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História Antes que termine - Super polvo


Escrita por: ranne-chan

Capítulo 17 - Super polvo


Fanfic / Fanfiction Antes que termine - Super polvo

SHAWN NARRANDO. 

Estava prestes a beija-la, ouvi-la dizer que gostava de mim, me fez me sentir o ser humano mais feliz do mundo. Não da pra explicar o que senti nesse instante. Como se todo o ciúme e raiva que senti na noite toda, fizesse sentido com o seu sentimento retribuído.

E eu queria beija-la... 

Ela colocou as mãos na minha cintura e eu me inclinei mais para pegar seus lábios.

-Ah, não. -Luna sai correndo para dentro do quarto e eu a sigo, ja imaginando o que vai acontecer. 

Ela está ajoelhada de frente para o vazo, colocando tudo o que poderia ter comido no dia para fora. Abaixo-me ao seu lado, retirando os fios que grudam em seu rosto e acariciando as suas costas. Puxando seus cachos para trás, ela faz um coque improvisado.

-Você não precisa ver isso. -Ela tem a voz embargada de choro. 

-Não me importo...-Na pia tem umas toalhas dobradas, me levando para pegar uma e lavar na torneira, torço ela e volto para limpar Luna que agora está encostada em seu braço apoiado no vazo. 

-Ah, que droga. Sinto tudo revirando. -Ela se inclina mais no vazo e vomita. 

-Calma. Calma... -Passo a toalha em sua testa e pescoço soados. E dou descarga. 

-Obrigado. -Diz ela baixinho. 

(...)

Passamos alguns minutos no banheiro, até que consigo leva-la para a cama, Luna está absurdamente fraca. Vou até a cozinha atrás de algo que ela possa beber, encontro alguns sucos de laranja, morango e abacaxi. Por via das duvidas levei os três em garrafas separadas. 

-Luna? -Digo batendo na porta e entrando, ela está na cama, com os olhos fechados e o desespero bate em mim. -Luna! 

Corro em sua direção. 

-hmm? -Diz ela forçando os olhos abrir. 

-Não me assuste assim... 

-Está tudo bem? -Carlos adentra no quarto pela porta da sacada. -Ooh...Nada bem. Ela ja vomitou? 

-Ja sim. -Respondo preocupado. 

-Quer que eu fique com ela? -Pergunta ele erguendo as sobrancelhas.

-Não. -Murmuro para ele e um sorriso surge de orelha em orelha no seu rosto. 

-Ta legal...-Ele faz um bico. - Será que Arthur não gostaria de cuidar dela? - Diz ele pensativo. 

-Não começa. -Respondi rispidamente.

Carlos nos deixa ali, e após forçar um pouco, Luna aceita beber um dos sucos, sento-me ao seu lado na cama, observando-a cochilar. Já são duas horas da manhã e o sono começa a bater em mim, luto para manter meus olhos abertos.

Melhor eu voltar para o quarto, daqui algumas horas venho para vê-la, mas creio eu que dormirá. Levanto-me devagar da cama. 

Luna segura minha mão.

-Fica. -Diz baixinho, ela puxa a coberta e vai para o lado. Penso alguns instantes se isso é uma boa ideia e então junto-me a ela na cama. Luna deita a cabeça no meu peito e respira profundamente. -Você ainda está sem camisa, vai ficar doente. -Ela acaricia meu peito até a barriga e algo se acende em mim. 

Droga.

-Por hoje vale a pena. -Ela olha para cima e eu dou-lhe um beijo na testa. 

Não demoro muito para dormir, sentindo seu calor, fez-me dormir como um bebê aos braços da mãe.

LUNA NARRANDO. 

-Bom dia sister, como está seooooooiii? -Ouço Carlos gritar e luto para conseguir respirar. Forço meus olhos abrirem e encaro o cabelo de Shawn. Cabelo? -Tenho que parar de ter essas reações Luna!

Shawn está deitado em cima de mim, BEM NO MEIO DAS MINHAS PERNAS! Seu rosto está perto de meus seios e minhas pernas uma está em cima de sua bunda e a outra enroscada em cima de sua perna, seus braços estão em volta de mim e ele respira calmamente. 

-Tô com dificuldade pra respirar. -Digo para Carlos. 

-Como que isso aconteceu? Ele ta pelado?! -Carlos coloca as mãos nos olhos. 

-Não, de bermuda. Me ajuda aqui! 

Carlos se aproxima sorrindo. -Meu Deus, ele parece um polvo! -Diz ele puxando a coberta e o emaranhado de lençóis.

-Meu Deus. Não consigo respirar! -Digo forçadamente. -Carlos. -Meu corpo paralisa.

-Oi?

-Tem algo aqui. 

-Algo o que? 

-Meu corpo e o corpo dele, tem algo no meio disso. -Sinto-me paralisada e muito constrangida de imaginar o que séria isso. 

-Mas que diabos você...? -Ele faz uma cara de confuso e então um choque bate em sua mente, Carlos tampa a boca para engolir o riso.

-Carlos Socorro!

