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História Anomalia - Capítulo 47 - Pela primeira vez tenho vontade de abraçar


Escrita por: Duda_104

Capítulo 48 - Capítulo 47 - Pela primeira vez tenho vontade de abraçar


Kim e Jonas corriam a toda velocidade pela calçada. Jonas foi mais na frente por conta de ser menos sedentário do que ela. 

 

Após ligar para Katie e Luke se encontrarem com eles no mesmo local em que ouviram toda a conversa. Kim segurava os papéis nas mãos com extrema força para que não caíssem. Afinal, não queria deixar o teste que deu positivo cair. 

 

— Katie! Luke! — gritou Jonas, freando bruscamente na frente dos dois. 

 

Kim se encostou no poste arfando. 

 

— Tenho que mostrar uma coisa. Eu já sei. — Jonas sorria bobo. 

 

— Sabemos, Jonas. Nós... — Katie se assustou ao ver o estado dele. 

 

— Aqui. Cadê? — ele pegou os papéis das mãos de Kim — O cara chamado Rip Hunter! Peguei o copo dele e fiz o teste... 

 

— Você fez? — Luke perguntou surpreso. 

 

— Sim. Fiz hoje. Deu positivo. 

 

Os dois irmãos se entreolharam e começaram a rir. Jonas e Kim os olharam surpresos. 

 

— Eu estou falando sério! 

 

— Não, não... — Katie falou entre risadas — Acreditamos... Em você... 

 

— Isso não está acontecendo. Katie... — Luke tocou na garganta. — Será que... 

 

— Tome cuidado! — alertou Katie — Mas por quê? Ela simplesmente nos livrou do feitiço? 

 

— Não faz sentido! 

 

— Do que vocês... 

 

Katie abraçou Jonas. Luke fez o mesmo com Kim, mesmo esta estando suada. 

 

— Graças a Deus! Kim, você está a salvo! 

 

Katie olhou de lado para seu irmão estranhando aquela fala. 

 

— O que vocês... 

 

Luke segurou seus ombros e aproximou seus rostos. 

 

— Tudo vai ficar bem, Kim. Vocês vão ver seus pais. Kara vai ficar tão feliz... 

 

— Primeiro, nós dois estamos muitos... — Kim gesticulou com a mão. 

 

— Ah, desculpe! 

 

— E segundo, do que estão... 

 

— Conhecemos seus pais, de todos vocês. Eles são heróis e... 

 

Uma dor na garganta lhe veio. Luke parou de falar e Katie tocou no seu ombro. 

 

— Eles... 

 

— Luke, para! Agora não! 

 

— COMO ASSIM AGORA NÃO? 

 

— NÃO GRITA NO MEU OUVIDO! 

 

Jonas e Kim se afastaram deles. 

 

— A Vindicta... 

 

— Pare, Luke! 

 

— O que tem a Vindicta? — Kim perguntou cautelosa, pegando no braço de Jonas caso precisassem correr. 

 

— Ela fez uma coisa com a gente... — Katie disse tentando ser cautelosa ao máximo. — Escutem, o seguimos atrasar Warewiver e Rip está bem furioso! 

 

— Rip Hunter? 

 

— Sim. Ele... 

 

— Ah meu Deus — Jonas olhou para Kim incrédulo — Kim, eu sou um alien! 

 

— Não! Ela é que é! — disse Katie, apontando para Kim. 

 

— Eu? — a loira questionou. 

 

A discussão os impedia de perceberem um homem se aproximando deles. 

 

— Como assim eu sou alienígena? Meus pais são? 

 

— O que se passa na cabeça de vocês? — o homem estava furioso. Jonas e Kim ficaram perplexos, pois as roupas e a voz eram semelhantes da que viram ontem. — Sara me falou o que vocês estão tramando! 

 

— Nós... 

 

— Quem pensam que são para mexerem com o meu passado? — Rip não deixou Katie falar. 

 

— Isso parece impossível, mas esse... 

