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História Anomalia - Capítulo 35 - A garota dos patins folgados.


Escrita por: Duda_104

Notas do Autor


Voltei!!!!!

Tenho duas notícias. Primeira; vou ter recuperações (eu não sou de exatas, nem de longe) e por isso vai levar um tempinho para postar mais capítulos, mas nesse final de semana eu posso ter postado outro.

E segunda; no Wattpad, a fanfic concorreu, ao lado de outra minha chamada Fator de Cura, no escritores de ouro e Anomalia venceu na categoria Fanfiction e eu tô tipo... Feliz, bem feliz. Quem tiver Wattpad recomendo ir ver escritores de ouro e ler os livros ganhadores. Sabe aquele gif velho de uns homens pulando e gritando animados. Então, tô tipo isso.

Boa leitura!!!! :) :D

Capítulo 36 - Capítulo 35 - A garota dos patins folgados.


Fanfic / Fanfiction Anomalia - Capítulo 35 - A garota dos patins folgados.

— Eu quero ir! — choramingou a garota menor, exigindo a devida atenção de Mabel e sua mãe. 

— Eu volto em uma semana, Kim — tranquilizou Mabel não dando atenção áquilo. 

— Mas pra onde vocês vão? 

— Eu vou ver meu pai! — Michael disse alegre. 

— Eu também. Vou ficar um pouco com ele... 

— Mabel! — um homem entrou no cômodo — James já está aqui! 

— Eu volto logo, Kim! — Mabel a abraçou antes de pegar suas malas. 

Kim olhou para a última mala de Mabel entreaberta, com alguns materiais estranhos de dentro dela. 

— O que é isso? 

— São para as minhas amigas! — afirmou Mabel. 

— Mas você... 

— Tchau! 

Mabel saiu em disparada, passando por Mon-El. Michael desceu da janela, da qual olhava para o movimento do lado de fora. Kim supôs que ele havia visto o vulto vermelho. Michael pulou e pegou sua mochila. 

— Te vejo em alguns dias, Kim! 

Puxou sua mala com um pouco de dificuldade e correu. 

— Tchau, Mon-El! 

Kim suspirou tristemente, sentando-se na sua cama. Olhou para o que ela fez na escola. Uma nuvem pequena com dois bonecos pendurados nela. As deusas heroínas que ela mais gosta. Sentiu a pressão atrás dela do seu pai se sentando. 

— Eles vão voltar, Kimberlly — consolou Mon-El. — Essa semana vai passar voando! 

Ela encostou sua cabeça no seu ombro. Mon-El a abraçou. 

— Mon-El! — chamou Kara do andar de baixo. 

— Eu já volto! 

Kim assentiu com a cabeça e ele saiu. Olhou ao redor de seu quarto. Ela odiava quando isso acontecia. Às vezes parecia que, quando encontravam seus pais, nem se lembravam dela. E isso a fazia se sentir mal. Se sentir descartável. 

Deitou-se na cama de braços abertos, encarando o teto, até que uma música soou no quarto. A mesma música que ouvira naquele dia. Sentou-se rapidamente e olhou ao redor. Ninguém estava naquele quarto. A música se tornou mais alta. Kim desceu da cama, seguindo a música até debaixo da cama. Ajoelho-se e pegou uma caixa pequena. O som não ficou mais abafado e ficou mais alto. A mesma caixa daquele dia. Sabia que não adiantaria de nada chamar seus pais. Eles não acreditariam nela. Girou a manivela com inocência. Ela não fazia ideia do quanto aquela ação traria grandes consequências. 

Da caixa, saiu um palhaço. Kim jogou a caixa para longe com medo. Esfregou os olhos e viu melhor o palhaço a sua frente. 

Com cores multicoloridas, iguais à sua caixa, pela sua roupa. Com penas coloridas como ombreiras. Algumas partes listradas e um nariz em formato de cone com a ponta fina e pontuda. Suas mãos grandes seriam maiores do que a sua cabeça. O cabelo era meio grande e ruivo. 

Kim se encolheu. 

— Venham, venham todos! Seja grande ou pequeno! Para ver o melhor palhaço de todos os tempos ! — ele fez suspense — Aqui, o único, Jack Risonho! 

O palhaço exibia uma aura feliz e nostálgica. Mas Kim sentiu algo estranho vindo dele, trazendo-lhe um formigamento estranho. 

— Não tenha medo, criança! — ele estendeu a mão — Lembra de mim? 

— Eu não falo com estranhos! — Kim disse. 

