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História Anomalia - Capítulo 32 - Tão perto por nada.


Escrita por: Duda_104

Capítulo 33 - Capítulo 32 - Tão perto por nada.


“Não podemos deixar o medo ditar nosso futuro.” 

- Supergirl. 

***** 

Para piorar, até a escola quer homenagear Melanie. 

Kim sabia que não tinham a ver com nada, até porquê Melanie era querida pelos professores. Mas muitos alunos quiseram fazer aquela homenagem. O clube de artes também queriam, mas só seria depois que alguns alunos falassem pois prepararam algo. 

Ela caminhava entre a multidão de pessoas na quadra, arrancando olhares. Kim sentiu raiva de todos ali, especialmente de si mesma. Enquanto brigava feio com sua mãe e tinha visões, Melanie morria. Era demais para ela, quanto era para Jonas e Rae. 

Pretendendo sair daquela multidão que a sufocava, correu até a arquibancada e se escondeu atrás dela. 

— É um bom lugar para se esconder — disse uma voz que a assustou. 

Observando o movimento pelas frestas da arquibancada, Owen mantinha um olhar triste. Kim andou até ele cautelosa. 

— Como descobriu este lugar? 

— Sou especialista em matar aula também — ele deu um sorriu fraco. 

Kim se sentou do seu lado, também observando a movimentação do lado de fora em silêncio. Até que Owen disse: 

— Você viu o discurso de David? 

Ela assentiu. 

— Eu estava na hora... 

— Até onde eu sei, Alice e David era uma das poucas pessoas nesta escola que não fizeram algo de ruim com ela! 

— Nós estamos em dívida com ela — falou Kim — Ela foi uma heroína! 

Ele sorriu. 

— Eu não preciso de conforto — disse ele um pouco frio — Eu odeio a teimosia dela — resmungou — E essa coisa dela de ajudar as pessoas. Sempre soube que as pessoas tirariam proveito dessa qualidade dela. Mas nunca se importou. — olhou para Kim com tristeza. — Se ela tivesse poderes, seria tão honesta e humilde quanto o Superman. 

Ela viu uma lágrima escorrendo. 

— Ela é tão idiota! — ele ficou com a voz trêmula. 

Kim, ignorando o fato de Owen não querer consolo, tocou no seu ombro e deixou cair lágrimas. Alguns alunos falavam em memória a Melanie. Alunos que já zombaram dela e que só fez Kim sentir mais raiva, pois a pessoa que realmente se importava com Melanie estava realmente sofrendo por ela. Até que veio o clube de artes. Os dois, em meio ao silêncio e as lágrimas, viram uma obra de arte que fizeram por ela. De quase três metros de altura, pintaram uma pomba branca, onde nas pontas das asas, as penas eram cor de rosa. O mesmo tempo de rosa que Melanie tinha no seu cabelo. 

— Ela queria desenhar uma pomba! — contou Owen — Para o comitê. Uma pomba com penas cor de rosa nas pontas! Ela me contou isso e eu ri! 

De longe, Kim viu Jonas e Rae junto de Michael e Luke. Ela estranhou. Estavam sumidos já se faziam diante  e de repente apareceram. Mas, por incrível que pareça, Rae e Jonas não brigavam com eles. Rae até deitou sua cabeça no ombro de Michael. 

E assim que ficou Kim e Owen. Muito tempo na arquibancada. 

*** 

A loira observava a movimentação entre seus dois irmãos. 

Meio-irmãos, para falar a verdade. A garota de pele morena nasceu de outro pai, da qual o relacionamento não rendeu em nada. E já o outro, era de consideração. Observava os dois brincando com um estranho tabuleiro. Dessa vez não era o que falava com os espíritos, pois ela tinha medo daquilo e a mãe deles não permitiu. Dessa vez jogava damas, outro jogo que ela não entendia. Eles não a deixaram jogar pois não podia serem três pessoas. 

— Kim, já disse que não! — reclamou Mabel impaciente. 

Kim bufou e voltou a se sentar no sofá de cor cinza. 

