História Antes e depois de você - Cinema parte 1.

Anteriormente;

- alo? – falei e ouvi a pessoa do outro lado da respirando.

- Gehe... baixinha?

Atualmente;

- Gajeel? – falei incrédula.

- Não imagina! É a velhinha da esquina! – devolveu sarcástico e eu estalei a língua em irritação.

- Calado escravo – mandei brincando e ele riu. – então, porque você me ligou? – fui direto no assunto e ouvi ele rindo do outro lado da linha.

- topa ir no cinema? – perguntou rápido e eu arqueei a sobrancelha.

- como é que é? – perguntei e ouvi ele engolir em seco do outro lado da linha.

- Sabe, eu, você, os garotos, as meninas. – fez se uma pausa. – e ai? Você topa?

- Aceito... mas, de onde você tirou a merda desse ‘’ topa’’? – perguntei e ele riu.

- depois eu conto baixinha.

- baixinha o teu rabo! – respondi e ele gargalhou. – vai rindo, eu ainda acabo com você um dia desses.

- Aha, sei. – falou tirando com a minha cara e eu fiquei séria.

- Seu pinto não duvida de mim, quer perder a habilidade de fazer filhos? Gajeel? – sussurrei seu nome de maneira ameaçadora e ele ficou mudo.

- shiiiiii shiiiii a ligação esta falhando Levy shiiiiiii – ri baixinho ao ver ele fingindo que a ligação estava caindo. É um idiota mesmo.

- Gajeel? Lá no cinema... você vai ser só meu. – falei séria e ouvi ele exclamar surpreso do outro lado da linha. – Eu falo com as garotas, fale com os meninos, nos vemos as 7.

- Ge-he, mandona, combinado.

- E Gajeel?

- sim.

- não se esqueça, no cinema... você vai ser só meu, não se esqueça disso escravo. – falei e desliguei o telefone, tinha que fazer mais algumas ligações. Disquei alguns números e logo o telefone começou a chamar.

- Alo? Erza? Se arruma sua arrombada porque a gente vai sair. E pega o carro da sua mãe porque a gente vai ter que arrastar a peituda até o carro. Okay, te encontro as 5. E Erza? Vê se vai gata, por que nós vamos esquentar certos motores... – sorri maliciosa e ela riu com prazer do outro lado da linha. O circo ia pegar fogo.  

- QUE merda estamos fazendo aqui? – perguntou a azulada pela milésima vez. Não me leve a mal, Juvia era a minha amiga, mas ela já estava me irritando.

- Juvia, quer calar a boca? -  falei impaciente e ela me fuzilou.

- UI, alguém está de mal humor... – implicou. – o que te deixou assim Levy?

- Vai se ferrar. – respondi e ela riu.

- Hey, sem querer ser chata e tals, mas eu posso perguntar como foi que vocês me convenceram a vir mesmo? – perguntou Lucy e eu a encarrei sorrindo.

- Eu ameacei embebedar o Natsu e te arrastar de pijama mesmo até aqui. – respondi e ela bufou.

- E o meu irmão? Como ele veio parar no meio desse hospício mesmo? – perguntou encarando o garoto ao lado dela, se não me engano o nome dele era Liam.

- Você não quis sair do lado dele e ele encarnou no capeta quando a gente falou que os meninos iam junto. Então para facilitar trouxemos ele junto. – respondi e encarei o menino, ele era MUITO FOFO. Seus olhinhos eram opacos, mas não paravam quietos, ele estava usando uma calça jeans e um tênis esportivo preto, uma regata branca e um casaco de botão, preto, vermelho e branco. De certa forma ele parecia uma criatura inofensiva, encarei seu rosto o avaliando, dava para ver um bandeie logo a cima de sua sobrancelha e ele tinha alguns roxos no rosto. ‘’ deve ter se metido em alguma briga’’.  