— Não somos estranhos! Só quero ser amigo! — o palhaço se aproximou dela, pulando em cima da cama — Meu nome é Jack Risonho! E o seu? 

— Kimberlly... 

— Prazer, Kimberlly! Notei que está meio triste hoje! — disse Jack Risonho animadamente. 

Ela assentiu com a cabeça. Sua cabeça inocente não se importou de esconder suas emoções dele. 

— Meus irmãos só voltam em uma semana — esclareceu ela — Não tenho mais ninguém para brincar. Acho que eles não se lembram de mim quando estou longe. 

Jack Risonho desmanchou o sorriso ao vê-la triste. 

— Eu sinto muito por isso, Kimberlly! Mas se quiser uma companhia para se divertir, eu estou disponível! 

Estendeu sua mão, entregando-lhe pirulitos de gatinho. Kim pegou-os animada. 

— Eu amo esses pirulitos! — disse ela rasgando o plástico. — Como sabia que eu gostava deles? 

— Palpite! — Jack Risonho se aproximou mais, sentando-se do seu lado e atravessando seu braço pelas suas costas, tocando no seu ombro. — Tenho mais de onde veio esses! 

Kim olhou para ele com empolgação, pondo o pirulito na sua boca. 

— Vamos brincar, Kimberlly? 

Ela olhou para cima, vendo Jack Risonho sorrir para ela. Com um aceno de cabeça, começa assim algo que futuramente ela não gostaria que se repetisse mais ninguém. 

Tudo se desfez em um breu e ela acordou. 

Kim sentou-se na cama com desespero. Olhou ao redor nervosa e tremendo. 

Ela sabia bem que aquilo não foi um sonho. 

*** 

— Esse foi o seu sonho? — perguntou ele balançando rápido as latas de spray. 

Kim acenou a cabeça em concordância. 

— Visão, você quer dizer — Owen corrigiu Jonas — A não ser que você tenha medo de palhaços. 

Owen continuou a pintar a enorme obra a sua frente. Um papel colado ao lado indicava ser o de Melanie. 

— Jack Risonho... Eu conheço isso de algum lugar! 

— Seria mais uma de suas creepypastas, Jonas? 

— Talvez! Quer dizer, não me lembro de nenhuma assim! Creepypastas não são lá tão explicativas! 

— Como assim? 

— Digo, contam o que são essas criaturas e o que fazem. E não as histórias deles — esclareceu ele a Kim. 

Ela se aproximou de Jonas. O mesmo pegou uma lata de spray e ficou de quatro em cima do seu desenho, tingindo de azul escuro os últimos retoques. 

— Está incrível! — elogiou ela. 

— Mesmo? Levou trabalho para deixar assim — falou Jonas. 

Poucos minutos depois, os três saíram. Owen foi mais à frente após ouvir o sinal indicando o fim do horário do terceiro ano. Logo uma manada de alunos, caminhando em direções opostas, preencheu os corredores antes vazios. No caminho, Jonas e Kim cruzaram com Rae, que saía da aula de música. 

— O que ainda está fazendo aqui? — perguntou Kim, sabendo que as aulas deles acabaram faz tempo. 

— Joel não quer que eu volte para casa sozinha e Amanda disse que iria demorar. — Rae pôs o seu peso no outro pé, desconfortável com o peso do seu violão. — Então eu fiquei na aula de música. Eu não tenho piano e o violão de lá é mil vezes melhor do que o meu. 

— Legal! Acabei de terminar meu desenho! — os dedos cobertos de cores escuras deixava isso explícito — Você vai amanhã? 

— Eu tenho que ir. 

— Inventaram de adicionar um ponto extra em todo mundo que comparecer — Kim dizia enquanto começavam a caminhar lado a lado. 

— Simples! Só estar presente na chamada e sair de fininho depois! 

— Não é? — Jonas ergueu a mão para fazer um toque. Rae não hesitou. 

— Vocês sabem que vai ter monitores em todo canto e vai fazer a chamada mais vezes, não é? 

Jonas e Rae se entreolharam desmanchando o sorriso. 

— Isso é um saco! 

— Não é? — concordou Rae. 

Kim riu. 

— Ei, Rae! — a mesma olhou para Jonas — Eu e Kim estávamos afim de ir a um restaurante mexicano que acabou de inaugurar... 

— E Jason trabalha lá! Ele conseguiu uma vaga e está visitando meus pais! Ele já é maior de idade! 

— É, eu sei! Dizem que a comida de lá é bem apimentada. 

— Eu amo comida apimentada! 

