Cap 5. Parte 1
-Goodbye-
Bardock estava sentado no chão no canto da cela e refletia sobre tudo que acabara de acontecer em sua vida. Sentia-se derrotado por tudo o que passava, sua vida havia virado de cabeça para baixo em apenas alguns dias por causa dele mesmo. Ainda pensava em um jeito de se reconciliar com sua esposa, mas, como? Depois de ter tido um ataque de fúria e ter matado todos os saiyajins que se encontravam na sala de treinamento? Ele sabia que a punição para aquilo era a morte. Bardock saiu de seus pensamentos quando um soldado abriu a cela que ele se encontrava, nas suas mãos havia uma bandeja com algum tipo de alimento. O soldado andou próximo a Bardock e parou em sua frente.
_Anda! Pegue isso! – O soldado jogou a bandeja no chão.
_Animais como você devem comer a comida no chão!
Bardock pensou em revidar aquela ofensa, mas sabia que não seria uma boa ideia naquele momento. Ele continuou sentando no mesmo lugar, olhando para a comida no chão e o soldado olhava para ele com desprezo.
_É até difícil de acreditar que um merda feito você não será executado. – O soldado disse em um tom alto e ríspido.
Bardock posicionou os seus olhos diretamente para o soldado que estava em sua frente.
_Como? – Perguntou Bardock para o soldado com um certo tom de curiosidade.
_Não faça perguntas, você não tem direito a nenhuma por aqui. – Revidou o soldado, cruzando seus braços.
_Isso é tudo o que tenho a lhe dizer. -Disse o soldado se virando e indo em direção a porta da cela. O soldado caminhou até ela e virou-se novamente para Bardock.
_E coma, antes que você morra de fome! -Disse o soldado indo embora e fechando a porta da cela.
Bardock olhava para a porta da cela que acabara de ser fechada, e não podia acreditar nas palavras que o soldado havia acabado de dizer, estava sem reação. Se ele não seria executado, o que iria acontecer com ele? Será que uma nova chance havia sido lhe dada? Não, não tinha como ser isso. Bardock só pensava que seu destino talvez fosse algo pior do que a própria morte.
******
Gine ainda se encontrava na sala com os cientistas, ela olhava de pé fixamente as duas máquinas de regeneração em que Dr. Briefs e Dra. Briefs se encontravam.
“Dois dias...” Disse para si mesma.
Esse era o tempo que demoraria para aqueles dois estarem novamente acordados, em um planeta totalmente diferente e com suas vidas transformadas. Gine sempre refletia sobre aquele curto período de cura e agora sabia que já era tarde demais para que ela pudesse fazer qualquer coisa com a criança bastarda que estava por vir. Mas, nada era impossível, ela só precisava de um tempo para pensar, algum jeito deveria existir, Gine não desistiria tão fácil e ela sabia que iria fazer alguma coisa que pudesse mudar o destino daquela criança. Gine virou-se para a mesinha que estava logo atrás e praticamente se jogou na cadeira que acompanhava a mesma. O mundo para ela havia virado de cabeça para baixo, sua vida havia sido destruída por uma única pessoa, Bardock. Raiva, tristeza e decepção eram os principais sentimentos que rondavam sua mente quando pensava naquele saiyajin. Começou a pensar no ataque de loucura que ele tivera na sala de treinamento. “Por que Bardock? Por quê” dizia a si mesma quando lágrimas começaram a brotar de seus olhos. Ela pôs a mão em seu ventre e começou a pensar em tudo aquilo que ela acabará de perder.
_O que será de mim e você? – Disse em um tom baixo como se o seu filho estivesse ali em sua frente ouvindo todas as suas palavras.
Ela continuou ali por algum tempo, até que Gine enxugou suas lágrimas com seu braço direito e se levantou da cadeira aonde estava sentada. “Tenho que ser forte. ” Pensou consigo mesma. Gine se dirigiu para fora daquela sala indo em direção ao corredor, naquele momento ela só queria descansar e queria ir para casa depois daquilo tudo. Casa? Será que ela realmente deveria voltar para lá depois de tudo o que estava acontecendo? Pensou ela. Era melhor do que ficar dentro daquela sala, olhando para aqueles cientistas outra vez, pensou logo em seguida. Gine saiu da sala e se dirigiu para esquerda em direção ao elevador, chegando nele ela apertou o botão e o esperou. Depois de alguns segundos a porta se abriu e ela se dirigiu para dentro do elevador, apertou o botão que indicava o térreo e as portas se fecharam. Demorou um pouco para que ela chegasse ao seu destino, quando as portas se abriram ela se dirigiu para fora, no vasto corredor do térreo e seguiu em frente afim de sair daquele local. O local estava praticamente vazio, com exceção de dois soldados que conversavam em um canto, quando Gine passou por eles, logo se interessou pela conversa que os dois tinham. Eles conversavam sobre o ataque que ocorrera na sala de treinamento, falavam especificamente da pessoa responsável por aquilo tudo, Bardock. Gine seguiu um pouco mais a frente e entrou numa brecha que havia ali, na brecha havia alguns utensílios de limpeza, mas nada que pudesse atrapalhar ela a ouvir a conversa daqueles dois saiyajins.
