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História Anomalia - Capítulo 50 - O falso kit de mágica de Kim


Escrita por: Duda_104

Notas do Autor


Boa leitura

Capítulo 51 - Capítulo 50 - O falso kit de mágica de Kim


— Raven Woods! — o homem admirou a garota que via, assim que o trio saiu da cabana. 

 

Kim conseguiu tapar a hemorragia temporariamente. Ao redor deles, sete lobisomens os rodeavam... Homens e mulheres com ótimo porte físico e cara de poucos amigos na forma humana. O homem se aproximou deles. Preto dos pés à cabeça, mas uma jaqueta mais fina do que a de Rae. Uma tatuagem de uma coisa preta estava na mandíbula. O cabelo preto amparado é uma cicatriz no canto direito do rosto, ao contrário da tatuagem. 

 

— Você cresceu! — ele afirmou admirado ao parar na frente do trio. 

 

— Quem é ele? — sussurrou Kim para Rae, apoiada nela e em Jonas. 

 

— A Alcateia... 

 

— Eu ainda me lembro do seu tio, Rae! — disse — Como é que anda aquele guarda florestal ranzinza! Ah, e parabéns pelo seu novo papai! 

 

— Só queremos sair daqui... — a voz da garota está rouca. 

 

— É, estão precisando de uma ajudinha — ele percebeu o estado dos três amigos. — Quem são esses? 

 

— M-Meu nome é K-Kim... 

 

— Não tem que responder! — cortou Rae. 

 

— Você é o líder da Alcateia? — perguntou Jonas. 

 

O homem riu. 

 

— Ah, não garoto! — ele foi para a direita — Esse aqui é o líder! — deu ênfase no "o". 

 

Uma mulher apareceu. Sua beleza era exuberante, mas tampouco os três ficaram prestando atenção nos cabelos loiros escuros e olhos pretos. Seu olhar era amedrontador, não havia sorriso nela e haviam mais marcas do que no homem na bochecha direita. 

 

— Amanda, ele perguntou por você! — falou o homem achando graça da situação. 

 

Amanda sorriu. 

 

— Quero ver seu tio, Raven! 

 

— Ele não está comigo... 

 

— Dane-se! Estou vendo que ele não está com você! — ela falou calma — Joel está me devendo uma coisas, e eu quero saber onde ele está! 

 

Uma criatura apareceu em meio às árvores. Para Jonas e Kim, era difícil distinguirem quem era Joel. Mas Rae já viu a familiaridade nos pelos mais claros. 

 

Alguns lobisomens o interceptaram antes que chegasse em Amanda. 

 

— Deixem ele! — ordenou ela. 

 

Joel se aproximou do trio e acenou com a cabeça. Pôs no chão uma pequena caixa de madeira. Jonas a abriu e leu o papel escrito por ele, avisando que Kelly estava em um carro há poucos metros dali. 

 

— Mas e você? — Rae tentou questionar. 

 

— Seu ombro está sangrando, Rae. Ele vai ficar bem — alertou a loira a puxando para longe. 

 

Antes de desaparecerem nas árvores, Rae olhou para trás e viu Amanda tomando sua forma e Joel parando na sua frente. 

 

*** 

 

Cinco dias se passaram, em que Kelly cuidou do ombro de Rae e Kim e Jonas descobriram que a máquina de Alice desapareceu de repente. 

 

Joel esclareceu a relação perturbadora dele com a Alcateia. Coisas que Rae não quis especificar muito a Jonas e Kim. Ela tentava entender como as coisas chegaram a esse ponto. Tentou esfriar a cabeça, por incrível que pareça, na escola, coisa que fazia bem ao olhar para Mike. 

 

A extrema proximidade entre os dois denunciava um clima diferente entre eles. 

 

Rae percebia isso de longe e tentava desviar o olhar e fingir que não estavam ali trocando juras de amor. O sorriso de Michael era aberto e alegre, do jeito que ela gosta de ver nele. Um sorriso sincero e que está demostrando a sua alegria. 

 

Suas mãos envolviam a cintura de Audrey. Rae não podia estar mais feliz por ele, apesar das desconfianças. Nunca soube como é ter esse tipo de sentimento por alguém. Pelo que ouvia é "mágico, indescritível e a melhor coisa do mundo"... Isto quando o amor é correspondido. Por isso Rae acredita que a definição do amor dela, e de muitas outras pessoas, é "doloroso, pura ilusão e não correspondido". 

 

Sim, ontem de noite, depois que ela e Joel zoavam dois reality shows, Rae se deitou e Michael a puxou para uma conversa, sendo começada pela educação física e o quanto que Rae não gostava. Algo nela se mexia cada vez que lia uma mensagem dele. E sim, ela acredita que algo mais está surgindo. 

 

— Eu sabia! — comemorou Sue vitoriosa — Você ama... 

 

— Fale baixo! Não, eu não o amo. Só disse que... — Rae passou a mão na nuca tensa — Eu tenho uma queda. Bem pequena. 

 

Sue sorriu divertida. 