 

— O que deu em vocês para fazerem isso? 

 

— Seu filho está vivo? Bem, na verdade nos achávamos que Rae e Kim estavam vivas, mas Jonas também estava... 

 

— Jonas está morto! Como podem pensar que um garoto qualquer que se chama Jonas é o meu filho? 

 

— Por que contamos tudo a Sara mesmo? — Luke perguntou a Katie. 

 

— Contaram tudo sobre nós a eles? — Kim ficou ainda mais perplexa. 

 

— Vê se entendam uma coisa: o meu filho não tem 14 anos, ele teria mais, ele não mora nessa cidade e ele não é um autista! 

 

Kim olhou para Jonas e decifrou seu olhar nervoso. 

 

— É apenas um desses garotos que não sabem o que quer da vida! 

 

— Rip, vai com calma! — Katie olhou de soslaio para Jonas — Jonas... 

 

— Como posso ficar calmo se atrasaram nossa viagem? Ainda mais investigando meu passado? — ele suspirou — Eu mesmo vi meu filho morrer. E você estão me dizendo que um garoto perdido qualquer é meu filho? 

 

— Você nem o conhece! 

 

— Essa é a definição para os jovens dessa época. E pelo que Sara me falou, é a definição dele. Para a minha nave! Agora! 

 

Jonas não sabia o que sentir. Ele deu um passo à frente, reunindo coragem para falar, apesar da vergonha que sentia. 

 

— Ei, Rip Hunter! 

 

Todos voltaram seus olhos para Jonas. Suas mãos suavam sob os papéis que estava com medo de deixa-los indecifráveis por causa do suor. 

 

Jonas abriu a boca para falar, mas um chiado chegou a ele e sua visão falhou, aparecendo uma tela branca de estática. Slender Man. Ele mexia com sua cabeça de novo. Kim segurou seu braço com medo dele desmaiar. Jonas olhou ao redor e achou, ao lado da árvore onde ele, Kim e Alice descobriram o pai de Jonas. Slender Man o observava. Ele se teleportou, mudando para Ticcy-Toby. Ele fez um sinal de silêncio. Os pelos no corpo de Jonas — todos eles — eriçaram com um medo incontrolável. Kim o balançou. 

 

— Qual é o problema dele? — perguntou Rip. 

 

— E-Ele apareceu — Jonas olhou para Kim. Ela soube pelo olhar dele quem era. 

 

— Aqui! Esse é Jonas! — Luke o puxou. 

 

Rip suspirou profundamente. 

 

— Nós não temos tempo para isso! 

 

— Mas é... 

 

— Olha garoto, eu não sei o que você está tramando, mas posso garantir que você não é meu filho. 

 

— Mas... 

 

— Não somos parecidos e não estou afim de saber. 

 

— Rip... — Katie mal acreditava naquilo. 

 

— Eu não sou pai, Katie! E não serei mais! 

 

Ele não conseguiu falar mais nada. Rip mal o olhava. Jonas tentava acreditar que aquele era mesmo seu pai e o quanto que ele era receptivo. Jonas olhou para Luke negou com a cabeça. Kim o olhou seriamente e fez um sinal com a garganta, indicando uma morte não muito boa. 

 

— Eu tenho absoluta certeza de que esse não é meu filho! Vamos logo! 

 

Katie e Luke olharam para Jonas e este negou com a cabeça. Resolveram não questionar, pois o olhar deles indica mais do que nervosismo. 

 

— Ele e Ticcy-Toby apareceram. 

 

— Jonas... 

 

— Esquece isso, Kim! 

 

— Você não quer falar com ele por causa disso mesmo? — ela o pegou de surpresa. 

 

— Ele... Mal me olhava na cara. Viu o desprezo dele. 

 

Ela não conseguia falar algo. 

— Eu não quero falar disso! 

 

Ele pegou sua mão e correram, antes que seu amigo proxy aparecesse novamente. 

