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História Anomalia - Capítulo 51 - Os encont os inusitados de Snart


Escrita por: Duda_104

Capítulo 52 - Capítulo 51 - Os encont os inusitados de Snart


Suas mãos sem o tecido grosso de sua luva de cor preta eram menores e delicadas do que pareciam ser. Mas carregam um poder incontrolável e possivelmente mortal. 

 

Rae nunca cogitou a ideia de que seu poder fosse mortal. Talvez incômodo. Hoje ela não tem mais certeza. Mabel, a garota que Kim uma vez te falou, ficou com Mike. Este passava bem. Rae apenas o viu quando estava inconsciente. Não teve coragem de olhá-lo na cara e sentir a culpa. Ela já sentia, mas olhando nos olhos dele... 

 

Logo, Audrey entrou no hospital da cidade. Ela era mais digna de entrar do que Rae. Secou uma lágrima que estava prestes a sair. O primeiro garoto que está gostando ela quase o mata. 

 

— Isso é ruim... — Sue falou através do seu celular — Digo, muito ruim mesmo. Nossa... Não quero te fazer ficar pior, mas honestamente... É o seu primeiro amor. 

 

Rae não a contrariou. 

 

— Se quiser um conselho, na maioria das vezes o primeiro amor nem sempre é o verdadeiro. Você está passando por muita coisa, se dê um tempo. Para você e ele. 

 

— Eu vou tentar — considerou ela — Valeu, Sue. 

 

A ligação terminou. Suas lágrimas acabaram, mas a tristeza não. Decidiu então seguir o conselho de Sue. Talvez depois do que aconteceu Mike fique longe dela = fora de vista da Vindicta ou de Jeff. 

 

— Sempre damos um jeito de fazer esses encontros, não? — a voz de Snart do seu lado a assustou. Este sentou-se no meio-fio em frente ao hospital do seu lado. 

 

— Como você soube que ele estava aqui? 

 

— Eu sempre vou saber onde meu filho está — especificou. Os olhos frios olharam para ela sem expressão — Ele está bem? 

 

Rae balançou a cabeça. 

 

— Os médicos disseram que ele quase poderia ficar em coma — disse-lhe. 

 

— E como isso aconteceu, considerando que você é a única pessoa que estava com ele? 

 

É hoje que eu morro. Pensou ela. 

 

— Foi um acidente... 

 

— O que você fez com ele? — perguntou mais sério. Olhou para os lados para se certificar de que ninguém os olhavam e agarrou a gola da sua camisa — Eu não estou brincando!  

 

— Você não vai fazer nada comigo em público! 

 

— Já sou procurado mesmo — ele deu de ombros. 

 

— Além de ladrão vai ser preso também por agressão? 

 

— É um risco que vale a pena para saber o que você fez com ele — Rae estremeceu o corpo. 

 

Rae explicou tudo desde o começo, mal tirando os olhos dele. Leonard a soltou, deixando-a respirar novamente. 

 

— Me desculpe. Eu não tenho controle disso... 

 

— Então por que tirou as luvas? — ela se silenciou — Raven, sabe por que Michael fica tão próximo de você e os seus amigos? 

 

— É Rae... 

 

— Só responda! 

 

— N-Não... Quer dizer, ele quer tentar me dizer algo mas não consegue. É como se algo o impedisse... 

 

— E o que você acha que o impede? — Leonard a olhou profundamente por segundos até entender. 

 

— Ela? Quer dizer, é a mesma pessoa que estamos pensando? Por que Michael quer tanto me falar isso? 

 

— Porque ele sabe de algo sobre seu passado. — respondeu — Eu não posso dar mais detalhes, mas eu, ele e todos que viu naquela nave sabemos de seu passado. 

 

— Mas como isso é possível... 

 

— Você entenderá isso assim que vocês resolverem esse conflito com essa bruxa — esclareceu — E para isso acontecer, Mike vai ficar bem longe dos novos amigos dele. Especialmente você! 

 

Leonard optou por ser mais ameaçador. 

 

— Você me entendeu, Raven? 

 

Ela não ousou em corrigi-lo. Apenas assentiu com a cabeça e saiu. Rae ficou no meio-fio por um bom tempo, pensando em mais um inimigo na sua lista... 

