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História Another World - What did I do?


Escrita por: httpscream

Notas do Autor


*capitulo corrigido*
Boa leitura

Capítulo 32 - What did I do?


Fanfic / Fanfiction Another World - What did I do?

Dois dias depois...

À vontade... Aquela maldita vontade.

Eu não desejo isso a ninguém. Isso mexe com meu psicológico e é uma coisa muito louca de se explicar. A pessoa não saber se controlar e sair matando pessoas inocentes pela rua. Eu não me considero um psicopata ou um serial killer, mas quem se importa?

Eu odeio ficar a tempos sem ver alguém pedindo socorro, deixá-la sem água, comida e vê-la pedindo um mísero copo de água, ver seu corpo em volta a uma poça de sangue... Isso é prazeroso demais! É a minha diversão, é a minha brincadeira predileta.

Não quero sangue de animais, quero sangue humano. Não quero gritos de animais, quero gritos de um homem ou de uma mulher, criança, jovem, adulto, idoso... São tantos que se torna difícil escolher.

Vejo um grupo de jovens em minha frente conversando animados, com certeza depois de voltar de uma balada. Por que eles estão alegres? Por que não estão dividindo essa dor, raiva e mágoa comigo? Por que eles podem ser felizes naturalmente e eu tenho que sempre fingir que eu tenho uma vida normal? Que eu sou um jovem de 19 anos normal? Nada mais justo que eles dividirem essa dor comigo não é mesmo?

Já era a decima vez que eu levava minha garrafa de whisky até minha boca sentindo o líquido queimar em minha garganta. Eu já não enxergava mais nada em minha frente, apenas o volante do carro e o grupo de jovens que não se cansavam de dar altas gargalhadas. Eles podem estar longe, mas eu consigo ouvir a risada de cada um em minha cabeça e isso está me deixando louco.

Levei minhas duas mãos até minha cabeça e apertei as mesmas contra minha lateral querendo que aquelas vozes saíssem dali de dentro. Eles estão rindo de mim.

– Vamos Jack... – Olhei para o lado vendo meu pai sentado no banco do passageiro encarando o grupo – São apenas jovens. Não vão fazer diferença para a humanidade. Eles estão rindo de você e pelo seu estado, o que pensar de alguém que está bebendo todas dentro de um carro? E ainda chorando.

– Cala a boca. – Falei de cabeça baixa

– Eu sei de tudo que você fez, de todos que você matou. Lembra-se daquela mulher doce que vivia com nós? Onde ela está agora e o que aconteceu com ela? Vamos responda.

– Ela morreu... Mataram ela, mataram minha mãe!

– Você matou sua mãe Jack!

– EU NÃO Á MATEI! VOCÊ SABE QUE MATARAM ELA POR QUE VOCÊ DEVIA PARA VÁRIOS CARAS! A CULPA É SUA E NÃO MINHA. A CULPA DE EU ESTAR ASSIM AGORA, FOI VOCÊ ME ENSINOU A MATAR PESSOAS.

Soquei o volante do carro sentindo a raiva dominar todo meu corpo.

– Nossa, que garoto dramático... Vá Jack, faça tudo que eu lhe ensinei. – Olhei para o lado e meu pai não estava mais ali.

Peguei a arma em minha cintura e recarreguei a mesma, destravando em seguida. Coloquei meu capuz e desci do carro indo em direção ao grupo. Não havia apenas garotos, mas também garotas. A minha vontade de ver o corpo de cada um deles estirado no chão um ao lado do outro só ia aumentando cada vez mais a cada passo que eu dava. Eu não liguei se havia câmeras próximas, outras pessoas vendo a cena ou até mesmo um mendigo que serviria como cúmplice. Eu só queria descontar completamente toda minha raiva.

Assim que cheguei por trás do primeiro garoto, já coloquei a arma em sua nuca e apertando o gatilho fazendo-o cair em minha frente. Os outros quatro me olhavam com medo e desespero e era disso que eu gostava. De vê-los suplicando pela própria vida.

Mirei na cabeça de uma das garotas e apertei o gatilho a fazendo cair estirada no chão. Todos os três saíram gritando e correndo, mas eu consegui acertar todos em alguma parte do corpo fazendo eles se contorcerem de dor no chão. Olhei para um canto escuro e vi a imagem de meu pai me encarando de braços cruzados e com um meio sorriso no rosto.

