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História Anomalia - Capítulo 45 - As paixões estranhas de Sue.


Escrita por: Duda_104

Capítulo 46 - Capítulo 45 - As paixões estranhas de Sue.


Aquele nome afetou o cérebro de Jonas, fazendo-o se lembrar de algum lugar ter visto aquele nome. 

 

Eles correram poucos metros até Ticcy-Toby aparecer novamente atrás de uma árvore na frente de Jonas. Seu relógio pesou no seu bolso e Jonas desviou dele. Não sabia como, pois seus reflexos são piores que os de um rato morto. 

 

Por causa do desespero, Jonas tropeçou num galho e caiu para trás. Ticcy-Toby foi em Alice e esta conseguiu acertar o galho na sua mão, fazendo o machado que carregava cair. Ele a empurrou para trás e olhou para Jonas. 

 

Era mais alto que Jonas. A única parte visível de sua cabeça são os cabelos castanhos. Os olhos tampouco visíveis pelos óculos de lentes amareladas e levemente sujas. As roupas, uma mistura bizarra de terra e sangue já grudado no tecido. De vez em quando ele entorta a cabeça para o lado levemente, e um tic é escutado. Ele faz de novo do outro lado. 

 

Ticcy-Toby levou o dedo indicador a região onde fica os lábios e Jonas ouviu um Shhh. Depois que gritou assustado, contra ás ordens de Ticcy-Toby, Jonas foi para cima dele quando ele ia ferir Alice. Foi um ato impulsivo. Ticcy-Toby o derrubou sem dificuldade e ficou em cima dele, desferindo vários socos. Jonas tentou agarrar seu pescoço, mas de nada adiantou. Tentou revidar, mas é como se não tivesse dor. 

 

Alice o tirou de cima. Ticcy-Toby chutou sua barriga com força sem perder o equilíbrio. Fez isso mais duas vezes e com uma força inimaginável que fez Alice tossir sangue. Recuperou seu machado e o ergueu. Jonas se jogou nele, mas Ticcy-Toby ganhou vantagem por ser mais forte. 

 

Com uma derrubada, Ticcy-Toby estava preparado para martelar a cabeça de Alice até o seu cérebro estar amostra. Quem sabe ele não faz um recorde e parte sua cabeça inteira pelo meio? Era o que ele pensava. 

 

Mas os avisos na sua cabeça reprovaram sua ação. Ainda não. O garoto ainda estava lá. Deixe que Jonas termine esse trabalho. 

 

Vendo que Alice é incapaz se reerguer, se direcionou a Jonas e pôs o pé no seu busto, o forçando a permanecer deitado. 

 

É agora! Pensou. As lágrimas saiam pelos cantos dos seus olhos por estar deitado. Ele espera que a morte seja rápida e estava curioso para saber como é a vida após a morte. 

 

Ao invés disso, Ticcy-Toby deixou a lâmina do machado encostada no pescoço de Jonas. Uma agonia veio a Jonas, pensando nas inúmeras maneiras que Ticcy-Toby usaria para matá-lo. 

 

— Eu sei quem você é, Jonas! — a voz saiu abafada, mas audível. 

 

— Por favor, faz logo! — Jonas engoliu em seco não aguentando aquilo. Ticcy-Toby já estava o torturando sem qualquer tipo de dor física. Ele gostou daquilo, mesmo está não sendo sua meta naquele momento. 

 

— Não vou te matar, Jonas! — ele continuou — Ele quer você! 

 

Alice olhou para ele incrédula. 

 

— Não... — sua voz saiu de sua boca ensangüentada. — É por isso que ele apareceu... 

 

— Do que estão falando? 

 

— Qual é a história desse relógio, Jonas? Quero saber de tudo! Até do nome que está escrito nele! 

 

— E-Eu não sei... — Ele não entedia nada do que acontecia — Eu falo a verdade. Eu não sei. 

 

— Fale ou ela morre! 

 

— Eu não sei! — Jonas tentava ser o mais convincente que podia. — E-Eu... — se arrependeu de não ter tomado seus remédios antes. Pensou em qualquer besteira para que Alice fosse poupado — Tudo que sei é que foi... De alguém da minha família! A biológica! Eu não sei quem são! 

 

Ticcy-Toby o observou. Sua cabeça entortou para o lado. Outro tic. 

 

O chiado familiar chegou a Jonas e Alice. No minuto seguinte, ele não estava mais lá. 

 

A única coisa que Ticcy-Toby deixou foram as dúvidas, o medo e a dor de uma marca nas costas de Jonas. 

 

*** 

 

Pelas próximas horas, até o amanhecer, todos ficaram na casa de Joel. 