A atenção da loira de 5 anos foi para a varanda. Maior do que uma normal, pousava nela a sua mãe. Já falou dela na escola, na qual sua irmã brigou com ela para que mantivesse a boca fechada. Ninguém acreditou nela. Ela não entedia o porquê. Seria tão legal se revelasse que sua mãe é a Supergirl. Por que ninguém ali parecia tão do contra com aquela ideia? 

— Mabel! Michael! — chamou Kara, alegre. 

Mabel se levantou em um pulo e correu até a mãe. Michael permaneceu lá, brincando com as peças. 

— Mãe, é verdade! — Mabel olhou para a irmã — Fala para ela! 

— Mãe... 

— Kimberlly, já falamos disso! Não pode revelar quem eu sou! — Kara disse, levando Mabel até o sofá e sentando-se ao lado dela. — Está tudo bem, Michael? 

Ele assentiu com a cabeça. 

— Meu pai perguntou algo sobre mim? — perguntou ele. 

Kara engoliu em seco e negou com a cabeça. 

— Ele está... Ocupado! 

Michael assentiu de novo tristemente. Kimberlly olhou para as escadas, curiosa. 

— Mãe, tem algo lá de novo! 

— Quem? 

— Kimberlly falou hoje mais cedo que viu alguma coisa no quarto dela! 

— E tinha mesmo! — ela concordou com Mabel. — Estava vigiando a gente! 

— Quando foi que você viu? — perguntou Kara com um pouco de preocupação. 

— Começou hoje, antes da escola. Tinha uma caixa em cima da cama — falava ela — Tinha um palhaço lá, mas vocês me chamaram para a escola e eu não pude brincar com ele — Kimberlly olhou para as escadas de novo, vendo uma mão enluvada sendo retirada do corrimão de matéria branca. Ela se voltou para eles e sussurrou — Ele está nos vigiando! 

Kara, Mabel e Michael olharam para as escadas duvidosos. 

— Por que está sussurrando? — Michael perguntou. 

— Ele pode nos ouvir. 

— Kim, não tem nada lá em cima! — Kara se virmos para as escadas e ativou sua visão super ampliada. Nada além de móveis. 

Alguém tocou a porta. Kara se levantou e olhou-a fixamente. Suspirou aliviada e foi abrir. Kimberlly supôs ser alguém íntimo para ela atende-la com a roupa da Supergirl. 

— Vocês acreditam em mim? 

Mabel riu. 

— Kim, isso é só sua imaginação. — ela se levantou — Esquece isso. Não tem nada lá. 

Kara abriu a porta. Michael se sentou do lado dela. 

— Eu acredito em você! — disse Michael. Kim sorriu para ele aliviada. 

— Tio Barry! 

Mabel correu até ele e pulou nos seus braços. Ao lado dele estava uma garota praticamente da idade e altura de Kim. 

Kim percebeu Michael correndo até ele também. Foi Barry que ajudou Kara a cuidar de Michael. 

Barry cumprimentou os dois e depois falou algo em voz baixa com Kara. A garota do lado dela nem se mexia. Apenas segurava um dálmata de pelúcia. 

— Oi Raven! — falou Mabel. Raven sorriu para ela alegre. 

— Eu e Caitlin achamos que Nick herdou minha velocidade. Ela está louca fazendo exames. — Barry terminou a frase em voz alta. 

— É a mesma coisa com o Mon-El desde que Mabel quase quebrou a parede. — Kara concordou. Antes que continuasse, olhou para Kimberlly e Raven. — Kim, vá brincar com Raven lá em cima. 

— É... Conversa de adulto! — omitiu Barry. 

— Mas e Mabel e Michael? — perguntou Raven. 

— Temos que conversar com eles também! — falou Kara. 

Kimberlly olhou para o topo da escada com súplica. 

— Mas e ele? 

— Kimberlly, pare com isso! — reclamou a irmã três anos mais velha. — Ela pensa que tem alguém lá em cima! 

— Mas tem! Vocês não acreditam em mim? — protestou — Tem um palhaço que saiu de uma caixa e estava cantando Pop goes the weasel... 

Kim falou mais baixo: 

— Ele está me esperando! 

— Modesta você! — brincou Mabel. 

Raven olhou para a escada e recuou para trás. 

