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História Anomalia - Capítulo 49 - Um encontro inesperado em um lugar esperado


Escrita por: Duda_104

Capítulo 50 - Capítulo 49 - Um encontro inesperado em um lugar esperado


Rae não sentia nada a sua volta ter contato com a superfície. Apenas camadas finas ao redor de seu abdômen. Se lembrava de estar pondo pôsteres no seu novo quarto com a ajuda de Joel, até que este ouviu um barulho do lado de fora e seu inconsciente fez efeito. 

 

Depois de segundos de ter aberto os olhos e ter a consciência de que não era um sonho, percebeu que não estava mesmo em contato com o chão. E sim há muitos metros distante dele. Olhou para cima, ao céu nublado e sem vestígios de luz lunar. Cinco cordas a seguravam no ar. Após mais segundos entendendo onde estava, o pânico a tomou. 

 

Rae se debateu no ar e começou a gritar. Como ela foi parar ali e onde estava? Claramente foi a Vindicta, mas qual era o seu intuito de colocá-la em um precipício? O ar frio saía do fundo dele, vindo do breu abaixo. Começou a gritar o nome de Joel mesmo sabendo que este não poderia salvá-la. Seus pulsos doíam por conta da corda neles. Duas delas estavam nos seus pulsos. Uma no seu abdômen e as duas últimas nos pés. Rae olhou para os dois lados e Kim e Jonas já estavam no mesmo estado que ela. Atordoados. 

 

Os três tinham as cordas nas mesmas regiões. Como se fossem fantoches. 

 

— Onde estamos? 

 

— Você pergunta para nós? — Jonas olhou para Kim do outro lado. Jonas estava entre as duas. Sua cabeça girou para a direita — Rae... 

 

— E-Essas cordas são resistentes? 

 

— São sim! 

 

Não era uma voz tão grossa. Apenas um pouco com uma mistura de horror. Uma aura preta se juntou na frente dos três e a forma de uma mulher foi projetada. Seu rosto era indecifrável. Apenas um formato oval, sem nariz, e olhos com uma luz branca e brilhante. Seu cabelo preto esvoaçava pelo vento. Seu vestido preto fazia uma junção as sombras, de modo que não pudessem ver seus pés. 

 

A boca era mais assustadora. Não tinha lábios. Todos os dentes estavam amostra, alinhados como um sorriso. Rae, Kim e Jonas podem garantir que é mais assustador do que parece. A carne podre ao redor dos dentes era visível, com uma certa inflamação. 

 

— Eu escolho Deus — murmurou Kim. 

 

— Vocês vão dar suas vidas para me ajudar! — não foi em um tom doce. Foi em um tom sério como se quisesse dar um aviso. 

 

— N-Nós não... N-Nós... — Jonas gaguejava. Era apenas uma simples noite no seu quarto, jogando videogame e pensando sobre seu pai. 

 

— Todos vocês irão me ajudar — Vindicta falou de repente — Vocês vão me ajudar? 

 

Ninguém respondeu. 

 

— Vocês vão me ajudar — ela afirmou. O trio se entreolhou desconfiados. — Vocês vão dar suas vidas para trazer meu irmão de volta. 

 

Ela sobrevoou para mais perto deles. 

 

— O que você quer? — Rae foi mais firme. 

 

Os três sentiram as cordas suspenderem eles. 

 

— Uou, uou, o que você... — Kim se segurou o máximo que podia. — Não, não... NOS SOLTA! 

 

Ela começou a se debater. Jonas e Rae a olharam com medo. 

 

— Kim... 

 

— ME SOLTA! ME SOLTA! 

 

— Kim! — Rae tentou de novo — Nós não vamos cair! 

 

— EU NÃO QUERO MORRER ASSIM! NÃO! 

 

— KIM! — Jonas gritou ao ver a garota com um grande desespero. 

 

Foi aí que Kim quase teve um infarte. As cordas pareciam terem se soltado e eles caíram. Nenhum deles gritou mais do que Kim. Eles caíram 10 metros até que as cordas ficaram eretas de novo. Rae grunhiu de dor ao sentir a pressão e a parada brusca. 