 

*** 

 

— CALA A BOCA! 

 

A mão fechada de Owen disparou contra o rosto de Christopher. O sangue saiu de sua boca acompanhado com o cuspe. Liza correu até ele e deu-lhe um gancho de esquerda, seguido por uma joelhada. Final do horário, no mesmo dia em que houve o incidente entre Mike e Rae, Owen não recusava uma briga. 

 

Owen se deixou cair no chão encolhido, mas não desistiria. Chutou a barriga de Liza com força. Christopher chutou-o para defender a namorada, mas um garoto o afastou. Owen se reergueu para atacar Christopher, mesmo que Jonas pudesse amenizar a situação. Fez sua tentativa de correr até ele, mas Kim conseguiu se livrar da multidão envolta e de dois garotos a segurando. Segurou Owen com uma força inimaginável. 

 

— Não se meta, Jonas! — Christopher o empurrou. Kim empurrou ele, quase o desequilibrando. Jonas puxou Christopher e o fez bater contra os armários. 

 

O apito da professora de educação física foi ouvido. Kim pegou a mochila do amigo e jogou para ele, enquanto Jonas via seu irmão correr. Todos correram para longe. Jonas, Owen e Kim conseguiram entrar em um corredor vazio, mas Jonas acabou se afastando deles. Parando para descansar, uma figura feminina chegou. 

 

— Valeu por me avisar, Daisy — agradeceu ele. 

 

— Não tem de quê. Eu via você e Owen juntos nos intervalos e achei melhor avisar sobre a briga — a garota de cabelo longos, lisos e castanhos claros disse. 

 

— Foi legal da sua parte — seu corpo se endireitou. 

 

A garota doce e amigável sorriu. Na maioria das vezes, Daisy era calada. Sua vizinha que morava ao lado de Kim tinha deus encontros diários ao jogar o lixo. Para o mundo, constituía apenas suéteres de cores claras e gostava de coisas sobre animais. Jonas até que brincava com ela quando criança, na época em que teria que acostumar-se com o autismo na sua vida. Seu isolamento chamou a atenção dela e começaram a se encontrar, até que a mãe morreu e ficou mais próxima da família, mal saindo de casa. 

 

— Até mais — falou a garota. 

 

— Até! 

 

Jonas vagou pelos corredores até avistar Owen. 

 

— O que deu em você? Arranjando briga perto da sala dos professores? — Jonas suspirou. 

 

— Eles... Estavam falando de Melanie — Owen disse entre pausas para respirar e massagear o braço — Não dão respeito para quem está vivo e nem para quem está morto. 

 

— De nada por termos te salvado — Kim os alcançou. 

 

— Você é mais forte do que parece! 

 

Jonas e Kim sorriram um para o outro. 

 

— Você não tem ideia... — murmurou ela. 

 

*** 

 

— Tem certeza de que essas luvas... 

 

— Deus, Rae, já falei que sim — disse Joel farto das mesmas perguntas da filha adotiva. 

 

Rae terminou de ajustar as garrafas vazias em cima da mesa enferrujada. O vento frio bateu em Rae, derrubando algumas delas. Distante deles, outra mesa, só que com armas. 

 

— O que você acha que o pai de Snart quis dizer com aquilo? 

 

— Não pense nisso agora, Rae — falou ele — Eu também estou curioso, mas... Você sabe que a Vindicta pode fazer algo, certo? 

 

Ela concordou com ele. Joel sentia um certo receio ao falar daquilo, mas o escondeu facilmente. 

 

— Sabe o que houve com Michael? — Joel se aproximou dela — Graças a Deus nada aconteceu com ele. Mas podia ter sido pior... 

 

— E eu tenho que controlar esse poder. Eu já sei... 

 

— Não! Chega disso! — afirmou segurando as suas duas mãos com luvas de boxe pretas — Por enquanto, esqueça essa ideia! Seja lá o que seu poder tem, Rae, vai ser difícil controlar. Mas pode usá-lo ao seu favor... 

 

— Como? 

 

— Em vez de usar isso nos seus amigos e no garoto que está gostando... 

 

— O quê? — Rae se afastou. 