 

— Cuidado! — ela avisou, batendo nas suas costas de leve — Vai ficar pior, Rae. Vai ficar muito pior. 

 

— Valeu pela sinceridade! 

 

Ela seguiu para o banheiro feminino. Rae bufou e voltou-se para seu armário. Ela já viu isso acontecer na TV. Todo mundo tem uma queda besta por alguém que é apenas passageira. Essa é a definição do que sentia por Michael. Em breve serão apenas amigos. 

 

Uma luta começou dentro dela e cedeu-se a vontade de olhar de novo, só para sentir o alívio de que os dois estariam em uma distância maior. Ela se enganou. Mais próximos do que nunca, Michael e Audrey se beijavam. 

 

Rae sentiu um aperto no seu coração. Ela tentava dizer a si mesma que não era nada de demais. Ele podia o que fazer bem entender. E é mais seguro assim, pois tinha um bando de serial killers, Jeff, Vindicta e qualquer outra anomalia que possa aparecer. Mas não deixava de tirar os olhos daquela cena. Quando percebeu que olhava por muito tempo abriu seu Death Note. 

 

Ela cedeu novamente para admitir; queria apenas uma vez estar no lugar de Audrey. 

 

Começou a escrever por um tempo até que Jonas se aproximou dela. 

 

— Oi — cumprimentou vendo o semblante meio triste dela — Tudo bem? 

 

— Sim — mentiu. Rae fechou o Death Note o guardou enquanto Jonas olhava para Michael e Audrey se beijando. 

 

— Kim quer nos ver — avisou ele — Viu aquilo? Não sabia que... 

 

— Claro que não sabia, Jonas. É vidente agora? — ela respirou fundo — Desculpa, eu... 

 

— Não tem problema, o.k.? Bem... Kim me falou, mas eu não achava que era verdade... 

 

— Sue contou a vocês? 

 

— Até Kim percebeu — falou Jonas. — Eu... Não sei como falar isso... Mas se precisar conversar... 

 

— Ele estou bem, Jonas. É passageiro — Rae sorriu. Era a milésima vez que falava que o que sentia era passageiro. 

 

Os dois caminharam lado a lado pelos corredores. Ela viu Jonas guardando as pílulas do seu remédio. 

 

— Você não já tomou isso de manhã? — ela perguntou. 

 

— Sim. 

 

— Eu não entendo de medicina, mas sei que... 

 

— Eu estou bem, Rae — interrompeu-a — É passageiro! 

 

Rae o olhou hesitante. 

 

— Não é bom você ficar tomando esses remédios toda hora, Jonas! Ele está mexendo com você! 

 

— Acha que não sei? — ele foi mais grosso — Não estou para conversar hoje... 

 

— Acho que nós dois não estamos — murmurou ela olhando para o chão, notando que ambos estavam muito impacientes para terem qualquer conversa banal. 

 

O puxão de Kim foi o suficiente para fazê-los quase se desequilibrarem. Quando os puseram dentro da sala de artes, estendeu um cano de metal. 

 

— O que você quer nos mostrar? — perguntou Jonas. 

 

Kim segurou o cano com as duas mãos e o entortou com facilidade. Jonas e Rae substituíram as caras de desdém por surpresa. 

 

Ela riu nervosa. Jonas pegou o cano e tentou fazer o mesmo. 

 

— Isso é impossível... 

 

— Não é! Olha! — ela pegou um parafuso e com seus dedos o amassou. — Eu descobri isso hoje de manhã! 

 

— O que você colocou aqui? Vem de um daquele kits de mágica? — Jonas procurava por alguma explicação lógica. 

 

— Isso é outra coisa que eu preciso descobrir. Nesses últimos dias, eu venho tendo visões, eu estou mais resistente e super forte. E olha que eu sou sedentária. 

 

— Mas isso é impossível! — Rae tentou fazer o mesmo. 

 

— E outra coisa... Isso vai te interessar! — ela fez mais suspense — Se lembra de Nick? O cara que você me falou? Então, depois de ficar no pé de Mike ele me disse que ele era de Central City. No intervalo, ouvi uma conversa entre ele e Luke... 

 

— Meu Deus, Kim! 

 

— É por uma boa causa! Ele agia estranho quando falava de Nick! Um cara com super velocidade! — os argumentos dela foram mais válidos que os de Jonas. 

 

— O que você descobriu? 

 

— Bem... — ela respirou fundo, na dúvida se falava ou não. — Pelas conversas... Mike dizia para ele... Que Nick deveria te dizer que vocês dois são irmãos... 

 

— O quê? 

 

Rae ficou segundos atordoada e esperando que Kim explicasse melhor. Pelo seu rosto, não estava para brincadeira. Teve a impressão de que seu ombro estivesse doendo mais. 

 

Ela gritou quando um vulto a pegou. Soube não ser a Vindicta, pois esta não corria na velocidade da luz. Olhou ao redor, encontrando-se perto da casa de Joel, em cima da pequena colina, na direção das árvores. 

