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História Antinomia - Undertale - Belo Recomeço (Especial de Ano Novo)


Escrita por: cecifrazier

Notas do Autor


TÁ ATRASADO MAS VALEU A PENA
PREPAREM O KOKORO QUE ESSE CAP TÁ BOMBÁSTICO

E desculpem o excesso de palavras, eu tentei não prolongar muito
Boa leitura <3

Capítulo 6 - Belo Recomeço (Especial de Ano Novo)


 

Não saber o que sentimos é algo ruim. Sentimentos podem ser confundidos, decisões podem ser tomadas indevidamente e até podemos nos arrepender de uma escolha feita. Aqueles que agem pela razão sentem-se mais seguros, pois pensam muito antes de fazer qualquer coisa. Dizem que sempre sabem o que é melhor para si, mas às vezes nem sempre têm tanta razão assim. Já aqueles que agem pela emoção, aproveitam o momento, sentem todo o prazer do sentimento, entretanto, também pode ser algo que doerá mais tarde. Ninguém é feliz a todo o momento. Claro que durante nossa existência enfrentaremos diversos tipos de conflitos e problemas, mas aquele que age com razão e emoção...esse sim sentirá o verdadeiro prazer de viver. 

 

— O que você disse? — Sans arregalou levemente os olhos com o que ouvira. 

 

— Eu disse que...acho que gosto de você... — Frisk murmurou abaixando a cabeça. — Eu gosto de você... 

 

— Frisk, eu também gosto de você. — Ele sorriu, ignorando o sentido do “gostar” que ela usou. — Somos amigos, não somos? 

 

A menina ficou um pouco sem graça com o que Sans disse, então apenas soltou uma risadinha e assentiu.  

 

— Claro. — Frisk sorriu e levantou a cabeça. — Amigos, isso mesmo. Er...boa noite, Sansy. 

 

Sans arqueou as sobrancelhas com o apelido. Ele assentiu e pôde vê-la entrando no quarto ao lado. “Sansy” era justamente o apelido que Anne usava para se referir a ele quando namoravam. Talvez fosse apenas coincidência. Sans entrou no quarto de hóspedes e assobiou baixinho ao ver quão grande ele era. As paredes eram cor-de-creme, sendo que a metade para baixo tinha cerâmicas acinzentadas com detalhes royal de cor ferrugem. A cama de solteiro era grande e os lençóis eram acinzentados também. Talvez para combinar com o quarto? Havia uma janela grande com vidro rosado e cortinas azuladas com detalhes de flores. Sans admitiu que tiveram muito bom gosto ao decorar o quarto. 

 

Caminhou até a cama e deitou-se. Soltou um profundo suspiro e fechou os olhos. 

 

••• 

 

Sans não conseguia dormir muito bem na casa dos outros. Sentia-se desconfortável por não estar no seu quarto bagunçado, dormindo ao lado de uma pilha de roupas, mas estranhamente dormiu bem naquela madrugada. Quando acordou pôde ouvir uma discussão. Não conseguiu entender o que diziam, mas certamente era Asgore e Toriel. Seu coração disparou quando a porta foi aberta de forma brusca, mas sentiu um certo alívio ao ver que era Frisk. 

 

— Temos que ir. — Ela disse, fechando a porta e indo em sua direção. — Meu pai tá uma fera. 

 

— Desculpa, eu sabia que não deveria ter dormido aqui. — Sans estalou a língua e passou a destra pela nuca. Sentou-se na cama e encarou a menina. — Eu quero conversar com ele. 

 

— Não! — Frisk exclamou. — Quer dizer...ele já tá com raiva e...vamos logo. 

 

Sem delongas, ela o puxou pela mão e correu para fora do quarto. 

 

— Frisk! Espera! — Sans sussurrou, mas ela não lhe deu ouvidos. — Pra onde vamos?  

 

— Sair daqui, ué. — Frisk soltou uma risada baixa e abriu a porta no final do corredor. Havia uma escada de incêndio externa, o que Sans achou uma ideia muito engenhosa. A menina soltava algumas risadinhas enquanto o puxava para descer. — Vem! 

 

— Frisk, isso não é uma boa ideia. — Ele disse, mas continuou descendo com ela. — Frisk! Seu pai vai brigar com a gente!  

 

— Ele não vai, ele não precisa saber. — Ela novamente soltou uma risada. Quando chegaram no chão, Frisk abriu um sorriso e o encarou. — Às vezes eu "fujo" por aqui quando algo me incomoda.   

 

— E o que te incomoda? 

 

— Sans, não estamos no consultório. — Frisk arqueou as sobrancelhas. — Não precisa me fazer essas perguntas. 

 

— Você mudou desde quando começamos as sessões. — Sans sorriu torto. — Mudou muito. 