Ele o ergue pelos ombros, o suficiente para que eu consiga escapar, Shawn suspira e se enfia entre os lençóis mais ainda. Tipo nem ligando que a gente o mexeu. Cristo! Agradeço pelo sono dele ser pesado.

-Como ele é atraente. -Diz Carlos sentando ao seu lado na cama, ele se inclina para frente para que possa ver o seu rosto. Shawn tem o rosto pleno, as bochechas rosadas pelo sol e por estar amassadas dele deitado em mim, seus ombros musculosos se movem para cima e para baixo lentamente, toda vez que ele puxa e solta o ar, suas costas definidas seguem o ritmo da respiração deliciosamente. 

-Sim... -Concordo com a cabeça. Estico os braços para cima me espreguiçando e bocejando.

Chuto as cobertas e os lençóis da cama, colocando os pés no chão, sou recebida por uma linda manhã de sol. Puxo as cortinas para que ilumine o quarto e vou até ao banheiro escovar os dentes. 

Tenho meu reflexo péssimo no espelho , com os olhos roxos e a pele pálida recuso-me acreditar que Shawn Mendes me viu nesses estados. Penteio o cabelo e escovo os dentes, crio coragem para lavar o rosto com a água fria e logo saio do banheiro quase que renovada. Shawn ainda dorme de bruços, a visão de suas costas fortes na cama, faz com que meu peito se desespere e então a situação de minutos atrás me deixa completamente constrangida.

Carlos está na sacada, mexendo no celular. Corro para me vestir, escolho um biquíni cropped estampado de abacaxi e listras, busco um short jeans de cós alto que combine com a estampa e meus chinelos.

(...)

Na cozinha preparamos o café da manhã, Amanda e Charlie se juntam á nós conversando, e quando nos juntamos à linda mesa redonda e BRANCA, Shawn aparece bocejando (E AINDA SEM CAMISA!!). 

-Bom dia! -Diz ele indo para o armário pegar um copo, na mesa ele se senta ao lado de Carlos, em minha frente. 

-Dormiu bem? -Pergunta Amanda. 

-Sim. -Ele me encara e sinto minhas bochechas queimarem. Desvio do olhar e corro a mão para a torrada e a geleia de amora. 

-Se sente melhor Luna? -Charlie pergunta e me oferece a jarra de suco de laranja. 

-Sim, obrigada. -Coloco metade do copo e o trago para tomar um gole. 

-A gente podia ver um filme hoje. -Diz Carlos.

-Séria legal! - Diz Amanda. -Tem algum em mente?

-Anaconda. Luna ia adorar. -Engasgo com o suco. 

ELE NÃO FEZ ISSO COMIGO! DEFINITIVAMENTE NÃO FEZ! 

Amanda inclina a cabeça pro lado tentando entender a coisa. -Ué amiga, Anaconda? 

-Porq não?! -Entro na onda, ele quer me zoar, mas sei brincar. -Eu gosto de... -As palavras somem da minha boca e eu repenso o que ia dizer, era cobra... eu ia dizer cobra sem nem pestanejar. JESUS!!

-De...? -Cutuca Carlos e todos na mesa de viram para mim, porq ja esperam o que saia de mim.

-Eu gosto de filmes com pânico. Pessoas gritando e sangue. -Respondo enfiando a torrada na boca para encerrar o assunto.

-Entendi. -Disse Amanda com uma expressão desconfiada. 

Shawn tinha o rosto absurdamente vermelho, até as orelhas e seus olhos não se encontravam ao meu e eu sabia o porq. ELE TINHA SACADO A SITUAÇÃO E EU AGORA ME SINTO ENVERGONHADA POR LEMBRAR. 

Continuo comendo as torradas e belisco um pouco dos morangos na travessa. Shawn está inquieto e seu pé está com um tic em baixo da mesa. 

Um som agudo soa pela casa e eu suspeito que seja a campanhia, Carlos se levanta num pulo e corre descalso em direção a porta. Espeto o morango com o garfo e o trago em direção aos meus olhos, observo o vermelho vivo diante de mim e então sou interrompida por risadas. 

Carlos retorna para a mesa do café rindo e quando nossos olhos se encontram ele ergue as duas sobrancelhas. 

-Ela está aqui. 

Arthur adentra no cômodo com um buquê de rosas vermelhas e sinto minha comida querer voltar. 

Meu Deus do céu!

Meu Deus do céu!

-Pensei em ver como você estava. -Amanda se vira para mim pasma e tenho certeza que possuo a mesma expressão. 

-Oi Arthur! Bom dia! -Sorrio docemente para ele. 

Shawn arrasta a cadeira para trás fazendo um enorme estrondo, chamando a atenção de todos ali.

Com a cara emburrada ele pega seu prato. -Perdi a fome. 

Arthur o ignora caminhando até mim, ele me entrega o buquê e sorri. 

-Não sabia qual que você gostava, resolvi trazer as vermelhas mesmo. 

-E acertou... eu amo as vermelhas...As brancas também... -Trouxe o buquê até o nariz cheirando profundamente. Eu realmente amo o cheiro doce delas. -Tem um vaso no meu quarto, irei por lá. Obrigado!

-Vai fazer o que hoje? -Ele coloca as mãos no bolso descontraído. 