 

— Achei que se estivesse em um lugar familiar, não ficaria tão nervosa! 

 

O coração de Rae batia rápido. Olhou para o lado e Nick respirava ofegante, mostrando-se arrependido. E por que ele se mostraria arrependido? Porque era verdade. Rae não pensa na ideia de que Kim estivesse mentindo. 

 

— Mike me contou... Ele viu sua amiga... 

 

— Cala a boca! — mandou ela, andando para trás. — Fique longe de mim! 

 

— Raven... 

 

Rae se irritou. Andou até ele e deu-lhe um leve empurrão. 

 

— Não me chame de Raven! — ela gritou, por fim cedendo a tirar as luvas e agarrar a gola de sua camisa, mas não ousando em se aproximar do rosto dele. Apenas uma forma de impedir que ele não se afastasse — Eu alguma vez te disse para me chamar de Raven? Ouviu alguém além dos professores me chamando de Raven? 

 

— Fica calma... 

 

— EU ESTOU CALMA! ESTOU SUPER CALMA! 

 

— Rae, nós dois somos irmãos! — Nick soltou antes que acabasse nocauteado. — Sei que não consegue acreditar, mas é verdade! Sei a verdade sobre você e seus amigos! Não estou do lado da Vindicta! 

 

— Não está do lado da Vindicta? Ótimo! — ela o empurrou de novo, quase caindo — Cai fora da minha vida! Seja lá o que você queira, eu não confio tão facilmente nas pessoas! 

 

— Raven... Rae, você não foi abandonada! Foi um acidente e nossos pais estão vivos! — afirmou. — SERÁ QUE DÁ PARA ME OUVIR? 

 

— NÃO! APENAS ME DEIXE EM PAZ! 

 

— O que está acontecendo? — Joel apareceu de dentro de sua casa, ouvindo os gritos dos dois ao longe. 

 

Nick se aproximou de Rae. 

 

— Acredite em mim, Rae! Eu nunca mentiria para você! Só quero que você e nossos pais saibam a verdade! 

 

— Eu não quero saber! Eu tenho problemas maiores! 

 

— Rae, por favor... 

 

— Me deixa! 

 

Joel se transformou ao ter seus instintos o alertando de um perigo na sua filha adotiva. Pulou próximo dos dois, fazendo Nick se assustar. Joel rosnou bravo. Nick recuou erguendo os braços. 

 

— Sai daqui, Nick! — ordenou. 

 

— O.k., se é isso o que quer — Nick enrubesceu-se — Só fique sabendo que... Nossos pais não são normais! Basicamente, sua família não é nada normal! 

 

A forma de lobisomem de Joel rosnou de novo. Nick cedeu e saiu dali na velocidade da luz. 

 

*** 

 

— MICHAEL! 

 

O mesmo já citado sabia que não viria coisa boa da boca de Rae. Esta, depois de ter ficado na casa de Joel e explicado tudo o que houve entre ela e Nick, até a hora em que ele iria trabalhar, alcançou Michael no caminho para o motel ode está a hospedado. 

 

Michael virou-se, vendo a garota se aproximar e o empurrar. 

 

— Vai se ferrar seu cretino idiota! Você, Luke, Katie e o seu pai idiota vão se ferrar! TODOS VÃO SE FERRAR! 

 

— O que eu fiz dessa vez? — Michael perguntou na inocência, o que só aumentou a raiva de Rae e agarrou com as mãos descobertas a gola de seu casaco. 

 

— O QUE VOCÊ FEZ? QUER MESMO QUE EU ACREDITE NISSO? 

 

— Nick... 

 

— CAÍA FORA DA MINHA VIDA! CAÍA FORA DESSA CIDADE! 

 

— Você não manda em mim! — Mike a empurrou de volta — Rae, eu te falei que tinha coisas que você, Jonas e Kim deveriam saber! Mas não podemos... 

 

Ele parou de falar. 

 

— Como você pode saber tanto da minha vida? Você é como um parasita! 

 

— É isso o que você acha de mim? — ele se mostrou ofendido. Rae, por um momento, cedeu a raiva, mas ela logo voltou nos seus olhos. — Eu estou tentando fazer um favor para você e eu ganho isso... 

 

Rae o socou. Depois de se lembrar de sua mãos descobertas, se arrependeu profundamente. A marca do soco estava mais profunda do que o normal. 

 

— Mike, não! Eu não queria ter feito isso... 

 

O rosto de Mike empalideceu mais do que o dela. Rae segurou seus ombros prevendo seu desmaio. Sons saiam da boca de Mike como grunhidos. Seu corpo caiu pesado. Rae ligou para a emergência e o viu respirar com dificuldade. 

 

— Mike! Mike! Não, fique comigo! — pediu. — Ah, mas que droga! Mike! 

 

Segurou na sua mão, já enluvada. 

 

— Vamos, Mike! Não fecha os olhos — Mike a olhou, mal mexendo seu rosto. — Não feche os olhos...


Notas Finais


Espero que tenha, gostado! Ao se esqueçam de comentar! Bjs em queijos enqueijados


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