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História Anomalia - Capítulo 46 - De alguma forma, parte da verdade apareceu.


Escrita por: Duda_104

Notas do Autor


Voltei!!!!

Faz tempo que não escrevo aqui. Achei uma boa pq acho que esse capítulo vai ser mais... emocionante.

Boa leitura!!!

Capítulo 47 - Capítulo 46 - De alguma forma, parte da verdade apareceu.


— Nos respondam agora! — Alice levantou a voz para uma tonalidade mais severa. 

 

Katie e Luke os olharam com nervosismo. Alice chamou a atenção de quase toda a cafeteria. Jonas e Kim se olharam, percebendo que pediram para que seus pais não os pegassem na escola para ver uma Alice irritada. Iriam fazer os irmãos Queen abrirem a boca. O nervosismo na cara de Katie passou e tomou a mesma expressão que Alice. 

 

— Não somos obrigados a nada! 

 

— Fiquem calmos... Só te perguntei se queria jogar algo ou ficar com a gente — Luke aos olhos dos três se passou de inocente. 

 

— Ah, tem pôquer no espaço sideral? Ou tem uma sinuca virtual? — a loira de batom sempre cor de rosa, destacando seus lábios carnudos, não ligava se meio mundo podia ouvi-la. 

 

— Fale baixo! 

 

— BAIXO! 

 

— Chega, Alice! Você não está ajudando! — Kim falou seriamente. — Quem realmente são vocês? 

 

— Nós... Não podemos te falar! Já falamos isso... 

 

— Não vem com essa, Katie! — foi a vez de Jonas — Cara... Tem tanta coisa acontecendo... 

 

— Eu sei, Jonas! Essas... Coisas... 

 

— Não, Katie! Vocês dois não entendem! Não sabem que aconteceu com a gente! 

 

— Jonas, vai por mim, sabemos o que é passar por loucuras... — Luke também falava em uma calma. Mas aquilo só o irritou, fazendo-o bater mão contra a mesa deles, as canecas dando uma tremida, dizendo: 

 

— NÃO! VOCÊS NÃO SABEM! PAREM DE FALAR ISSO! 

 

Todos olharam para Jonas. Uma raiva subiu a cabeça de dele junto a sua sanidade. O indignava quando eles falavam isso. Jonas compreendeu que são filhos de um vigilante mascarado. Claro que iriam ver coisas impossíveis acontecerem. Mas a raiva é muita. 

 

— Jonas... 

 

— EU ESTOU FICANDO LOUCO! COMO POSSO CONFIAR EM VOCÊS? EU POSSO SER MORTO A FACADAS ENQUANTO DURMO... 

 

— Para Jonas! — Kim tentou impedi-lo. 

 

— QUEREM VER A MARCA NAS COSTAS? QUEREM VER? JÁ RECEBERAM UMA MARCA NAS COSTAS? 

 

— Para que está feio, Jonas! Todo mundo está olhando! — Alice empurrou Jonas para longe. 

 

— VOCÊS NÃO SABEM O QUE SENTIR MEDO! NÃO SABEM COMO É PENSAR SE PODE MORRER NA HORA SEGUINTE! 

 

Kim ajudou Alice. Jonas as empurrou e apontou o dedo aos dois irmãos. 

 

— NENHUM DE NÓS TEM UM PAPAI RICO, MILIONÁRIO E UM VIGILANTE... 

 

Alice tapou sua boca. 

 

Katie e Luke se entreolharam receosos. Se levantaram e caminharam para fora da cafeteria. 

 

— Vamos segui-los — disse Alice em voz baixa. Kim e Jonas a seguiram. 

 

Os dois irmãos andaram conversando apressados. Provavelmente temiam as anomalias que poderiam acontecer. Nenhum deles sorria, apesar de umas provocações de Luke sobre Katie. A raiva de Jonas diminuía a cada passo. 

 

Eles chegaram até um restaurante. Não estavam na mesma rua. Esconderam-se atrás de uma árvore e reconheceram Mick de longe. Ao lado, uma mulher loira. Supuseram que fosse outra alienígena. 