— Sério? — Rae ficou surpresa com Kim — Ganhou meu respeito! É a primeira pessoa na vida que encontro que gosta de comida apimentada! 

— Mas as desse restaurante é, tipo, muito apimentada! — alertou Jonas achando engraçado a empolgação das duas. 

— Por isso que eu quero ir! 

— Eu quero experimentar! — afirmou Kim. 

— Eu também! Dizem que os nachos são um dos mais apimentados! — Rae ficou de frente para Kim, ignorando Jonas do seu lado.

— E com molho ... é ainda mais! Tem até um prato especial que vem a pimenta em dobro... 

— Meu Deus... É verdade? Quanto custa? 

— Vocês são loucas! — Jonas riu. 

— Pode ser tarde. Sabe, para não sairmos à noite. 

— Ótimo. Então... Quando? — perguntou Rae impulsivamente. 

— Pode ser qualquer dia! Amanhã? — sugeriu a loira. 

— Ok, amanhã! — concordou Rae. 

*** 

Se tinha uma coisa que Kim odiava era acordar cedo. 

Não gostava de acordar muito tarde, mas acordar às sete da manhã para ver um jogo de basquete já é demais para ela. Mas como diz seu lema: tudo por um ponto. 

Kim pelo menos se pôs a ter à disposição de fazer uma trança com uma mecha pequena do seu cabelo, ainda deixando-o solto. Deixou a trança pendendo ao lado de seu rosto, enquanto jogava os cabelos loiros para trás. Caminhando pelos corredores da escola, antes de se encontrar com Rae e Jonas, olhou para algumas garotas correndo pelos corredores. As jogadoras de basquete. E outras, o grupo de amigas de Mack, conversavam umas com as outras. Ela ficou impressionada com a disposição que algumas tinham de ao menos passar um batom. A trança foi a distração dela. Em meio a discussão de sua mãe com seu irmão, fazer trança a distraía muito. 

Ela não tem nada contra, mas queria saber de onde vem toda essa disposição. Ela nem tem paciência de dar bom dia para alguém, quanto mais se arrumar melhor. 

Ainda mais em um sábado de manhã, onde poderia estar na cama. E para piorar seu azar, o clima estava chuvoso. Pediu a Deus para ter forças para aguentar aquele dia. 

Quando se encontrou com com Rae e Jonas, ajudou-os a levar o projeto de Jonas lara a quadra do ensino fundamental, já que a outra era a do ensino médio. Jonas deixou amostra o desenho de uma floresta a noite com um lobo branco no fundo. Do lado, Owen demonstrava o desenho de Melanie. Kim, Jonas e Rae se aproximaram. 

— Ela era incrível — admirou Kim. 

Owen sorriu e assentiu com a cabeça. 

— É o mínimo que posso fazer por ela — falou. 

Kim começou a caminhar pela quadra, admirando as obras de artes de colegas que nem sabia que tinham esse talento, até que percebeu uma movimentação estranha por ali. Quando percebeu já era tarde demais. Numa velocidade grande, uma garota se esbarrou em Kim. O choque das duas as fizeram cair. Kim sentiu o peso da garota sobre ela. Empurrou-a e se recompôs. A garota ficou ajoelhada, equilibrando o grande capacete branco sobre ela. Depois que algumas risadas cessaram, a garota ajeitou o patins. 

— Me desculpe! — disse-lhe — Me desculpe mesmo! Eu não queria fazer isso! 

— Tudo bem... 

Nessas horas, Kim tem vontade de enfiar a cabeça no buraco ou bater na pessoa. Mas um pedido de desculpas serve. O que a irrita é quando fazem isso e nem se pronunciam. 

A garota olhou bem para ela. A pele morena, os cabelos longos castanhos e encaracolados. A roupa mais descolada — jeans claro até o começo a canela, camiseta cinza e casaco xadrez vermelho. Tirou os patins e se levantou. Estendeu a mão para ajudá-la e Kim aceitou. 

— Não liga não! Eu sou meio desorientada às vezes — disse ela. Em seguida, passou a mão no rosto como se segurasse algo. — E-Eu sou nova! 

— O-Oi... 

— O quê? Eu não ouvi! 

— Oi — Kim falou mais alto, sabendo que falava baixo demais com estranhos. 

As duas ficaram em silêncio. Um silêncio que ela considerava constrangedor. 

— Bem-vinda! 

— Obrigada — as duas riram nervosas. — Meu nome é Mabel! 

Ela estendeu a mão. Kim a apertou na hora. 

— Kim! 

— Só Kim? 

