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História Anomalia - Capítulo 7 - Joel nos impede de dormir essa noite.


Escrita por: Duda_104

Capítulo 8 - Capítulo 7 - Joel nos impede de dormir essa noite.


Fanfic / Fanfiction Anomalia - Capítulo 7 - Joel nos impede de dormir essa noite.

 

Um dia alguém me disse que os segredos são pesados. Quantos mais você guarda, mais difícil fica de se movimentar.

- Diggle.

****

Jonas podia ouvir de longe a lenha sendo cortada por Joel.

Se aproximou mais dele, enquanto o mesmo cortava a lenha com um machado. Pôs outro pedaço de tronco pequeno em cima de outro e agarrou o machado com as duas mãos. Ele se mantinha concentrado. De longe, Jonas nunca imaginaria que ele fosse um lobisomem por dentro. Mas até que os detalhes do seu rosto, a expressão severa e de poucos amigos. Seu padrasto já lhe falou sobre ele. Já o conheceu. Os dois não se davam dão bem assim. Edward o achava bem estranho para um guarda florestal. E Jonas sabe bem o porquê, ou pensa que sabe. Jonas aprendeu que a pessoa sempre tem uma explicação para a sua personalidade.

Para alguém sarcástico, a pessoa pode estar escondendo algo sombrio ou não falar a sua opinião, usando o sarcasmo e a ironia como uma forma de se entreter e guardar as mágoas. Para uma pessoa fria, como Rae, teve um passado difícil. E com certeza algo aconteceu com Joel. Ao parar do lado dele, Joel percebe-o.

— Ah... Oi garoto — disse antes de dar outra machadada — Eu pensava que viria com a Rae.

— Ela vem com a Kim. Mas eu queria resolver logo uma coisa — Joel olhou para ele. Jonas pegou do seu bolso o seu relógio. — Você deve saber o que é isso, não é?

Joel pegou o seu machado e o deixou em uma mesa próxima. Jonas se aproximou dele, vendo que Joel pegou um livro em cima.

— Eu não achei o que esse relógio, ou seja lá o que isso for, seja. Mas eu pesquisei e achei isso — Joel amostrou uma página.

— Um Rozum? — supôs Jonas.

— Rotzumny — corrigiu — São artefatos simples, apegados aos donos, que emitem qualquer tipo de poder — falou Joel — Você falou que tem ele desde criança e que nunca conseguiu o largar, não é?

Jonas assentiu.

— Esse é um dos sinais que diz no livro — comentou Joel — Pode ser desde a um prego a um carro.

— E como eles, eu sei lá, tem esse poderes?

— São passados por gerações de famílias — ótimo, melhorou, pensou Jonas. — De onde você tirou esse relógio?

— Eu fui abandonado com ele — disse ele. Joel olhou-o — Eu acho que é do meu pai. Está escrito o nome dele.

Joel achou o nome gravado no seu relógio.

— Rip Hunter não parece ser nome de uma marca de um relógio de bolso — Joel passou o dedo no nome gravado — Você escreveu aqui?

Jonas negou.

— Então alguém escreveu.

— É. Eu acho que foi a minha mãe antes de morrer — falou Jonas, dando de ombros — Eu me lembro dela me colocando em algum lugar e deve ter me deixado com o relógio. Quando me encontraram e fiquei em coma, os médicos disseram que eu só tinha aquilo.

— E eu pensando que Rae teve um passado sombrio — murmurou Joel, devolvendo o relógio. Voltou-se para um notebook em cima da mesa que havia deixado ali e digitou algo.

— Não adianta. Eu já pesquisei e esse nome não existe — Jonas falou. Joel o olhou.

— Você não tem mais nada?

Ele negou com a cabeça.

— Geralmente, nos casos que há um Rotzumny — Joel falava, enquanto via Kim e Rae chegando — Os artefatos são passados de pais para filhos. Hoje em dia é raro achar um por conta própria. E você disse que foi abandonado com ele e que, provavelmente, é dos seus pais fica mais difícil ainda...

— O que fica mais difícil? — Rae perguntou a Joel.

— O relógio amaldiçoado de Jonas.

