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História Anos de Terror (Pokémon Revolution) - Ataque ao Iate


Escrita por: DarkRayimon

Notas do Autor


Olá pessoal! Sentiram saudades? ksksks
Aviso rápido: Nas Notas Finais eu deixei Links que mostram imagens de coisas que apareceram no capítulo. Espero que gostem!
Ah Irei atualizar Pokémon Revolution em Breve também. É que eu queria sincronizar o tempo dessa fic com Pokémon Revolution para elas iniciarem do mesmo ponto

Capítulo 3 - Ataque ao Iate


Fanfic / Fanfiction Anos de Terror (Pokémon Revolution) - Ataque ao Iate

(Ash – Primeira Pessoa)

Deixei Butterfree, Lapras e Goodra conversando e segui Keanan até uma pequena mesa improvisada, onde havia um mapa de toda a Região Sinnoh. Ao lado da mesa, Florges e um Tyranitar, olhavam para o grande grupo de Pokémon com orgulho.

- Olha, um Tyranitar. – Comentei e olhei para o Pokémon, que arregalou os olhos ao me ver e correu em minha direção.

- Ty! – Tyranitar gritou e me abraçou com força.

- Aí! – Gritei com o aperto. Tyranitar me soltou e me olhou com expectativa.

- Tar! – Tyranitar gritou e apontou para si mesmo. Olhei para o Pokémon com espanto.

- Espera! Tyranitar, você é o Larvitar que eu ajudei? – Perguntei mostrando um sorriso e Tyranitar afirmou. – É tão bom vê-lo novamente!

- Vejo que conheceu meu Tyranitar. – Keanan falou com um sorriso.

- Seu? – Perguntei com espanto e ambos afirmaram. – E como isso aconteceu.

- Quando estava em Johto, perto de Mt.Silver, o encontrei enfrentando alguns soldados que estavam tentando subjuga-lo. – Keanan explicou acariciando Tyranitar. – Eu o ajudei, e ele quis ficar comigo. E para garantir que ele ficasse sempre comigo, eu o capturei.

- Uau! – Exclamei e sorri. – Fico feliz que tenha arranjado um treinador tão bom, Tyranitar.

- Tar! – Tyranitar afirmou em concordância.

- Bem, mas voltando ao tópico principal, quero te mostrar uma coisa. – Keanan me explicou e andou até a mesa, onde um mapa estava estirado. – Este é o mapa de Sinnoh e nós estamos aqui. - Ele apontou para um ponto do mapa próximo as praias de Pastoria. – Se continuarmos seguindo o rio, adentraremos ainda mais Sinnoh.

- E isso é um problema? – Perguntei. Keanan colocou o dedo na área que representava Snowpoint.

- A guerra está com força total em Snowpoint City, e se espalha rapidamente pelas cidades ao Sul. – Keanan explicou. – Se entramos mais em Sinnoh, estaremos em risco de entrarmos na guerra, o que seria lamentável para nós e para todos esses Pokémon.

- Tem razão... – Murmurei. – Qual é o seu plano?

- Eu queria chegar até Sunyshore e pegar um navio lá, mas não sei para onde ir agora. – Keanan explicou, visivelmente frustrado.

Olhei o mapa e o observei.

- Talvez pudéssemos chegar a Sunyshore, mas seria uma jogada arriscada. Não temos informações precisas sobre o local e... – Falei. – Ah!

- Tudo bem? – Keanan perguntou, preocupado e afirmei.

Como diabos eu pensei em uma estratégia assim? Bem...eu sempre pensei bastante e prestei atenção nas batalhas Pokémon com muita paciência e calma. Talvez seja uma consequência após anos treinando. Voltei a atenção para o mapa e o observei.

- Mas você está certo. Sem contar que não sei para onde ir. – Keanan falou.

Esses Pokémon precisavam de um local seguro. Um local onde podem ser protegidos, longe da guerra e de qualquer outro que possa fazer mal a eles. Uma ideia se estalou em minha mente. Que local era mais seguro e pacato que minha cidade natal, Pallet?

Observei o mapa com atenção. Se descemos o rio, temos a chance de encontrar os caçadores, algo realmente desagradável. Mas se subíssemos mais um pouco, poderíamos dar a volta e descer até o mar. De lá seriam, pelo menos, dois dias para chegar em Pallet.

