05/09/2005 Segunda-feira
Nova York
(Narrador's POV)
Aquela era uma bela manhã de segunda-feira. As pessoas se arrumavam para o trabalho, o sol começava a aparecer por trás dos montes, dando um iluminado contorno à cidade. O dia ainda era frio, a névoa baixa da madrugada sobre as ruas impedia a boa visão das casas.
E , numa certa casa branca de estilo grego, acordava uma pequena loirinha de olhos cinza, até mesmo alta para seus quase sete anos e muito inteligente. Annabeth, era seu nome. Esfregou seus olhinhos com sua pequenas mãos e sorriu.
— Bom dia meu amor, já acordou? - perguntou sua mãe, Atena, abrindo a porta e as cortinas da varanda de seu quarto.
— Bom dia mamãe! - respondeu empolgada.
— Venha, vamos tomar café, depois você se troca.
A garotinha pulou rapidamente de sua cama e seguiu sua mãe, que ia em direção à cozinha.
— Bom dia família! - exclamou seu pai, Frederick, sentando-se à mesa.
— Bom dia papai!
— Oi amor. - disse Atena beijando o marido.
— Então Annie, está animada princesa?
— Muito papi! Quero conhecer meus novos amiguinhos! - disse a menina sorrindo e pulando na cadeira.
— Que bom meu amor! - respondeu o homem sorrindo diante a alegria de sua filha em ir para a nova escola.
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— PERCY! ACORDA FILHO! - gritou a mulher da cozinha.
— Nhãuuu... - respondeu o garoto, ainda de olhos fechados.
— Vamos querido... - disse a mãe, agora ao seu lado, gentilmente.
— Não mamãe... Por favor! Deixa eu dormir mais um pouco...
— Vem filho, eu te levo lá para baixo. Você precisa levantar, é o primeiro dia de aula!
— Tudo bem. - O garotinho levantou-se, ainda que com sono, e seguiu até a mãe, que o pegou no colo e desceu as escadas, indo para a cozinha.
— Mamãe, cadê o papai? - questionou tomando seu leite.
— Deve estar dormindo ainda meu filho.
— Posso acordar ele? - perguntou com seus olhinhos brilhando em expectativa.
— Vai lá.. - respondeu sorrindo, enquanto observava o filho ir saltitando acordar o pai.
— Papai... Acorda! - disse pulando na cama.
— Nhãuuuu... - o garotinho sorriu e pulou sobre o homem, ficando ajoelhado em sua barriga.
— Papai! Abre o olhinho! - disse colocando os dedos nas pálpebras do pai.
— Oi filho... - disse colocando o braço sobre os olhos, a fim de impedir que a luz os alcansa-se.
— Pai! Hoje tem aula! Você tem que me levar! Vou ver meus amiguinhos!
— Tudo bem filho, deixe o papai levantar então. - Percy saiu de cima da barriga de seu pai e o observou levantar-se. Riu e bateu palmas, então pulou da cama e voltou correndo para junto de sua mãe, na cozinha.
— Pronto mamãe! Missão concluída! - disse sentando-se novamente e pegando um biscoito azul do prato sobre a mesa.
— Vamos filho, - disse Sally sorrindo e passando a mão nos cabelos negros como petróleo do garoto - termine de comer para se trocar.
— Tchudhu bem mãhe... - respondeu com a boca cheia de biscoito.
— Não fale de boca cheia Percy! - repreendeu Sally, ainda que sorrindo.
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Annabeth's POV
Chegamos na escola vinte minutos antes do sinal bater. Mamãe me abraçou e disse que daria tudo certo e que eu faria muitos novos amigos. Bem, até agora não conheci ninguém legal. Estou com medo de não gostarem de mim... e se rirem quando a professora disser que sou nova? E se me acharem esquisita por ter olhos cinza? E se eu não fizer nenhum amiguinho? Como posso começar meu 1º ano assim?!