 

Rae e Kim ignoravam todas as chamadas de Michael. Joel toda hora fazia o perímetro na casa com sua escopeta. Antes de tomar a forma de lobisomem, armou Kim e Rae. Kim deixou sua arma de lado ao encher um corpo de água para Jonas. Alice e Owen falaram com seus parentes assegurando estarem bem. 

 

Já Jonas, o trauma possuiu seu ser. Joel o deixou no quarto de hóspedes e ligou para Kelly. A mesma limpava seus materiais de kit médico do sangue de Jonas. Sem camisa, deitado de lado e com uma grande ardência nas costas, ele não parava de pensar no que aconteceu. 

 

Seu relógio repousava na cabeceira da cama. Mais uma vez ele o salvou. O pegou e leu o nome. Aquilo sempre o intrigou e achou ter achado a solução para aquela dúvida. 

 

Investigar aquele nome. Não apenas o jogando na internet. Há algo por atrás dele carregado por respostas. E se seu pai for alguém importante, não apenas alguém que lhe deu o relógio, um Rotzmun, mas algo além. Jonas também tinha a curiosidade em saber quem ele é. Se ele ou a sua mãe é desastrado como ele. A quem puxou a aparência. A quem puxou a personalidade... 

 

E se o nome for apenas uma marca? Ou de outro parente da família? 

 

Ou apenas um simples nome que faz Jonas se iludir? 

 

Alice não queria o falar, mas ele a forçou a abrir a boca. Ela sabia o motivo de Slender Man estar atrás dele. Explicou o que eram proxys; seguidores do Slender Man. Ticcy-Toby era um deles. Masky, Hoodie... Jonas deu sorte de não enfrentar nenhum deles. Pelo que Alice sabia, de acordo com os conhecimentos do pai, os que são proxys dele são mais propensos a terem alucinações, vislumbres do homem esguio e possuírem uma marca estranha. A mesma que estava nas costas de Jonas. 

 

Não chegava a ser uma ferida. O símbolo foi desenhado com uma vermelhidão, mas sem qualquer perfuro com a pele. Um círculo com um X no meio, suas extremidades ultrapassando o círculo. 

 

Com o Slender Man atrás dele, o encontro com um de seus proxys, as alucinações, e o símbolo dos proxys no centro de suas costas, até mesmo Jonas conseguiu interligar os pontos. 

 

Ainda pensando no fato de ser o próximo seguidor do monstro, Joel o disse que sua vida seria escola e casa por um simples fato que Jonas já percebeu; não tem como derrotar Slender Man. É uma criatura misteriosa e que poucos sabem a origem e quem realmente é. 

 

Por fim, Jonas se reergueu e andou até a sala, atraindo a atenção de todo mundo. 

 

— Kim... — Jonas permanecia manco — Eu vou te ajudar! 

 

Ela ergueu a sobrancelha confusa. 

 

— Em quê? 

 

— Em achar seus pais — ele esclareceu — E eu vou achar os meus. 

 

A surpresa foi muita. 

 

— Tem certeza disso? — Kim perguntou, vendo por debaixo de um rosto cansado, determinação — Vai me ajudar? 

 

Ele balançou a cabeça. 

 

— Então também vou te ajudar! — ela entrou nessa. 

 

— Em quê exatamente descobrir quem são seus pais vai ajudar no que estamos passando? — Owen questionou. 

 

— Bem isso... — a garota de pele fria discordava totalmente da ideia de ela procurar seus pais, mas para seus dois amigos pode ser um acontecimento importante. 

 

— Talvez eles tenham a resposta para as minhas visões, Owen. Se Slender Man está atrás de Jonas, não acha que há chances de Jack Risonho também vir? — a loira o fez se questionar ainda mais — E eu quero saber se é mesmo aquela mulher a minha mãe, e se não for, o que raios estava na minha visão. 

 

— E posso saber se meus pais podem me falar como usar este relógio. 

 

— E se eles não estiverem vivos, ou serem apenas pessoas normais e for uma perda de tempo? — Alice também não conseguia entender. Estava até com menos paciência que Owen depois do encontro que teve hoje. 

 

— É melhor do que morrermos sem fizer nada quanto a isso — Kim disse. — Seria legal sua ajuda, Owen... 

 

— Pois é! Seria! 

 

— Você sabe um pouco dessa visões. É a única pessoa que sabe. 

 

— Isso é assunto seu! 

 

— Você é mesmo um cretino! 

 

— Eu? Um cretino? — ele se levantou. Alice suspirou alto irritada, tapando os ouvidos. — Uma pena eu ser cretino. Enquanto que você é uma loira burra! 

 

— Ei! O que tem contra loiras? Acham elas todas burras? — mesmo tapando os ouvidos, Alice escutou em som abafado. 