Olhei para baixo e vi que o garoto lutava contra sua própria vida e estava querendo falar alguma coisa, mas eu já sabia que de uma forma ou outra que ele não conseguiria. Para facilitar sua morte, disparei mais dois tiros em seu coração. Abaixei-me ficando ao seu lado e encarei-o. Respirei fundo sentindo o cheiro satisfatório que é tirar a vida de alguém. Se eu sofri quando perdi minha mãe e sofro até hoje por ter entrado nesse mundo, por que eles também não podem?

Ouvi sirenes se aproximando cada vez mais rápido, alguém havia chamado a policia. Olhei ao redor e meu olhar parou em uma senhora que estava em sua sacada com o celular em mãos, assim que ela percebeu que eu a encarava entrou rapidamente para dentro de sua casa.

Corri até o carro e o liguei pegando a avenida principal e me infiltrando em meio a vários e vários carros como se nada tivesse acontecido, como se eu não tivesse feito nada, como se eu fosse um jovem normal de 19 anos.

[...]

Depois daquela madrugada, vim dormir em meu apartamento pois eu estava muito bêbado para dirigir até em casa. Sai do banheiro e fui direto para a cozinha preparar meu café, enquanto isso liguei a televisão e parei em um canal de notícias. Virei-me para frente do fogão para terminar meu café, mas a voz da jornalista me fez virar novamente e encarar a televisão com um sorriso no rosto.

Nesta madruga, um grupo de jovens foram encontrados mortos em uma rodovia. Uma testemunha que presenciou todo o ocorrido, disse a policia que foi uma tentativa de assalto. Felizmente tivemos um sobrevivente.

Assim que vi quem era o sobrevivente, meu corpo inteiro entrou em alerta de desespero e o sorriso de felicidade que havia em meu rosto se transformou em medo e pavor. A câmera conseguiu ficar bem no rosto do garoto, aquele era o Hayes. Ele estava coberto até o pescoço por um lençol branco e havia uma roda de sangue perto de seu peito e aquilo era sinal de que ele estava perdendo bastante sangue.

Essas são imagens desta madrugada, os policias disseram que a vítima sobrevivente está em estado grave e com risco grande de morte. A família já se encontra no local...

 

O que eu fiz?

 

P.O.V Charlie Edwards


Acordei com um barulho de algo sendo quebrando no chão. Olhei ao redor e um celular estava todo despedaçado perto do guarda-roupa. Nash andava de um lado para o outro com as mãos na cabeça e chorando, rapidamente um desespero surgiu dentro de mim achando que havia acontecido alguma coisa com Lisa. Levantei-me e fiquei de frente para ele fazendo-o parar de andar de um lado para o outro.

– Nash o que foi? Aconteceu alguma coisa com a Lisa? – Ele não me respondeu, apenas puxava seus cabelos com raiva - Me responde!

– Meu irmão porra! – Nash aumentou o tom de voz e me encarou com os olhos cheios de lágrimas

– O que aconteceu com o Hayes?

– Nash você viu o que aconteceu com o Ha... – Olhei para a porta e Ewan nos encarava com desespero – Você já soube não é?

– O que foi gente, me explique! - Ordenei. Nash pegou meus pulsos e colocou em frente ao meu rosto. Enquanto ele falava, me balançava freneticamente.

– MEU IRMÃO LEVOU UM TIRO CHARLIE! ELE ESTÁ EM RISCO DE MORTE! – Eu não sabia o que fazer apenas encarei os olhos avermelhados e cheios de lagrimas de Nash – Ele vai morrer Charlie, meu irmão vai morrer.

Nash deixou que as lágrimas tomassem conta dele, eu automaticamente puxei-o para um abraço apertado. Ele colocou seu queixo encima do meu ombro e passou seus braços em volta da minha cintura me abraçando mais forte,

– Ewan, pede pro Cameron mandar o jatinho dele pra cá, rápido! – Apenas ouvi os passos de Ewan se afastando.

Nash soluçava de tanto que chorava. Eu não acredito que isso está realmente acontecendo.

[...]