- Acho que tenho uma solução para nossos problemas. – Falei a Keanan, que me olhou com surpresa.

- Sério? – Ele perguntou.

- Sim... – Falei e sorri. – Ouça.

Em Pallet, naquela noite. (Narração Terceira Pessoa)

A lua brilhava fortemente, iluminando completamente a pequena cidade. Mas o clima não andava muito bom. A morte de Ash foi um grande impacto para Pallet. Ninguém esperava que o garoto morresse de forma tão brutal. Os Pokémon conseguiram sobreviver já que Ash havia protegido seus amigos Pokémon para explodir sozinho.

Todo eles pareciam não ter ferimentos físicos sérios, mas a dor no coração por perder seu querido treinador era demasiada. A maioria, com exceção de Pikachu, se recusavam a sair de suas Poke Balls. Mas havia um especial que, toda a noite, subia no telhado do laboratório do Professor Carvalho e admirava o céu noturno. Era Greninja.

Greninja, entre todos os outros Pokémon que estavam com Ash na Ilha dos Campeões, foi o único afetado fisicamente. Devido a energia usada no disparo do Canhão de Magma ter sido a de um Pokémon Shiny e seu corpo ser altamente exposto a radiação com a Aura de Ash, a coloração de sua pele havia mudado.

Greninja agora era quase completamente preto, com exceção das estrelas azuis em seus coxas, suas bolhas brancas e a membrana em sua cabeça azul. Até mesmo sua língua havia ganhado uma tonalidade de vermelho escura. O Professor Carvalho concluiu que Greninja havia se transformado em um Pokémon Shiny através da alta exposição aos raios do Canhão de Magma. Basicamente, um Pokémon Shiny artificial. Sua saúde não havia se alterado nem nada, ou seja, não tinha porque se preocupar com sua saúde física.

Greninja olhava para a lua, concentrado no pensamento de seu treinador que havia sacrificado tudo para salvar inúmeras pessoas e Pokémon, o que o incluía. Ele não pronunciou nenhuma palavra ao olhar para o céu.

Todos os seus amigos Pokémon estavam arrasados, mas Greninja ainda tinha esperança. O poder com o qual ele nasceu ainda fluía em seu corpo, de uma forma mais fraca que antes, mas ainda estava lá. Isso só podia significar uma coisa: Ash ainda estava vivo e ele tinha que provar.

Tudo estava calmo, quando Greninja sentiu uma onda elétrica bastante família percorrer seu corpo. Ele arregalou os olhos. Essa era a mesma sensação que ele tinha quando entrava em sua forma Ash-Greninja. Só tinha uma pessoa que podia sincronizar com ele assim. Era o Ash. Ele estava certo disso e iria provar.

Com Ash (Primeira pessoa)

- Vamos lá. – Murmurei, completamente abaixado ao gramado, próximo a margem do local onde a água do rio encontrava a água do mar.

As ondas batiam com um pouco de violência em minha frente, mas ainda assim era possível enxergar meu alvo, agora, completamente iluminado com o cair da noite. Um iate ancorado não muito longe da costa de Pastoria.

* * * * *

- Pallet, em Kanto você diz. – Keanan murmurou pensativo, olhando para o mapa na mesa. – Você tem um ponto. Eu não ouvi nada sobre Pallet estar em guerra.

- Sim. Pallet é uma cidade pacata, cercada por florestas e rios que se interligam ao mar. É acessível para alguém que cresceu lá, como eu. – Expliquei com atitude. – Mas é traiçoeira para forasteiros, basicamente, uma cidade com uma fortaleza natural.

Keanan parecia processar a informação com cuidado.

- Eu acho que vale a pena arriscar, mas temos um problema. – Keanan falou. – Os caçadores que estão me perseguindo.

- Eles serão um obstáculo. – Concordei. – Mas podemos mudar a situação. Você sabe algo sobre eles?

- Sei que eles são muito bem treinados e preparados, não hesitam em matar e... – Keanan continuou mas eu o interrompi erguendo a mão direita.

- Você sabe se eles estão em algum tipo de base? – Perguntei e ele bateu o punho na mão esquerda.

- Sim! Eles possuem um iate! – Keanan explicou. Um iate...interessante.

- Ótimo! – Falei contente. – Vamos reunir algumas informações e formularemos um plano.

