História Antes Que Ela Se Forme - Sentimentos Confusos

— Você ainda gosta dele, não é? — Riley perguntou assim que entramos em seu carro.

— É claro que não. — nego rapidamente. — Do Edward eu quero é distância!

— Você pode querer distância dele, mas não pode negar o óbvio.

— Riley, vamos deixar esse assunto pra lá, ok?

— Pode falar a verdade, Bella. — ele me acalma. — Não vou brigar com você ou algo do tipo.

— Jura?

— Juro! Vocês terminaram faz pouco tempo... é impossível deixar de gostar de alguém de uma hora para a outra.

— Você tem um pouco de razão nisso...

— E isso só me motiva ainda mais a te conquistar. — diz ele com um sorriso no rosto.

— Por que?

— Você não reparou?

— Em que?

— Edward estava morrendo de ciúmes! — ele riu.

— Assim vai ficar parecendo que eu estou te usando pra isso, Riley!

— Mas você está? — ele pergunta.

— É claro que não!

— Então relaxa, Bella, vamos nos divertir!

------------------------------//----------------------------------

Fomos a um restaurante francês onde Riley disse que amava ir.

— Bem-vindos senhor e senhora Biers! — disse a atendente quando chegamos. — Vou lhes levar a sua mesa!

— Senhor e senhora Biers? — pergunto assim que ela sai. — Acho que as coisas estão indo muito rápido por aqui!

— Não pude resistir! — ele brinca. — Me desculpe! Sempre que venho aqui, venho desacompanhado...

— Ok, então, senhor Biers... O que me sugere esta noite?

— Sempre que venho aqui, eu peço o Quiche Lorraine!

— Então acho que já sei o que vou pedir...

— E é claro, pra sobremesa: um petit gâteau ou crème brulée! Ou os dois.

— E você aguenta comer tudo?

— Na verdade, não. Mas nunca tenho a oportunidade de vir, então quando venho aproveito!

— E você não passa mal? — brinco.

— Às vezes sim, mas pelo menos estou feliz da vida.

— Você é maluco. — dou risada.

— Vamos fazer os pedidos!

-----------------------//-------------------------

Entre uma taça de vinho e outra, Riley me arrancava vários sorrisos. Eu admito que estava gostando da companhia dele, e que desde que tinha terminado com Edward eu não me sentia alegre daquele jeito, eu só queria chorar feito uma idiota.

Quando terminamos, eu fiz questão de dividir a conta com Riley, o que nos fez ter uma pequena discussão, mas que logo foi resolvida.

Riley me levou de volta para a faculdade e nós ficamos andando pelo campus conversando. Estava ficando frio, e como eu tinha ido com o vestido de Rosalie, não levei um casaco que segundo Rosalie (e Alice, que estava sendo notificada via mensagem sobre meu encontro com Riley) aquilo era um suicídio da moda, como Alice estuda moda, eu me dei por vencida. Mas só por isso mesmo.

 Riley me emprestou seu casaco, como um bom cavalheiro.

— Ok, agora vamos fazer um jogo de perguntas e respostas. — disse ele. — Eu pergunto e você responde.

— Isso não me parece justo. — digo indignada.

— Uma pergunta de cada, então?

— Fechado!

— Então vamos lá: sua cor favorita? — ele pergunta.

— Vamos fazer perguntas idiotas assim?

— Apenas responda, ok? — ele diz e eu reviro os olhos.

— Azul. — respondo. — Minha vez: do que você mais se arrepende?

— Pergunta difícil, hein? Acho que me arrependo de não ter aproveitado mais o colégio com meus amigos.

— Por que?

— Agora quase não nos vemos. Eu sinto falta da bagunça daquela época. E deles também. Não é a mesma coisa agora.

— Eu não sinto falta nenhuma.

— Sério? Por que?

— Meu sonho sempre foi à faculdade. Fora que o que aprendemos no colégio, tirando ler, escrever e conviver com gente chata, o resto é inútil.

— É útil para passar no vestibular.

— Só para isso.

— Você é engraçada, Bella.

— Por que?

— Eu pensava que você era meio sentimental e sentisse saudade de tudo.

— Eu não sou sentimental! — digo ofendida. — Sinto falta de muita coisa, ok? Mas não de uma coisa banal e estúpida como o colégio. Hunf!

— Acho que minha vez de perguntar foi deixada de lado! — Riley me acusa.

— Pode perguntar, senhor Biers. — brinco.

—Ok, senhora Biers, mas quero que seja sincera na resposta!

— E eu serei. — respondo orgulhosa e ele se aproxima de mim. Perto o suficiente para sentir sua respiração.

— O que sente quando me aproximo? — ele pergunta. Meu coração tinha começado a bater freneticamente.

— Pergunta inválida. — respondo, ele revira os olhos.

— O que sente por mim, Bella? Eu sei que a gente não se conhece a muito tempo, mas sei que tem algo. — ele se aproximara mais.

— Riley... — hesitei, abaixando a cabeça. — Acho que já fez perguntas de mais.

— Só vou fazer mais uma...

Ele prometeu, levantando meu rosto para perto do seu. Naquela altura, eu já não estava raciocinando corretamente.

Parte de mim, por estar perto dele, me fazia querer se aproximar mais, selar meu corpo no seu.

A outra parte gritava para que eu me afastasse; não podia me aproximar de Riley enquanto ainda gostava de Edward. Era errado. Isso o magoaria.

Riley parecia não ligar para isso.

Ele me encarou e sorriu, fazendo sua última pergunta, que obviamente já estava arquitetada desde o começo da noite.

— Posso beijá-la? — ele perguntou, um pouco aflito.

E eu respondi.

Encostando meus lábios nos dele.