 

*** 

 

— Por que não posso ir para sua casa? Você não disse que iria sair? — Rae perguntou com desdém. 

 

— Seu tio pediu para te pegar — Amanda usava o mesmo tom. 

 

Rae afastou seu rosto de sua mão, com o cotovelo apoiado na janela do carro, e a olhou. 

 

— Por que? 

 

— Ele só me disse isso, Rae! — disse mais firme sem o interesse de olhá-la. 

 

Voltou sua atenção para fora do carro. Talvez tenha sido mais intrigante se tivesse ido com Kim e Jonas conhecer o suposto pai de Jonas. Mas Joel não iria deixar. Até com Michael, com quem mal falou com ela hoje de manhã, seria melhor. Mas não queria ficar entre ele e Audrey. 

 

Saiu do carro e observou a casa de tamanho médio. As paredes de madeira escura, uma cadeira ao lado da casa, em frente a uma fogueira apagada. Ele gostava de se sentar ali, observar as estrelas com sua escopeta ao lado, digerindo uma garrafa de cerveja ou carne. Luas cheias são uma exceção. Rae pensou em como sua vida seria assim. Talvez fosse mais complicado viver com um adulto lobisomem. Mas a vida de qualquer um já é complicada. Especialmente a dela. Rae agora compreende que ele prefere viver sozinho, como um verdadeiro lobo mau. 

 

O carro de Amanda sumiu. Atrás, Emilly olhava para a casa encolhida. Ela sentia um grande medo daquele lugar e de Joel. 

 

Rae andou até a porta de entrada. A caminhonete precisando ter um concerto, e o carro de polícia com alguns arranhões e sujo. Joel não sabe ser delicado com suas coisas, especialmente com sua super força de lobisomens. 

 

Bateu a porta e Kelly a abriu. Joel apareceu em seguida e a mandou entrar. Rae jogou sua mochila no sofá, aliviada por ter escondido bem a escopeta. Kelly foi para a cozinha discretamente. 

 

— O que estão fazendo? 

 

— Ela está me ajudando com alguns relatórios. Vai pegando as escopetas no meu armário. 

 

— Você tem escopetas no seu armário? — Kelly indagou lentamente. — Por que não me surpreendi? 

 

— Ficam atrás do armário — Joel apoiou suas mãos na mesa, orlando para os papéis e pegou um em especial. — Para casos de emergência. 

 

— O.k... — Kelly balançou a cabeça querendo não questionar mais, apenas beber sua água e apreciar a cena. 

 

Rae caminhou até o corredor, mas Joel girou seu corpo e se apoiou na mesa. 

 

— Antes eu quero fazer um acordo. 

 

Ela virou-se para ele. 

 

— Você... — Joel olhou para Kelly e ela ergueu as sobrancelhas. — Você quer mesmo... Que eu... Te adote? 

 

Rae não sabia mais. 

 

— Não. Não precisa. 

 

— Mas antes você queria. 

 

— Agora não mais... 

 

— Não pense em mim, Rae. 

 

— Eu não... 

 

— Responda por você, não por mim. Você quer ou não? — ele pôs fim naquela discussão. 

 

— Sim, talvez. — ela deu de ombros nervoso. — Mas você não é obrigado. 

 

— É, eu sei. — ele levantou seu olhar. — Com algumas condições. 

 

A garota franziu a testa. Joel pegou um papel e a encarou. 

 

— Em dias de semana o máximo que deve ficar acordada é até dez horas. Final de semana você me ajuda na lenha e você mesma arruma seu quarto. — ele falava coisas sem sentido. Segundos depois Rae conseguiu entender, mas não sabia se era verdade. 

 

Rae se aproximou dele e Joel estendeu o papel. 

 

— Eu já assinei os papéis da sua adoção. Acho que dá para você fazer seu quarto no quarto de hóspedes. Só não sei se é um bom lugar pois aqui é mais próximo da floresta... 

 

— Você está falando sério? — Rae pegou os papéis. 