* * * * *

Após termos enviado alguns Pokémon voadores para obter a localização do tal iate, logo conseguimos descobrir sua localização e formulamos um plano. Bem, um plano é uma maneira de dizer.

Basicamente, iríamos roubar um iate bem debaixo do nariz dos caçadores. Claro, formulamos um plano, não iríamos ir e simplesmente reivindicar o barco. Peguei os binóculos fornecidos por Keanan e os coloquei para investigar o iate.

- Interessante. – Murmurei. Parece que o iate tinha alguns guardas de prontidão. Deviam ser seguranças particulares, já que usavam ternos escuros enquanto seguravam longas armas de fogo, nas quais não conseguia distinguir.

O que? Eu nunca havia me concentrado em aprender sobre essas armas. Elas serviam para matar e esse nunca foi meu objetivo e eu esperava não fazer isso nunca. Bem, mas aqui estou eu, pronto para roubar um iate com seguranças armados, uma missão suicida ou homicida. Eu, realmente, torcia para que eles se rendessem facilmente ou que eu não acabasse morto.

Mas voltando ao tópico. Teríamos que invadir um local com guardas armados até os dentes usando apenas nossas cabeças e Pokémon que estavam dispostos a dar suas vidas

- Vamos começar. – Murmurei.

(Narração Terceira Pessoa)

Os guardas estavam posicionados em locais estratégicos nas laterais, popa e proa do Iate para prever movimentos da marinha de Sinnoh, ou até mesmo de piratas ilegais que ainda vagavam pelos mares atrás de riquezas.

Eles usavam ternos escuros elegantes, usavam óculos escuros, seguravam armas e pareciam prontos para o combate.

Longe deles, Ash observava os Pokémon se agruparem para começar o ataque. Ao seu lado estava seu Lapras, somente com a cabeça para fora da água e em seu ombro direito, um pequeno Wingull esperando as ordens.

- Comecem. – Ash sussurrou aos dois.

- Laa. – Lapras afirmou e submergiu no mar.

- Gull! – Wingull afirmou ao levantar voo deixando o garoto sozinho.

Wingull voo até um precipício, onde Keanan e vários Pokémon o aguardavam. O Pokémon Gaivota pousou no braço estendido do homem mais velho que afirmou ao vê-lo.

- Está na hora. – Keanan comentou e se virou para os Pokémon. – Meus amigos, é chegada a hora da verdade. Ash, os Lapras e os outros estão esperando nosso sinal. Temos que ajudá-los até o fim. Vamos!

A multidão afirmou em um berro e os Pokémon de água foram a frente e iniciaram o ataque.

No iate, os sensores nos óculos escuros dos guardas começaram a indicar que algo poderoso estava se aproximando, os deixando em guarda. Acima deles no céu, nuvens escuras começaram a se acumular e uma poderosa chuva começou a cair.

- Isso não é normal! – Um dos seguranças gritou. – Estamos sob ataque! Preparem suas armas IMEDIATAMENTE!!!

Todos os seguranças começaram a se espalhar pelo iate, com suas armas prontas para atirar em qualquer coisa que se aproximasse durante esse ataque. A chuva começou ficou mais forte, fazendo com que as ondas do mar começassem a ficar mais selvagens e balançassem cada vez mais o iate.

- Nossos atacantes estão usando Pokémon! Isso é um Rain Dance! – Um soldado falou apontando para o céu trevoso.

- Não fomos pagos o suficiente para isso! – Outro gritou em fúria e pânico, com sua arma pronta.

Todos os guardas estavam prontos para o combate, quando uma poderosa corrente de ar começou a descer dos céus em forma espiral. Um tornado!

Com Ash

Ash observava os Pelipper no céu, usando simultaneamente seus ataques de Hurricane de várias direções diferentes, formando um poderoso tornado em volta do iate. O treinador estava esperando uma abertura para os Lapras poderem atacar.

Em poucos segundos, os sons de disparos começaram a encher os ouvidos de todos. Os soldados pareciam ter descoberto a fonte do ataque e começaram a atirar para o céu. Com isso, os Pokémon começaram a voar desesperados com o barulho e o tornado começou a perder a força.

- Não! Pessoal, vocês tem que continuar! – Ash gritou para os Pelipper. – O tornando está afetando a mira deles, se vocês pararem, todos nós seremos mortos!

