História Another Way Of Saying Love - The Party

POV Piper
  Finalmente chegara o dia de nossa festa de aniversário. Silena e eu estávamos muito ansiosas para tal data. Mamãe resolveu fazer uma comemoração em nossa casa de campo, que além de ser maior era mais aberta e tinha um quintal, dando a nós, crianças, um melhor espaço para brincar. Foram essas suas palavras.
  Bem, estava tudo muito lindo. A mesa do bolo enfeitada de branco e dourado, as bexigas de mesma cor penduradas pela casa, os corações rosa-claro presos nas paredes, mesas e portas, contrastando com o branco e dourado e dando um ar doce à festa. É, eu sei, meu olhar para a decoração era ótimo.
  Enquanto minha irmã terminava de se arrumar, fui prender meus cabelos.  Resolvi fazer uma trança. Peguei pente, elástico e um banquinho, para que eu alcançasse o espelho. Quando fui separar as mechas, ouvi a campainha tocando e corri para atendê-la.
  Cheguei em frente a porta e parei. Arrumei meu vestido, passei a mão nos cabelos. A abri.
— Olá! Sejam bem-vindos!
POV Thalia
  Sábado. Aniversário de Piper e Silena. A festa começava às 15h00min e para não chegarmos muito tarde precisaríamos sair de casa às 14:50. Levava cerca de meia hora até a casa de campo das meninas.
  Coloquei meu vestido e os sapatos. Arrumei o cabelo e já estava pronta. Faltando cinco minutos para nossa hora de ir notei que Jason ainda estava em seu quarto. Claro, ele deveria estar pirando. Ia ver a futura namorada e não fazia ideia do que dizer a ela. Certo que ele não admitia que gostava de Piper, mas eu sabia que sim.
— Jason! Vamos logo filho! – gritou mamãe.
“Bem, acho que ainda não a apresentei. Seu nome é Beryl Grace, ela é uma atriz muito conhecida. Já fez vários filmes e atuou em muitas novelas. Casada com nosso pai, Zeus. Ahn... Isso pode parecer estranho, mas eu meio que não sei o sobrenome de nosso pai. Tipo... ele nunca nos contou, e sempre que perguntamos ele desvia o assunto. Nunca entendi o porquê. Mas, continuando... Papai é um empresário, também não sei o que exatamente ele faz, mas ele ganha bem. Como sei disso? Moramos numa casa bem grande. Não a chamo de mansão por que não acho que chegue a isso, mas ainda é enorme. E uma vez, ouvi papai e mamãe discutindo e ele disse:
— Você acha que nossa casa é pequena? Olhe isso tudo! Temos três andares, piscina, salão de jogos, churrasqueira, duas salas de estar enormes, uma cozinha digna de televisão, nossa mesa de jantar é de madeira verdadeira, seu closet é quase do tamanho de nosso quarto! Nossos filhos têm suas próprias suítes e o cachorro dorme numa casa de alvenaria com tamanho para um carro! Onde você quer morar? Num castelo?! Pois tome! – ele lhe entregou um cartão – Vá e compre um castelo!
  É, acho que temos um bom dinheiro... ’’
  Passaram-se mais dez minutos e Jason não apareceu. Então, já sem paciência, resolvi ir arrancá-lo de seu quarto.
  Subi as escadas e parei em frente ao seu quarto, a porta fechada. Tentei abri-la, mas estava trancada. Com raiva comecei a esmurrar sua porta e gritei:
— Jason! Sai daí AGORA! Se eu me atrasar um minuto que seja só por que você tem medo de conversar com sua namoradinha, eu juro que arranco seus cabelos UM POR UM!!!
— Eu não vou Thalia! – Jason respondeu de seu quarto.
— Ah! Vai sim! Abre logo essa porta! – voltei a esmurrá-la.
  Ele a abriu e saiu já pronto. Porém, sua cabeça pendia para baixo, triste.
— Jason... O que foi? – perguntei me acalmando.
— Foi que Piper não liga pra mim. Eu gosto muito dela, mas ela nem fala direito comigo...
— Jason, Piper também gosta de você. Vai lá e fala com ela...
— Mas...
— Ah! Anda logo! Ela te ama, você ama ela. Pronto! Agora vamos! – disse já ficando brava novamente.
— Ela... Me ama? – disse esperançoso.
— É... Ama! Claro! – o respondi. Só queria ir para a festa.
— Uhul! Vamos logo! – Jason saiu correndo.
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  Chegamos à casa das meninas e a festa já rolava. Tinha música tocando e alguns adultos conversando sentados em mesas e sofás. Pude ver Nico e Bianca andando de um lado para o outro. Fomos recebidos por Silena. Acho que Jason ficou meio triste por não ter sido Piper.
— Oi gente! - Silena nos cumprimentou alegremente – Entrem!