— Então, se ele tem poderes, talvez seja de parar o tempo. Na noite em que fomos atacados, eu consegui, de alguma forma, parar o tempo — contou Jonas, deixando todos interessados — E, eu sei lá, ele começou a brilhar de repente.

— Ele é ativado por algo — supôs Kim — Talvez por medo ou por perigo.

— Exatamente — Joel concordou com Kim — Um Rotzumny se ativa na maioria das vezes quando o dom está em situação de extremo perigo.

— Isso é muito bizarro! — afirmou Kim.

— Vão achar isso mais bizarro ainda — Joel pegou um pequeno saquinho em cima da mesa. O entregou para os três.

— Sal grosso? — indaga Kim. — É sério isso? O que vamos fazer com...

— Acerta e mobiliza os espíritos — Jonas respondeu por Joel — Dá para se proteger contra eles fazendo um círculo e ficando dentro dele.

— Isso aí. Vocês vão guardar isso no bolso e não tirarem por nada no mundo — instruiu Joel — Já que não vou estar com vocês o tempo todo, vão ter que se precaverem se virem um.

— E como vamos saber se é um espírito ou não? Digo, saber que ele está se aproximando...

— Geralmente, quando um espírito passa do seu lado, você sente calafrios de repente — falou Joel.

Jonas encostou-se na mesa, mexendo no sal grosso.

— Como é que essas coisas surgiram? Digo, como é que você sabe sobre tudo isso, além do fato de ser um lobisomem?

Joel olhou para Jonas.

— Há muitas histórias que explicam como os monstros surgiram! — afirmou ele — A mais comum e mais provável é a de quando começou antes da Segunda Guerra Mundial. Alguns governos se uniram secretamente para melhorarem o seu exército, caso aconteça outra guerra no mundo. Queriam então desenvolverem soros e medicamentos que trariam soldados mais fortes, estrategistas e inteligentes para usarem no campo de batalha — Joel fechou o seu notebook. — Só que essas experiências eram feitas por cientistas que fizeram técnicas contra a lei e o que os governos pediram. Começaram a fazer experiência esquisitas e grotescas com soldados. Para não deixar o exército com a falta deles, resolveram pegarem os que não passaram no teste e homens, mulheres e crianças que faziam parte da família de soldados do exército.

O trio prestava atenção no que Joel dizia. Até mesmo Rae, que já ouvira a história antes.

— Cortavam, dissecavam, queimavam, matavam as cobaias — Joel falava aquilo com certo desgosto — E ninguém sabia disso. Os governos já não estavam gostando, mas já era tarde demais. Esse grupo de cientistas fugiram, levando as cobaias junto. Elas foram dopadas. E as experiências continuavam cada vez piores. Até que, depois de anos com isso, os resultados deram certo no começo. Começaram a ganharem força sobre-humana, rapidez, estratégia e inteligência. Nas primeiras semanas, estava dando certo. Foi depois que surgiram os efeitos colaterais. A maioria dos pacientes tiveram um comportamento mais agressivo, resultando a levarem seções de choque e de lavagem cerebral. Outros tiveram os seus membros amputados. Era horrível para eles. — o clima pareceu ficar mais pesado e sombrio — Isso durou um tempo até que as cobaias começaram a agredir os cientistas. Foi uma rebelião onde estavam e a maioria dos cientistas morreram. Mas outros conseguiram fugir e nunca mais deram as caras. Essas cobaias viraram anormais. Eram no total, 200 mil cobaias desde o começo. — ele continuou lentamente — 40 mil eram crianças e adolescentes. 80 mil eram homens e a outra metade eram mulheres. 90 mil aproximadamente morreram durante os experimentos, 45 mil, os que já estavam enlouquecidos, morreram durante a fuga. E os outros 65 mil escaparam, modificados. E esses que escaparam são os monstros que conhecemos hoje. A maioria morreu, com alguns e tornando espíritos. Outros se transformaram em monstros e outros conseguiram sobreviver.

Jonas, Kim e Rae nem imaginavam o que isso era horroroso na época.