- Peli! – Os Pelipper acenaram em resposta e voltaram a aumentar a força do Hurricane.

- O tornando está mais forte! – Um dos soldados gritou enquanto disparava a arma com dificuldade. O tornado estava começando a tirar o oxigênio de seus pulmões.

- Quase lá, só precisamos tirá-los de lá! – Keanan gritou observando os soldados no convés começarem a cair devido a falta de oxigênio. – AGORA!!!

Os Pelipper começaram a parar o Hurricane e o tornado perdeu a força, começando a se dissipar. Os soldados do Iate estavam fracos e se recuperando lentamente.

- O ataque acabou? – Um murmurou.

- Ainda não. – Ash murmurou ao longe.

As ondas do mar começaram a se revoltar e o iate balançou. Abaixo da água salgada, os Lapras usavam seus movimentos aquáticos em um só ponto enquanto nadavam velozmente em direção ao barco.

Os soldados ofegaram quando viram a grande onda, maior até mesmo que o veículo onde estavam, se dirigindo rapidamente em suas direções.

- Isso é insano! – Um soldado gritou. – Nós temos que chama...

A onda cobriu o convés do Iate, levando todas as coisas ali presentes para o mar. O barco conseguiu furar parte da onda, o que o impediu de ser afundado, já que Ash e Keanan precisavam do Iate inteiro.

A onda gigante continuou até arrebentar completamente nas rochas do mesmo penhasco onde Keanan e o restante dos Pokémon estavam olhando tudo de cima.

- Usem o Ice Beam! – Keanan ordenou aos Pokémon.

- Goo! – O Goodra de Ash exclamou para um grande grupo de Pokémon que, simultaneamente, dispararam um raio de gelo contra a onda recém arrebentada. Os Lapras emergiram e logo se juntaram ao ataque de Ice Beam.

- O que está acontecendo aqui?! – O capitão do Iate perguntou ao chegar correndo no convés. Ao ver os Pokémon congelando a grande onda ele logo descobriu o que estava acontecendo e tentou correr para de volta a cabine para fugir.

- Não tão rápido. Tyranitar, Dark Pulse! – Keanan ordenou ao Tyranitar.

- Tar! - Tyranitar gritou ao disparar um raio de anéis escuros contra o capitão do Iate, o derrubando no mar.

Em poucos segundos, a onda produzida pelos Lapras se transformou em um grande Ice Berg preso ao penhasco, com todos os soldados presos junto.

(Narração Primeira Pessoa: Ash)

Suspirei após ver o Ice Berg completo, com toda a tripulação presa dentro dele. Isso era bastante cruel se eu parasse para pensar, mas estamos em GUERRA. Por mais que eu não queira machucar esses homens, não posso me dar ao luxo de deixá-los soltos para espalharem a notícia de que um grupo de Pokémon os atacou.

Agora, do mesmo jeito que Ishido antes de mim, eu tinha sangue em minhas mãos. Os soldados podem ainda estar vivos, na mínima possibilidade de terem sobrevivido ao choque da água com o penhasco, mas agora, iriam morrer dentro do gelo.

- Free? – Um barulho chamou minha atenção. Me virei e encarei meu Butterfree.

- Está tudo bem, Butterfree, de verdade. – Falei tentando tranquiliza-lo, mas ele insistiu em voar ao meu redor. – Eu não vou deixar nada acontecer com nenhum de nós, isso é uma promessa.

- Free! – Butterfree afirmou contente.

Pobre Butterfree. Sua preocupação comigo era completamente compreensível. Ele havia perdido sua amada, provavelmente outros de seu bando, sua casa...tudo. Agora, a única coisa que ainda lhe resta, sou eu, seu treinador, que ele também achou que havia perdido após o ataque de Ishido. Butterfree estava sozinho, mas estou aqui farei de tudo para ajuda-lo.

- Então, era essa a anomalia? – Uma voz masculina perguntou atrás de mim, surpreendendo-me.

Olhei por cima do ombro e vi os mesmos caçadores que havia encontrado na noite anterior. De perto, pude vê-los melhor. Um deles era um pouco mais alto, tinha cabelo branco e pele pálida. Usava um longo casaco preto com um óculos exatamente igual ao da Caçadora Pokémon J, porém com a lente vermelha. (N/A: Para quem não se lembra, a Caçadora Pokémon J foi a pessoa que ajudou a Team Galactic a capturar Azelf, Mesprit e Uxie em Sinnoh, e acabou sendo morta pelo Future Sight do Mesprit e do Uxie)

O segundo não era diferente, usava os mesmos trajes, mas seu cabelo era escuro e curto e ele era um pouco mais baixo.

