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História Another Way - Goodbye - 2


Escrita por: Breh_B

Notas do Autor


Notas finais :3
Espero que gostem!

Capítulo 6 - Goodbye - 2


Fanfic / Fanfiction Another Way - Goodbye - 2

2 Dias depois

(Chegada de Zarbon ao Planeta Saiyajin)

Gine ficava olhando os cientistas que estavam prestes a sair do tanque de regeneração, não desejava que esse momento chegasse tão cedo em sua vida. Era só apertar um único botão e aqueles dois estariam em sua frente, acordados e desesperados. Não tinha um segundo se quer que Gine não parasse para pensar como seria ter eles acordados ali por perto, principalmente a Doutora com a criança que virou sua vida de cabeça para baixo. Mas Gine, também pensava na hipótese de aqueles cientistas continuarem por perto sem a criança, claro, se seu plano funcionasse perfeitamente, do jeito que ela planejara.

_Enfermeira Gine? -Nappa entrou na sala tirando Gine de seus pensamentos.

_Ah, Nappa? O que faz aqui? – Disse Gine se virando para ele que estava parada em frente a porta.

_Só queria avisar que Zarbon estará aterrissando no Planeta Vegeta em torno de trinta minutos, e você tem a ordem de preparar os dois cientistas para a chegada do mesmo. -Disse Nappa com os braços cruzados olhando de uma maneira distraída para o tanque de regeneração dos cientistas.

_  Tudo bem. -Disse Gine virando-se para o painel e checando alguns dados antes de encerrar o procedimento da máquina.

_Bardock será entregue hoje, não é mesmo?... – Perguntou Gine a Nappa de uma maneira desanimada.

Nappa desviou sua atenção para Gine naquele momento que ainda estava mexendo painel da máquina.

_Sim. Ele será entregue hoje para Lorde Freeza. -Respondeu Nappa.

_Obrigada por responder... Agora pode me deixar, cuido disso aqui sozinha. -Disse Gine se virando para Nappa.

_Tem certeza? -Perguntou ele cruzando os braços e olhando com semblante um tanto sério e curioso.

_São apenas dois humanos. Ainda sou uma saiyajin, ou você esqueceu disso. -Disse ela em um tom bem sério.

_Me desculpe por duvidar de você. -Disse Nappa rindo, e se dirigindo até a porta.

_Daqui a 28 minutos os soldados virão até aqui para busca-los, não se esqueça. – Disse ele se retirando da sala.

_Eu não tenho problema de memória! -Gritou ela para Nappa que acabara de sair da sala.

_Idiota. -Disse ela sozinha. Gine se virou novamente para o painel da máquina de regeneração, ela olhou fixamente para o botão que acordaria aqueles dois cientistas. Gine suspirou profundamente, fechou por alguns segundos os seus olhos e logo em seguida ao abri-los novamente Gine apertou o botão que acordaria primeiramente o Dr. Briefs. Ela olhou atentamente a máquina de regeneração do mesmo e começou a respirar apressadamente como se não conseguisse controlar sua respiração.

Todo o líquido azul que se encontrava dentro da máquina foi sumindo aos poucos até não restar nada, então a máquina se abriu assim como os olhos do Dr.Briefs. No primeiro momento, Dr. Briefs, piscava descontroladamente, e seu olhar seguia de um lado para o outro, ainda não estava em si. Gine se aproximou dele, que começou a olha-la de um modo muito confuso. Gine esticou suas mãos para retirar a mascará de respiração do Dr., ele recuou um pouco, mas mesmo assim Gine, conseguira tirar de seu rosto. Nenhuma palavra fora pronunciada por ele naquele instante, era como se o cérebro dele estivesse processando tudo o que havia acontecido até aquele instante. Gine só o observava, curiosamente, ela estava parada e só conseguia o olhar. Dr. Briefs olhou toda aquela sala, tudo o que era possível ver ao seu alcance, e depois virou novamente seu olhar para Gine.

_Minha mulher... Aonde ela está?... -Perguntou ele começando a derramar mais e mais lágrimas. Ele se levantou e correu em direção a Gine e a segurou pelos ombros. _Aonde ela está? Aonde? Aonde? -Ele dizia repetidas vezes para Gine que não conseguia esboçar nenhuma reação, mas Gine virou seu olhar para o tanque onde Dra. Briefs se encontrava e Dr. Briefs o acompanhou. Ele olhou para trás e viu sua mulher naquela máquina, que para ele ainda era um mistério, ele ficou olhando e chorando por alguns segundos enquanto ainda segurava Gine pelos ombros, até que a largou e correu em direção a sua mulher. Dr. Briefs tocava no vidro desesperadamente e chorava muito, ele começou a socar o vidro de uma maneira que chegava a machucar suas mãos. Quando Gine viu que ele poderia se machucar, ela se virou para a mesinha correndo e pegou a seringa que estava na mesa que continha um líquido que acalmava o indivíduo que recebesse a dose. E ela foi em direção ao cientista o mais rápido possível, ela pegou a seringa e aplicou no pescoço do cientista que estava de costas para ela, e aos poucos ele foi caindo até ficar de joelhos no chão, atordoado.

Gine o pegou pelos braços e o colocou na maca que se encontrava perto da mesinha, Gine ficou observando-o e passava suas mãos pelo rosto e suspirou profundamente. E virou-se no mesmo instante para a máquina em que a cientista estava. Gine não saberia lidar com ela naquele momento, se com o cientista já havia sido daquele jeito, imagine com ela? Gine nem pensou duas vezes, foi até a mesinha e preparou a outra seringa. Aplicaria nela na mesma hora que ela abrisse os olhos. Gine foi até o painel da máquina, e antes de aperta o botão ela hesitou, parando o dedo a poucos milímetros do botão, ela havia travado naquele momento, olhou novamente para a máquina, apertou os lábios bem forte e sem perceber já havia apertado o botão. E ela olhava o líquido da máquina desaparecer, ela foi se aproximando devagar, até que a máquina se abriu. Demorou alguns segundos até a cientista abrir seus olhos lentamente e quando ela finalmente os abriu Gine aplicou rapidamente a seringa em seu pescoço. E a cientista assim fechou os olhos mais uma vez.

Gine a pegou pelos braços e a colocou na maca ao lado em que Dr. Briefs se encontrava. Ela colocou suas mãos sobre sua cabeça e começou a chorar, não conseguia aguentar toda aquela pressão apesar de tudo e se dirigiu lentamente para a cadeira da mesinha ao lado, ela se sentou e ainda chorava olhando para aqueles dois cientistas que agora se encontravam fora daquela máquina. Gine estava desesperada, ela encostou sua cabeça na mesinha e tentou se acalmar. Gine ficou ali perdida em seus pensamentos atordoantes, esperando a chegada dos soldados que viriam buscar os cientistas para Zarbon.