-Nada definido ainda. -Sorri.

-A gente vai ver um filme! -Gritou Carlos de algum cômodo. Era óbvio que ele estava tentando fazer com que o cara corresse longe. 

-Então tem compromisso. -Ele me da uma piscadela e sorri sem graça. 


(...)

Sem nem pensar duas vezes, Arthur percebeu que não era bem recebido na casa, logo quando adentrou, todo mundo que estava na mesa foram para seus quartos e ele muito sem graça, decidiu ir embora e só de pirraça arrumei minhas coisas e decidi ir dar uma volta na cidade. Escrevi um bilhete rápido e colei no painel de anotações perto da porta, deixando bem claro da raiva que fiquei pelo jeito em que trataram o rapaz. Vesti uma bata de crochê que cobre um pouco o short, chinelas e puxei a bolsa no ombro.

A cidade é muito bonita, os restaurantes coloridos e muito bem perfumados, lojas de roupas caríssimas, porém, muitas lojas baratinhas e com roupas incríveis também. 

Mamãe vem em mente, ela sempre gostou de fazer compras, desde que consiga me lembrar e minha infância na Itália consigo nitidamente lembrar-me das roupas que me forçava a vestir, igual as que possue nas vitrines das lojas pelaz quais eu passo. Lembro caminhando sobre as lojas, acho que o mais difícil, é não poder saber exatamente o que farei depois que tudo isso acabar. 

Pesco o telefone na bolsa e encontro várias chamadas perdidas de Carlos e Amanda. Argh. Como são chatos as vezes. 

Disco os números rapidamente e quando uma foto da minha mãe aparece na tela meu coração se aquece. 

Ela atende no segundo bip. 

-Oi querida. Como está? Onde está?

-Mamãe você não vai acreditar no que me aconteceu. 

Passei as horas seguintes andando nas lojas e comprando coisas que acharia que ela iria gostar e lhe contando sobre tudo o que acontecera, ocultando apenas a parte do beijo no carro e a noite anterior da bebedeira. Ela me ouvia atentamente e quando eu cheguei ao fim, ela demorou um pouco para responder. 

-Eu acho que o cantor gosta de você.

- Mãe, eu também pensei nessa possibilidade, mas se ele gosta, porq então não se aproximou de mim? Porq permitiu que eu dançasse com outro? -Peguei meu fraputino e sai da loja bebericando um pouco, continuei. -Mãe o Arthur falou na cara dele e ele nem ligou. 

-Mas Luna! Pare de ser uma tapada, Shawn é conhecido mundialmente. Pra ser sincera pesquisei sobre ele e é muito lugares, você queria que ele levantasse e te agarrasse na frente de todo mundo? 

-Não é assim mãe, mas, que pelo menos mostrasse que sente algo. -Resmunguei colocando o óculos no topo da cabeça e sentando-me no banco de frente para a praia. 

-Mais? Luna você quer que ele tatue na testa? Você tem que dançar conforme a música e sorte sua se conseguir interpretar cada estrofe. 

Sorri com a boa colocação. 

Mamãe sempre foi sincera e dura comigo para conversar, como amigas mesmo, sempre me senti confortável de me abrir com ela por isso. 

(...)

SHAWN NARRANDO. 

Eu estava uma pilha de nervos desde que ela saiu mais cedo, hoje acabou sendo o dia de preguiça, pelo horário em que chegamos ontem, Carlos estava com uma puta ressaca e Charlie também estava comigo no mau humor. 

Questionava-me se isso realmente era a forma em que eu queria ficar. Eu gosto de Luna? 

O que acontece entre a gente? 

Meu coração gritava desesperadamente por sua atenção. 

Ela agiu estranha sobre Eleonor ontem e, apesar de estar surpreso por Carlos não gostar de Arthur, me surpreende o fato de ao menos ter deixado entrar na casa, não que o rapaz foi mal recebido, mas Charlie e Amanda foram os primeiros a sair da cozinha, dando a desculpa da dor de cabeça, mais tarde (depois que ele foi embora) voltaram a se reunir na sala para ver TV, como se nada houvesse acontecido. Carlos encontrou o bilhete muito revoltado de Luna, dizendo que iria dar uma volta pela cidade. Por fim, todos acabaram ficando deitados.

Liguei para a família e alguns amigos próximos, dizendo que estava tudo bem e que logo logo iriamos seguir em frente com a viagem. Charlie estava pensando em acampar, ele me contou que há um lugar específico para acampar, perto de um riacho e que é vinte dólares por pessoa. Fogueira, riacho, campo, trilha e até mesmo banheiros químicos, que eram limpados todos os dias a tarde. Esperávamos que Luna retornasse para que pudêssemos contar a ela a proposta. 

Sento-me na varanda com o violão e o finalzinho da tarde me recebe calorosamente.

Pela primeira vez desde muito tempo, sinto paz no coração (depois de surtar muito por ciúme é claro). 

 


Notas Finais


Tem sido difícil escrever, tenho 4 seminários, está sendo uma correria pra estudar pra todos.
Fiquem com Deus.
~beijinho de luz <3


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