- Eu sabia que aquele tornado não era natural, Mado. – Murmurou o mais alto. O menor, com cabelos pretos, analisou o penhasco.

- Senhor K, isso parece ser obra do velho Keanan. – Mado falou ao mais velho.

- Eu sabia que esse velho gagá iria aprontar, cedo ou tarde. Mas eu não esperava que ele conseguisse ajuda. – Senhor K falou apontando para mim.

- Eu cuido do velho! – Mado gritou, subindo atrás de Keanan.

- Não! – Gritei pronto para intercepta-lo.

- Seu oponente serei eu, garoto. – Senhor K falou pegando uma Poke Ball. - Ruja, Houndoon!

- Arrrrr! – Houndoon se materializou em frente ao homem, rosnando.

- Freee! – Butterfree gritou, ficando em minha frente de forma protetora.

- O que está fazendo Butterfree? – Perguntei, Butterfree olhou para o homem com puro ódio, algo que eu nunca havia presenciado nele. Foi então que a ficha caiu. – Foi ele?

- Freee! – Butterfree afirmou, deixando lágrimas escorrerem.

- Então vamos acabar com ele. – Murmurei agora com raiva. Esse homem é a causa de toda a dor de Butterfree. Ele matou a Butterfree rosa. – Você é um desgraçado maldito!

- Tanta raiva... – K sorriu friamente. – Emtendo...eu tirei algo de vocês e agora, vocês querem se vingar, não é?

- Free! – Butterfree afirmou com raiva.

- Ótimo! – K gritou. – Houndoon, vamos acabar com esses dois. Fire Fang!

- Butterfree, use o Gust! – Ordenei.

- Arrr! – As presas e a boca de Houndoon ficaram rodeadas de chamas vermelho alaranjadas e ele correu em direção ao Butterfree.

- Free! – Butterfree bateu suas asas com força, enviando uma poderosa rajada de vento que fez Houndoon recuar um pouco.

Sorri internamente. Já fazia muito tempo desde que havia usado Butterfree em uma batalha, não sabia se seus movimentos haviam mudado.

- Excelente! Fire Blast! – K exigiu.

- Gaaaar! – Houndoon abriu a boca e disparou um enorme Kenji de fogo em direção a Butterfree.

- Free! – Sem esperar meu comando, Butterfree disparou um raio azul com círculos coloridos dentro da boca, que explodiu ao encontrar em contato com o Fire Blast.

- Você aprendeu o Psybeam, isso é ótimo Butterfree! – Falei contente, algo que fez K rir.

- Não sabe os movimentos do próprio Pokémon, que patético. – K falou rindo.

- Butterfree, use o Sleep Powder! – Ordenei.

- Freee! – Butterfree bateu as asas acima de Houndoon, liberando pó verde que cercou o Pokémon escuro.

- Houndoon, use o Roar para dispersar o pó! – K exigiu.

- Roar! – Houndoon deu um poderoso rugido, que liberou uma pequena quantidade de vento, o suficiente para dispersar o Sleep Powder.

- Eu sou um caçador, pirralho. Treinei para caçar e matar qualquer Pokémon ou pessoa. – K falou de forma arrogante. Apertei os punhos com raiva. – Acha mesmo que uma tática como essa irá me derrotar?

- Desgraçado. – Murmurei. Esse homem em minha frente era muito bem treinado, e tinha a vantagem tanto de tipo como em conhecimento. Butterfree e eu acabamos de nos reencontrar, ainda não estávamos completamente sincronizados.

- Dark Pulse! – K ordenou.

- Arrrr! – Houndoon abriu a boca e disparou um raio de anéis negros contra Butterfree.

- Butterfree! – Gritei em pânico quando ele foi atingido.

- Free. – Butterfree respondeu voando em minha frente após sair da explosão. Ele estava um pouco ferido.

- Esse cara é forte. – Falei para mim mesmo. – A vantagem dele é imensa.