 

— Eu não tenho nada contra. Mas essa aqui é uma exceção! 

 

— Perceba quem você é e me diga quem realmente é burro! — Kim fico na sua frente. — Podia pelo menos me ajudar? Em vez de ficar arrumando briga? 

 

Kim não conseguia acreditar na ignorância de Owen. 

 

— Honestamente, o que Melanie viu em você? 

 

— Pare de falar o nome dela! 

 

— O que acha que ela queria que você fizesse? 

 

— Ela está morta! — Owen se segurou para não gritar alto o suficiente para deixar um clima mais pesado do que já estava — Você não a conhece como eu a conhecia... 

 

— Pode até ser! Mas sei que Melanie era uma pessoa maravilhosa com um futuro promissor que jogou tudo isso fora para um lixo como você! 

 

Rae exclamou baixo. 

 

— Eu não queria deixar você sozinho, Owen! Achei que me ajudando poderíamos ser amigos, por mais que não quisesse! 

 

Kim deu-lhe as costas, mas Owen pegou seu antebraço e ela virou-se para ele. 

 

— Para quê tanto altruísmo, Kim? Se não vai mais perder tempo comigo vai perder tempo procurando seus pais e os dele? 

 

— Meu altruísmo pode ser genética se me ajudar a descobrir! 

 

— Cara, por favor! — Jonas tentou também. — Nem que seja um pouco... 

 

Owen olhou para ele depois para a loira. Seu olhar tão profundo a fez corar. 

 

— Eu vou pensar. Mas não garanto nada. 

 

A loira sorriu aliviada. 

 

— Boa sorte! — desejou Rae, 0% interessada em fazer o mesmo que eles. 

 

*** 

 

Infelizmente, os acontecimentos ocorridos não os favoreciam a terem férias escolares temporárias. 

 

Para a sorte de Rae, Kim e Jonas, a manhã passou voando. Kim e Jonas arrumava, os materiais depois da aula de ciências. Rae e Sue saíam da de matemática com a mente confusa de tantos números misturados com letras e uma pitada de fração. Rae foi desviada, graças a Deus, desses pensamentos quando Sue lhe fala que poderia descobrir as pessoas pelos quais Frank Adams chantageia com seu dinheiro sujo. 

 

— Se eu conseguir esses documentos, podemos mostrar a mídia o que ele faz e farão alguma coisa. 

 

— Vão acreditar em um bando de adolescentes? Dentre eles, a própria filha dele? — Rae levantou essa questão. 

 

— É nessa parte onde preciso da ajuda de Joel. Tem que ser alguém confiável que revele os papéis quando eu achar... 

 

— Quando você achar? Ainda não achou? 

 

— Eu sei que tem, Rae! Meu pai sempre guarda documentos e contratos com ele! Talvez estejam com eles! 

 

— Acha mesmo Joel o mais indicado a fazer isso? Ele é alguém confiável para o povo? 

 

 

— Mesmo assim... 

 

— Não, Sue! Só vai complicar as coisas! Tem que ser alguém que, além de confiável, todos acreditem nele! 

 

— Meu Deus, Rae! O que você quer que eu... 

 

As duas garotas viravam o corredor, deparando-se com o portão da saída. Mas, depois de verem alguns alunos saindo, o pai de um deles trocava palavras com o filho em voz baixa. 

 

Rae esticou seu braço e forçou o corpo de Sue para trás. 

 

— Quem estamos espionando? — ela seguiu o olhar de Rae e suas feições mudaram — Nossa... Já começou a fase de obsessão? 

 

— Lembra do que te falei sobre o que teve ontem? 

 

A garota rica esbravejou. 

 

— Você não entendeu... 

 

— Entender o... — Rae se calou — Por favor, Sue! Não estou tendo paixão obsessiva por Michael! E paixão é uma palavra forte! 

 

— Se você diz — a outra não acreditou. 

 

Dificilmente Rae via Michael e Snart se entendendo. Pela movimentação dos lábios e gestos bruscos e rápidos, não era uma conversa tranquila. Eles pararam quando a mesma garota que lhe entregou um convite o olha e sorri. Michael sorriu de volta. Quando ela saiu de vista, Snart lhe deu um empurrão no ombro e falou algo. Rae, depois do nó no estômago depois de ver aquela cena sumir, supôs que ele reprovava qualquer relação afetiva do filho. 

 

— Sinceramente... Por que só meu pai não é um homem lindo? — Sue sentiu indignação — Vou ser sincera, eu pegaria se fosse mais velha! 

 

— Sue! 

 

— Posso sonhar não? 

 

Rae voltou os olhos para frente e falou sem olhá-la: 

 

— Aqueles dois podem ser alienígenas e você só pensa em como pegaria o pai de Michael? 

