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História Anomalia - Capítulo 43 - Há uma tempestade dentro da casa de Owen.


Escrita por: Duda_104

Capítulo 44 - Capítulo 43 - Há uma tempestade dentro da casa de Owen.


— Que coincidência eu, você e Sue estarmos no mesmo grupo! — Alice falou em um tom sonhador. 

— Coincidência? — a loira não concordou — Quando a professora de história disse que podíamos escolher com quem faríamos o grupo você e Jonas foram para cima de mim! Literalmente! 

— Loirinha, você foi ficou em primeira lugar na lista dos que foram bem em história. Quem não queira ir com você? 

Kim tem que admitir que é verdade. Na sala de aula, o CDF às vezes é clamado para fazer parte de seu grupo. 

— Eu preciso de nota em História! E vou fazer com você e ainda mais na mansão de Sue! Tem coisa melhor? 

De novo a loira concordou. 

As duas se aproximaram da grande porta de madeira clara. Alice estava prestes a apertar a campainha quando um "Minha casa, minhas regras" soou de dentro numa altura que pôde ultrapassar a porta. 

— É só um trabalho! 

— Eu já te falei que não quero essa gente aqui, Susan! 

Decifraram ser a voz de Frank Adams. As duas loiras se olharam e Alice fez uma uma expressão indicando que a briga devia ser feia. 

— Quer parar de falar isso? Desde quando uma classe social define... 

— Define muita coisa, Susan! Não quero aquela filha dos Underwoods e o garoto tonto dos Chase! 

— Underwood? — Kim sussurrou para Alice. 

— Era o antigo nome da família de Rae. Ouvi dizer que erraram o sobrenome deles e ficou assim. 

— Mas por... 

— Pai, por favor! É só um trabalho! 

Alice cutucou o braço de Kim indicando a janela. 

— Isso é... 

Errado. Era o que Kim queria dizer, mas Alice não estava nem aí. Ficou na ponta dos pés e lançou o olhar curioso para dentro. Kim suspirou e fez o mesmo. 

— Eu já disse para não me responder! 

— Mas pai... 

Frank Adams deu um tapa no roto da filha. Sue virou a cabeça para o lado e tocou na região que ardia e formava uma vermelhidão aos poucos. Frank Adams não demonstrou nenhum remorso. Suas feições intactas como uma pedra. 

— Eu te disse para não me responder! — ele repetiu lentamente — Fora dessa mansão você pode fazer o trabalho. Mas, quando terminar, não quero mais você fazendo grupo com essa gente — Frank ergueu o dedo indicador para ela. Sue o olhou apreensiva, com varias palavras na boca, mas sem voz própria para pronuncia-las — Não quero minha filha se misturando com esse tipo de gente! O que aconteceu com seus velhos amigos? 

— Não são meus amigos! 

— Pois serão! Eles pelo menos têm classe e somos amigos da família deles! 

Frank Adams endireitou o corpo após ter se curvado para a filha e andou até as escadas. 

Quando seu pai saiu de vista, Sue se sentou no sofá e apoiou seus cotovelos nos joelhos, impedindo que Kim e Alice vissem suas lágrimas com as mãos. 

Em seguida elas saíram. Sue logo mandou uma mensagem dizendo que fariam o trabalho em outro dia. 

*** 

— Entre! 

Kim abriu a porta delicadamente, olhando curiosa para dentro do quarto, após ter assistido o incidente na mansão dos Adams. Pôs o corpo para dentro quando Owen autorizou sua entrada. 

— Pensei que tinha recusado. 

— Eu não tenho tantas opções — disse Kim — Só me pergunto como você pode me ajudar. 

— Eu e Melanie crescemos juntos. Nós ajudamos a controlar o nosso dom. Acho que posso te ajudar controlar o seu. — Owen se levantou e caminhou até o sofá. — Até porque não há mais ninguém nessa cidade que possa te ajudar. 

Ela concordou com ele. Sentou-se na sua frente no sofá, de pernas cruzadas. A decoração era rústica, ao contrário da de sua casa, que tudo foi comprado pela sua mãe algo que tenha marca. 

Kim explicou tudo o que viu. Jack Risonho, as pessoas que ela chamava de mãe e pai, e o destaque para o passarinho morto. 

— Você é adotada, não é? 

Kim balançou a cabeça em concordância. 

— Isso pode ser lembranças do meu passado. 

— Concordo. Mas esse... Como é mesmo o nome do palhaço? 

— Jack Risonho — Kim sentiu calafrios só de pronunciar o nome dele. 

— Ele me é familiar. — falou antes de estender as duas mãos — Pegue. 

A loira franziu o cenho para ele exigindo explicações. 