***

O Rei Vegeta esperava a chegada de Zarbon, junto a outros soldados na plataforma de embarque e desembarque. Ao lado do rei encontrava-se a sua esposa e Nappa. Eles esperaram alguns minutos até que a nave de Zarbon chegasse a zona de desembarque, a porta da nave se abriu e Zarbon desceu as escadas de sua nave e se dirigiu até o rei.

_Vossa alteza, é sempre uma honra vê-lo. -Disse Zarbon com um tom tanto irônico ao rei. Ele se virou para a rainha e pegou suas mãos a beijando.

_Sempre bom vê-la também, vossa majestade. -Disse Zarbon dando um meio sorriso para a rainha. Rei Vegeta olhava para aquela cena enojado.

_Bom... -Disse Zarbon virando-se para o rei. _Terei que auto me convidar para entrar?

_Nos acompanhe. -Disse o rei se virando para Nappa com uma cara totalmente mal humorada.

_Nappa! -Chamou Rei Vegeta. _Leve os cientistas até o salão real, estaremos os esperando lá.

_Sim, majestade. -Nappa fez uma breve reverência e fez um gesto para dois soldados que estavam do outro lado e o começaram a seguir até a sala onde os cientistas estavam. Eles chegaram na sala em torno de 7 minutos e Nappa foi o primeiro a entrar. Gine estava na cadeira da mesinha no canto da sala, quando viu a chegada dos soldados ela logo se pôs de pé. Nappa foi até os cientistas que estavam desacordados sobre as macas.

_Por que eles estão desacordados? -Perguntou Nappa a Gine.

_Eles estavam apavorados, tive que seda-los, mas não se preocupe o efeito do remédio não é forte, vocês podem acordá-los com algum susto ou um golpe forte. Claro, não tão forte a ponto de coloca-los dentro da máquina de regeneração de novo. Podem leva-los.-Disse ela virando para a mesinha olhando alguns papéis para disfarçar o seu rosto que ainda estava um pouco vermelho de tanto chorar.

_Tudo bem. Vamos leva-los! – Disse Nappa fazendo um gesto para os dois soldados levarem as macas. Os soldados foram na frente levando os cientistas e Nappa estava logo atrás, quando ele estava prestes a sair da sala, Gine o segurou seu braço.

_Quando vocês levarem Bardock, me avise por favor... – Disse ela olhando para baixo e com um tom de voz baixo, largando-o seu braço.

Nappa virou-se para ela e a olhou, logo em seguida retirou o scouter que estava em seu rosto e esticou sua mão que havia o scouter até Gine. Gine ficou encarando aquela situação sem entender.

_Fique com isso. Quando levamos ele, aviso pelo scouter. -Disse ainda com o scouter em sua mão.

_Sério?

_Pegue antes que eu mude de ideia.

Ela pegou o scouter da mão de Nappa e colocou no rosto.

_Obrigada... -Disse ela o olhando.

Ele fez um gesto positivo e saiu da sala indo em direção dos soldados que levavam os cientistas até Zarbon. Que ainda o esperavam no corredor da enfermaria.

_Tá transando com ela, é? -Disse o soldado para Nappa, rindo para o outro da situação.

_Há quanto tempo? -Perguntou o outro logo em seguida.

_As bundas de vocês ficam no rosto? Porque só sai merda da boca de vocês. -Respondeu Nappa passando por eles.

 _Agora, vamos logo. Antes que o rei fique  mais puto do que ele já está. -Disse Nappa seguindo em frente, junto com os soldados que viam logo atrás com os cientistas.

***

_Esse não é um dos piores salões reais que já vi. -Disse Zarbon andando pelo o centro do salão real, observando o teto que era inteiramente feito de vidro. _Mas também... -Disse Zarbon agora olhando para o rei Vegeta que estava sentando em seu trono. _Não é um dos piores. -Disse ele debochado. _Esperava ser recebido com algum banquete, vossa majestade. Não é bom deixar seus convidados com fome.

_Você não é meu convidado. -Disse o rei Vegeta rispidamente.

_Querido, não se exalte. -Disse a rainha o olhando sentada ao seu lado.

_Devia escutar mais vezes a sua adorável esposa. -Disse Zarbon se aproximando da rainha e passando a mão direita em seu rosto.

_Adorável não... Bela esposa. – Disse Zarbon. Sem perceber, o rei Vegeta se pôs de pé e foi em direção a ele, segurando o braço de Zarbon que estava esticado acariciando a rainha e o apertou com bastante força.

_Se você não quiser problemas, sugiro que saia de perto dela seu verme. -Disse o rei ainda segurando fortemente o braço de Zarbon. Zarbon o olhava com um sorriso no canto de seu rosto, enquanto a rainha observava toda aquela cena com semblante sério. Quando a rainha pensava que tudo aquilo fosse piorar, Nappa abriu a porta do salão e entrou. E toda a atenção se virou para ele.

Nappa olhava aquela cena um tanto curioso. Até que o rei largou o braço de Zarbon e se dirigiu ao seu trono sentando no mesmo, e Zarbon se afastou da rainha colocando os seus braços para trás.

_Trouxe os cientistas? -Perguntou Zarbon a ele.

_Ah...Sim! Trouxemos o cientistas. -Disse Nappa virando-se para a porta.

_Tragam-nos aqui! -Gritou Nappa para os soldados que se encontravam logo atrás.

Os soldados entraram trazendo os cientistas nas macas. Eles seguiram até centro do salão com eles e os pararam ali.

_Estão dormindo? -Perguntou Zarbon.

_Estão sob um efeito de um calmante, posso acordá-los facilmente. -Disse Nappa.

_Então os acorde! -Gritou Zarbon.

Nappa se virou para os soldados e pediu para que os tirassem da maca e os segurassem em pé com os braços para trás como se estivem com algemas. Os soldados estavam posicionados na frente das macas em direção aos tronos e ao Zarbon. Nappa se aproximou de Dr. Briefs e o socou bem no estômago, fazendo Dr. Briefs despertar com aquela dor. E depois Nappa foi em direção a Dra. Briefs e a socou também no mesmo lugar. Ela logo despertou se contorcendo de dor.

_Aqui estão... -Disse Nappa fazendo um gesto com a mão com se estivesse apresentando-os para Zarbon.

Os cientistas olhavam assustados para o local, viram suas cabeças de um lado para o outro, até encararem Zarbon. Dra. Briefs começou a gritar desesperadamente.