 

— Calem a boca e me escutem — Vindicta foi mais séria — Vocês já estão descobrindo a verdade... Ah, como é bom mexer com a cabeça de vocês. Acham que eu não dou um tempo da minha noite e vejo cada um de vocês demorando para dormir? 

 

Rae só queria que aquela mulher, se é que pode ser chamada de mulher, sumisse. Só queria parar de olhar para ela e o seu sorriso. Mas temia que se não lhe desse sua devida atenção, cairia de novo e as cordas não iriam os segurar. Rae já sentia a ardência nas regiões onde as cordas a prendiam. 

 

— Jonas, tome cuidado. Em breve terá que comprar mais remédios. — ela não emitia nenhuma emoção ou cinismo — Eu quero vocês saudáveis fisicamente. Mas mentalmente, é bom ver a mente bagunçada de vocês. Medo, pânico, horror... É disso o que preciso. — Vindicta se aproximou mais — Como é sentir que não há saída? Deve ser horrível saber que ninguém os farão se sentir seguros novamente... Preciso vocês no topo da sanidade. 

 

— V-Você quer... Que nós fiquemos loucos? — Jonas conseguiu finamente dizer. 

 

— Bom menino, Jonas. Bom menino. Mas não quero que esse seu relógio te atrapalhe — ela avisou. 

 

— Por quê? 

 

Vindicta parecia cada vez mais furiosa. 

 

— Se vocês continuarem a investigação, essa corda não irá pendurá-los mais. Se continuarem com a curiosidade para saberem mais sobre seu passado, menos um membro por hora. Se vocês continuarem tendo contato com os viajantes do tempo, menos um órgão a cada dia. E se acharem bom que não os matarei, matarei os que estão ao seu redor. 

 

Kim de repente não ligava mais para a altura. 

 

— Eu preciso de vocês no limite. — falou. Sua cabeça inclinou, fazendo Jonas se lembrar de Ticcy-Toby — Vocês são meus amigos? 

 

O trio se entreolhou de novo. 

 

— Vocês são minhas cobaias? — ela repetiu de modo mais grave. Sua cabeça voltou ao normal. — Vocês serão minhas cobaias! 

 

Após os olhos dela se encherem de fúria, trazendo uma imagem aterrorizante, os corpos de Rae, Kim e Jonas caíram. Eles gritaram até não verem mais as nuvens nubladas. 

 

Rae sentiu milhares de galhos baterem nela. Junto de pingos de chuva e folhas de pinheiros. As cordas a seguraram de novo e ela, em vez de sentir a dor da ação brusca, levitou no ar e seu corpo se suspendeu automaticamente. Ela ficou pendurada pela corda. Seus olhos se acostumaram com a escuridão da floresta e olhou ao redor. Ouviu as vozes de dor de Kim e Jonas não muito longe dela. Rae olhou para cima. Os pingos de chuva caíam entre os pinheiros. Alguns cortes extremamente finos estava, no seu rosto. As cordas se soltaram e ela caiu. O mesmo foi para Jonas e Kim. 

 

— Rae! — identificou a voz de Kim chegando até ela. 

 

Kim e Jonas pegaram cada braço de Rae e a ergueram. Foram para uma área mais afastada dos pinheiros, vislumbrando melhor a chuva. 

 

— Estamos de volta! No Vale dos Lobos! — afirmou Rae desconcentrada. Eles ficaram debaixo de um pinheiro. 

 

— Devia ter doído mais... Quando caímos e ficamos pendurados, a parada brusca devia ter doído mais... 

 

— Nós vamos morrer... — murmurou Jonas. 

 

— Jonas calma! 

 

— Nós vamos morrer! Nós vamos morrer! Nós vamos... — Kim tapou a sua boca. 

 

— Não vamos morrer, está bem? 

 

— É isso o que ela quer — não só Jonas estava com a voz trêmula. Ele as olhou — E-Ela quer tirar nossa sanidade... Por que isso? 

 

— Um Bunishe! — Kim falou. 

 

— Saúde — a garota fria desejou. 

 

— Não, um Bunishe! Um tipo de feitiço que é usado a base das condições humanas. 

 

— Como você... 

 

— Eu li em alguns livros de Joel — a loira interrompeu-a — Chegando a nossa sanidade é como se estivéssemos mais sensíveis... 