- tanto faz. – respondeu Lucy e eu a encarrei – de qualquer forma o que importa é que ESTAMOS AQUI A UMA HORA! E AQUELES IMBECIS AINDA NÃO CHEGARAM– gritou e eu não tive tempo de salvar os meus ouvidos, tampando eles, o único que escapou foi Liam, a irmã tapou os ouvidos dele antes de gritar já que o pirralho estava em seu colo. Juvia deu um beliscão na loira e a Mira a fuzilou com o olhar, não as culpo, estavam do lado da loirinha, sentadas no bando traseiro. Encarei a peituda, perto do irmão ela parecia uma leoa, pronta para atacar que tentasse colocar um dedo sequer nele. Isso era fofo.

- Ai – falou Liam e eu me surpreendi com sua voz, era calma, mas firme. – Qual é a da ruiva? Ela morreu ai? Ou entrou em estado vegetativo? – ri baixinho e as outras sorriram de canto, já a irmã coruja lhe deu um beliscão. – AI. Doeu. – resmungou e eu ri.

Encarei Erza que estava no banco do motorista, ela parecia perdida em pensamentos, bufei e revirei os olhos. O moleque tinha razão.

- Erza? – chamei, e ela resmungou em resposta, na mesma hora as meninas se calaram e focaram sua atenção na gente. – os meninos chegaram – menti.

- que bom – resmungou e eu suspirei, fiz cara de tacho, estava na cara que ela não prestava atenção em uma só coisa que eu dizia, o que me dava raiva era que ela estava assim a dias, desde, desde que o Jellal saiu do hospital.

- Um unicórnio veio na minha casa ontem. – falei sarcástica e ela nem me olhou.

- que bom para você – respondeu e eu suspirei.

- Vamos sair dando o rabo na rua para quem passar e vamos fazer isso do jeito que viemos ao mundo. – falei.

- claro, vai na fé, vai ser divertido.... espera O QUE? – falou e se virou para mim, seus olhos estavam arregalados, suspirei e a encarei.

- eu estava brincando, mas sério, você precisa resolver as coisas com o Fernandes, está na cara que você gosta dele, então qual o problema? Fica logo com o garoto! Isso já esta me deixando doida! VOCÊ NÃO SAI MAIS DO MUNDO DA LUA E NEM PRESTA ANTENÇÃO NA GENTE! ACORDA! VOCÊ GOSTA DO GAROTO ELE GOSTA DE VOCÊ! SE PEGUEM! – gritei e ouvi Liam assobiar lá atrás e ser repreendido pela irmã de novo.

- Não é tão fácil – respondeu e a Lucy respirou fundo lá atrás.

- Para falar a verdade é sim. – respondeu a loira. – Vocês é que complicam de mais. Talvez ele venha hoje, tenta resolver isso cara, já estou cheia de ver vocês se torturando assim, se você não falar com ele eu falo. – concordei com a loira e a ruivinha mandou a gente a merda, mas se rendeu.

- Tá, eu falo com ele, agora larguem do meu pé. – bufou e eu ri.

- pode deixar ruivinha. – respondi e ela me encarou sorrindo.

- ninguém merece umas enxeridas como vocês – reclamou.

- vai se lascar – respondemos juntas e rimos.

- meninas – resmungou Liam e eu o encarei, ele devolveu meu olhar, revirou os olhos e inchou a bochecha fingindo birra. Gargalhei e apertei sua bochecha.

- Lucy! Você tinha que ter contado para gente entes que tinha um irmãozinho tão fofo assim! – falei rindo – dá vontade de morder! – exclamei e ele me encarou como se eu fosse doida.

- Nem vem! Não sou apetitoso! –se apresou em dizer e ergueu as mãos em forma de rendição. Ri e as meninas me acompanharam. Liam sorriu e a loirinha também, um sorriso tão doce que achei que eles eram anjos. Os dentes branquinhos dele chegaram a cintilar, os olhos opacos vibraram em luz. Ele estava feliz, e a irmã também.

                Mas ela parou de sorrir, seus olhos estavam fincados no sorriso do irmão, as orbes castanhas dela refletiam surpresa, gratidão, alivio, saudade, carinho. Ela o abraçou e repousou o queixo em seus ombros, Liam sorriu para ela, os olhos dele também devolviam o mesmo olhar que ela lhe mandava. Tinha alguma coisa por trás disso, alguma história. ‘’ depois eu pergunto’’. – pensei.