— Pai, eu não quero subir! Kimberlly disse... 

— Rae, não há nada lá! — Barry a tranquilizou — Vamos! Não vai demorar! 

As duas se viram sem saída. Kimberlly sentiu um pouco de culpa por transmitir medo a Raven. Subiram e ficaram brincando com as pelúcias delas. O quarto tinha as paredes cor de rosa claras e duas camas, uma em cada canto. De um lado, uma decoração mais neutra com coisas pessoais de Mabel. Na outra, Kimberlly tinha pelúcias em cima da cama, onde no meio delas havia um homem vestido com um traje de morcego. 

Poucos minutos brincando depois, as duas ouviram alguém dentro do closet. Olharam hesitantes de cima da cama, ouvindo cantar Pop goes the weasel. 

— Ele voltou! 

Raven tinha medo de perguntar quem era ele. A porta do closet se abriu em poucos centímetros, seguida de uma risada e a música parou. Abriu o suficiente para verem uma caixa pequena. 

Era de multicolorida, com o desenho de um palhaço em cada canto. Kimberlly apanhou a pequena caixa com cautela. Raven se aproximou curiosa. Ela girou a manivela, fazendo uma música tocar. Kimberlly, assustada, jogou-a de volta para o closet e o fechou. 

— Mãe! — chamou. 

Ela ia chamar de novo, mas um som dentro do closet lhe chamou atenção. Uma mão preta segurava a porta. O dono da mão riu. 

— Não se acanhem! — disse com sua voz brincalhona, mas um pouco assustador — Não quero as assustar! Quero apenas brincar! 

Sua outra mão se mostrou atrás do closet fechada. Ao abrir, apareceu na palma doces. 

— Vocês querem? 

— Minha mãe disse para não aceitar nada de estranhos! — afirmou Raven. 

— Não somos estranhos! — ele voltou a rir — Somos amigos! 

*** 

Jonas sentia uma atmosfera diferente ao seu redor, não importava o lugar que ia. 

Ele tinha a consciência dos perigos que estava envolvido, mas depois do que acabou de acontecer, a ficha caiu. Ele agora se deu conta de que a morte pode vir para qualquer um. 

Caminhava lado a lado com Rae e Kim, entre elas, indo para a casa de Joel. 

— E termina assim! — falou Kim — As duas garotas pegam os doces! Alguns minutos atrás eu me lembrava do nome delas! Mas agora nada! O mesmo com aquelas pessoas! Eu não me lembro quem eram! 

— Estranho! — comentou Jonas. — Isso tudo quando dormiu na aula de história? 

Ela assentiu. 

— Por que eles sumiram logo quando isso aconteceu? — questionou Rae gesticulando com as mãos. — Não os vimos no dia seguinte! Não respondem as nossas ligações... 

— Visualizam e não respondem — resmungou Kim cerrando os dentes — Não vou mentir! Eu fico lendo a mensagens na barra bloqueada! 

Jonas abafou um riso pequeno. 

— Acham que eles tem algo a ver com isso? — indagou Jonas. 

— Você acha? — Kim se virou para ele, andando de costas enquanto o olhava. 

— Eles falaram com a gente como se nem tivessem desaparecido! — refletiu Rae. — Tiveram algum sinal de Oliver e Cisco? 

Eles negaram. 

— Também não devemos nos esquecer de Eyeless Jack... 

— Jonas, não pode ter sido ele! 

— Você mesmo disse que ele era apenas uma creepypasta — concordou Rae com Kim. 

— E lobisomens eram apenas um mito! — Jonas disse, irônico — E um morcego! 

— Coelho e um morcego? Um zoológico está atrás da gente? — questionou Rae. 

— E o cara é do capuz! 

— Três monstros de uma vez em um dia? Batemos o recorde — "comemorou" Kim. 

— Sabe o que é mais estranho? O capuz me lembrava muito do Arqueiro Verde... Eu fiquei pesquisando sobre ele! 

— Acha que... Oliver e o Arqueiro Verde... — Kim gesticulou com as mãos. 

— Não... — Rae e Jonas falaram em uníssono. 

Kim deu de ombros, mas não descartando a ideia. 