_Querida, se acalme, se acalme. Não faça nada, meu amor, não faça nada. -Disse Dr. Briefs num tom baixo olhando diretamente para ela que estava em seu lado. Ela o encarou e logo em seguida não emitiu mais nenhum som. E ambos voltaram a encarar Zarbon.

_Ora, ora... Mas que educados! -Disse Zarbon rindo. Aproximando cada vez mais dos dois. Ele foi em direção ao Dr. Briefs e parou na sua frente o encarando.

_Como era mesmo o nome daquela sua empresa? Capsulas... Não... Como é mesmo? Empresa Capsulas? Não...

_Corporação Capsula. -Interrompeu Dr. Briefs dizendo o nome de sua empresa.

Zarbon o encarou e deu um sorriso para ele.

_Muito obrigada! Nunca iria lembrar! Muita gentileza da sua parte. -Zarbon se aproximou do cientista e socou o seu estômago de uma maneira que fez o soco de Nappa parecer um simples tapa. Dr. Briefs se contorcia de dor, enquanto Dra. Briefs observava aquilo tudo com algumas lágrimas caindo de seu rosto.

_Este é meu agradecimento pelo à sua gentileza! -Disse Zarbon o olhando com desprezo. Ele se virou para a Dra.Briefs e caminhou em direção a ela. Dra. Briefs começou a tremer. Zarbon parou em sua frente e começou a encarar. Ele esticou sua mão até o rosto da Dra que tentava de uma maneira inútil recuar, o que era impossível já que havia um soldado a segurando. Zarbon enxugou uma das lágrimas que desciam de seu rosto e o segurou.

_Um rosto só se torna bonito quando ele é alegre. -Disse Zarbon a encarando. _E como seu rosto já é belo, ele alegre o tornaria uma perfeição divina. -Disse Zarbon tirando sua mão do rosto dela.

Todos que estavam presentes na sala o olhavam seriamente. Zarbon se afastou dos cientistas e parou em frente aos dois.

_Lorde Freeza sempre procura pelo o vasto universo pessoas com inteligência que o ajudem no que bem entender. E vocês meus caros, entraram nesse padrão de procura. -Zarbon agora caminha de um lado para o outro de uma maneira despojada.

_Vocês ficaram aqui no Planeta Vegeta, considere está a nova casa de vocês. Ou se quiserem... -Disse ele parando e virando para os cientistas novamente. _(..)Chamem de inferno. Nada vai mudar o fato de que vocês vão ficar aqui pelo resto da vida de vocês. Até mesmo os seus descendentes, isso vai passar de geração em geração. E o filho de vocês que vai nascer agora vai provar isso.

Foi então que os cientistas os encararam de uma maneira diferente, de uma maneira totalmente curiosa.

_Filho? -Dra. Briefs perguntou para Zarbon totalmente espantada. _Eu não vou ter filho nenhum! Não tem como eu ter filho! Isso é impossível! -Ela repetiu diversas vez chorando e apavorada.

_Ela não vai ter filho nenhum! Isso é impossível! -Respondeu Dr. Briefs também apavorado.

Dra. Briefs pensava consigo mesma. Ela poderia estar grávida sim, mas ela pensava como não tinha nenhum barrigão? Então foi quando ela pensou, que ela não estava grávida de seu marido e sim do saiyajin que a abusou no sequestro. Ela começou a chorar intensamente.

_Pra que tanto bafafá? Vocês vão ter um filho! Não como vocês queriam, mas vão ter. -Disse Zarbon rindo daquela situação.

Dr. Briefs observava a esposa naquela situação, e também começou a chorar.

_Não aguento mais tanto choro! Tirem eles daqui, coloquem numa cela! -Disse Zarbon fazendo um sinal para os soldados. Os soldados começaram a levar os cientistas em direção a porta.

_E você... _Disse Zarbon olhando para Nappa com os braços cruzados. _Não pretendo ficar mais nenhum dia nesse planeta inútil. Traga logo aquele infeliz daquele saiyajin, quero ir embora logo. -Terminou Zarbon.

_Sim, senhor. -Disse Nappa virando-se para a porta do salão e saindo.

Ele foi em direção aos soldados que iam com os cientistas em direção a cela.

_Ei vocês! -Gritou Nappa os parando.

_Não temos tempo para ficar aqui com esses terráqueos. -Disse um dos soldados.

_Só me empresta seu scouter. -Disse Nappa para o soldado.

_Perdeu o seu? -Perguntou o soldado arrogantemente.

Nappa tirou o scouter do rosto do soldado rapidamente e colocou em seu rosto e apertou o botão ao lado. E começou uma comunicação.

_Estamos indo pega-lo agora. Vá para a plataforma de embarque e desembarque, você irá encontra-lo lá. -Disse Nappa.

_Já estou indo. -Respondeu Gine.

Assim Nappa encerrou a conversa e desligou o scouter. E os soldados o encaravam.

_O que foi? -Perguntou Nappa.

_Era a enfermeira né? Tô dizendo, ele está transando com ela. -Disse o soldado que estava sem scouter, que continuou a andar com a Dra.Briefs.

O outro soldado continuou a seguir o caminho junto com o outro. E Nappa começou a acompanha-los.

_Será que foi por isso que o Bardock pirou? -Perguntou o outro soldado. _Ele pegou vocês no flagra?

_Calem a porra das bocas de vocês e continuem a levar eles. -Gritou Nappa furiosamente.

***

Gine desligou o scouter e suspirou fortemente. Já devia ter sido a décima vez que ela suspirou daquele jeito. Passou a mão sobre seu ventre mais uma vez. E olhou para o teto, em sua cabeça começou a passar as cenas de sua vida junto com seu marido. Enquanto eles ainda eram felizes. E pensava o quanto aquele momento não iria voltar nunca mais. Voltou ao seu estado e seguiu até em direção a porta e saiu daquela sala, indo em direção à zona de embarque e desembarque, e se preparava emocionalmente para a última vez que veria seu marido.

***

Os soldados estavam no andar da prisão, e levaram os cientistas para qualquer cela, já que a especial, que continha mais segurança estava ocupada por Bardock. Os soldados literalmente jogaram os cientistas dentro daquele local e os trancaram. Deixa-os sozinhos. Assim que a porta cela se fechou, Dr. Briefs correu em direção a sua esposa e a abraçou fortemente, a ponto de os dois caírem no chão. Eles ficaram assim por um breve período, até que a cientista começou a chorar.

_Eu não quero ter essa criança! Não quero! Não quero! NÃO QUERO! -Começou ela a gritar em meio de seu choro. _EU NUNCA VOU ACEITAR ESSA CRIANÇA! NUNCA! VOCÊ SABE! –Nesse momento, Dr. Briefs não sabia o que dizer, ele só conseguia abraçar ela e tentava aproveitar aquele raro momento.