 

— Não dá para escutar nada daqui! — resmungou Alice. 

 

— É o máximo que dá! Como se algum de nós três tivesse super audição — Kim reclamou de volta. — Dá para escutar um pouco... 

 

Kim escutava apenas poucas palavras dali, não considerando o quanto que estavam longe. 

 

— Venham comigo... Ou melhor, fiquem aí até eu dar o sinal. 

 

Alice segurou as alças da mochila e correu para outra árvore mais próxima. Fez um sinal e Kim e Jonas a seguiram. 

 

— Quantas vezes vocês vão fugir dos seus pais? 

 

— Até eles concordarem com a gente! — Katie respondeu a Sara. — Eles querem que nós viremos as costas para a verdade... É assim que Jonas, Rae e Kim vão viver? Sem conhecer os pais? 

 

— Você fala como ele... Chega a ser irritante — murmurou Mick. 

 

— Quantos deles devem existir? — Alice perguntou em relação a eles. 

 

— Eles deviam entender isso! — resmungou Luke — Fala sério! Rip Hunter está bem na cidade onde Jonas está! 

 

Ele engasgou de susto. Kim bateu as costas do amigo e tapou sua boca para não tossir alto. 

 

— Vocês acham mesmo que ele acredita nisso? 

 

— Jonas ou Rip? 

 

— Os dois? — corrigiu Sara. — Como pode estar escrito em um relógio Rip Hunter? 

 

— Kim... — Jonas a chamou — Você... 

 

— Eu também ouvi — mesmo assim, Jonas achava estar louco ou sonhando. 

 

— Alice... 

 

— Eu não sou surda, querido! 

 

— O filho dele está vivo e ele não sabe... Eu não aguento drama! 

 

Um homem alto se aproximou deles. 

 

— Tem certeza de que está escrito Rip Hunter? 

 

— O que está escrito meu nome? — ele ouviu Mick perguntar. 

 

— Kim, Kim, Kim, Kim... — chamava Jonas cutucando seu braço nervoso. 

 

— Eu estou ouvindo, Jonas! Calma! 

 

— Se você falar o meu nome mais de duas vezes eu faço você não ter mais voz! — ameaçou Alice sem tirar os olhos da cena. 

 

— O que há com vocês? Por que não me responderam? — indagou Rip. 

 

— Nada. Besteira — mentiu Sara. 

 

— O que estão escondendo? Que coisa tem o meu nome? 

 

— Ele falou mesmo Rip Hunter? Será que a pronúncia do nome que está no relógio é diferente? 

 

— Jonas, se está escrito Rip Hunter, então a droga da pronúncia é Rip Hunter — murmurou Alice. — Cara... Não há quem possa enganar. É o seu pai. 

 

Jonas se encostou na árvore brevemente tonto. Kim o apoiou nela. 

 

— Jonas? Jonas... Não desmaia... 

 

— Não pode ser... Tão fácil assim? Não... 

 

— Foi isso o que ouvimos. Está claramente óbvio... 

 

— Por que teria algo escrito Rip Hunter? — Mick mentiu. 

 

Ele pegou seu relógio e leu o nome. 

 

— Kim... É o meu pai... 

 

— Mas como... Meu pai é um alienígena? 

 

— Você é um alienígena? — surgiu brilho nos olhos da loira. 

 

— Revelações... — falou Alice. 

 

— Me contem depois. Temos que voltar para a nave dos caras lá. — o homem chamado Rip Hunter olhou para seu copo com café. — Já bebi melhores... 

 

Enquanto caminhavam, ele jogou o copo no lixo e sumiram de vista. Jonas não tirou os olhos dele e tentou decorar cada detalhe. Ele correu em disparada para a lixeira e enfiou os braços nela. Dentre o lixo, apenas um copo de café. 

 

— Tem como fazer teste de DNA com isso? 

 

— Sim. Se eu fosse você, já logo! — Alice sorriu. 

 

Jonas olhou para Kim. 

 

— Ele é mesmo meu pai... 

 

— Rip Hunter não é um nome conhecido... 