 

— Não, Rae. É uma pegadinha. Olha a minha cara rindo. — Joel sorria sem emoção com seu típico humor. — Se você mudar de ideia, é só... 

 

— Por que fez isso? — ela segurou as lágrimas. 

 

— Porque eu preciso de alguém para aturar cada dia da minha vida. Especialmente alguém que, não sei como, se contenta com a minha companhia. 

 

Joel sorriu sem amostrar os dentes. Se desencostou e gesticulou com as mãos. 

 

— Mas eu não vou fazer a comida... 

 

Rae se jogou em seus braços. Joel parou de falar e pôde sentir as lágrimas saindo. Ela se afastou e afinou a voz. A última vez que Joel a viu tão animada e emocionado foi quando ganhou o caderno do Death Note de Samuel, onde escreve suas frases aleatórias. 

 

— Ah, eu não acredito! Obrigada, obrigada, obrigada... 

 

Ela o abraçou de novo. Joel tentou afasta-la de um modo que não soasse tão ranzinza. 

 

— O.k., já entendi! Eu vou te adotar mas com algumas regras! Você vai me ajudar na comida e em fazer seu quarto! Eu vou te ensinar a cortar lenha e não quero ouvir você resmungando que o machado é grande demais ou que não consegue! E se for sair para algum lugar, você me avisa e só sai se eu deixar... 

 

Rae persistia no abraço. 

 

— Você nem está me ouvindo! 

 

— Ajudar na comida, no quarto e na lenha! Entendi! 

 

— O.k., é a sua vez de assinar! — avisou Joel. Rae continuou olhando-o com um grande sorriso no rosto. — Rae? 

 

— Você quer mesmo isso? 

 

— Quantas vezes tenho que falar? 

 

Pela terceira vez, Rae o abraçou. 

 

— Obrigada Joel! — disse. 

 

Kelly apareceu no seu campo de visão e fez um sinal para que a abraçasse de volta. Ele assim o fez. Rae não o soltava por nada, o que fez Joel ficar surpreso. Sabia que ficaria feliz, mas não que ficasse animada com a ideia. 

 

— Me dá uma caneta! 

 

— Está no meu quarto... 

 

Rae correu até o corredor, mas voltou o corpo para Joel, deslizando sobre o piso e correndo de volta para ele o abraçando de novo. Ela não é de dar abraços, mas era inevitável naquela hora. Joel bufou e a empurrou. 

 

— Chega, chega! Vai logo! Está me fazendo mudar de ideia... 

 

— Obrigada Joel! 

 

— Você já foi isso... 

 

A garota há poucos minutos com o mínimo de interesse agora estava feliz e esperando a hora de arrumar o seu quarto. 

 

Kelly se aproximou dele, vendo Joel sorrir automaticamente. 

 

— Eu te disse que ela ficaria mais feliz do que o normal. 

 

— Foi mesmo uma boa ideia, Kelly? Ela morar aqui comigo? 

 

— Até eu me cansei disso... — ela revirou os olhos. — Ela vai estar segura e feliz com você! — disse dando ênfase no e feliz. — Vocês dois são o contraste um do outro. Ela pelo menos é mais gentil... 

 

— Sei... 

 

Ela segurou seus ombros. 

 

— Eu estou feliz por você! 

 

Joel segurou sua cintura e a puxou, suas bocas encostando uma na outra. Os passos apressados denunciaram Rae e os dois logo se afastaram. Mas a garota já havia visto tudo. 

 

— Quando vai pedir ela em namoro? — ela continuava animada. 

 

— Não me faça mudar de ideia... 

 

Rae riu. 

 

— Aqui! Já assinei! Quando pego minhas coisas? — Rae mostrou o melhor sorriso que tinha. 

 

— Amanhã. E cadê as escopetas? 

 

As feições dela mudaram. 

 

— Você ainda vai ter treinamento! Anda logo! 

 

Mesmo assim, Rae sorria. 

 

 



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