História Antes que o dia termine - Cartas

Sakura já estava melhor, quando deu a hora de buscar sua filha na escola, ela saiu de casa, sua cabeça ainda estava sem acreditar no que tinha acontecido na noite anterior, a culpa ainda não saia de sua cabeça.

_ Eu sou burra demais...

Quando chegou à escola da sua filha, viu a mesma com o Uchiha, seu coração se aqueceu, ali era uma boa oportunidade de falar com ele.

_ Oi.

_ Oi. - Ele respondeu frio.

_ Queria conversar com você.

_ Sobre?

_ Você sabe.

Sarada ficou olhando para os seus pais, sem entender nada, por isso, resolveu ficar quieta.

_ Não tenho tempo, só vim levar a minha filha para sua casa, mas como você já estar aqui.

_ Por favor, Sasuke, me escute.

_ Depois Sakura, depois.

 Ele foi embora e Sakura voltou para casa com a sua filha, depois que foi embora, Sasuke foi para o seu computador e começou a escrever um poema, ele sempre fora bom com palavras, mas nunca tinha mostrado seus poemas para ninguém, nem mesmo para Sakura.

Ela fazia de tudo para não demostrar que estava triste, Sakura precisava ser forte, se quisesse falar com ele, a Haruno não sabia onde o moreno morava, por isso ligou para o Naruto perguntando o endereço dele, e o loiro disse para a rosada que ele ainda morava, naquele apartamento de antes.

Ela esperou a noite chegar, e foi direto para casa dele junto com a sua filha, quando chegaram no apartamento, ela foi até o andar dele, e quando chegou lá, bateu na porta do local, e ele atendeu.

_ Sakura?

Ela corou ao ver que o moreno, usava apenas uma calça moletom preto, depois de alguns minutos, Sasuke falou:

_ Entra.

Ela entrou com a sua filha no colo, e ele perguntou enquanto fechava a porta:

_ O que faz aqui? E como descobriu, que eu ainda moro aqui?

_ Conversei com o Naruto.

_ Era de imaginar, agora responda a minha outra pergunta.

_ A gente queria te ver, papai. – Sarada falou saindo do colo de Sakura.

Sasuke sorriu para sua filha, e a pegou no colo, eles ficaram se olhando, até a rosada falar:

_ A gente precisa conversar sério.

Sasuke concordou e ambos deixaram a menina, assistindo televisão.

_ Fala o que quer? – Ele perguntou frio.

_ Vai voltar a agir, dessa maneira?

_ Que maneira?

_ Quando a gente se falou, naquele dia, você agiu dessa forma, comigo.

_ Porque você merece.

_ Não me trata mal, por favor.

_ A gente não tem mais nada, não é mesmo? Não tem do por que, eu te tratar bem.

_ Sou a mãe da sua filha, e isso já basta.

_ Okay, okay, o que você quer?

_ Fazer as pazes.

_ Não.

_ A Sasuke qual é?

Ele riu ao ver a garota se lamentando, seu plano estava indo, bem como ele havia planejado.

_ Tudo bem, a gente faz as pazes, mas...

_ Mas?

_ Não vai rolar nada entre a gente.

_ Hã?

_ Isso mesmo, aquilo que rolou no aniversário da Sarada, não vai se repetir.

_ Idiota, quem disse que quero, transar com você? – Ela respondeu corada.

_ Tem certeza?

_ Sim, tenho.

_ Não foi o que pareceu, na festa da nossa filha.

_ Aquilo foi o calor do momento, só isso.

Sasuke riu ao ouvi-la, ela então pediu:

_ Para de rir.

_ Okay eu paro.

Eles fizeram as pazes, e Sakura deixou a sua filha ficar mais um pouco com o pai, quando estava ficando tarde, foi embora.

Sasuke terminou de escrever a primeira carta, e a imprimiu, depois colocou em um envelope e quando amanheceu ele foi bem cedo a casa dela, que aparentemente ainda estava dormindo, e colocou a carta, na caixa de correios, e foi embora.

 Quando Sakura estava saindo de casa, achou aquela carta e achando estranho, começou a ler, quando percebeu que era uma carta de amor, ela sorriu, só poderia ser do Sasuke.

_ Mas ele não quer mais nada com você, Sakura, deve ser outro. – Ela pensou.

Assim que ela mostrou a carta a Ino, a loira ficou tirando sarro daquela carta.

_ Meu Deus, em pleno século XXI alguém ainda escreve, carta?

_ O que é que tem? Achei fofo, e escrever cartas não é tal antiquado.

_ Tanto faz se não for o Sasuke, deve ser um velho asqueroso.

_ Você é horrível, sabia?

_ É sério, Sakura. Não seria mais fácil, ele te mandar uma mensagem, nas redes sociais?

_ Az vezes ele não é meu amigo, sei lá.

_ O mais engraçado, é que ele sabe onde você mora... Toma cuidado hein? Pode ser um maluco obcecado, por você.

_ Algo aqui dentro, me diz que é o Sasuke, mas não sei... Ele tinha me dito ontem, que não iria rolar nada entre a gente.

_ Tá bom, agora me dê essa merda, para ver aqui.

Ino tomou a carta da mão da rosada, sem nenhuma educação, e Sakura olhou para ela nervosa.

_ É, ele até que escreve bonitinho, sabe rimar, não tem erros de ortografia...

_ Ino... Para.

_ É sério, quem seja lá, esse tal de amor impossível, escreve tão bem.

_ Eu sei...

_ Vem cá, o Sasuke era bom com as palavras? Tipo, ele sabia, escrever bem desse jeito?

_ Era sim.

_ Então só pode ser ele, deixa de ser burra.

_ Ele me tratou de forma fria ontem, como poderia ser ele? A não ser que ele seja bipolar.

_ Sakura, ele é homem, né?

Sasuke estava na sua sala, mas invés de se concentrar no trabalho, ficou escrevendo mais dois poemas para Sakura, até que a porta da sala foi aberta, e ele abaixou a aba, fingindo trabalhar.

_ O que foi? – Ele perguntou.

A pessoa que estava ali era a sua mãe, e ela não estava nada feliz:

_ Quero saber que vexame, foi aquele?

_ Não foi nenhum vexame, muito pelo contrário.

_ Sasuke, você me fez passar vergonha, na frente da família Uzumaki.

_ E daí? Eu desde o início, já tinha dito que não iria me casar, com aquela menina.

_ Você me desobedeceu.

_ Mãe, eu já sou maior de idade, sei me virar, então não se mete na minha vida okay?

_ De qualquer forma, você é meu filho.

_ E daí? Sou seu filho, não seu boneco, agora me dê licença que eu, tenho que trabalhar.

_ Você é uma vergonha, para a família Uchiha, nem deveria carregar esse nome.

_ Só porque, eu não faço o que a senhora quer? Francamente, mamãe... Agora me dê licença, porque eu tenho que trabalhar, para poder pagar a pensão da minha filha.

Mikoto deu as costas irada, e foi embora, Sasuke suspirou e resolveu trabalhar mesmo, depois ele terminaria os poemas que ele, estava escrevendo para a mulher.