***

Toda hora a mente de Bardock passava aquele momento em que a sua esposa estava de frente para ele na cela contando-lhe toda aquela história, uma história que mais parecia uma bomba explodindo em sua frente. A mente de Bardock não parava nenhum momento sequer, sempre aquelas frases martelavam em sua cabeça.

“Eu... Eu... Eu estou grávida..

... Mas não só eu que está grávida de você. Aquela cientista também está.”.

Bardock não sabia como lidar com aquela situação de jeito nenhum, pela primeira vez na vida, Bardock não sabia o que fazer. Bardock escutou o barulho da sua cela sendo aberta, e olhou em direção a porta, e por dentro, tinha esperanças de que a pessoa que entrasse por ela fosse Gine. Mas quando se deparou com Nappa sua mente logo afastou aquele pensamento. Nappa parou de frente para Bardock.

_Está na hora de você ir! -Disse Nappa o chutando. Bardock se levantou e ficou parado bem em frente a Nappa. Eles caminharam até a saída da cela, e a partir dali Bardock começou a ser acompanhado pelos os outros dois soldados que estavam ali e assim eles foram em direção ao salão real. Qualquer soldado que via Bardock pelos corredores automaticamente o xingavam de todos os palavrões possíveis, mas Bardock nem prestava atenção, sua mente estava ocupada demais pensando em Gine. Chegando ao salão real, eles entraram e deram de cara com Zarbon que já estava bem em frente a porta.

_É uma surpresa vê-lo aqui, Bardock. -Disse Zarbon. _Não, espera. Não, não é uma surpresa vê-lo por aqui, até porque eu que lhe chamei. Tenho que levar o macaco para o Lorde Freeza. -Disse Zarbon olhando para ele. Zarbon virou-se para o rei e a rainha do Planeta Vegeta.

_Parece que me despeço de vocês aqui. Foi uma honra vê-los! Até nunca mais! Espero! -Disse Zarbon fazendo um breve aceno. O rei Vegeta estava quase explodindo de tanta raiva.

_Vamos para a nave. -Disse Zarbon para os soldados. _Levem ele comigo.

 

***

Gine estava lá, na zona de embarque e desembarque, esperando a última vez que veria Bardock. Ela estava atrás de alguns soldados que também estavam presentes ali. Estava muito ansiosa e também deslocada por tudo aquilo que estava passando. Foi então que ela ouviu o barulho do elevador se abrindo, e ela olhou para aquela direção e lá estava Bardock. Gine parou os seus olhos naquela direção, acompanhado cada passo dado por ele. Bardock estava logo atrás de um homem com peles esverdeadas que ela pensou ser Zarbon, pela postura. Mas Gine não tirava os olhos de Bardock, que apesar de tudo continuava sendo seu marido. Era como se o tempo estivesse em câmera lenta e tudo aquilo fosse um terrível pesadelo. E ela não conseguia fazer mais nada a não ser olhar para ele. Até que quando ele ainda estava andando olhou justamente para o lugar que ela estava e parou os seus olhos sobre ela. Ele ficou ali, parado somente a olhando, e os soldados olhavam para ele, não entendendo absolutamente nada. Zarbon virou para trás e socou Bardock bem no rosto.

_Não pare no meio do caminho seu inseto, ande logo! -Gritou Zarbon para ele.

Nisso Bardock se contorceu com a dor e quase que fora arrastado pelos soldados que estavam atrás, chegando na porta da nave antes de ser jogado para dentro Bardock olhou para atrás, tentando ver sua esposa, mas não conseguia a ver, assim a portas na nave fechou. Naquele momento, Gine se encontrava no canto do elevador, derramando mais e mais lágrimas.

Bardock estava dentro na nave, paralisado, pensando se ele realmente tinha visto Gine, ou se só tinha visto alguma imagem que sua mente criara. Naquele momento Zarbon o empurrou para uma espécie de cela, que havia na esquerda logo no sala principal da nave que era cercado por painéis.

_Pense em fazer alguma coisa, e Lorde Freeza o matará! -Disse Zarbon antes de fechar a porta da cela.

 

***

Já havia se passado 2 dias após a chegada e saída de Zarbon no Planeta Vegeta. Gine tentava trabalhar normalmente na ala da enfermaria, mas só tentava mesmo. Somente o corpo de Gine se encontrava no Planeta Vegeta, sua mente viajava sempre para outro lugar. Ela pensava se Bardock já havia chegado até a nave de Freeza, e se perguntava se algo de ruim havia acontecido com ele. Não queria ficar preocupada com ele, mas ela não conseguia, seu cérebro já trazia lembranças dele antes mesmo de ela tentar barrar aqueles pensamentos. Era tudo tão difícil para ela, mas ela se esforçava ao máximo esquece-lo, agora ela teria que focar em seu plano, que envolvia ajudar a cientista e a criança que ela carregava. Ela esperaria a hora certa em que teria que verifica-los, para ver como andava a saúde dos dois. Como ela era a enfermeira responsável por eles, não era algo difícil de acontecer, só seria uma questão de paciência da parte dela e assim ela continuou “trabalhando”.

***

O que seria da sua vida agora? Era uma pergunta curta, mas que resumia bem o que Bardock pensou durante aquela viagem, uma viagem de dois dias, mas que em sua mente se estendia por um longo período. Gine, filho, filho... Bastardo? O que a vida tinha aprontado com ele? Talvez ela o odiasse, ou talvez ela só tivesse retribuindo tudo o que ele fizera de errado. Mas, seja lá o que ela tivesse tramando, ele não poderia ficar choramingando o tempo todo, até porque, coisa pior viria.

Voltando a sua realidade, Bardock já estava mais do que cansado de ficar naquele lugar, ainda mais sem comida alguma. Zarbon não parou uma vez para falar com ele, ou zombar de sua pessoa. Bardock só conseguia ouvir o barulho de dos painéis de controle do lado de fora da cela, e de vez em quando a voz de Zarbon se comunicando com Freeza ou outros soldados. Bardock ficava sentado no chão na parede contrária à sua cama, olhando para porta. A cela era pequena, havia uma espécie de vaso sanitário ao fundo do lado direito, e mais à frente uma “cama” também localizada ao lado direito. A cela era revestida por um tipo de material igual as celas do planeta saiyajin, e a porta era cinza. Enquanto Bardock repensava em tudo, uma voz robótica foi capaz de ser ouvida em um nítido som.

“Chegada a nave principal em 5 minutos.”.