— E foi assim que os monstros surgiram. Os videntes costumam serem essas pessoas que escaparam. Os que morreram, agora são espíritos. Esse acontecimento tem vários nomes durante esses nomes. — Joel contava — O mais conhecido é Anomalia.

Eles ficarem em silêncio por alguns segundos, absorvendo as informações.

— Como sabe disso?

— A maioria dos monstros sabem. Soube disso dos videntes e da minha antiga alcateia — respondeu Joel.

Após falar aquilo, ele deixou o machado em cima da mesa, terminando em um baque que fez os três pularem de susto. Joel percebeu isso.

— Eu vou falar a vocês algumas coisas para se defenderem quando virem algo — falou Joel, agindo como se nunca tivesse contado aquela história. O trio assentiu com a cabeça.

Rae claramente percebeu que a história de Joel vai assombra-low de noite, os impedindo de dormir.

***

Jonas corria pelos corredores da escola tomando cuidado para não se esbarrar em nenhum aluno.

Bom trabalho, Jonas! Pensou ele. Atrasado de novo.

Por mais que se esforçasse, Jonas tinha esse talento estranho de chegar sempre atrasado. Pelo menos ele tem a desculpa de que o seu relógio não funcionava. Na maioria das vezes, ou ele perdia o horário ou Hannah ou Christopher armavam algo para ele. Mas dessa vez, ele não se atrasou por não conseguir dormir naquela noite, apesar da história de Joel tê-lo amedrontado. Pelo contrário, as horas com os olhos abertos da outra noite compensou por horas de um sono pesado. Ele não via a hora de chegar o dia de amanhã. Amanhã será sexta-feira. Ou seja, final de semana.

Avistou o elevador há poucos metros dele. Por mais que ele gritasse para que deixassem o elevador aberto, estava cheio. Bufou alto ao ver que definitivamente chegaria atrasado e que o elevador da escola demorava muito para chegar naquele andar. A pedido da sua sede, Jonas caminhou até uma máquina de refrigerante. Enquanto vasculhava no bolso de sua calça moedas, uma voz muito familiar chegou aos seus ouvidos.

— Como assim quem? Jonas?

— Shhh! — disse uma voz, a cortando. Jonas imediatamente olhou para uma mesa mais à frente dele. Ele avistou Katie ao lado de Luke e outro garoto que Jonas não conseguiu ver direito sentados em uma mesa. — Fale baixo, Katie!

— Como se Luke vive no mundo da lua?

— Eu só perguntei o nome do cara que Rae e Kim estavam saindo!

Jonas virou o rosto antes que percebessem a presença dele ali.

Os três então se levantaram e caminharam em direção ao armário do zelador. Jonas estranhou. Devia ser algo muito importante para se esconderem logo ali. Olhou para os lados e não havia ninguém que havia os percebido. A sua curiosidade falou mais alto. Jonas tinha o defeito horrível de se esquecer de que é errado ouvir a conversa dos outros. Mas, interligando os fatos que aconteceu com ele e sobre os três novatos que acabaram de conhecê-los falar deles em voz alta, era inevitável deixar isso passar despercebido.

Vendo que se atrasaria para a aula do mesmo jeito, andou sorrateiramente até o armário do zelador. Pôs o ouvido na porta e pode ouvir a conversa deles.

— Eu ainda não acredito que teve a disposição de cortar o cabelo! 

— Algo contra, Luke? — perguntou Katie, se sentindo ofendida, enquanto ajeitava o cabelo encaracolado recém-cortado. 

— Katie, o que você soube sobre eles até agora? — perguntou uma voz masculina que Jonas supôs ser a de Luke.

— Bem, Jonas é mais conhecido por aqui como Senhor do Tempo. Ele sempre anda com um relógio de bolso velho que nem funciona. Ele, Rae e Kim são vizinhos — falava Katie — Kim é uma CDF, mas a maioria das pessoas da classe dela acha que ela gosta de se exibir por causa dos seus irmãos. E Rae parece ser gótica e é fechada. Eles foram abandonados quando crianças. Mas Rae disse ser abandonada em um cais, salva por um grupo de mergulhadores. Mas eu consegui a ficha de adoção dela. — Katie amostrou alguns papéis a eles. — Ela veio de Central City.

