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História Anomalia - Capítulo 53 - A companhia sem ouro de Rae


Escrita por: Duda_104

Notas do Autor


Voltei!!!!!

Desculpa pela demora. Como forma de compensar a demora, vou postar alguns capítulos seguidos daqui a pouco.

Boa leitura!!!!! :) :D

Capítulo 53 - Capítulo 53 - A companhia sem ouro de Rae


Jonas cuspiu o cúmulo de sangue misturado com saliva de sua boca. 

 

Ele tentou revidar, mas era impossível. Todos eram mais fortes do que ele. Os três irmãos continuaram a chuta-lo sem um mínimo de pena. 

 

Abriu os olhos por completo, ainda sentindo o sangue da sua boca e nenhum dos três irmãos estava envolta dele. Jonas exigiu esforço para se levantar. Cuspiu saliva de novo. Só ele estava ali. Jonas achou uma cor avermelhada no meio da grama. Ao lado, o sapato de um deles. 

 

Ele balançou a cabeça negativamente. Mas o chiado veio. Era um rastro de sangue. Slender queria que ele visse aquilo. Jonas, entendendo o recado, seguiu o rastro de sangue — coisa que ele é totalmente contra em filmes de terror. 

 

A cena que encontrou, seguindo rastro de sangue até os pinheiros, era horrorosa. Os copos dos três irmãos estavam fincados pelo meio da barriga no topo dos pinheiros, na parte pontiaguda. 

 

O sangue escorria pelas folhas de pinheiro em muita quantidade. Jonas virou-se e tossiu. Ele vomitou na grama atrás dele. Quando tudo o que tinha dentro dele saiu, olhou de novo aterrorizado boquiaberto. 

 

— O que você fez? — Jonas murmurou. 

 

Uma mão ficou sobre seu ombro. Pelo tamanho sabia ser ele. Olhou para cima e Slender Man desviou seu olhar dos corpos para ele. Jonas não sabia decifrar como ele olhava. Até por que nem olhos tem. 

 

Ele ficou intacto até que ele desapareceu. Jonas correu dali, saindo da cena de crime, pensando em como iria dar conforto a Daisy. 

 

*** 

 

Rae pôs os fones de ouvido fingindo não estar vendo Michael ao lado de Audrey. Fez isso justamente quando ele a olhou de repente. 

 

Ela andava ao som de Twenty One Pilots. Rae pensava em Jonas. Desistiu de ir para a aula hoje para o médico. Sua vontade era de confrontar a família dela, mas não seria justo com Daisy ter mais problemas com a família e complicaria Jonas. Ela viu o estado dele e ficou perplexa. Um ferimento no lado interno da boca, a mão direita torceu, hematomas que deixarão marcas... 

 

Daisy também faltou hoje, sabendo da morte dos três irmãos e nem imaginando que Jonas estava um minuto antes com eles. Joel inspecionou o local para se certificar de que não teriam visto nenhuma prova que o acusasse. 

 

Rae viu do canto do olho Mike parando do seu lado. Tirou seus fones de ouvido e olhou para ele sem interesse. 

 

— Está tudo bem com você? 

 

Ela balançou a cabeça. 

 

— É que... Eu vi você olhando para mim... E eu conheço esse olhar. 

 

Os olhos da garota voltaram-se para ele entediados. 

 

— Eu não queria atrapalhar você e Audrey. 

 

— É, ela é legal — os olhos azuis foram para frente — Mas você está com um mau-humor diferente. 

 

Rae franziu a testa. 

 

— Como? 

 

— Você está tensa. Fica olhando para os lados... 

 

— Uma mania minha. Virou Sherlock Holmes agora? — ela retrucou. 

 

Michael suspirou. 

 

— Nick... 

 

— Sabia que eu não me dou bem com irmãos? — ela sorriu ironicamente — E sabe também, Mike, que está cada vez mais difícil de confiar em você? 

 

— Em mim? Só em mim, Rae? Quer dizer que você é um livro aberto? — os dois pararam de andar e Rae deu um passo para trás ao notar a proximidade dele. 

 

— Mike, sabemos que estão escondendo alguma. E sabemos que a Vindicta não os deixam mostrar. Mas... Parece que vocês sabem de alguma coisa de nós... 

 

— Sim, sabemos Rae! Eu prometo que não é nada ruim! É ótimo! — Mike segurou seus braços. 

 

— Sobre os nossos... A palavra que começa com p? — ela decifrou seu olhar — Como tem tanta certeza disso? 

 

— Mabel, uma amiga nossa, estava tendo... Visões... 

 

— Ela também é vidente? 

 

— Não! Nem de longe! Ela é mais do que isso! Ela vem tendo sonhos estranhos com Kim quando ela desapareceu! E... — Michael engoliu em seco — A... 

 

Rae viu uma careta de dor nele e as lágrimas saindo. A parte branca dos olhos ficaram vermelhos. 