Bardock automaticamente se levantou e ficou esperando para ver quando Zarbon abriria a porta. Se passou alguns minutos e finalmente a porta foi aberta. Bardock olhou fixamente para o lado de fora, além de Zarbon, havia um outro soldado com uma espécie de roupa igual ao uniforme saiyajin. Zarbon entrou na cela e se posicionou na frente de Bardock.

_Acho que você vai adorar conhecer o nosso Lorde. -Disse Zarbon com os braços para trás. Ele se aproximou do ouvido de Bardock.

_Claro, se você gosta de ser torturado, vai gostar dele. -Disse ele sussurrando e se afastando.

_Nos acompanhe. -Disse ele indo em direção a porta.

Zarbon andou em direção a porta, ele se virou em direção a Bardock que não o acompanhara. Bardock ainda estava parada no mesmo lugar. Zarbon virou-se para o soldado que estava do seu lado.

_Se ele quer do jeito difícil, então vai ser. -Disse Zarbon.

Nesse momento ele foi em direção a Bardock e parou em sua frente novamente. Bardock nem percebeu quando Zarbon lhe deu um soco em seu peito. Ele só percebeu quando sentiu a dor, que era insuportável. Bardock caiu de joelhos e encostou sua cabeça no chão, como se estivesse orando. Zarbo chutou-lhe e em seguida o levantou, e ele o seguva pelo colarinho.

_Isso aqui não é um jogo. Faça o que lhe peço, ou você irá aprender da pior maneira possível. -Disse Zarbon que lhe largou e foi em direção a porta novamente.

Bardock lentamente se colocou de pé, ele ainda sentia dor do golpe, e foi em direção a Zarbon e parou atrás dele.

_Muito bem. -Disse Zarbon ainda de costas.

Quando eles dois começaram a andar, o soldado que acompanhava Zarbon, se posicionou atrás de Bardock. Em uma espécie de fila indiana, de soldado, preso e soldado, eles foram em direção a Lorde Freeza. Eles saíram da nave e seguiram em frente a um corredor que se encontrava entre a naves paradas. A sala de embarque e desembarque era um tanto diferente da dos saiyajins, ela era inteiramente coberta, com paredes brancas de um material resistente e um teto cinza que ao lado esquerdo havia um grande buraco e devia ser a entrada e saída de naves pequenas igual as naves saiyajins. As naves daquele modelo em que Zarbon estava, eram bem maiores, por isso elas se acoplavam com a nave no lado esquerdo da sala, somente metade da nave e a porta ficavam dentro da nave principal, naquela sala havia cinco entradas para aquele tipo de espaço-nave. No centro da sala havia um corredor que seguia desde da porta da sala, ao fim da dela. Ao lado direito desse corredor haviam vinte naves pequenas, elas se encontravam em fileira do início ao fim, e em sua base havia uma espécie de máquina que lançavam elas para cima. Bardock olhava tudo aquilo enquanto acompanhava Zarbon até a saída daquela sala. Ao sair da sala eles seguiram pela esquerda em um vasto corredor de formato circular, eles caminharam por um tempo, passando por várias portas e por alguns soldados de Freeza que seguiam pela direção contrária à deles. Até que Zarbon seguiu até uma grande porta ao lado esquerdo e eles entraram numa grande sala, onde Freeza se encontrava dentro de um tipo de “trono” flutuante bem em frente a uma espécie de janela redonda que ficava no começo daquele salão. Eles pararam bem em frente a porta, o soldado que estava atrás de Bardock agora estava ao seu lado e Zarbon deu alguns passos à frente e parou colocando seus braços para trás. Freeza virou-se lentamente para eles e os encarou. Bardock estava estático, nunca havia visto Freeza, não tão de perto assim. Uma vez ou outras em comunicações ou mensagens para o planeta saiyanjin, mas nunca pessoalmente. Para alguém com a situação como a dele, era como ver a morte bem a sua frente.

_Lorde Freeza, os cientistas estão muito bem, nesse momento já devem estar trabalhando para o senhor. Enquanto ao prisioneiro, ele está bem aqui. -Disse Zarbon saindo da frente de Bardock, deixando Freeza o olhar. Bardock mantinha seu semblante sério, sem demonstra o verdadeiro sentimento que o cercava naquele momento, medo.

_Muito bem. -Disse Freeza em resposta às palavras de Zarbon.

_Você, venha a minha frente. -Disse Freeza a Bardock.

Bardock estava receoso, não queria ficar cara a cara com Lorde Freeza, mas ficar parado e não obedecer às suas ordens era bem pior. Então aos poucos ele foi em direção a ele. A cada passo todas as imagens de tudo o que passara vinham a sua mente, era como uma grande retrospectiva de sua própria vida. E no último passo, a realidade voltou a Bardock que agora estava frente a frente a Freeza.

_Deve estar pensando o que faz aqui. -Começou Freeza. _De tantos os saiyajins que eu poderia trazer, por que logo você?

Bardock continuou o encarando. Ele pensava até em responde-lo, mas sabia que o silêncio naquele momento era a melhor resposta. Então ele continuou ali, apenas o ouvindo.

_Tenho notado algo em sua raça. -Freeza virou-se indo em direção a grande “janela” e parou.

_Vocês lutam e lutam, a ponto de morrer. Voltam para o planeta de vocês em um estado crítico. E depois retornam bem melhores do que antes, como se o nível de luta aumentasse... Quer dizer, o nível de luta de vocês aumentam.

Bardock ouvia tudo atentamente, pois ele não sabia daquilo, ele nunca havia notado isso em sua raça. E agora, ele queria saber aonde Freeza queria chegar.

_Nunca vi nada igual em nenhumas das raças que eu já encontrei. E depois, recebo uma comunicação de que um simples saiyajin conseguiu destruir quase que um exército inteiro de guerreiros de terceira classe. -Nesse momento Freeza voltou-se para Bardock.

_E por quê? -Perguntou Freeza.

Bardock continuou em silêncio.

_Lorde Freeza fez uma pergunta! -Gritou Zarbon que estava logo atrás.

_Cale a sua boca Zarbon,não se meta nessa conversa. – Gritou Freeza para Zarbon que se calou no mesmo momento.

_Por que você matou tantos saiyajins? Como matou tantos deles sem dificuldade? -Perguntou Freeza agora com um semblante mais sério que o normal.

Bardock se perguntava o porquê de ter feito aquilo, e como havia feito aquilo. Era realmente algo curioso, até mesmo para ele que havia feito tal proeza.

_Já que você não quer responder, nós iremos descobrir. -Disse Freeza.

_Zarbon, leve ele daqui.

_Sim, meu lorde. -Disse Zarbon se aproximando de Bardock.