 

— Se esqueceu que tenho ouvidos apurados? — ela se lembrou das vezes em que falava com Sue pelo celular e citava o nome dele... 

 

— Temos que conversar sobre isso! 

 

 Joel pegou suas mãos e as juntou. 

 

— Eu vou te ensinar boxe. Quando houver alguma emergência não tenha medo de ficar sem as luvas — Joel vestiu as suas. 

 

Eles ficaram em posição. Rae sentiu calafrios em ver que teria de lutar contra Joel. 

 

Assim começou o treino... 

 

*** 

 

— Você não pode simplesmente sumir de repente desse jeito, Nick! — Barry contrariava as ideias do filho, quem ele gostaria muito que pudesse ouvir ele e Caitlin. 

 

— Ninguém pode me pegar, pai! Vocês não ouviram o que eu acabei de dizer... 

 

— Nós ouvimos! Mas não acreditamos! Eu não consigo entender como de repente teve essas ideias! — foi a vez de Caitlin dar um sermão. 

 

— Mesmo sendo eles ou não, eu tenho que ajudá-los. Estão enfrentando um perigo... Diferente. — a voz de Nick ressoava por todos os cantos do córtex. — E eu acredito que sejam mesmo eles... 

 

— O que pensa que está fazendo envolvendo meu filho nas suas ideias ridículas? — Rip se irritou ainda mais. 

 

— E ainda mais fugindo de casa com minha filha para outra cidade? — Kara também disse. 

 

— Como podem achar que ele... 

 

— Se você manter essa sua boca calada ajudaria muito! — o Allen mais novo ficou mais irritado do que todos ali, interrompendo Rip — Eu acredito que Jonas, Raven e Kimberlly estão vivos! Se aquelas pessoas não são eles, não vou deixar de ajudá-los! Se não vão os ajudar, eu mesmo vou, por mais que seja um perigo diferente dos que vocês costumam enfrentar! 

 

— Nick... 

 

A tentativa de Caitlin acalma-lo não adiantou. Nick correu para fora do Star Labs para esfriar a cabeça. Minutos depois, parou em uma sala de estar bem sofisticada. 

 

— Eu vou voltar — ele anunciou a Mabel — Não vou deixar eles lá! 

 

— Mas e os nossos pais? — Mabel ajeitou seu roupão. 

 

— Não me importo com o que eles dizem! E não só eles estão em perigo naquela cidade! Você sabe disso... 

 

— Aquela cidade é estranha... — Mabel concordou — Espera um pouco? Vou arrumar minha mochila! 

 

— Mas por... 

 

— Eu vou com você! — ela sorriu — Alguém tem que ajudar Kim a controlar o poder dela! 

 

*** 

 

— Você tem certeza de que é uma boa ideia fazer isso? 

 

— Fala sério, Kim! Você pode muito bem ficar um dia sem ir para a escola — Sue brincou com seu jeito nerd de ser, ainda tentando destrancar a porta do escritório do seu pai. Impaciente, levantou o corpo já dolorido — Vamos ter que arrombar! 

 

— Mas e se ele... 

 

— É só chamar alguém para concertar — ela respondeu na impulsiva. 

 

Kim olhou para a porta e deu-lhe um pontapé. O que era para destrancar, foi para partir a porta ao meio. 

 

— Isso não dá para concertar... — Sue suspirou — Depois vemos isso. 

 

As duas vasculharam todo o escritório até encontrarem o que desejavam. Contratos alegando dinheiro para os que ficariam de boca calada. Sue e Kim conseguiram entrar no computador de Frank Adams e acharam os maiores nomes que ele subordinou. 

 

— Quase todos da polícia estão sendo subordinados. Como nós vamos fazer isso? 

 

— É mais complicado, Sue. Um prefeito que, além de estar subordinando, tem muito dinheiro, quem conseguira se impor a ele? — Kim foi mais lógica. 

 

— Então me diz, Kim, quem nessa cidade tem um grande cargo e é confiável? 

 

A loira fixou os olhos na parede pensativa. 

 

— Acho que sei uma pessoa... 

 

*** 

 

Os gritos do padrasto são ouvidos por toda a vizinha. Sorte de Rae não ter mais que ouvi-los. 