 

Ele sorriu ainda mais. 

 

— E-Eu tenho que fazer isso. 

 

*** 

 

— Valeu por ter me pegado, Kelly — Rae agradeceu se aconchegando no banco de carona. 

 

— Não tem problema. 

 

O silêncio havia voltado. Com ele, teorias do porquê Snart ter falado aquilo com ela e o porquê de Joel ter mandado Kelly buscá-lo. O carro de polícia estava estacionado também em frente à casa. Se despediu de Kelly e andou hesitante. O que Joel estaria fazendo? 

 

Quando o carro de Kelly sumiu da rua, Rae estava prestes a abrir a porta, mas com o dom de Joel de nunca abaixar a voz enquanto está em uma briga nunca falha, parou e ouviu a discussão. 

 

— Por que você insistir em falar disso? Não vê que estou... 

 

— Eu também estou ocupada Joel. — ouviu os passos de Amanda andando até ele — Eu seu que está havendo algo estranho por aqui e não vou abrigar aquela garota nessa casa. Eu e Emilly iremos para outra cidade. Uma bem longe dessa. 

 

Rae não ouviu mais nada. A porta foi aberta e Joel a puxou para dentro. Os instintos dele devem ter ouvido seus passos. Ele fazia isso quando estava nervoso, os ué intrigou mais Rae. 

 

— Já falei que não a quero mais nessa casa... 

 

Quando Amanda viu o rosto de Rae, ela e Joel se calaram. Rae deixou a mochila ainda nas costas. Não queria que ninguém suspeitasse da escopeta que carregava. 

 

— O que pensa que está fazendo ouvindo... 

 

— Ouvindo que ela não me quer em casa — retrucou ela. 

 

Amanda, mesmo se mostrando abalada, resolveu falar logo a verdade. 

 

— Você acabou com todos os meus calmantes e mal para em casa. Francamente, eu sei que tem algo sobrenatural acontecendo. 

 

Os corvos saíram dos galhos da velha árvore em frente ao quintal, não sendo silenciosos. 

 

— E eu quero isso longe de mim e de Emilly! Quero ela longe! 

 

— Que jus você está fazendo a Samuel? 

 

— Samuel não está mais aqui! Samuel se importava mais com ela do que com a própria filha! 

 

— Você sabe que não é verdade! 

 

Rae olhou para as escadas com a grande vontade de subir e socar o travesseiro, depois usá-lo como conforto para chorar. Mas viu o perfil de Emilly ouvindo a briga. Ela subiu correndo de volta. 

 

— Como tem coragem de jogar ela para a rua? 

 

— Ela fica com você, Joel! Ela já tem um quarto lá, vocês dois já se entendem... 

 

— Isso é inadmissível... 

 

— Nós dois sabemos o que ela quer! 

 

Ela cerrou os punhos enluvados irritada. Odiava quando falavam por ela. 

 

— Samuel prefere que ela fique com você do que comigo! 

 

— Eu não vou ficar com ela! 

 

— Mas por quê? — perguntou Rae dessa vez — Eu ouvi você e meu pai falando sobre isso! Ele queria que você ficasse comigo! 

 

A atenção se volta para ela. 

 

— Você não gosta de mim como eu gosto de você? Se for isso, fala logo e pode tirar esse peso das suas costas. 

 

— Essa não é a questão, Raven. Eu não sou pai. 

 

— Eu não ligo para isso. Só queria morar com você. 

 

Joel levou a mão a testa, olhando para o chão enquanto deixa sua mão na cintura. 

 

— Rae, eu gosto de sua companhia. Mas eu não... Como posso dizer isso, não quero você 24 horas por dia comigo. 

 

— Eu também não. Você tem seu trabalho e eu fico o tempo inteiro no meu quarto. 

 

— Mas não vou fazer isso, Rae! Eu não tenho paciência para isso! — ele falou mais alto fixando seus olhos nela. Rae não teve coragem de falar nada, pois a perplexidade não a deixava. — Eu não te quero morando comigo! 