Bardock se virou para Zarbon e o acompanhou, exatamente do mesmo jeito que saiu da cela da nave. Eles se dirigiram para uma espécie de solitária que fica numa sala do outro lado da nave. A única diferença dessa solitária para as outras é que ela ficava ao fundo da sala e a parede da frente dela tinha um grande vidro, que se podia ver tudo o que estava lá dentro. Nessa sala, havia um extenso painel quase que encostando nessa parede de vidro, e alguns soldados estavam em frente a esse painel mexendo em alguns botões. Zarbon levou Bardock até a porta da solitária que ficava do lado esquerdo, era uma porta bem resistente e cheia de travas. Eles entraram na sala e Zarbon foi até Bardock tirando suas algemas. Bardock até pensou em golpear Zarbon e fugir dali, mas era uma péssima ideia, pelas consequências que viriam logo após esse ato. Zarbon saiu daquela solitária e mandou os soldados fecharem a porta. Ele foi em direção ao painel e observou Bardock dali.

Bardock olhava para eles, não podia ouvi-los, ele estava bem no centro da solitária, e tentava imaginar o que fazia ali. Já esperava estar morto pelas mãos de Freeza, mas nada havia acontecido. Ele só havia escutado perguntas e mais perguntas.

_Liguem o microfone. -Pediu Zarbon. Ele se aproximou de um microfone que estava bem no centro do painel e começou a falar.

_Essa solitária é revestida por um material extremamente forte e também esse material consegue conter o seu ki. Você não é capaz de formar nenhuma bola de energia, pois elas bloqueiam isso e se tentar socar, chutar ou sei lá o que nessas paredes você automaticamente ficará fraco. Mas sua força continua a mesma. -Disse ele.

_Agora, vamos começar a matar você aos poucos. Mas vamos começar bem de leve, diminuindo seu oxigênio por exemplo.

Os soldados mexeram em alguns botões e Bardock começou a se sentir sufocado, a sensação era terrível.

_Vamos ver do que os saiyajins são capazes. -Disse Zarbon com um pequeno sorriso em seu rosto.

Então Bardock havia entendido tudo. O exército de Freeza queria testar a raça saiyajin.

_Esse é apenas o começo de uma longa tortura. -Disse Zarbon para ele.

***

_Aqui está o seu scouter. Obrigada por me deixar usá-lo. -Disse Gine entregando o scouter a Nappa.

_Como foi vê-lo daquele jeito? -Perguntou Nappa.

_Não existe nenhuma palavra no mundo que responda a sua pergunta. Mas ele vai pagar pelo o que fez comi... Com os soldados. -Disse Gine quase falando o que ela não devia. Mal sabia ela que Nappa já sabia de tudo.

_Espero que fique bem. Agora você tem que ir ver aqueles cientistas. Eles não estão mais na prisão. -Disse Nappa.

_Aonde estão?

_Em um laboratório que fica do outro lado.

_Tudo bem. Vamos lá. -Assim Gine acompanhou Nappa até os laboratórios. Eles saíram da ala de enfermagem e foram até o elevador.

Para ir ao outro lado era necessário ir ao primeiro andar e atravessar o longo corredor indo em direção ao um outro elevador, que ficava do lado direito e assim eles fizeram. Eles subiram para o segundo andar onde ficava os laboratórios com diversos tipos de cientistas que trabalhavam para os saiyajins e para Freeza. Bem na porta do elevador ficavam posicionados dois soldados, um ao lado direito e outro ao lado esquerdo.

_É só pedir informação aos soldados quando você, eles sabem que você vai vê-los. -Disse Nappa a Gine, que concordou com a cabeça.

A porta do elevador se abriu e Gine saiu. Quando a porta do elevador se fechou os dois soldados que estavam no canto foram de encontro a ela.

_Quem é você e o que faz aqui? -Perguntou um deles.

_Sou a enfermeira Gine. A responsável pelos cientistas Briefs. -Disse ela.

_Leva ela até o laboratório em que eles se encontram. -Disse o soldado que estava à direita para o outro.

O soldado fez um gesto de sim com a cabeça e pediu para Gine o segui-lo. Gine o acompanhou pelo longo corredor, havia várias portas em ambos os lados, no total devia ter umas quinze a vinte salas naquele local, eram muitos cientistas trabalhando naquele local. No corredor havia alguns cientistas que estavam conversando, outros até mesmo rindo. Ela pensava se eles eram mesmo obrigados a está lá, o que não parecia. O soldado a levou para sétima porta e a abriu. Os cientistas já estavam trabalhando em alguns projetos, ele se encontrava numa mesa mexendo em alguns rascunhos de suas ideias do lado direito, e a Dra. Briefs não estava presente daquele local. A sala havia vários aparelhos modernos espalhados, e mais ao fundo era possível observar uma porta, onde se encontrava um quarto minúsculo com um banheiro também minúsculo. Aquela área mais parecia a prisão moderna. Gine ficou observando tudo aquilo com atenção.

_Quanto tempo você precisara? -Perguntou o soldado que estava na porta junto a ela.

_Dez minutos acho o bastante, só vou examina-los. -Disse ela.

Ela entrou na sala, e o soldado fechou a porta. Enquanto estava em frente a porta, ela percebeu que o Dr.Briefs não a olhou uma vez se quer. Ela respirou fundo e foi até ele parando ao seu lado.

_Olá senhor Briefs, sou a Gine e estou aqui para verificar sua saúde. -Disse ela.

_Como se vocês se importassem com nós. -Respondeu ele ainda mexendo nos desenhos.

_O senhor sente alguma dor, ou algo do tipo? -Continuou ela sem se importar.

_Sim, mas acredito que essa dor nenhum remédio do universo possa curá-la. -Respondeu ele.

_Estamos na mesma situação então. -Disse ela.

Ele olhou para ela em alguns instantes e depois voltou a mexer em seus desenhos.

_Lamento muito sobre vocês estarem aqui, acredito que isso seja horrível. Mas não estou aqui para machuca-los os algo do tipo, cuidei de vocês durante algum período, e sei de coisas que fazem vocês se sentirem maus. -Disse ela.

Ele parou de olhar seus desenhos e começou a encara-la.

_Sua mulher carrega uma criança, e eu sei que essa criança não é sua. Mas a criança também não tem culpa pelos os erros de outras pessoas. -Continuou ela.

_Eu quero ajudar vocês nessa. Posso ajudar pelo menos a sua mulher sair daqui. -Disse Gine.

O cientista ainda tentava decifrar o que ela queria.

_Ajudar ela? Como eu poderia confiar em você?

_Com o tempo vocês vão perceber que também sou uma vítima dessa situação. -Explicou ela.