_(...) Ainda não acredito que aquele filho da puta não será morto.
_Lorde Freeza disse que o quer. Agora, para o que é, ninguém sabe.
_Deve ser algum tipo de punição, já que aquele desgraçado acabou com vários saiyajins que poderiam ser usados para conquistar planetas para ele.
_Seja o que for não será algo bom. -Respondeu o outro soldado.
_Que seja, aquele merda merece morrer logo. - Quando o soldado acabara de falar o seu scouter apitou. Ele iniciou um curto dialogo e o encerrou apertando o botão do seu scouter.
_Vou ter que trocar de turno com o Nappa novamente, e vigiar aquele filho da puta de novo.
_Boa sorte.
_Vai se fuder.
O soldado que não recebeu ordens no scouter se dirigiu para o outro canto do corredor passando perto de Gine, ele não a notou. Gine percebeu que o outro soldado se referia a Bardock. Esse soldado foi em direção ao elevador, esperou a chegado do mesmo e entrou, quando o elevador fechou a porta, Gine correu em direção a ele e esperou que o elevador chegasse ao seu destino, foi então que ela apertou o botão e esperou o elevador chegar. Quando ele chegou ela apertou o número do andar que o mesmo soldado havia apertado. Sabia melhor do que ninguém que naquele andar ficava as celas, pois era lá onde ela viu pela primeira vez os cientistas. Esperou alguns segundos e o elevador parou no andar. Quando o elevador abriu as portas ela deu de cara com Nappa que estava para ir embora de seu turno.
_Gine? O que faz aqui? -Perguntou Nappa a ela.
_Preciso falar com Bardock! Me deixe falar com ele! -Gritou ela saindo do elevador e empurrando Nappa. Nappa afastou Gine.
_Gine você precisa se acalmar, não temos permissão de deixar ninguém falar com o prisioneiro.
_Ninguém precisa saber, não falarei nada de importante com ele, só me deixe falar com ele! Por favor! Eu já lhe ajudei uma vez! Lembre-se quando você estava quase morrendo e eu consegui ajuda para lhe colocar em um tanque de regeneração! -Disse ela com firmeza.
Nappa abaixou a cabeça e pensou um pouco sobre aquilo. Gine já havia ajudado ele uma vez, ele devia algo em troca e afinal de contas, e além do mais o que Gine faria? Nappa pensou mais um pouco e chegou à conclusão que a deixaria ir na cela.
_Você poderá ir mas por alguns minutos, nada a mais, antes que descubram alguma coisa.
_Muito obrigada!
Eles seguiram pelo corredor extenso até a imensa porta vermelha. Nappa se dirigiu para o painel e pôs sua mão nele, o painel o reconheceu e as portas se abriram. E eles seguiram novamente pelo vasto corredor. Eles passaram pelas portas vermelhas até chegarem na porta azul royal que era a cela especial, a mesma em que os cientistas ficaram quando chegaram a terra. Havia um soldado na porta, o mesmo que estava conversando com outro soldado no térreo.
_O que ela faz aqui?
_Ela tem autorização para vê-lo, é a esposa dele afinal.
_Que eu saiba, o prisioneiro não pode receber visitas.
_Se você deixa-la entrar ficarei em seu turno. Sei que não gosta de vigia-lo.
_Se você ficar nos outros três turnos, acordo fechado.
_Saia logo daí.
_Tá legal.
Quando o saiyajin saiu da porta e passou por Gine, ela o agarrou pelo colarinho e empurrou para a parede.
_Se alguém souber que estive aqui, você não verá mais a luz do sol.
Ela o soltou e ele saiu do corredor olhando de vez em quando para trás em direção a Gine, Nappa e Gine o observaram até sair do corredor.
_Acha que causou algum medo nele?-Perguntou Nappa.
_Se ele não sentiu medo, contará a alguém e se contar a alguém ele nunca mais irá sentir qualquer coisa desse mundo. Eu mesma acabarei com ele.