 

— E quanto mais sensíveis estivermos... — Rae entrou na sua linha de raciocínio. 

 

— Mais fácil e prático será quando ela nos usar para ressuscitar o irmão. — completou. — Por isso que ela não nos matou ainda, Rae. Estamos no jogo dela. Ela deve ter, eu não sei, conjurado aqueles assassinos... 

 

— Não pode ser, Kim! Aquelas coisas não podem estar com a Vindicta! 

 

— E você acredita? — Kim olhou para Jonas. 

 

— Mas é suspeito — murmurou Rae olhando para frente — Eu não sei, tem algo estranho nisso. 

 

Kim os contou quando o Mascarado e o palhaço a pegaram. 

 

— Quando você foi pega, você sentiu um... Cheiro estranho? — a pergunta deixou Jonas e Kim confusos. 

 

— Por que? 

 

— Tinham ou não? 

 

— Sim — respondeu ela — Não sei se foi impressão minha ou não, mas ele tinham cheiro de naftalina. 

 

— Qual? 

 

— O que tem a máscara branca do Brandon James. — especificou. 

 

— Ghostface! — Jonas falou concentrado — Foi o nome que Owen deu a ele. 

 

— Qualquer feitiço ou ilusão que uma bruxa ter feito, Joel me disse que é praticamente impossível eles terem cheiro, hálito ou para bruxos experientes sangrar. Vindicta é de nível ômega. 

 

— Eles não são obra da Vindicta — concluiu Jonas. — Temos três tipos diferentes de ameaça. Vindicta, os assassinos e lendas urbanas. São mais de 10 coisas atrás de nós. 

 

— Ei, Jonas! — Rae atraiu sua atenção e pegou sua mão. Virou seu rosto para ela e continuou com clareza — Vamos sair daqui, o.k.? 

 

— De que adianta? — ele gritou. — Eu estou enlouquecendo... 

 

A loira do seu lado cobriu o rosto derramando as lágrimas. Rae também derramou as suas e abraçou Jonas. Este puxou Kim para um abraço e eles ficaram ali até a chuva acabar. Um confortava das lágrimas do outro. 

 

A chuva cessou e o que predomina são pequenos pingos. A visão dos três estava mais visível para que possam ter uma ideia para onde seguir. Não tinham sinal dali. Os raios pararam mas de vez em quando surgiam trovões e relâmpagos entre as nuvens. O trio andou cauteloso. Nenhum deles sabia ao certo onde estavam. 

 

Um tempo depois andando, eles chegavam em áreas familiares. Rae reconheceu o pequeno morro onde ela e Nick ficaram. Em pouco tempo estariam próximos o suficiente da civilização. Pegaram galhos para o caso de se defenderem. 

 

Uivos vindo de quilômetros distante deles foram ouvidos. O trio se entreolhou e ouviram milhares. Barulhos nas árvores começaram. Eles olharam ao redor tremendo de frio. 

 

— Corre — mandou Kim. — Apenas corre. 

 

Os três correram para o lado direito do morro. 

 

Quando passavam por uma árvore mais baixa, da qual indicava que estavam mais próximos de Bakerville, o relógio de Jonas esfriou no bolso o avisando que de algo aconteceria. Uma figura saiu de trás desta e estava prestes a acertar Rae. Pelos milésimos de segundo Jonas viu o morcego. 

 

Jonas, um segundo antes dele aparecer e Rae gritar, agarrou seu braço e a puxou em um reflexo. O morcego acertou o ar na frente deles. Seguiram para outra direção em gritos. Do outro lado estava o porco. Atrás, o coelho. Na frente, estava livre. Jonas pegou as duas e correu. O palhaço apareceu e conseguiram desviar. 

 

— Eles não estão se esforçando — gritou Kim — Eles podiam terem nos pegado! Eles vão nos pegar... 

 

— Tem uma cabana aqui perto! — avisou Rae também gritando. 

 

Kim gritou quando caiu por causa de um puxão pelo seu cabelo. Jonas e Rae frearam bruscamente a tempo de ver Kim no chão sendo puxada pelo cabelo pelo assassino. Bateu o galho contra ele e, pelo som, foi mais forte do que o esperado. Jonas e Rae travam uma batalha dentro deles escolhendo se a ajudavam ou se se salvam. 