- "Você estava certo, Ash." – Uma voz familiar falou em minha cabeça. Droga! Agora não é hora de uma lembrança retornar. Era a voz de meu irmão.

- No que eu estou certo? – Perguntei apertando a minha cabeça com a mão direita.

- "O tipo de Pokémon não faz a total diferença em uma batalha, dependendo da pessoa com quem você está lutando." – A voz de meu irmão, Silver, continuou. Essa era uma lembrança do nosso último encontro, quando ele retornou a Pallet.

- O que? – Perguntei alto. K me olhava com uma sobrancelha levantada.

- "Lembre-se desta lição, querido otouto (irmãozinho). Acontece que não importa o poder do seu inimigo, nem mesmo o tipo de Pokémon que ele usa contra você. Se você ficar encurralado pela vantagem do oponente, você pode reprimi-la com sua experiência e criatividade. Saiba que as batalhas não são apenas trocar ataques entre dois Pokémon. Batalhas são cheias de estratégias, e aquele que demonstrar maior número de experiência e estratégias, será o vitorioso. Lembre-se bem dessas palavras, Ash." – A voz de Silver ecoou enquanto desaparecia, junto com minha dor de cabeça. Levantei o olhar para Butterfree, que ainda encarava Houndoon e dei um leve sorriso, surpreendendo K.

- Esse olhar...essa concentração...esse sorriso. – K murmurava em choque, mas recuperou a postura. – Não pode ser. Deve ser só um déjà vu. Houndoon, Fire Blast!

- Gaaaar! – Houndoon abriu a boca e disparou um enorme Kenji de fogo em direção a Butterfree.

- Vantagem pode ser reprimida por experiência, não é? – Sussurrei e encarei o ataque de Houndoon e algo clicou em minha mente. – É isso! Butterfree, use o Gust!

- Free! – Butterfree bateu suas asas com força, enviando uma poderosa rajada de vento contra o fogo.

O fogo do Fire Blast ficou ainda mais forte ao se mostrar com o Gust, já que o vento espalhou mais as chamas. Sorri.

- Psybeam! – Ordenei.

- Free! – Butterfree disparou um raio azul com círculos coloridos dentro da boca contra a corrente de chamas que foi causada pelo Gust e pelo Fire Blast.

O Psybeam atingiu as chamas e a empurrou contra o próprio Houndoon que foi engolido pelo fogo.

- O que? – K gritou. – Essa estratégia...não pode ser!

- Sleep Powder! – Ordenei. Iria aproveitar essa abertura que K me deu e continuaria.

- Freee! – Butterfree voo acima de Houndoon e bateu as asas, liberando pó verde que cercou o Pokémon escuro.

- Houndoon, Roar! – K gritou.

- Roar! – Houndoon deu um poderoso rugido, que liberou uma pequena quantidade de vento, indo repetir o movimento anterior.

- Gust! – Ordenei novamente.

- Free! – Butterfree bateu suas asas com força, enviando uma poderosa rajada de vento contra o pó verde, enviando-o de volta a Houndoon e K.

- Não! – K gritou, mas já era tarde, o Sleep Powder já o havia alcançado e ele, juntamente com Houndoon, caíram no chão. – Esse homem...é...como o...Senhor...Silv...

K desmaiou após poucos segundos. Olhei para trás, e vi o senhor Keanan e Tyranitar acabando de nocautear o outro caçador. Butterfree olhou para K com satisfação.

- Não se preocupe, eles dois terão o que merecem, amigo. – Garanti a Butterfree. Keanan, Tyranitar e Goodra se aproximaram.

- O que faremos com eles? – Keanan perguntou. – Afinal, eles viram seu rosto.

- Eles parecem ter ligação com meu irmão. – Expliquei olhando para K.

- Irmão? – Keanan questionou elevando uma sobrancelha.

- Longa história. – Expliquei brevemente.

- De qualquer modo, acho que, no momento, você tem que continuar morto. – Keanan me falou e olhei para ele sem entender. – Seu status, para todo o mundo, é morto em combate, Ash. Esses dois viram você e, caso relatem a alguém de Ishido, você estará condenado.

Keanan tinha um ponto. Talvez, o único motivo pelo qual Ishido não tivesse continuado a atacar meus amigos fosse o fato de que eu havia morrido. O melhor para todos era que isso continuasse assim no momento.