 

— Nhé, pelo menos você pega o filho dele! 

 

— Se está aqui para ver quem vai pegar ou não então melhor ficar ir para o outro lugar! 

 

— Eu faço o que quiser, está bem Rae? Fala isso por que já tem um pretendente! 

 

— Meu Deus... 

 

Enquanto Rae não acreditava nos desvio de assunto e atenção de Sue, os membros da família Snart viraram o rosto como se algo os acionasse a fazer isso e ambas sentiram um arrepio. As duas temem agora o que farão com elas, mas uma parte de Sue, sentindo também isso, ficou arrepiada só de ver aqueles olhos do pai de Michael a olhando. 

 

Sue puxou Rae antes que começasse a babar e andaram apressadas. 

 

— Seria errado enfiar uma bala no crânio dele, de Katie e Luke? — Rae perguntou mais concentrada no chão do que em Sue. 

 

— Você ainda pergunta? — indagou ela — Por que tanta raiva dele? 

 

— Eles vêm com papinho de confiarmos neles, sermos bons amigos, e quando ganham isso fazem... 

 

Ela suspirou. 

 

— O pior é que eu achava mesmo que poderíamos ser amigos! 

 

— Katie e Luke sim, mas Michael... 

 

— Pare, Sue! Não tem graça! 

 

— Até eu imaginei ele sem camisa! Se eu não tivesse conhecido vocês pode ter certeza que já estaria aos beijos com ele! 

 

Rae revirou os olhos muito irritada. 

 

— Não esquenta! Um Michael sem camisa já é seu mesmo! 

 

As duas usaram outra saída da escola. Quando o fizeram, um carro preto espera pela que tem cabelos cacheados. Assim que saiu, Rae sabia que ficaria à espera do tio. Um puxão pela mochila a alertou. 

 

— Acha certo ouvir a conversa dos outros? — Rae pensou em como Sue queria estar no lugar dela ao se ver frente a frente com Leonard Snart. 

 

Rae largou a mão dele de sua mochila e olhou para os lados. Ainda caminhava para a porta da frente e sem sinal de testemunhas. Os alunos que saíram eram do time de futebol. Sempre saíam cedo. Ele realmente é bom nisso. Recuou para trás e abriu sua mochila. 

 

— Eu sei onde você mora e que você e seus amigos viram a nave do meu... 

 

Ela puxou sua escopeta da mochila. Por esse motivo que Rae levou para a escola uma mochila que ela guardava, extremamente grande. Mantinha a escopeta mo armário da escola e sempre que ia embora a pegava de volta. Ergueu-a em direção à Snart. 

 

— Sabia que eu sei usar isso? — Rae andou para trás cautelosa — Fique longe de mim! Você e seu filho! 

 

Quase na mesma hora em que ela erguia a escopeta, Snart tirou das costas sua arma, da qual não lhe tinha importância se alguém a veria ou não, e pôs o dedo no gatilho. Mas nem mirar ele fez. 

 

— Saiba também que posso te deixar mais fria do que já é! 

 

— Só fique longe de mim! — ela continuava recuando. 

 

— Acha que trabalho para a bruxa? — ele deu um passo à frente — Não sou alienígena, se quer saber! 

 

— Ah, me desculpe mestre Jedi! 

 

— Naquela nave está o meu time e, acredite em mim, tem coisas que você nem faz ideia... 

 

— Pode apostar que sim — Rae afirmou certa. Mas completamente errada. 

 

— De qualquer modo, não estou aqui para falar disso! É sobre você e a relação que você tem com meu filho! 

 

— O que eu... 

 

— Oliver pode fazer o que quiser com os dele, e de você, Kim e Jonas, você é a mais íntima dele... 

 

— Eu? Discordo de você! É Kim quem... 

 

— Michael tem um amor de irmão por ela. Com Jonas, apenas amizade. Mas já com você, Rae, é algo mais pessoal. Ainda mais quando você sente atração por ele! 

 

— Por que todo mundo acha isso... 

 

— Vocês se metem com essas... 

 

— Anomalias! 

 

— Anomalias que acontecem com vocês! Então só vou te falar uma vez e quero que guarde isso sem me questionar! Não meta ele nisso! Senão, não será apenas Vindicta que estará atrás de você! 

 

Ele falava com seriedade, mas Rae teve a impressão de estar vendo um pai preocupado com um filho. Foi a primeira coisa que ela viu Snart agindo como um pai. 

 

— Me entendeu? 

 

Ela balançou a cabeça em concordância apavorada. Snart sorriu satisfeito e deu-lhe as costas com segurança de que Rae não fará nada com ele. 

 

— Essa é nova...



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