 

— ME AJUDEM! 

 

O desespero era grande, mas os dois foram. Outro assassino apareceu, com a máscara de Morcego, e puxou Kim a tempo e tapou sua boca. Jogou-a contra a árvore com força. Rae sentiu agonia ao perceber que bateu a cabeça forte demais. 

 

Ele socou Rae com força. Jonas ajudou Kim a se levantar. O Morcego assassino desferia socos em Rae. Ergueu a faca contra ela. Rae pegou um punhado de terra e folhas e jogou nele. Ele deu um leve golpe com a faca no ombro de Rae antes que Jonas o acertasse com o galho de Kim. 

 

Rae gritou desesperadamente. Kim andou até ela atordoada erguendo seu corpo. Rae ficou em prantos até irem até a cabana. Ninguém sabe ao certo a história daquela cabana, o que resultou em inúmeras histórias em relação a ela. Entraram e se depararam com o ar preso dentro. Kim abriu uma das janelas trazendo ar frio ao cômodo. Mesas e cadeiras eram os únicos móveis, além de ferramentas em cima. Jonas puxou uma das cadeira e a pôs contra a porta. Rae se deixou cair e tocou no ombro. Kim fez o mesmo se sentindo tonta. 

 

— Pressiona... O ferimento... — instruiu tonta, incapaz de completar tal ação. 

 

Jonas o fez pegando sua meia. 

 

— Aguenta firme, Rae! Foi apenas o ombro! — reconfortou Jonas. 

 

Kim recobrou a consciência e pegou seu celular. Ligou para Joel sem sucesso. 

 

Passos soaram sobre as folhas ressecadas. Jonas ajudou Rae se sentar em uma cadeira. As janelas eram tapadas pelas persianas. 

 

Os passos ficaram maiores e circulavam a casa, checando o perímetro. Jonas e Kim se olharam tensos. Depois que fizeram o perímetro, fizeram uma tentativa falha de abrir a porta. Rae secou as lágrimas. 

 

O celular de Kim tocou. Eles se olhavam sabendo o que fazer. Kim ousou em atender ao desconhecido. 

 

— Olá Kim! — cumprimentou o Ghostface — Foi bom o encontro com a Vindicta? 

 

— O que vocês querem? 

 

— Ah, Kim! Você é bem inteligente! Sim, eu poderia estar ao lado dela! Mas é divertido vê-los aterrorizados! 

 

— Por que estão fazendo isso? — Jonas pegou o celular dela e fez essa pergunta — Por que não nos mata logo? 

 

— Por causa da Vindicta! — exclamou Kim. 

 

— Sim, Kim! Ela os querem vivos! Mas estamos querendo abrir uma exceção para um de vocês! São essenciais para trazer seu irmão de volta ao mundo! Mas... São essenciais para trazerem um amigo nosso também! Por mais que sejam apenas crianças! 

 

— Nos deixem em paz! — gritou Kim, roubado o celular de volta — Qual é o problema de vocês? Nós não queremos morrer! 

 

— Kim... — Jonas tentou acalma-la. 

 

— Vocês não vão vencer, entenderam! Vocês não vão vencer! 

 

— Até mais, crianças! — o Ghostface finalizou com sua voz sombria e meio robótica por causa da ligação. 

 

Algo foi deslizando pelo vidro velho e sujo e depois foi batendo levemente. Eles permanceram onde estavam, mas as batidas continuaram por mais tempo. Se rendendo, Kim disse: 

 

— Eles querem que a gente veja. 

 

Jonas engoliu em seco. Rae deitou sua cabeça no ombro dele. 

 

Kim puxou a persiana tremendo. Afastada da janela, elas subiram e mostraram eles. Todos eles. O Ghostface batia sua pequena faca contra o vidro. Killer Bunny e Killer Bat na direita. Os outros dois na esquerda. Havia sangue na janela. 

 

Eles viraram a cabeça, ouvindo os uivos se aproximando. O trio estava hipnotizado e traumatizado demais para se tocarem, especialmente Rae, que a Alcateia estava vindo.



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