Kim — Mas aconteceu mesmo tudo isso? 

— Nós pesquisamos! — disse Owen, alegre — O nome dos assassinos eram... Como são mesmo? 

— Piper e Kieran! — respondeu Jonas. 

— Isso só me faz concluir que vocês dois são lunáticos — murmurou Joel — Mas esse caso não tem nada de sobrenatural! São só problemas familiares misturados com sangue e terror! 

— Mas não deixa de ser verdade — Rae admitiu, atraindo a atenção de todos — Eu não vou mentir, Joel! Mas eu tenho que concordar que pode ser mesmo a Vindicta ou, não sei, um serial killer! 

— Ótimo! Mais uma lunática — suspirou — A maioria das bruxas de hoje mal usam tecnologia! Não é ela! Esse caso de Lakewood, com esses tal de Piper e Kieran, não tem nada a ver! E por que raios ela usaria ameaças por mensagem? 

— Porque pode não ser ela! — teorizou Jonas — Você mesmo disse que há muitos monstros atrás de nós! 

Joel suspirou profundamente. 

— Então vocês acham que é um serial killer? — ele disse — Ótimo! Continuem achando! Só fiquem sabendo que Vindicta está tramando algo! Ela pode muito bem incendiar essa casa com nós dentro e nos matar em poucos segundos! 

Eles ficaram em silêncio. 

— Mas ela não faz isso porque tem algo em mente! Ou ela estaria nos vigiando! Isso sim uma bruxa faria — continuou Joel, olhando para os rostos de cada um deles. 

— Você pode estar certo... — Kim pensou alto, encarnado a parede. 

— O.k., mas porque ela também não mandaria serial killers? — perguntou Rae. 

— Tipo quem? Jeff, the killer? Slender man? — brincou Kim, sorrindo. 

Joel e Owen a olharam com um certo medo e surpresa. Ao se tocar dos olhares de ambos, ela desmanchou o sorriso. 

— Ah, não... 

— Eles são... — Rae não conseguiu completar. 

— Não pensem e nem falem sobre isso! — ordenou Joel ao ver a cara de medo dos três — Nenhum monstro sabe da existência de vocês... Bem, ainda! 

O trio olhou para Joel. O mesmo suspirou. Quanto mais falava, mais piorava. 

— Aquelas coisas não vão pegar vocês! Nem devem saber que a Vindicta existe! 

— Aquelas coisas seriam eles? — perguntou Jonas, agora não mais o mesmo garoto que estava animando ao contar a assustadora história de Lakewood. 

— Eles? O Jeff... 

— Param de falar isso! — Joel interrompeu Kim impaciente — Esqueçam isso! 

Eles se entreolharam. Joel parecia aflito quando pronunciaram aqueles nomes. 

— Joel... Você tem alguém problema com... 

— Já estamos do muitos problemas, Rae! — ele a cortou — A última coisa que vocês querem são aquelas coisas estejam atrás de vocês! 

Creepypastas! — corrigiu Owen— O nome as histórias de Slender man e Jeff the killer são creepypastas! Também tem o... 

— Vocês querem serem expulsos dessa casa com um chute na bunda? — por fim, Joel se mostrou irritado. 

Eles levantaram as mãos em rendição. Já estava claro para eles que Joel não tem lá uma boa relação ou lembrança com o que chamam de creepypastas


Notas Finais


Espero que tenham gostado!

Iai? Sacaram as referências? Que me assistiu Scream, a da série de TV, e conhece creepypastas, entenderam bem os Easter eggs!

Comentem!!!! :) :D


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