Nappa se virou para o painel da cela e colocou novamente suas mãos, o painel reconheceu suas digitais e a porta da cela abriu.
_Cinco minutos, Gine. E nada a mais. -Disse Nappa.
_Tudo bem.- Disse Gine suspirando logo em seguida.
Gine passou por Nappa e entrou na cela com o seu coração batendo a mil por hora, quando ela entrou na cela encontrou Bardock em um canto dormindo. Gine teve um certo receio mas ela respirou fundo e depois o chutou e Bardock abriu os olhos e não acreditou quando viu Gine em sua frente.
_Gine? É você mesma? -Disse Bardock se levantando e a olhando diretamente nos olhos.
_Você acabou com a minha vida! E acabou com a sua vida! -Disse ela gritando.
_Me perdoe por favor! Me perdoe! -Implorou ele quase a abraçando, o que não podia ser feito já que ele tinha algemas que conseguiam diminuir o seu poder de luta.
_Eu não vou te perdoar! Nunca!
_Gine... Por favor, você precisa me ouvir! -Disse Bardock.
_Não, quem precisa me ouvir aqui é você agora, disse ela olhando para a porta da cela, e viu que Nappa estava distraído.
_Soube que você não será morto. -Disse ela num tom mais baixo para ele.
Bardock encarou ela e começou a ouvi-la.
_Sim... Eu soube. -Disse Bardock.
_Freeza irá leva-lo que eu ouvi. – Disse Gine abaixando a sua cabeça.
_Freeza? Por quê? – Disse ele num tom mais baixo e curioso.
_Eu não sei! Não sei mesmo! -Disse ela. _Mesmo que você tenha feito isso tudo, ainda me preocupo um pouco com você, mas saiba que não te perdoarei.
Bardock continuou quieto a observando, olhando detalhadamente todo o seu rosto, queria que ela estivesse alegre para ver o seu sorriso, que talvez seria a última vez que o veria. Mas, naquela situação isso era impossível.
_Não queria te contar assim, não mesmo.
_Contar o que?
_Bardock. Eu... Eu... Eu estou grávida..
Bardock não acreditava no que ouvira naquele instante. Aquele momento seria de alegria, se ele estivesse em outra situação na sua vida. Mas aquele momento não tinha como ter felicidade. Agora Bardock não sabia qual era o seu destino. Foi quando Gine interrompeu seus pensamentos.
_... Mas não só eu que estou grávida de você. Aquela cientista também está.
Bardock ficou em choque, agora tudo fazia sentindo para ele. Não, Gine não estava daquele jeito apenas pelo fato de ele ter estuprado a cientista. Não. Gine estava daquele jeito pois a cientista também estava grávida. Bardock estava em furacão de revelações e uma tempestade de coisas ruins. E Gine, novamente interrompeu seus pensamentos.
_Como ela não tem culpa pelo os seus erros, eu ajudarei a criança bastarda também, não sei como, mas ajudarei. -Disse ela.
_Não, você não pode fazer isso, colocará sua vida e a do meu filho em perigo. -Disse ele.
_Não receberei ordens de você. -Disse ela se dirigindo para fora da cela, quando ela chegou a porta, virou-se novamente, para o seu marido.
_Adeus, meu amor. -E Gine foi para fora da cela.
A porta se fechou, e Bardock se lançou ao chão, derrotado e pela primeira vez, aquele saiyajin, chorou.
Gine ficou esperando Nappa trancar novamente a cela com as digitais. E o acompanhou até o elevador, onde somente ela entrou. Ela apertou qualquer número do elevador e as portas se fecharam. Gine se jogou no canto do elevador e chorou feito uma criança. “Isso não pode ser real.” Ela dizia para si mesma em um tom muito baixo e repetia diversas e diversas vezes. Até que sem perceber a porta do elevador se abriu, ela olhou para a porta se levantou e se dirigiu para fora do elevador. Aquele andar era estranho para ela, pois era o último, raramente ela ia para aquele andar. Até que ela se lembrou que ali parecia ser o andar de embarque e desembarque de naves. Ela continuou andando pelo corredor, até que se virou para uma janela onde estavam alguns bebês. Aquele lugar era a área onde bebês saiyajins que nasceram com um poder de luta baixo ficavam até serem lançados para outro planeta. Gine ficou observando os bebês, pensando em seu próprio filho, se aquele seria o destino dele. Ela começou a passar a mão em seu ventre e encostou a cabeça na janela, encarando os bebês que estavam ali dentro. Mas depois de um tempo Gine teve uma ideia. Gine não sabia se o destino do seu filho seria conquistar outro planeta, mas ela sabia que aquele destino seria da criança bastarda. O destino de ir para um outro planeta.