— Obrigada Si! Feliz Aniversário! – a respondi.
— É, feliz aniversário... Você sabe onde a Piper está? – Jason, querido, CALMA!
— Am... acho que no quintal...
— Obrigada! - Disse ele correndo.
— Pessoa louca... – comentei.
— Concordo... Mas, então! E sua mãe?
— Ela já está vindo...
POV Annabeth
  Cheguei na festa perto das 15:50min. Sabia que estava atrasada, e tudo por que mamãe não encontrava o endereço que ela anotara em um papel.  Desci do carro e passei a mão em meu vestido. Caminhei até o portão e me virei para trás. Mamãe não poderia ficar comigo, pois tinha uma reunião em sua empresa. Estranhei, pois ela não trabalhava de sábado. Ainda assim, dei tchau e entrei na festa.
  Havia um pequeno caminho até a porta de entrada da casa. Era um belo lugar.

  Passei pela porta que estava aberta, mas não encontrei as meninas. Só vi alguns adultos conversando no sofá. Tia Afrodite entrou no cômodo e sorriu me vendo.
— Olá Annabeth! Obrigada por vir! Venha, as crianças estão lá fora!
— Oi tia! Obrigada eu, estou indo encontrá-los!
  Caminhei um pouco e me deparei com uma mesa de salgados e outra logo em frente, de doces. Estava pegando uma coxinha quando senti que alguém me olhava. Virei para trás e encontrei Percy, com uns três cupcakes  nas mãos e outro na boca, me olhando, paralisado.
  Minhas bochechas esquentaram. Sorri e estalei os dedos em frente de seus olhos.
— Percy... Hey! Percy!
— Ahn... Oi Annabeth... É...
— Tá tudo bem?
— Claro! – ele disse meio que “acordando” – Você está muito bonita... – Okay, agora minhas bochechas fritaram, tostaram, se incineraram.
— Ahn... – Pensa Annabeth! – Obrigada! – Respondi sorrindo. – Vamos brincar?
— Vamos!
  O puxei pela mão livre e saímos da casa.
POV Percy
  “Uau! Que... princesa!” Foi tudo que pensei ao vê-la. Annabeth estava linda naquele vestido. Realmente, parecia uma princesa. Talvez fossem só meus olhos, mas...
— Percy... Hey!Percy! – ela me chamava.
— Ahn... Oi Annabeth... É... – eu não conseguia deixar de olhá-la. Tão... perfeita.
— Tá tudo bem?
— Claro! – disse recobrando minha consciência. – Você está muito bonita... – deixei escapar, logo percebendo o que disse. Corei, mas acho que  ela não percebeu, estava preocupada tentando disfarçar suas bochechas, também coradas.
— Ahn... – ela parecia pensar – Obrigada! Vamos brincar?
— Vamos! – sorri.
  Annabeth me puxou pela mão e fomos brincar com nossos amigos no quintal da casa.
  Jogamos muitas coisas. A festa estava super animada. Brincamos de esconde-esconde, pega-pega, amarelinha, pulamos corda e comemos, comemos muito!
  Deviam ser umas sete horas quando cantamos parabéns. O bolo era de chocolate e estava muito bom. Logo as pessoas começaram a ir embora. Restamos de convidados, apenas eu, Annabeth, Luke, que chegara depois de todos e alguns parentes de Silena e Piper.
  Mamãe me chamou e disse para me despedir de meus amigos, por que já iríamos embora.
  Cheguei no quintal, onde Annabeth estava e a encontrei sentada num banco, chorando. Fiquei preocupado. Ela era a única lá fora. Me aproximei e disse:
— Annie... O que foi? – ela olhou para mim, e seus olhos estavam vermelhos. Era de partir o coração.
— Percy... Minha mãe me esqueceu aqui...
— Annabeth, eu tenho certeza que ela não te esqueceu... O que aconteceu?
— Ela falou que sete e meia estaria aqui, para me buscar, mas já passa das oito!
— Calma Annie, ela já deve estar chegando...
— Percy! – gritou mamãe, parada na porta – Vamos querido! Já está tarde!
— Espera aí Annie... – disse e corri até minha mãe – Mamãe, nós não podemos ir embora!
— Mas... Por que Percy?
— Vem aqui... – a puxei pela mão.
— Annabeth, o que foi querida? – Ela perguntou se ajoelhando ao seu lado.
— Minha mamãe me esqueceu tia Sally...
— Claro que não meu amor! Ela já deve estar chegando...
— Mãe, nós podemos ficar aqui até a mamãe da Annabeth chegar? – perguntei.
— Tudo bem filho. – Annabeth nos olhou e me abraçou. No começo não sabia o que fazer, mas então a abracei de volta.
— Obrigada Percy... – ela sussurrou, e meu coração pareceu se reconstruir.