Assentiu com a cabeça estranhando. 

— Sim... Só Kim! — respondeu. 

Mabel se afastou dela, pegando os patins. 

— Quer dizer, eu pensei se esse era o seu nome mesmo. Digo, se não é um apelido... Você entendeu! Só... Deixa pra lá! — Mabel se embolava com as palavras. — Enfim... Tchau! 

Ela saiu em disparada para fora da quadra. 

— Tchau... 

Mabel correu pelos corredores até se ver sozinha neles. Jogou o patins com força contra os armários com força. Retirou as joelheiras e cotoveleiras e jogou o capacete contra o chão. O som tamborilou contra os corredores levando a um baque para qualquer um que estivesse ali, incluindo um garoto que passava despercebido. 

— Vai com calma! 

Ela o olhou surpresa. Olhou de volta para o armário que amassou. Se alguém o abrisse, com certeza cairia. 

Mabel respirou fundo e relaxou os ombros. Cobriu o olhos impedindo as lágrimas de saírem. 

— Eu queria contar... 

Ele parou na sua frente. 

— E-Ela não mudou quase nada! 

Mabel se jogou nos seus braços. Nick recebeu-a de volta. 

*** 

Era milagre o banheiro das meninas estar vazio. 

Kim sabia que daqui a pouco algumas entrariam. Dentre elas, a maioria só entra para conversar. Kim lavou seu rosto enquanto pensava na garota dos patins. Aquela sensação continuava. A mesma de quando acordou daquele sonho com Jack Risonho. 

A atmosfera do local ficou mais pesada. Kim olhou para as luzes, prevendo que estas iriam piscar como nos filmes de terror. Olhou-se no espelho nervosa e virou-se, decidida a sair o mais rápido dali. Se pelo menos houvesse uma porta ali. Atrás dela, o cenário do banheiro deu lugar ao corredor. 

Kim franziu o cenho extremamente confusa. Virou-se temendo que fosse outra visão. A pia e o espelho também desapareceram. Estava ali um corredor vasto e vazio. 

— De novo não! 

Ela coçou o couro de seu cabelo, usando seu intelecto para que pudesse sair daquela visão. Talvez houvesse um meio. Beliscou o braço duas vezes forte. Só resultou na dor no pedaço de pele. 

Olhou para trás tendo tempo de ver Rae ali. Seu visual quase não muda, o que deixava estranho para Kim. Com exceção de algumas blusas cinzas com desenhos, casacos xadrez ou fechados, seu visual não era variado. Tanto até que só de se aproximar dela vestindo uma blusa cinza, sentiu um pouco de frio. Kim pensava nesses dias como seria se ela estivesse apenas com uma regata e um short. Coisa que nunca aconteceria. 

Ela caminhava sem rumo. Ela estava a caminho de algum lugar. Estava perto das escadas, até que ficou tensa. Kim deu passos adiante estranhando. Ouviu um som metálico se chocando contra o piso atrás dela. Kim girou o corpo a tempo de ver o que Rae tanto ouvia e via. 

Pela altura e o medo estampado na cara de Rae, só podia ser um assassino. Kim viu que era, mas este nunca tinha visto. Era diferente. E não era um. Haviam dois ali. Um estava no topo da escada que dava para os laboratórios de química do terceiro ano. Usava um macacão dessa vez preto e com sangue espalhado. A sua máscara? Um porco. 

Kim piscou diversas vezes para ter certeza de que o que via era mesmo um porco. Sua cara gorda e bochechas grandes. O focinho cor de rosa e a pele bege clara. Mas os olhos fugiam dos estereótipos: um preto profundo preenchia-os por completo. Kim considerou aqueles olhos os mais assustadores que já vira. 

Já o assassino que estava no fim do corredor, mais próximo de Rae, era um encapuzado. Usava uma capa de chuva preta, luvas e uma pequena faca. Por milagre e cansado de tantos animais assassinos, Kim supôs que ele ou ela escolhera uma máscara mais "normal". Ela se lembrou daquela de algum site na internet. Uma máscara de cirurgia. A boca num formato de O perfeito. Entortou a cabeça para o lado, como se examinasse elas. 

Por um minuto, Kim pensou que ele estivesse encarando-a. Mas era apenas Rae. A mesma correu quando viu-os correndo até ela. Kim não podia fazer nada além de gritar. 


Notas Finais


Espero que tenham gostado!!!!!

Quem aí reconheceu o Jack Risonho sabe do que estou falando. Eu considero ele como uma das creepypastas mais assustadoras.


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