Ei! Olha, tem uma menina vindo pra cá! Quem é ela? Respira! Respira!
— Oi! Meu nome é Thalia! Quem é você? - perguntou me encarando com seus olhos azuis, que mais parecem raios.
— Oi... Eu sou Annabeth. Sou nova aqui. - a respondi sorrindo.
— Oi Annabeth! Adorei seus tênis!
— Ahn... obrigada. - isso foi um elogio?
— Você é de que sala?
— Primeiro ano, e você?
— Também! Que legal! Vem, vou te mostrar os outros! - disse me puxando pela mão e saiu correndo. A segui.
— Oi gente! Essa é a Annabeth! - disse me mostrando como um troféu para outras seis crianças.
— Olá Annabeth! - responderam todos.
— Oi gente... é ... vocês também são do primeiro ano? - eu não sei o que dizer! Quem são eles?
— Sim! Aliás, vou apresentá-los. - respondeu Thalia por todos. - Olhe, esse é o Jason, meu chatão, quer dizer, irmão! - falou apontando para um loiro com touca de Super-Homem que lançou-lhe um belo olhar mortal.
— Ahn.. oi Jason.
— Aqui, - disse me puxando mais para o centro da rodinha de amigos. - essa é a Piper. Ela é legal até...
— Hey!
— Olá Piper. - disse e a garota sorriu.
— Prazer Annabeth, espero que sejamos grandes amigas!
— Eu também!
— Essa coisa rosa aqui, - disse apontando para uma garota bonita, de cabelos castanhos e roupa completamente rosa, aparentava ser mais velha que os outros. - é a Silena. Nosso unicórnio. Mas ela não é da nossa sala. É irmã da Piper. – Nossa! Haja lugar para guardar tanta informação!
— Oi Annabeth! Amei seus cabelos!
— Ahn... obrigada Silena. - respondi um pouco envergonhada pelo elogio.
— Continuando aqui... Esses são Nico e Bianca. - disse me apontando uma garota branquinha, cabelos e olhos pretos e uma touca verde e outro garoto, acho que seu irmão, de olhos e cabelos também negros porém um pouco mais branco.
— Olá Annabeth! - disse Bianca sorrindo.
— Oi Bianca! - respondi também sorrindo, aquela menina era bem legal. Seu irmão, Nico, apenas olhou para mim. Quando achei que ele diria algo, fui atropelada por alguém. E Nico se calou – mesmo que não tivesse dito nada- voltando a apreciar sua música nos fones de ouvido.
A criatura conseguiu me derrubar. Apenas distingui um vulto moreno. Levantei minha cabeça e percebi que todos me olhavam. Que vergonha!
Thalia me estendeu a mão e me ajudou a ficar de pé. Passei as mãos em minhas roupas e peguei minha mala. Foquei o garoto que me derrubara e ele me observava, secava, sem nem piscar. Acho que corei um pouquinho...
— Hey seu pirralho! Olha por onde anda!- gritei nervosa.
— Aaaa... – acho que o cérebro dele ainda processava tudo.
— Percy! Acorda! – disse Thalia estalando os dedos na frente dos olhos do moreno, que descobri chamar-se Percy.
— Aaa... Oi! Éééé... Prazer meu nome é Percy e ... – disse ele endireitando-se e “recobrando” sua “sã” consciência.
— Annabeth... – respondi- então, agora vai me dizer o que fazia de tão importante que não me viu e me atropelou, deixando-me caída lá no chão? – perguntei o encarando. Acho que minha expressão era aterrorizante, pois além dele, que aparentava medo talvez, o outros me observavam, pareciam temer que eu fizesse algo criminoso.
— Foi mal... – sussurrou quase como uma pergunta. Senti-me um pouco culpada, não queria intimidar ninguém...
Quando estava prestes a corar com todos aqueles olhares, o sinal tocou, me salvando daquela tortura eterna. E seguimos para a aula.
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