Houve um silêncio entre os três.

— E daí? Coincidência! Pura coincidência!

— Luke...

— Katie, não temos provas o suficiente.

— Por isso que precisamos ficar e investigar mais sobre isso — disse Katie. — Aqueles três são estranhos... Estranhos demais.

— Vocês falaram com eles? — a voz desconhecida perguntou a eles.

— Eu joguei baralho com Jonas.

— Eu sou a dupla de Kim na aula de fotografia e de química. Ela é bem tímida, mas acho que dá para me aproximar dela.

— E quanto a Rae?

— Ela ficou bem curiosa quando descobriu que eu lia Sherlock Holmes e Harry Potter. Mas ela está estranha com algo — contou Katie ao desconhecido — Quando eu toquei nela sem querer, eu senti frio e comecei a ouvir algo...

— Como assim?

— Luke, eu tenho absoluta certeza de que aquilo foi real, antes que fale que estava sonhando — se precipitou Katie — Depois daquilo, ela se afastou. E começou a me fazer perguntas do tipo de onde eu vim e porquê eu vim pra cá.

— Ela sabe de alguma coisa! — afirmou Luke. — Ela já suspeitando de mim e de Katie.

— Ótimo, já podemos sair daqui? Alguém vai acabar nos vendo aqui — falou o desconhecido.

Luke pôs a mão na maçaneta e Jonas não teve tempo de reagir.

— Sim. Mas tente ser mais próximo de Jonas, Rae e Kim e...

Katie foi cortada quando viu Jonas encostado na porta.

— Jonas?!

— É que... Eu...

— Você estava ouvindo a nossa conversa? — perguntou Luke, irritado.

— Sim... Eu... — Jonas se calou, pois percebeu que não era ele ali que deveria se explicar. — Espera! Não sou eu que tenho de me explicar! O que vocês estavam falando da gente?

O trio se entreolhou. Katie e Luke esconderam mais o outro garoto.

— Nós podemos explicar...

— Quer saber, esquece — Jonas interrompeu Katie, pois ele lembrou-se do vampiro que os atacou. Ele não podia confiar facilmente em em ninguém. Ainda mais depois de saber que uma bruxa o perseguia.

Jonas então se virou e deu as costas a eles, pensando naquela teoria. Os três não iriam admitir nada, então não adiantava insistir em abrirem a boca.

Sentiu uma mão tocar no seu ombro e apertando-o firmemente.

— Jonas! Deixa nos explicar... — dizia Katie.

— Eu não quero saber, Katie! — Jonas se soltou da mão dela — Qual é o problemas de vocês? Foi ela quem mandou vocês?

— Quem? — indaga Luke.

— A Vindicta! Ela mandou vocês não foi? — Jonas se arrependeu do que falara. — Vocês três é quem são estranhos!

Jonas seguiu o seu caminho, estranhando o que acabou de acontecer.

— Da próxima vez, me ouvem quando digo para irmos conversar no campus! — exclamou Katie, irritada. — Conversar no armário do zelador é muito coisa de filmes.

— Já não bastava Rae, agora Jonas está suspeitando da gente. — reclamou Luke. — Logo ele tinha que ouvir a nossa conversa.

O desconhecido continuou a olhar para Jonas se afastando deles.

— É impressão minha ou...

— É. Eu também o acho bem familiar — concordou Luke. As feições do desconhecido mudaram.

— Eu pensei em algo muito louco e impossível.

— O quê?

— Nada — respondeu ele a Katie, descartando a ideia da sua cabeça — Besteira.

Antes que Katie fizesse mais perguntas, o sinal havia tocado.


Notas Finais


Pra quem esta em dúvidas, as pessoas que estão no banner é Luke, a direita, Joel, no meio, e Katie, do outro lado. Eu devo dizer que quando criei Joel, esse ator me veio à cabeça pq eu acho que a cara dele descreve MUITO a personalidade dele.

Espero que gostem!!!!

Comentem se gostaram ou não ou se querem que eu continue!!!!


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