Enquanto subiam a pequena ladeira que ficava em frente à casa de Joel, viram outro carro ao lado. Os três sabiam que Joel voltaria para a polícia, por isso um carro de policia ao lado da caminhonete. Mas havia outro. Um mais discreto que Jonas não teve o mínimo interesse em saber. 

Depois que se entreolharam, correram para a porta e bateram a porta muitas vezes. 

— Joel? — chamou Rae — Joel? Abre a... 

A porta de madeira clara e grossa se abriu. 

— Oliver? — perguntou Rae. 

Olhou para Kim e Jonas e deram um passo para trás. 

— O que está fazendo na casa de Joel? — perguntou Jonas cauteloso. 

— E... — Kim se interrompeu ao olhá-lo dos pés a cabeça. 

Oliver trajava uma roupa de couro verde escura. Dos pés a cabeça. 

— Rae? — Joel parou do lado Oliver. 

— E por que você está vestido assim? — Kim finalmente perguntou. 

Joel abriu mais a porta. 

— É melhor vocês entrarem! 

Os três não hesitaram. Entraram na casa olhando para Oliver e se deparam com Cisco mexendo no seu notebook na mesa e Katie, Luke e Michael se levantando do sofá. 

— O.k., isso é estranho... — murmurou Rae. 

— É melhor vocês se sentarem — Joel olhou diretamente para Rae para que ela não questionasse. Odiava quando falavam isso para ela. 

Eles se sentaram, receosos. 

— O.k... Eu pareço calmo mas por dentro eu quero fazer mil perguntas... — disse Jonas, tenso — Mas vamos com a que nós três queremos saber... O que raios está acontecendo? 

— Vocês somem de repente e aparece dias depois como se fosse algo normal? — Kim falou mais alto. 

Oliver e Joel de entreolharam. Jonas continuava o olhando estranho. 

— Por que isso me é familiar? 

— O quê? — perguntou Rae. 

— Essa... Roupa... 

Oliver pôs o capuz, cobrindo boa parte de seu rosto. 

Os três se levantaram boquiabertos. Jonas apontou para ele tremendo. 

— Foi ele! F-Foi ele que eu vi na internet! 

— E o cara do jornal de Starling City! — falou Rae. 

— Fale uma coisa que já não sabemos! — resmungou Luke de braços cruzados. 

— Sim, era eu naquele jornal! — disse Oliver com a voz modificada. O trio exclamo surpreso. 

— Isso é... Incrível! — Jonas disse. 

Ele abaixou seu capuz lentamente, mostrando o rosto de Oliver de novo. 

— Eu sou o Arqueiro Verde — revelou com a voz de volta ao normal. 

— Eu vou apostar da próxima vez — cochichou Kim para Rae e Jonas. 

— Bem, vocês já deviam terem suspeitado antes... — disse Michael. 

— O que vocês... — Rae balançou a cabeça confusa. 

— O que vocês querem? — Jonas perguntou ao ver Rae com dificuldades para assimilar. 

— Eles queriam esclarecer algumas coisas a vocês! — disse Joel antes de olhar para Cisco caminhando até a porta. 

— Eu... Preciso de um pouco de ar! 

Joel olhou para eles. 

— Podem confiar nele — disse ele. — Eu já volto! 

Não esperou pelos questionamentos dos três e saiu. Parou do lado de Cisco, que olhava para floresta um pouco mais abaixo pensativo. 

— Eles chegaram perto! — falou Cisco — Chegaram tão perto de se encontrarem com a família! 

— Vocês não tem culpa! — Joel tossiu ao sentir a voz rouca. 

Os olhos de Cisco encontraram os dele. 

— Como você se sentiria se você estivesse no nosso lugar? Conhece os pais deles, viu o que dois deles passaram quando perdeu os filhos, os encontrou anos depois, tem provas de que são eles — olhou pela janela o trio — e uma bruxa nos enfeitiçar para que, caso contar a eles, sangrar até a morte? 

Ele se contorceu, sentindo as dores da hora em que descobriu a prova do que o que disse era verdade. Joel balançou a cabeça. 

— Eu só queria entender uma coisa! — voltou os olhos para frente — Por que ainda estamos vivos? 



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