 

— Para, Mike! — Rae segurou seus ombros. 

 

Mike se deu por derrotado. 

 

— Vindicta quer fazer um jogo com a gente. Eu, Jonas e Kim. Então, quanto mais estiverem longe da cidade... 

 

— É aí que ela vai nos pegar, Rae! 

 

— Aqui ela vai estar torturando vocês! 

 

— Mas e você, Jonas, Kim, Sue... E todo mundo? Mesmo que nós tenhamos nos enganado, não vou deixar vocês não mão... 

 

— Não é da sua conta! — Rae tentou por fim naquela discussão. Mike a olhou irritado. 

 

— Você não pode mandar em mim Rae! Nem eu em você! Se não, eu podia muito bem mandar você para fora da cidade! — seu rosto ficou mais próximo do dela — Não vamos dar costas a verdade e essa não será a última vez que você vai falar comigo! 

 

— Você não entende o nível do perigo? 

 

— Você também não. O que há com você? 

 

Rae não queria admitir que estava com muita preocupação dele, além de raiva. Não aguentaria ver o corpo de Mike dentro de um caixão, Snart a culpando e sentir o peso da consciência pelo resto da vida. 

 

— Me deixa em paz, Mike! 

 

Mike permitiu que ela saísse sem contradizer nada. Foi aí onde Rae notou a extrema preocupação e como aquilo era mais do que uma queda. 

 

E que não era passageiro. 

 

*** 

 

— Eles foram achar um caixão para os irmãos. Daisy vai usar um pouco do dinheiro dela para isso. — Jonas disse enquanto andavam pelo corredor, entre Kim e Rae. Esta cena estava muito comum nesses dias. 

 

— Que droga — resmungou Rae — Você está bem? 

 

Ele assentiu com a cabeça. No dia seguinte, ele recebeu alta e já estava na escola. Rae ficou do lado de Kim o tempo todo, prevenindo-se de que Mike fosse falar com ela. 

 

— Eu ganhei um guarda-costas. 

 

Kim sorriu sem graça. 

 

— Slender Man quer ser seu novo papai. — brincou Rae. — Nós não somos normais... 

 

— Vocês nunca serão normais. — Kim falou — Até Jack Risonho me dar um oi, acho que também não serei a mesma de antes. 

 

— Nós? Você tem um unicórnio com cabeça de gato! — afirmou Rae. Kim arregalou os olhos e indicou Jonas. — Ah... Desculpa, eu... 

 

— Eu já fiz tanta coisa vergonha e sem sentido na minha vida que vocês nem fazem ideia. 

 

Ele pareceu não dar a mínima, o que fez Kim e Rae quererem que sua reação fosse mais diferente. Era notável o quanto que Jonas se culpava, se auto subestimava e se auto punia. Isso as levavam a se preocupar com ele. 

 

— Mas como pode existir um unicórnio com cabeça de gato? — ele tinha que tirar aquela dúvida. 

 

— Eu costurei. E é o corpo de um gato com a cabeça de um unicórnio — explicou como se fosse normal. 

 

Os dois a olharam. 

 

— Você costurou? — perguntou Jonas. — Ninguém aqui é normal... 

 

— Mas estamos em um nível mais acima do anormal — Rae gesticulou com as mãos. Mesmo ela e Kim sorrindo, Jonas permanecia tenso. Rae tocou no seu ombro o reconfortando — Eu estou com você. 

 

Kim e Jonas a olharam confusos. 

 

— Minha companhia não vale ouro, mas... Fique sabendo que você não está sozinho. — Rae virou o rosto para ele — Bem, eu estou sozinha, então... 

 

Jonas riu baixo. Ele definitivamente se sentia sozinho com tudo o que acontecia. 

 

— Nós dois estamos sozinhos juntos — corrigiu ele. 

 

Kim sorriu. Eles viraram o corredor. Apenas três pessoas estavam nele, checando seus devidos armários. 

 

— Eu queria aproveitar e falar uma coisa... — disse Jonas — Eu quero saber mais sobre os meus pais. E Rae, você... 

 

No final dele, enquanto falavam coisas banais, uma garota chegou na visão dos três, entrando naquele corredor. Daisy girou o corpo para eles e parou. Seus braços pendiam ao lado do corpo, cobertos por um suéter grande de lã branca. Ela estava com um rosto triste e assustado. Os três pararam e a observaram confusos. 

 

— Daisy? — chamou Jonas. 

 

Daisy balançou a cabeça negativamente derramando uma lágrima. Sua mão saiu de suas costas revelando a arma. 

 

— Vocês vão me ajudar? 

 

— NÃO! — gritou Jonas depois que ela falou aquilo e colocou a ponta da arma contra sua mandíbula. 

 

Daisy puxou o gatilho. O som da arma ribombou pelos corredores como um eco. O sangue espirrou para trás no chão e em um pouco dos armários de trás. 

 

A única mulher dos Brooklyn caiu sem vida nos pisos da escola.



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