 

Rae se sentiu a garota mais idiota do mundo. É claro que ele não quer. Quantas vezes Joel deixou bem claro que a relação entre eles não é a esse ponto? Para Rae, ele era um pai para ela. Mas ela não pensou se ele a vê da mesma forma. 

 

— Já entendi! — murmurou irritada — Devia ter se esquecido disso... 

 

— Rae... 

 

— Tudo bem, Joel! Você não gosta de mim como filha! Podia ao menos ter falado antes..

 

— Eu não sou obrigado! E o que isso iria mudar? 

 

— Me faria parar de me iludir! — gritou Rae. 

 

— Eu não estou querendo brigar Raven — ele falava aquilo, ironicamente, gritando. 

 

— Você não faz ideia do tempo que perdi sonhando em isso acontecer! Você podia ao menos ter me falado... 

 

Seus olhos lacrimejaram. 

 

— Me deixe em paz, Joel. 

 

— Raven... 

 

— Pare de me chamar de Raven e saia daqui! Ninguém está te obrigando a fazer isso! 

 

— Não é que eu... 

 

Joel olhou Rae enxugar uma lágrima antes que esta caísse. Rae desviou seu olhar dele, mesmo sabendo que era perceptivo a sua tristeza. 

 

— Rae... 

 

— Saia daqui! 

 

Ele a encarou por um tempo e saiu batendo a porta. Rae correu para seu quarto com um grande aperto no coração. Por um minuto pensou se seu destino era não ter nenhum pai. Pensou nos seus pais biológicos e surgiu uma vontade de saber quem são, seguindo os passos de Kim e Jonas. Talvez revele muita coisa sobre ela e sua radiação. 

 

Ou não. Rae não sabia mais. Só queria pôr os fones de ouvido. 

 

*** 

 

Jonas acabou de comprar mais remédios para sua ansiedade. E precisava muito disso depois do que teve ontem. 

 

Era hoje que iria fazer o teste de DNA. Jonas pensava em inúmeras coisas. E sempre que pensava no seu pai, ele via o homem esguio, vinha um chiado e desaparecia. Seria mesmo algo comum de um proxy? 

 

Enquanto digeria seu sanduíche, ele pensava no que faria se der positivo. O que iria fazer? Contar? Poderia atrair mais anomalias e principalmente o Slender Man. Jonas sentiu medo de que ele fizesse algo. Ele nem sabe o que fazer para desproxyzar. Como deixar de ser um seguidor de um monstro que poucos sabem como é? 

 

Quando levantou o olhar, ele o viu de novo. O rosto curvado, as mãos não aparecendo por fontes dos braços longos. Os tentáculos aos poucos aparecendo. Jonas balançou a cabeça e ele desapareceu. Se perguntou se isso aconteceu com Ticcy-Toby também. 

 

— Não pode nem comer um sanduíche e continua parecendo estranho? 

 

Jonas olhou para Christopher, procurando algo que lhe agrade na geladeira. Em um dia normal Jonas retrucaria. Mas o nervosismo o impedia. Hannah foi até as gavetas de cima e Edward comia também. 

 

— Edward — era sim que Jonas o chamava. 

 

— O que foi garoto? 

 

— Você ainda tem os papéis da minha adoção? 

 

Os olhos severos observaram os tensos de Jonas. 

 

— Sim, mas não sei onde estão. 

 

— E... A minha mãe já chegou a saber algo sobre meus pais? Os biológicos? 

 

Edward olhou para Hannah e Christopher. Jonas percebeu uma troca de olhares diferente. Como se fosse um assunto delicado e eles compreendessem isso. 

 

— Você foi apenas encontrado no meio da estrada, Jonas. — Edward falou de um modo mais delicado.  

 

— Por que está curioso? — perguntou Hannah. 

 

— Só perguntando — ele deu de ombros. 

 

Como será que Katie e Luke se envolveram com isso? Será que eles conhecem sua mãe também? E os pais de Kim? Será que sabem também? Será que é por isso que estão aqui? 

 

Mandou mensagem para Kim e eles foram fazer o teste de DNA. 

 



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