- Hey!  Lá estão eles – indicou Erza e eu sorri, eles estavam lindos. Todos estavam com tênis esportivos e calças jeans. Mas cada um brilhava de um jeito diferente.

                Natsu estava com uma camiseta vermelha e um casaco negro, uma corrente com um pingente de dragão pendia até seu peitoral e ele tinha as mãos no bolso na calça, seus olhos dançavam procurando por nós. Gray estava com uma camiseta azul escura e sua corrente com a cruz cintilava em contraste com o tecido escuro, ouvi Juvia soltar uma risada safada atrás de mim e sorri, ela estava pensando em alguma coisa. Laxus estava com uma camiseta amarela e um casaco de couro, mas o que me impressionou foi o meu escravo, Gajeel estava com uma camiseta negra com a seguinte frase escrita em vermelho sangue;

‘’ I have owner. And it causes fear even in the devil.’’ ( eu tenho uma dona, e ela causa medo até no diabo.)

Seu cabelo estava rebelde e sinceramente, ele estava um gato, além de deixar bem claro que não estava disponível. Senti uma mão quente me segurara o braço e escutei Liam sussurrar em meu ouvido.

- Qual deles é o cara da minha irmã? – olhei nos olhos do pirralho e vi eles queimaram selvagens, ele não parecia mais um garotinho, estava na cara que queria ter uma conversa com o Natsu.

- Tá vendo aquele rosado? – perguntei – de camisa vermelha e colar de dragão?

- o algodão doce ali é o namorado da minha irmã? – ele parecia querer rir, assenti. – Valeu Levy. – resmungou e voltou a se sentar no colo da loira.

- Meu Deus.... – balbuciou a ruiva e eu olhei na direção que ela olhava e sorri. O Fernandes nunca esteve tão bonito. Ele usava uma calça negra e uma camiseta camuflada, cinza, branca e negra, seus cabelos azuis estavam selvagens e arrepiados, ele usava uma corrente parecida com a dos militares e ela recaia sobre a camiseta. Mas o azulado tinha um olhar perdido, buscando a ruivinha dele.

- o seu garanhão arrasou Erzita – impliquei e ela nem me deu bola. – Vamos lá. – falei e sai do carro, mas meninas vieram logo atrás e o Liam veio mais distante, seus olhos permaneciam cravados no Natsu.

                Olhei as meninas com o canto dos olhos, elas não tinham ficado para trás, Mira usava um salto alto branco e um vestido amarelo com movimento, seu braço carregava um bracelete prateado e seus cabelos caiam ondulados por cima de seu ombro. Juvia estava com uma sapatilha azul escura e um vestido negro, ele ia colado até a sua cintura onde caia solto, ela usava brincos longos e dourados e seu cabelo estava preso em um rabo alto. Lucy seguia uma blusa branca e uma saia vermelha e solta, ela usava um tênis com solado alto na cor negra e uma jaqueta curta da mesma cor, seu cabelo estava preso um rabo alto e ela não usava outros acessórios. Erza seguia com um short negro e uma blusa tão vermelha quanto seus cabelos, nos pés, saltos negros que chegavam a enlaçar sua perna com cordões, ela usava um colar dourado e brincos longos na mesma cor e por fim eu, optei por um short branco e uma blusa roxa clara de manga comprida, coloquei um tênis cano alto negro e coloquei acessórios negros também, já meu cabelo seguia rebelde e contido por uma faixa branca com manchas negras.  

- OI CAMBADA DE JEGUE – berrei e eles nos encararam, parecia que ainda não tinham visto Liam.

                Natsu chegou perto da loirinha e a abraçou, sua mão foi até a cintura dela e antes que eu percebesse ele tinha sido atirado para longe dela. Os outros arregalaram os olhos e as meninas sorriram junto comigo, Liam estava sério, seus olhos estavam cravados no rosado, já o Natsu, ele estava furioso.

Levy povs off;

Natsu se ergueu bufando de raiva, ele encarou o menino a sua frente e arqueou as sobrancelhas.

- Liam! – repreendeu-o Lucy, mas o garoto apenas a ignorou, seus olhos estavam voltados para o rosado.