— O bom de ser Oráculo é que você prevê o futuro e pode fornecer energia vital — ela continuou na dúvida — Já fiz varias vezes com Melanie. Oráculos e videntes, por terem poderes que envolvem usar a maior parte do cérebro, podem se conectar. 

— E o que você vai fazer comigo? 

— Te ajudar a usar mais o seu cérebro — respondeu. 

Kim pegou suas mãos incerta. As mãos dele eram frias e um pouco maiores do que as dela. 

— Isso não foi um insulto — corrigiu ele. 

Owen apertou sua mão, fazendo Kim se esforçar para não corar. 

Na mesma hora, uma onda de vento passou por ela, mas não por Owen. Seu cabelos louro e a blusa esvoaçaram violentamente, mas Owen permaneceu normal. Kim olhou ao redor e nenhum dos objetos sofriam da repentina ventania. Olhou de volta para Owen na expectativa de que pudesse falar com ela. Mas não era mais ele. 

Ao ver Jack Risonho no lugar onde estava Owen, segurando sua mãos, soltou um grito e soltou-as. Ele era mais amedrontador do que parecia. Os dentes afiados, a roupa preta e o nariz de cone eram algo que Kim aprendeu a temer. Seu susto foi tão grande que se jogou do sofá. Ela queria sair dali. 

Jack Risonho foi ficando maior. Sua altura sendo a tripla da de Kim. 

— Vem brincar comigo, Kim! 

Kim se encolheu e cobriu-se o máximo que conseguia com as mãos. Um corpo menor caiu já sua frente e espirrou algo nela. A carne debaixo das penas logo estaria em decomposição. O sangue do pássaro morto ainda estava seco. 

Um grito fino saiu de suas cordas vocais. Pela pelagem e tamanho, era o mesmo passarinho que vira no sonho. Outra ave idêntica àquela caiu do seu lado. Depois algumas se espatifaram nas paredes, colorindo o papel bege com vermelho. Logo milhares de passarinhos mortos e ensanguentados viraram uma tempestade em cima de Kim. Ela mal podia imaginar o sofrimento deles e o passarinho verdadeiro do seu sonho. Eles deveriam estarem livres. Animais mortos enfraquecem Kim de um jeito torturante. 

— KIMBERLLY! 

A voz era muito feminina para ser a de Owen. Sua mão também é mais pequena e delicada, parte dela com um tecido azul. A mão levantou seu rosto para que pudesse vê-la. 

Finalmente Kim consegue decifrar o rosto. Os traços lhe são um pouco familiares. Nunca vira algo tão brilhante como aquele rosto. Os olhos azuis comuns aos seus. Os cabelos louros ondulados tão alinhados e que aumentavam sua beleza. 

— KIM! 

Ela pisou os olhos e Owen a virou para ele. Nada de Jack Risonho e nem de passados mortos. 

— Eu a vi! 

— O quê? — ele a levou para o sofá e a deitou — Calma! Você teve uma visão! É comum você ter visto coisas sem sentido! 

— A mulher que vi... 

— O que tem ela? — Owen, já sabendo que aquela é a primeira vez de Kim, se prontificou se pegar uma bolsa de gelo, calmante e água. — Tudo não se passou de uma ilusão... 

Os olhos azuis viam o nada. Sua mente levaria horas para se esquecer daquele rosto. 

Kim não pode esquecer ele. 

Empurrou Owen e se levantou. 

— Papel... Você tem papel? E lápis? 

— Sim... Kim... 

— Owen, eu vi a mulher do meu sonho. Eu sei como ela é... Eu não posso me esquecer! 

Algo lhe dizia que ela tinha algo de diferente. Será aquela a mãe da visão? 

De repente uma ideia lhe veio. Será possível que a visão mostrasse sua mãe verdadeira? 

Kim não nega essa ideia. 

*** 

"Por que tudo junto é escrito separado e separado é escrito tudo junto?" 

Esse é o tipo de coisa que Rae escreve em seu caderno do Death Note. 

Pensamentos e desabafos eram os que mais preenchiam aquelas folhas. Duas páginas antes ela encontraria um poema que escrevera. Ela não gosta de falar que escreve poemas, porque lógico que a pessoa vai pedir para lê-los e é a mesma coisa quando ela toca e canta. 

Ela faz isso para ela mesma. 

Mas há uma vontade de mostrar para o mundo e experimentar se iriam gostar ou não. Apoiado no seu armário, Rae ajeitou sua jaqueta preta e passou uma página, vendo um dos maiores versos de poema que já viu. 

Uma movimentação ao seu redor a desconcentra. Desvia sua atenção para Michael. 