Minha família entendeu toda a situação de Nash e logico que eu quis voltar com ele para Charlotte, não vou o deixar passar por isso tudo sozinho. Ele já me ajudou em varias coisas por que eu não posso ajudar ele agora e ainda mais em uma situação como essa. O irmão dele está prestes a morrer no hospital.

 

P.O.V Nash Grier


Assim que eu soube o que havia acontecido com Hayes, a primeira coisa que me veio a cabeça foi o que meus pais iriam falar? Eles liberaram Hayes para vir morar comigo e com os garotos com a condição de que eu seria o responsável por ele. E com certeza do jeito que minha mãe ama Hayes, ela vai querer me espancar.

Charlie ficou em casa cuidando de Lisa e eu vim para o hospital com Cameron. Ele disse que Hayes vem piorando cada vez mais. Assim que Cameron parou o carro na frente do hospital, desci do mesmo e corri para dentro do local. Fui direto à recepcionista.

– Eu quero notícias de Hayes Grier. – Falei ofegante

– Desculpa, mas eu não tenho informações sobre o paci... – Interrompi

– Como assim você não tem informações? Isso não é o seu trabalho? Que tipo de hospital é esse que não tem informações sobre os pacientes? E se ele estiver morto lá dentro, o que você vai fazer?! – Soquei o balcão e aumentei tom de voz fazendo ela se assustar.

 Senti uma mão apertar meu ombro, olhei e era meu pai. Logo o abracei e ele retribui

– Como ele está pai? – Me desfiz do abraço e falei com os olhos cheios de lagrimas

– Nada bem. Ele perdeu muito sangue e agora está entrando para uma cirurgia.

Olhei por cima dos ombros de meu pai e minha mãe vinha na minha direção com raiva e chorando.

– ISSO É TUDO CULPA SUA! – Ela avançou pra cima de mim, mas meu pai impediu. Todas aquelas pessoas no hospital pararam para encarar a cena

– SE ALGUMA COISA ACONTECER COM ELE, EU NUNCA MAIS VOU OLHAR PARA SUA CARA ESTÁ ME OUVINDO? VOCÊ FOI UMA DESGRAÇA PARA NOSSA FAMÍLIA! EU TENHO DESGOSTO DE TER VOCÊ COMO FILHO!

– VOCÊ NUNCA ME CONSIDEROU COMO SEU FILHO MESMO. VOCÊ NUNCA ME AMOU, PARECE QUE EU SOU UM QUALQUER UM PARA VOCÊ. PRIMEIRAMENTE VEM SKYLYNN, HAYES E POR ULTIMO EU NÃO É MESMO MAMÃE? SE VOCÊ NUNCA ME QUIS, POR QUE NÃO ME MATOU ENQUANTO DAVA TEMPO?

Minha mãe caiu desmaiada encima dos braços de meu pai e rapidamente alguns médicos chegaram com uma maca sumindo com ela pelo corredor. Me deu dó de ver ela daquele jeito afinal ela é minha mãe não é mesmo? Por mais que ela não queria, foi ela que me colocou no mundo, e eu ainda acredito que bem lá no fundo de seu coração, ela me ama.

Eu apenas encarei aquela cena sem dizer mais nada. Não passava absolutamente nada em minha cabeça. Eu sempre percebi que minha mãe nunca gostou de mim, mas nunca pensei que seria a esse ponto. Ela me odeia! Eu também tenho consciência de tudo que eu disse a ela, mas ninguém aguenta ser odiado pela própria mãe.

– Filho, não de ouvidos á sua mãe ela está nervosa. – Meu pai falou e eu apenas ignorei.

Minhas mãos tremiam e soavam frio, a raiva e ódio de mim mesmo dominou meu corpo. Isso foi tudo culpa minha, por que eu fui para aquela maldita viagem? Eu sou uma desgraça para essa família assim como minha mãe mesmo disse. Minha própria mãe...

Sai correndo em meio á todas aquelas pessoas procurando a saida daquele lugar. Eu precisava sair dali rapidamente, preciso me acalmar. Isso é demais pra mim.

– Nash espera! – Ouvi Cameron gritar até o momento que virei a primeira rua e pegando a avenida principal.

As pessoas me olhavam curiosas, até por que o que pensar em alguém que está correndo sem rumo e ainda chorando?

 – EU TENHO DESGOSTO DE TER VOCÊ COMO FILHO!


Notas Finais


Bye bbs


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