_Mas... Como você faria isso?

Gine teve uma longa conversa com ele. Até que dez minutos se passaram.

_Espero que tenha entendido a minha real intenção. Pense na ideia. -Ela foi em direção a porta e saiu, indo em direção a ala de enfermaria novamente.

***

Dr. Briefs entrou no quarto do laboratório e foi em direção a Dra. Briefs que estava na deitada na cama, virada para a direita olhando para a parede. Dr. Briefs se dirigiu para o lado esquerdo da cama e sentou-se. E olhou para sua esposa.

_Querida, não fique assim. -Disse Dr. Briefs. E ela continuou em silêncio ainda virada.

_Sei que é difícil isso tudo, mas você ainda tem uma chance. -Disse ele.

Ela se virou para ele e levantou as costas sentando-se também, ela o encarou com um semblante curioso. Dr.Briefs a encarou e notou que seu rosto estava vermelho e inchado de tanto chorar.

_Eu tenho uma chance? O que você quer dizer? Estamos perdidos! Sem esperança! Não temos absolutamente nada! Não há como escapar... Não... Não tem. -Disse ela para ele, e lágrimas começaram a surgir de seus olhos.

_Você não pode ficar chorando para sempre. -Disse ele enxugando as lágrimas que caia dos olhos dela.

_Como não chorar? Minha vida foi arruinada! -Disse ela soluçando.

_Nunca perca as esperanças. -Disse ele a abraçando e logo em seguida ele a beijou e eles ficaram com o rosto encostado um no outro por um tempo. Quando eles se afastaram Dr. Briefs continuou a conversa.

_Querida, aquela enfermeira veio aqui hoje. -Disse ele.

_O que tem? -Ela perguntou.

_Ela me contou a história dela, e ela quer nos ajudar de alguma forma. -Ele continou.

_Nos ajudar? Ela? Uma saiyajin? Não é uma boa hora para piadas. -Disse a Dra. Briefs cruzado os braços.

_O bastardo que você carrega, é filho do marido dela. -Disse ela.

Filho. Dra.Briefs nem queria lembrar que ela carregava uma criança tão indesejada. Ela ficou paralisada por um tempo em silêncio até que ela mesma o rompeu.

_E o problema é nosso se ele é marido dela? -Disse a Dra.

_Ela quer tirar você desse planeta justamente por isso. -Disse ele.

Dra. Briefs olhou para o marido seriamente, e perguntava-se se aquilo que ele falava era sério. Não acreditava naquela conversa. Tirar ela daquele lugar? Logo a mulher do homem que a estuprou, parecia ser uma piada, mas à medida que ela olhava para os olhos de seu marido, viu que aquela conversa era mais séria do que ela imaginava.

_Quando você tiver o bebê, você não poderá tê-lo no laboratório, você será encaminhada para a ala de enfermagem. E quem estará com você vai ser essa enfermeira, o nome dela é Gine. A recuperação pós-parto não irá demorar e ela ainda adiantará esse processo. É só você seguir pelo corredor a esquerda e apertar o último andar que tiver no elevador, lá é a zona de embarque e desembarque, pegue uma nave e saia o mais rápido possível desse planeta. A única coisa que ela quer e que você leve a criança junto com você.

Era um plano bem difícil, havia várias possibilidades de aquilo não funcionar, mas era melhor do que nada. Mas mesmo assim, Dra. Briefs não conseguia achar uma resposta certa para aquilo.

_E você? -Perguntou ela.

_Somente você pode escapar.

_Eu não vou embora sem você. -Disse ela.

_Um dia eu fugirei, terei essa chance, mas por enquanto somente você poderá fugir dessa. -Disse ele.

_Não irei. -Disse ela novamente.

_Tudo bem, só pense mais sobre isso. -Disse ele se levantando da cama e indo embora.

Quando Dr.Briefs fechou a porta e olhou para frente tomou um susto. Havia um soldado a sua frente, e ele reconhecera de vista.

Nappa foi em direção ao o cientista e ficou em sua frente.

_Uma amiga minha, veio aqui mais cedo. A enfermeira que cuida de vocês. E notamos que ela falou coisas que não devia. -Apontou ele para uma câmera bem no canto da sala.

_Eu não quero machucar vocês, mas também quero saber se vocês aceitaram a proposta dela. Então? -Perguntou Nappa.

_Não aceitamos nada. -Respondeu Dr.Briefs.

_Que pena, porque vocês vão aceitar sim! Ou eu mato os dois. -Disse Nappa.

_Por quê? -Perguntou o cientista que tremia um pouco.

_Porque ela tem que pensar que realmente vocês querem escapar. Mas, já sabemos de tudo, só queremos pegar ela na ação. -Disse Nappa.

_Isso vai garantir um bom cargo e um reconhecimento incrível para mim nesse planeta. -Disse ele.

_Aceitem a proposta dela. Só isso. -Disse ele se dirigindo até a porta. Até que ele parou e se virou.

_Já ia esquecendo. Se contar a ela, mato os três. -E assim ele voltou-se para a porta e saiu.

Dr. Briefs caiu de joelhos no chão e mal podia acreditar que a chance que sua esposa tinha havia ido por água abaixo.

*** 

Passaram-se nove meses desde do dia em que Gine, havia proposto o seu plano, e de uma maneira ela deu à luz primeiro que a cientista. Havia nascido um garoto, cujo o nome que ela deu foi Kakarotto. Mas, ela só o seguro em seu colo uma única vez, pois ele nascera com um poder de luta extremamente baixo, e logo em seguida ele havia sido mandado para a zona de embarque e desembarque, sendo vigiado por alguns enfermeiros daquela área. Desde de seu nascimento havia se passado uma semana, e com as técnicas de cura que haviam naquele planeta, Gine já estava de pé, até mesmo trabalhando para ocupar seu tempo. Incrivelmente, ela até fez uma certa amizade com os cientistas, já que sempre ia lá para ver como andava a saúde da Dra. Briefs. E esperava fielmente, que seu plano desse certo.

***

Alguns dias se passaram e havia chegado o grande dia para Gine, apenas para Gine. Pois tudo aquilo não passava de uma grande armação para no final ela ser a vítima daquela história. Dra.Briefs começou a sentir fortes contrações na tarde daquele dia, e enfermeiros foram solicitados para aquela área, todos eles prosseguiram com uma maca às pressas para a ala da enfermaria. E assim começou o trabalho de parto da Dra. Briefs, que depois de algumas horas dera à luz a uma garotinha com cabelos azuis, os enfermeiros levaram o bebê até a cientista, ela a olhou e curiosamente sorriu. Mas o que mais surpreendera os enfermeiros que se encontravam ali, era o fato da garotinha ter uma calda saiyajin, eles até mesmo mediram o seu poder de luta, mas era muito, muito baixo. Eles deixaram o bebê na mesma sala que a cientista se encontrava, dentro de uma pequena máquina. Havia apenas um enfermeiro no local e ele sairá logo depois dando lugar a Gine que estava logo ali. Gine se aproximou da maca aonde Dra.Briefs se encontrava.