Droga, pensou. Hoje na aula de geografia ele sentou-se na frente dela. Por mais que não falasse nada, ele a desconcentrava. E agora ele a interrompeu de escrever seu poema que agora não era mais poema. 

O sorriso sem mostrar os dentes estava lá. Não sabia o que apreciar; o sorriso com covinhas, os olhos azuis ou sua aura feliz. Às vezes ela gostaria de ter esse mesmo humor. Ele vestia um suéter azul escuro enquanto pegava uns livros no seu armário. 

Rae pensou na ideia de falar com ele, até que uma garota, acompanhada pela sua amiga mais alta que ela, parou do lado dele. Marie Bennet. Rae se lembra dela ao participar da feira de ciências. Seu cabelo preto quase sempre preso num coque, os lábios carnudos com batom rosa. A pele negra lisa. 

Rae sentiu curiosidade em saber por que ela estava falando com Michael. Ela lhe entregou algo. Um papel rosa claro. Rae decifrou o que era. Um baile a fantasia que teria na escola. Maria olhou diretamente para Audrey, sua amiga, do outro lado do corredor. Ela saiu de fininho. 

Michael alargou o sorriso. Ele iria com Audrey. Rae queria se convencer de que ele podia fazer o que ele quiser, mas havia uma vontade dentro dela de rasgar aquele papel e levar Michael para longe dali. 

— E é aqui onde o sofrimento começa! 

A voz de Sue do seu lado a assusta. Rae fechou o caderno do Death Note. 

— O que você... 

— Eu vi o que você fez! — desmascarou Sue com um sorriso orgulhoso — Agora e na aula de geografia! É melhor ter cuidado... 

— Com o quê? 

— Ela está afim dele também! 

— O quê? — Rae quase gritou — Eu não... 

— Sente sim. 

— Não! 

— Sim! 

— Eu não estou afim... 

— Está sim! 

— Eu não... 

— Está sim! 

— Eu... 

— Sim! 

Rae foi cortada de novo por Sue. 

— Você está afim dele e não quer admitir — Sue resumiu com tranquilidade, ao contrário de Rae, que tinha seu coração acelerado. — Já gostou de alguém antes, Rae? Por que está na cara que não! 

— Isso é idiotice... 

— Então por que está olhando para ele? — Sue sorriu divertida para ela e balançou a cabeça — Aaah... Eu conheço esse olhar, Rae Wood. 

Sue riu baixo. Rae não tinha palavras para expressar o quanto aquela situação era constrangedora e estúpida. Passou a mão na nuca quando o calor frio subiu ao seu corpo. 

— É meio estranho eu falar isso, pois eu queria pegar ele quando o vi, mas já estava comprometida — ela deu de ombros como se fosse algo normal — Nossa... Ele é muito para você... 

— Dá para parar? Eu não gosto dele, Sue! E como assim ele é muito para mim? 

— Ah, Rae... 

— Chega! Eu não posso ter uma amizade com Michael só porquê acho os olhos e o sorriso dele lindos? Eu nunca gostei de alguém e nunca vou gostar! 

— Clichê — Sue falou entre as tossidas. 

— O quê? 

— Garota fria e fechada se apaixona por garoto gato, feliz e de bem com a vida. Ela se nega a gostar dele. Clichê — ela resumiu jogando o cabelo cacheado e preto para o lado. — Me poupe, se poupe, nos poupe! 

Rae franziu a testa para a última frase. Ela já viu ela em algum lugar na internet, e se lembra de ter usado o tradutor para isso. 

— Não é só por causa disso, Sue! — ela tentava explicar — Ninguém pode me tocar, lembra? 

— Ah, é. Sempre me esqueço dessa coisa — Sue se estremeceu só de lembrar. 

— Mesmo que eu gostasse de Mike, o que não é o caso, não ficaria com ele. Nem com mais ninguém. A não ser que haja um garoto que seja imune ao que tenho — falou Rae. 

— O.k., é um bom argumento. Mas... Digamos que tenha uma quedinha... 

— Não! E se tivesse, é passageiro! 

Sue suspirou pensativa. 

— Quem dera que o amor por alguém pudesse ser passageiro, Rae! Tipo uma gripe — ela tocou no ombro de Rae — Mas, infelizmente, não é! 

Rae engoliu em seco. Não era verdade o que Sue falava. Ilusão dela achar que Rae tem uma queda por Michael. 

Agradeceu a Deus quando o celular tocou. Joel talvez. Ele estava mais rígido com ela ultimamente. Mas apareceu apenas um número desconhecido. 

— Alô? 

— Olá Rae!

Surgiu curiosidade em Sue quando Rae a olhou com medo. A voz na linha estava na cara ser de um homem. Mas era uma voz que no fundo Rae sabia quem era. 