- Tem razão. – Falei com um suspiro. – Vamos congela-los e deixar o frio acabar com eles.

Keanan me encarou, surpreso com minha ideia, mas afirmou.

- Você tem a mentalidade de um verdadeiro soldado, Ash. – Keanan murmura e pega os corpos de ambos os caçadores.

- Talvez... – Murmurei em resposta.

Mais tarde

Olhei para K e Mado que estavam sendo congelados no Ice Berg por Goodra. Keanan levava os Pokémon para o iate que tomamos recentemente. Mado já estava completamente congelado, só faltava um.

- Você é igualzinho ao seu irmão...Ash Ketchum. – K murmurou enquanto despertava. Todo o seu corpo estava congelado, com exceção da cabeça.

- Você sabe. – Falei pouco surpreso. K riu e ergui a mão, fazendo Goodra parar o ataque.

- Seu olhar naquela hora, sua concentração e até mesmo o modo de batalhar...igualzinho ao Silver-Sama. – K falou com um sorriso cruel. – Eu tive a oportunidade de ver seu irmão mais velho batalhando e, meu caro, nunca me arrependi de assistir as batalhas.

- Como você descobriu que ele é meu irmão? – Perguntei, bastante curioso, mas não deixei o sentimento transparecer. Eu mesmo já havia visto Silver antes na TV, antes de me lembrar que ele é meu irmão. Fisicamente falando, não somos parecidos.

- Realmente, se eu considerasse o físico de vocês dois, jamais descobriria. Silver é ruivo e você é moreno. Até mesmo suas personalidades são diferentes em inúmeros sentidos. – K explicou e então riu. – Mas existe uma coisa que denunciou você.

- O que seria? – Perguntei.

- Os olhos. – Ele falou com um sorriso cruel. – Os mesmos olhos frios e calculistas que vi nele há anos atrás, reencontrei em você hoje. Mesmo que seja raro tal olhar em seus olhos pelo histórico que você tem. – K riu. – Mas eles estão aí, não tem como negar. Tsc. Maldito. Vocês são parecidos!

- Somos é? – Perguntei sem emoção.

- Muito, em termos de atitude. FUFUFU! – K começou a rir histericamente. – Essa frieza com os inimigos...HAHAHA! Vocês dois são mais que ruins...vocês são cruéis! Mas considerando de quem vocês são filhos...

- Como é? – Questionei e K me olhou incrédulo e logo sorriu friamente.

- Ah! Entendi. Vocês dois foram separados não é? FUFUFU! Interessante. – K começou a rir. – Você não sabe quem é seu pai. Que ridículo. Quase me enganou, Ash.

Olhei intensamente para o homem que continuou a rir.

- Quem é meu pai? – Decidi perguntar e K riu mais alto.

- Quer saber...não vou contar nada pra você, seu desgraçado. – K falou dando uma risada. – Eu não entregarei segredos para você em uma bandeja de prata. Você irá se virar sozinho!

Olhei para o caçador e suspirei. Goodra me olhava ansioso e afirmei.

- Congele-o de uma vez por todas, Goodra. – Falei ao meu Pokémon. – O frio irá terminar a vida deles por nós.

- Goo. – Goodra afirmou e continuou a usar o Ice Beam para congelar K.

- Te vejo no inferno, Ash Ketchum. – K falou e seu rosto foi congelado, ainda mantendo um sorriso sinistro no rosto. Suspirei.

- Vamos, Goodra. – Falei e caminhei até o iate, onde Keanan embarcava os Pokémon que não podiam nadar ou voar.

- Goo. – Goodra afirmou e me seguiu.

- "Então é isso que a guerra faz com as pessoas?" – Perguntei mentalmente, olhando para todos os homens que estavam congelados no Ice Berg. Logo a morte iria alcança-los, se é que já não alcançou.

Enquanto me aproximava, senti algo. Um sentimento familiar que eu conhecia muito bem. Por um momento fechei os olhos e me concentrei por um instante para ver se realmente era ou não verdade. O calor cobriu meu corpo em segundos e abri os olhos.

- Então, ele sabe que eu estou vivo. – Falei com um sorriso.

Em Pallet (Terceira Pessoa)

Carvalho estava em seu Laboratório, sentado na mesa de trabalho olhando para o jornal dessa manhã. Abaixo de seus olhos estavam recheados de vermelho pelo choro e de sombras pela insônia. A guerra contra Ishido havia atingido seu ápice e milhares de pessoas estavam sofrendo.