- Você é o namorado da minha irmã? – perguntou Liam sério.

- sou o namorado da Lucy – respondeu o rosado. E Liam levou a mão até o bolso de sua calça, ele puxou um canivete e todos arregalaram os olhos.

- Liam guarda isso – mandou Lucy, mas o menino a ignorou, ele apenas manuseou o canivete como se pegasse em um chocolate, ele com certeza sabia usar aquilo, a loira tentou ir até ele, mas Levy a segurou.

- eles tem que resolver isso sozinhos – respondeu a baixinha e loira bufou.

- Presta bem atenção no que eu estou falando Natsu, meu irmão mais velho e o meu pai são muito otários para fazer isso, mas eu faço, se você machucar ela... eu acabo com você e corto as suas bolas fora. – rosnou e Natsu ficou sério, ele levou o garoto a sério.

- entendi, mas eu não pretendo machucar ela – respondeu o rosado calmo e Liam guardou o canivete tão rápido quanto o havia sacado. – eu te prometo moleque, sempre vou proteger essa loirinha. – os olhos de Liam o examinaram e eu não sei o que ele viu, mas assentiu e deu as costas ao rosado, andou até a irmã e se colocou ao lado dela como um cão de guarda.

Natsu sorriu para o pequeno que apenas o fuzilou, maroto Natsu andou até a loira e como um flash a beijou, ele estava provocando o pequeno, mas incrivelmente Liam não fez nada. Ele apenas observou sereno enquanto a loira retribuía o beijo.

Levy forçou uma tosse e Lucy lhe deu dedo, o clima tinha acabado quando todos explodiram em risadas.

- Levy! Deixa de ser mala! – falou Juvia rindo. – deixa eles em paz! É bom que a gente assiste um filme sem nem ter que pagar! E quem é que não gosta desse assunto? Porn- Liam tossiu interrompendo ela, o coitado estava vermelho, só não dava para saber se era de raiva ou vergonha, Natsu riu e bagunçou os cabelos do pequeno, Liam o fuzilou com os olhos, mas não o afastou.

- Eu que não quero ver isso. – resmungou Gray – Ia ser broxante, prefiro ser um ator. – falou sorrindo malicioso e Juvia o acompanhou.

- Só se eu for a atriz – respondeu e Liam parecia prestes a explodir.

- Vão para um motel! -gritou Levy e Gajeel riu.

- Na moral seus tarados – resmungou o Fernandes – A gente vai assistir esse filme ou não?

- Vamos – respondeu Erza. – Deixem para dar uns amassos lá na sala do cinema. – completou maliciosa e piscou para a baixinha que retribuiu o sorriso cumplice.

- Boa ideia. – resmungou a branquela ( Mira). E arregalamos os olhos, ela não era santa?!

- Mira, Mira, - resmungou Levy – você esta virando uma tarada... QUE ORGULHO! – falou os outros riram da cara vermelha da albina.

- Calada – respondeu Mira.

- Gente, vamos logo. – resmungou Liam vermelho e a baixinha concordou, dava até dó ver ele tão deslocado assim, o inocente só faltava explodir de tanta vergonha.

- que filme a gente vai ver mesmo? – perguntou Liam.

- Um de terror lá, esqueci o nome, parecia bom. – respondeu Natsu e o pequeno bufou.     

                               Não tinha como ele estar em um lugar melhor, estava entre Natsu e Lucy e Gray e Juvia, e para variar os dois casais já estavam começando a trocar caricias cedo demais.

Levy povs on;

- Por que esse convite tão de repente? – perguntei para o Gajeel, as luzes do cinema já tinham se apagado, o filme já ia começar.

- Ge-he, que foi? Não gostou ama? – respondeu zoando e eu sorri.

- Tem como deixar melhor – sussurrei em resposta e ele sorriu maroto.

- Não sei... quer me mostrar como? – perguntou se fazendo de inocente e se aproximando mais de mim.

- Talvez... – respondi. – mas como você é meio burrinho eu te mostro... – devolvi e selei nossos lábios. O beijo dele era voraz. E eu com certeza queria provar mais. Essa noite prometia