— Quem é? — seus instintos despertaram. 

— Seu amigo sorridente quer muito te ver de novo! — a voz ignorou sua pergunta. 

Ela arregalou os olhos. 

— Não! Não sou ele, Rae! Devia agradecer a Deus por isso! Mas tenho que dizer — ele riu — Arranjou briga com a pessoa errada! 

— Quem é você? — repetiu a pergunta. 

— Vou te dar uma dica: a dois corredores de onde você está, na escada, você nos conheceu. — disse — Nem me deu oi. Apenas saiu correndo. 

— O mascarado — concluiu ela. 

— Estamos vendo vocês, Raven Snow-Allen! Você e a filha do corrupto! — afirmou ele deixando dúvidas na cabeça de Rae — Não há onde se esconder, Raven Nora Snow-Allen. 

A ligação acabou. 

Em quem sã consciência tem um sobrenome daqueles? 

*** 

— Sue? 

— Oi... — ela não se deu ao trabalho de olhar para Owen e Kim. 

Atrás deles, Jonas exigia descanso depois da subida pela colina pequena até a casa de Joel. 

— Eu vi a mensagem de Rae e ela nos disse que estaria aqui — disse Kim — Ela... 

Kim não conseguiu continuar a falar após ouvir gritos vindos da casa. Ela arregalou os olhos. 

— O que é isso? 

— São os dois brigando — Sue respondeu com desdém. Kim se acalmou. — Eu não estava afim de ficar no meu ida briga deles então sai... 

— E por que estão brigando? 

— Os dois estão muito tensos, e brigam por qualquer coisa — respondeu Kelly. 

A conversa deles acabou com Joel abrindo a porta ruidosamente. Podiam afirmar que a porta do carro seria arrancada por causa dos movimentos bruscos do policial/guarda-florestal ranzinza. Kelly chegou a tempo antes que ele girasse a chave da ignição. 

— Eu vou comprar munição para as escopetas! Fique com eles até voltar! 

— Jo... 

— Tem uma espingarda deixando do tapete se precisar! 

Joel não se permitiu ouvir mais nada. Rae saiu da pequena casa amedrontada. 

— Babaca... 

— Rae! 

— Por que ele não me fala logo o que Jeff fez com ele? — gritou. 

O som dos corvos batendo as asas para cima chamou a atenção de todos. Comum haver corvos, mas não havia nenhuma ventania ou coisa do tipo. 

— Deus... — murmurou ela — Tem um serial killer atrás de mim, e ele não me quer fala o que tem contra ele no passado! 

— Rae, vamos entender o lado dele — Kelly aconselhou enquanto seus amigos entravam na casa. — Está trabalhando na polícia, ainda mais com o xerife que se dá super bem com ele, tem que cuidar de mais de três adolescentes para que não sejam mortos por uma bruxa, a Alcateia não está de boas com ele, e tem um serial killer atrás da sobrinha com quem se importa muito! 

Rae ficou surpresa de que Joel possa ter falado a Kelly que se importava com ela. 

— Como você reagiria a tudo isso? 

— Isso não justifica... 

— Eu sei. Eu sei. Mas pense um pouco. 

Aquilo fez ela se sentir um ser humano horrível. Como pôde não perceber isso em Joel? Sabia estar cansado e estressado, e mesmo assim ficou no encalço dele. Por isso que queria que ela se virasse sozinha. 

— Ele te ama e está fazendo de tudo para ver todos vocês seguros. 

Poucas vezes lhe caía a ficha de que Joel, o guarda florestal de mau-humor e que não quer conversa com ninguém, ama uma adolescente como ela. 

— Ele não é muito de falar que me ama... 

— Você é? 

Ela se perguntou o que deu em Kelly hoje para deixá-la sem palavras. 

— Vocês são perfeitos um para o outro. 

Rae concordou com ela. Por isso, já que ambos gostam de serem independentes da ajuda do outro para poupa-lo de mais problema, Rae entrou. Minutos depois, disse que iria para casa e pegou o bilhete que até hoje o guarda. 

Discou os números tampouco alinhados debaixo do nome escrito. 

'Oi' 

Ela mandou a mensagem. 

'É Rae' 

'Podemos ter aquela conversa?' 

Achou ser maluquice, mas estava pronta para enfrentá-lo e ver no que vai dar. Por que Nick quer tanto falar com ela? 

Dois minutos depois que a mensagem foi lida e ter mandado sua localização, Rae soltou um grito ao ver o garoto entusiasmado. 

— Sabia que mudaria de ideia! 

E ele a levou para bem longe dali, finalmente tendo contato com sua irmã.



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