_Como se sente? -Perguntou ela.

_Terrível. -Disse Dra.Briefs em um tom extremamente baixo.

_Sei como é. -Disse Gine com um pequeno sorriso em seu rosto. Ela saiu do lado dela e foi ver a criança que estava do outro lado. Ela ficou observando o bebê, ela pensava que sentiria ódio daquela criança, mas até que ela estava um tanto que feliz a vendo. Era curioso também o cabelo azul, era um tanto engraçado para Gine.

_Que nome você vai dar a ela? -Disse Gine para a Dra.Briefs ainda olhando a criança que agora dormia profundamente.

A cientista não pensava nem em dar um nome aquela criança a um tempo atrás, mas com o tempo pegou um certo apego com ela. Pensando até mesmo em um nome.

_Bulma. O nome dela será Bulma. -Disse a cientista.

_Nome estranho, mas é bonito. -Disse Gine rindo. Gine virou-se para a cientista agora com um semblante sério e foi em sua direção.

_Realize o plano daqui a dois dias. Por enquanto descanse. -Disse Gine olhando para cientista.

_Eu não quero fazer isso Gine, não mais. -Disse a cientista.

_Vai dar tudo certo. -Disse ela para a cientista.

***

Dois dias haviam se passado e Gine iria realizar o plano, e torcia mentalmente para dar certo. Ela foi em direção a sala onde a Dra. Briefs estava, e foi até ela. Ela parou em frente a ela. E segurou suas mãos.

_Agora é a sua chance.

A cientista saiu de sua maca e fez o que a cientista havia lhe dito, pegou o bebê, e foi até a zona de embarque e desembarque. Ela desviou de todas as câmeras de segurança e chegou ao elevador, apertou o último botão e o elevador começou a subir. Quando chegou na zona de embarque e desembarque, lá estava os soldados esperando-a. Era parte do plano.

_Muito bem! Fez o que combinamos! -Disse Nappa que estava à frente dos soldados.

A cientista abaixou a cabeça e foi para fora do elevador.

_Gine está na enfermaria. -Disse ela para eles.

_Ótimo. -Disse Nappa.

_Vamos atrás dela! -Gritou ele para os soldados.

Eles desceram até a ala da enfermaria e foram em direção a sala em que a Dra.Briefs estava. E Gine estava lá.

_Gine, você vai morrer! -Disse Nappa para ela.

Gine levou suas mãos para o seu rosto e tirou um expositivo que cobria seu ele. Uma máscara tecnológica de disfarce. Deixando pasmos os saiyajins que estavam ali. Pois quem estava naquela sala era a Dra.Briefs e não Gine.

***

Flashback Alguns dias atrás (Quarto do laboratório)

_Eu não posso fugir daqui Gine. -Disse a cientista para ela.

_Você tem que fazer isso, é o único jeito. -Disse Gine desesperadamente.

_Não Gine, você deve fazer isso! -Disse a Dra.

_O que você está dizendo? Não tenho que fazer nada disso! -Disse ela em um tom alto.

_Eu não queria ter esse bebê, e você sabe. E também não quero deixar o meu marido sozinho aqui, Já decidimos o que iremos fazer. -Disse ela à Gine.

_Vá para a terra. Você terá uma vida boa lá. Você é uma boa pessoa Gine. -Disse a Dra.

Ela segurou suas mãos e continuou a falar.

_Será o melhor para você e o melhor para mim. Eles não vão me matar por isso, sou uma propriedade de Freeza. -Disse ela. _Faça isso. Se você for para a terra conseguirá viver não só com a minha filha como também o seu filho. -Disse ela.

Gine levantou a cabeça e a encarou.

_Meu filho? -Perguntou Gine.

_Ele seria mandado para algum planeta não é mesmo? -Disse ela. _O meu marido conseguiu hackear o sistema sem ninguém perceber e mudou a rota de seu filho. Ele iria para um planeta chamado Meat, mas conseguimos mudar o seu curso para a terra. Faça ele ser bom, como você é. -Disse a Dra.

_E como vocês vão fazer isso? -Perguntou Gine.

_Criamos escondidos um dispositivo de disfarce tecnológico, é só colocá-lo no rosto e fingir ser eu. -Disse ela.

_Fingir ser você? Por quê?- Perguntou Gine novamente.

_Eles já sabiam de seu plano Gine, o exército já sabia. Eles esperavam que eu aparecesse por lá e indicasse onde você estava. Por isso, esse é o plano. Seja eu, naquele momento e fuja. – Disse a Dra.

Fim do Flashback

A suposta “cientista”, conseguiu roubar uma nave da zona de embarque e desembarque e colocou como destino o planeta Terra. Que agora seria o seu novo lar. Ela virou-se para pequena janela da nave, junto ao bebê que estava em suas mãos e viu o Planeta Vegeta se afastando lentamente do seu campo de visão. E como um sussurro sua voz saiu-lhe dando adeus a todas as coisas que vivera naquele lugar. E assim começaria uma vida nova, em um planeta totalmente novo.


Notas Finais


Lembram da cena do filme Capitão América O soldado invernal?
Lembram quando a Viúva Negra estava com um disfarce em seu rosto e ela o removeu?
Me inspirei nesse dispositivo.
Sobre a tortura do Bardock, lembrem das cenas do filme DeadPool, em que Wilson sofre nas mãos do Ajax, vulgo Francis.
Me desculpem pela demora do capítulo, tive um bloqueio criativo de causar desanimo, mas prometo que nunca deixarei vocês na mão, amo todos vocês!
Vou estudar numa escola de período integral, 12 horas por dia. Mas prometo sempre está aqui, fazendo de tudo para postar!
Quando eu acabar essa fanfic, vou fazer várias spin-offs contando coisas que não incluí na história original, como esse lance da Gine conseguir se entender com os cientistas. Não quis incluir isso na história pois ficaria um conteúdo pobre na minha visão.
E se vocês soubessem que na minha ideia original a Gine morria? Sim, ela morria bem feio, mas eu gosto dela, não quis mata-la.
Espero que tenham gostado!
Qualquer erro na fanfic, seja de escrita ou qualquer outra coisam me avisem, pois não revisei muito bem esse cap.
Até logo!
*Teletransporte


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