 

Jonas saiu às pressas de casa. Impressionante como ele sempre levantava a voz quando Jonas fazia algo, ou, nesse caso, quando Christopher e Hannah o culpavam. Jogou a sacola de lixo na lixeira, soltando um estrondoso som de vidro se quebrando por ele ter quebrado um vaso de sua mãe. 

 

— Parabéns, Jonas! — murmurou para si mesmo. 

 

— Está tudo bem? — Daisy apareceu no seu campo de visão, do outro lado da cerca que os separavam. — Eu ouvi os gritos... 

 

— Já deve ter se acostumado! — ele sorriu sem emoção. 

 

— Se você tiver algum problema, é só me falar. Eu também tenho minhas discussões familiares — Daisy Brooklyn foi amigável. Jonas sabe que é verdade, pois sabe bem como a sua família era. 

 

— Pode deixar — dessa vez, ele sorriu de verdade. 

 

Daisy apoiou os cotovelos na cerca, parecendo na se incomodar. 

 

— Meu avó tinha um igual — indicou para o relógio aparecendo no bolso do casaco de Jonas — Ele gosta de colecionar coisas velhas. 

 

Jonas o escondeu melhor. 

 

— Achava que era mentira quando falavam que você tinha um relógio de bolso. Não acho que seja algo para zombar. 

 

— É algo pessoal — Jonas se sentia aberto com ela. Smeared foi assim, pois se tinha uma pessoal leal era Daisy. 

 

— Se quiser conversar, pode me chamar. 

 

— E... Que tal... 

 

— Agora? 

 

— Sim. — ela respondeu. — Podíamos ir para a sorveteria? 

 

Jonas assentiu com a cabeça. Seu sorriso foi substituído por uma expressão de susto. Segurou seu relógio pronto para atacar antes de reconhecer o pai de Daisy. Atrás, um de seus seis irmãos. O mais velho. 

 

— Por que demora tanto, Daisy? — perguntou rispidamente. O homem já velho, com o colete verde escuro desgastado e camiseta xadrez olhou para Jonas — Quem é esse garoto? 

 

— É Jonas. O nosso vizinho — Daisy falou mais delicada, sabendo do temperamento estável do pai. 

 

— O que você quer, Jonathan? 

 

— Jonas — ele corrigiu — Só... 

 

— Vamos a sorveteria agora — Daisy falou ousada. 

 

— E quem te deu permissão? 

 

— Eu sempre vou lá, pai! Ele é meu amigo! 

 

— Desde quando tem essa ousadia comigo, garota? — ela bufou e andou até a casa — Ei! Estou falando com você! Não dê as costas para mim! 

 

— Eu já volto Jonas... 

 

— Daisy Brooklyn, você não vai sair com nenhum garoto sem a minha permissão! — gritou ele enraivecido. 

 

O seu irmão bloqueou a passagem da porta. 

 

— Nosso pai está falando! 

 

— Não se intrometa, Bryan! — Daisy o empurrou bruscamente. 

 

Ele olhou para Jonas com ódio. Sua pele pálida e os olhos escuros são iguais aos da irmã. O cabelo escuro recém-penteado para cima e os músculos amostras eram o suficiente para deixar uma imagem de mulherengo. Ele, acompanhado do pai, se aproximou. 

 

— Quantos anos você tem? 

 

— 14... 

 

— Você e Daisy costumam conversar na escola? — perguntou o pai de novo. 

 

— Ás vezes... 

 

Poucos segundos depois, Daisy apareceu e levou Jonas para a sorveteria, claramente querendo se afastar da família. 

 

Daisy era o oposto do pai e irmãos. Jared é rabugento e rígido com ela, mas extremamente "aberto" aos demais filhos, dando-lhes mais liberdade. Daisy os amava mesmo com o temperamento difícil, mas sempre achou uma injustiça tratá-la de modo diferente, o que sempre gerava brigas. Isso vem acontecendo desde que a mãe se foi. Jonas ainda se lembra de muito tempo atrás ver o corpo sendo retirado da casa. A morte ainda é um mistério. 

 

O que mais intrigava é que todos os órgãos do corpo dela foram retirados, bem perto da floresta.



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