- Ash... – Carvalho murmurou. Ao pensar no garoto, o velho não pode deixar de dar um sorris o triste.

Ele havia morrido como um verdadeiro herói, sacrificando sua própria vida para impedir a morte de todos aqueles inocentes na Ilha dos Campeões. Seu corpo não havia sido encontrado, e agora, deveria ser impossível, já que a ilha estava começando a afundar para o mar aos poucos.

- Nin. – Carvalho olhou para trás para encontrar Greninja.

- Greninja. – Carvalho cumprimentou sem muita emoção.

Greninja era uma grande lembrança de Ash. Todos os seus Pokémon que estavam no laboratório estavam indisposto e chorando pela perda de seu treinador. Pikachu era o pior dentre eles. Não saia da casa de Delia, preferindo ficar sozinho do que com seus amigos Pokémon.

Carvalho realmente se intrigava com Greninja. Graças ao Fenômeno do Laço que ele possuía com Ash, ele foi capaz de dividir o poder da Aura temporariamente com o treinador. Mas nem isso adiantou. Todo o seu corpo foi exposto a energia do disparo do Canhão de Magma, algo que, segundo um anúncio de Ishido, era energia de um Pokémon Shiny. Greninja absorveu essa energia e seu corpo mudou completamente de cor. Antes azul escuro, agora preto, que deixou sua aparência ainda mais intimidante.

- Gre. – Greninja mais uma vez chamou a atenção de Carvalho com calma.

- O que? – Carvalho perguntou.

Greninja se virou e caminhou até um mapa mundo pendurado na parede.

- Nin. – Greninja falou apontando para o local do mapa onde estava escrito "Ilha dos Campeões".

- Ilha dos Campeões? – Carvalho questionou sem entender. Ele não queria lembrar desse lugar agora. – Foi aí que o Ash morreu.

- Ja. – Greninja negou com a cabeça, surpreendendo o professor.

- Como é? – Carvalho perguntou, perplexo.

Greninja fechou os olhos e se concentrou no poder que o ligava ao seu treinador. Mesmo que sua transformação não estivesse ativada, esse poder pertencia a ele, o ligando diretamente a Ash.

Carvalho observou quando Greninja arrastou o dedo da Ilha dos Campeões até uma parte do mar no mapa. O Pokémon então deslizou o dedo vagarosamente até a Região de Sinnoh Sonho e pousar em Pastoria City. Carvalho olhou impressionado para Greninja que deslizou o dedo mais uma vez até um ponto no mar, não muito longe de Sinnoh.

- Gre! – Greninja exclamou ao tocar no ponto do mapa.

- O que isso significa, Greninja? – Cascalho perguntou com uma leve esperança.

Greninja não respondeu. Simplesmente ergueu o braço direito e uma aura de água explodiu ao seu redor. A crista em sua cabeça ficou vermelha e suas orelhas ganharam orifícios que lembrava o cabelo de Ash com um pequeno raio vermelho no canto. A aura de água se acumulou em sias costas e ganhou a forma de uma grande Water Shuriken. Era a forma Ash-Greninja.

- Não pode ser! – Carvalho exclamou impressionado e olhou para o mesmo ponto no mapa onde Greninja havia indicado a pouco. – Ele está...

- Nin ja! – Greninja afirmou em sua forma Ash-Greninja.

 Carvalho não podia acreditar, mas a transformação que ocorreu em sua frente era a maior prova que o contradizia. Greninja sabia disso e tentou avisa-lo, mas ele o ignorou. Isso não iria se repetir, pois agora, havia uma chance de Ash Ketchum estar vivo.


Notas Finais


Personagens:
Keanan: https://goo.gl/images/gjgpHm
(Mencionado) Caçadora J: https://goo.gl/images/jVxoNH
Greninja: https://goo.gl/images/i7k6eA
Ash-Greninja: https://goo.gl/images/sxWp9d
Silver: https://goo.gl/images/5sM29w

Objetos:
Iate: https://goo.gl/images/yiqP58

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Ah Irei atualizar Pokémon Revolution em Breve também. É que eu queria sincronizar o tempo dessa fic com Pokémon Revolution para elas iniciarem do mesmo ponto.


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