***
Algumas horas mais tarde
Nappa se dirigiu até a sala do trono e pediu para falar com o seu rei. O soldado autorizou a sua entrada e Nappa se dirigiu para a frente do Rei Vegeta.
_O que você quer? -Disse o rei irritado.
_Meu rei, tenho um assunto que pode lhe interessar sobre o bebê que a cientista espera.
_O que isso tem de interessante?
_Tenho uma conversa gravada, uma gravação na verdade da cela especial, entre Bardock e sua esposa.
_E você deixou a mulher entrar na cela? -Disse o rei gritando.
_Meu senhor, ela parece ter algum tipo de plano para salvar o bebê, ou sei lá o que.
_Deixe-me ouvir a conversa. -Disse o rei se levantando e acompanhado Nappa até a sala de segurança das celas.
Nappa e o rei se dirigiram até a sala de segurança, para ver as filmagens da cela especial onde Bardock se encontrava naquele momento.
_Como ninguém me avisou que a mulher havia entrado na cela? -Perguntou o rei ao Nappa enquanto iam para a sala de segurança.
_Enquanto eles conversavam, avisei pelo meu scouter a sala de segurança para deixarem eles conversarem pois poderíamos descobrir algo importante. E eles também devem ter notado que a conversa estava num tanto curiosa.
_E se a mulher quisesse tramar algum plano para o prisioneiro escapar? Você pensou nisso seu imprestável?
_Não, meu rei...
_Se fizer novamente isso, você será morto por mim mesmo. -Disse o rei irritado.
_Sim, meu rei. – Respondeu Nappa o acompanhando até a sala de segurança.
Eles chegaram até a sala de segurança e entraram, todos fizeram reverencia ao rei, e o rei se dirigiu até os soldados que tomavam conta das câmeras das celas.
_Me mostre a gravação de hoje mais cedo da cela 10.
_Sim, meu rei.
O soldado mexeu no painel e colocou na gravação daquele dia mais cedo. O soldado foi passando o vídeo até a parte que a mulher estava lá dentro.
_Aí, pare a gravação neste tempo e deixa-a passar até a hora que a mulher sai.
_Sim, meu rei. -Disse o soldado, e então a gravação começou.
----Gravação---
_Gine? É você mesma?
_Você acabou com a minha vida! E acabou com a sua vida!
_Me perdoe por favor! Me perdoe!
_Eu não vou te perdoar! Nunca!
_Gine... Por favor, você precisa me ouvir.
_Não, que precisa me ouvir aqui é você agora.
_Soube que você não será morto
_Sim... Eu soube.
_Freeza irá leva-lo que eu ouvi.
_Freeza? Por quê?
_Eu não sei! Não sei mesmo. Mesmo que você tenha feito isso tudo, ainda me preocupo um pouco com você, mas saiba que não te perdoarei.
_Não queria te contar assim, não mesmo.
_Contar o que?
_Eu... Eu... Eu estou grávida..
_... Mas não só eu que está grávida de você. Aquela cientista também está.
_Como ela não tem culpa pelo os seus erros, eu ajudarei a criança bastarda também, não sei como, mas ajudarei. -Disse ela.
_Não, você não pode fazer isso, colocará sua vida e a do meu filho em perigo. -Disse ele.
_Não receberei ordens de você.
_Adeus, meu amor.
--Fim da gravação—
O soldado parou a gravação, e o rei continuou olhando para tela tentando assimilar algumas coisas da mesma. O rei se virou para Nappa.
_Como ela sabia que Bardock iria ser levado por Freeza? -Perguntou ele a Nappa.
_Eu não sei, meu rei. Ela pode ter ouvido, há boatos circulando por aí e...
_Basta! -Gritou rei Vegeta interrompendo Nappa.
O rei então se virou para todos os soldados que estavam presentes naquela sala.
_Aquele que não quiser morrer não falará nada da gravação a ninguém, nem mesmo a um inseto. Aquele que falar será morto e pulverizado por mim mesmo! -Gritou o Rei para todos eles.
_Agora Nappa, venha aqui. -Disse o rei.
Nappa se dirigiu para frente do rei.
_Observe está enfermeira, veja o que ela irá fazer. Se quiser ser promovido, fará isso que eu digo. -Disse o rei saindo da sala de segurança.
E Nappa só pensava consigo mesmo, que faria de tudo para ser promovido, e começaria ali naquele instante.
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