 

— ...talvez o tratamento tenha...ajudado... — Ela abaixou a cabeça e olhou para os próprios pés. Sans estranhou aquela mudança de comportamento repentina, era como se fosse outra pessoa, alguém completamente da Frisk de antes. E eles nem estavam fazendo o tratamento a tanto tempo assim, pois os resultados só poderiam vir rápido com a intervenção de magia. — É melhor eu ir...mamãe pode ficar chateada. 

 

— Tudo bem. — Ele sorriu a afagou os cabelos dela. — Nos vemos no ano novo. 

 

— Eu vou na sua casa! — Exclamou abrindo o maior sorriso. — Digo...vai ter muita gente na praia, então...podemos acabar nos desencontrando.  

 

— Tudo bem, até outro dia então.  

 

Sans soltou uma risada baixa ao vê-la correr para a entrada de sua casa. Ficou um pouco confuso com o que acabara de acontecer e tinha certeza que Asgore tiraria satisfações com sua pessoa mais tarde. De qualquer forma, decidiu logo visitar Papyrus e Gaster, como fazia todos os anos. A casa de seu pai não ficava tão longe, então decidiu ir a pé enquanto admirava novamente os enfeites natalinos nas residências. 

 

•••

 

Quando chegou, bateu algumas vezes na portas e arqueou as sobrancelhas ao ouvir alguém correndo no lado de dentro. Era seu irmão, ele deveria estar muito animado com sua chegada. Papyrus abriu a porta de forma apressada e sua expressão foi de felicidade pura ao ver o irmão. Ele usava um suéter laranja escrito “Cara legal”, provavelmente foi feito com pincel. Vestia uma calça jeans e estava descalço. 

 

— Sans! — Ele exclamou e o abraçou com força. — Feliz Natal! 

 

— Feliz Natal, Paps. — Sans sorriu e abraçou o irmão de volta. — Desculpe, não tive tempo de comprar seu presente. 

 

— Nah, não tem problema! — Ele puxou Sans para dentro e bateu a porta. — O importante é que você veio!  

 

— Sans? — Gaster arregalou os olhos quando o viu. Ele estava sentado em sua poltrona, lendo o jornal como fazia antigamente. Estava usando um suéter preto e calça moletom cinza. Também usava pantufas como Sans, mas essas eram azuis. — Que milagre você por aqui. 

 

— É, eu venho todos os anos. — O rapaz sorriu torto. O clima com seu pai ainda era ruim, mas prometeu a si mesmo que aguentaria tudo por Papyrus. — Feliz Natal, inclusive. 

 

— Eu fiz panquecas! Vou buscar! — Papyrus exclamou e correu até a cozinha.  

 

— Ele quis fazer a ceia sozinho. — Gaster soltou uma risada baixa enquanto deixava o jornal de lado. — Eu tentei ajudar, mas ele quis testar umas receitas novas. Bem, tem pizza de espaguete na geladeira, se quiser. 

 

— Pizza de espaguete? — Sans arqueou as sobrancelhas. — Isso é realmente novo. 

 

— Sim. — Ele sorriu. — Papyrus já te contou? 

 

— O que? — Sans sentou-se no sofá em frente a poltrona de seu pai. 

 

— Ele tá namorando. 

 

— Aqui está as panquecas! — Papyrus voltou e deixou o prato em cima de uma mesinha na sala. Por algum motivo as panquecas estava com molho de tomate. 

 

— Você tá namorando? — Sans perguntou com um sorriso zombeteiro e viu as bochechas do irmão se avermelharem. — Quem é a sortuda. 

 

— Bem...não é bem...”a sortuda”. — Ele respondeu meio sem jeito. 

 

— Você tem que conhecer ele, Sans. — Gaster ajeitou-se na poltrona. — É um amor de menino. 

 

— Espera... — Ele franziu levemente as sobrancelhas. — É um garoto? 

 

Papyrus assentiu com a cabeça. Ele estava envergonhado por dizer aquilo pois não sabia ao certo como Sans reagiria. Seu pai aceitou facilmente, já que para ele o que importava era a felicidade de seus filhos, então não teve muito problema em contar. Papyrus sabia que tinha um irmão extremamente protetor, que não suportaria se o visse triste ou magoado, por isso sentiu receio em contar antes. 

 

— Quem é? — Sans perguntou de forma séria. 

 

— Sans, já disse que ele é um bom rapaz, não precisa se preocupar. — Gaster cruzou os braços. 

 

— Claro que me preocupo! Ele é meu irmão, não quero que fiquem fazendo pouco dele por isso! 

 

— ...O nome dele é Mettaton. — Papyrus murmurou desviando o olhar. — Lembra quando fomos comprar cachecóis e tinha um rapaz com roupa rosa? Pois é... 

 

— Ele disse que viria aqui em casa hoje. — O mais velho disse. — Aliás, ele já deve estar chegando. 

 

— Escuta Paps, eu não tenho nada contra você namorar esse cara, mas... — Sans suspirou. — Toma cuidado, tá? Eu não quero ver você chorando e eu juro que vou bater em quem te magoar. 

 

— Não acha que eu já estou crescidinho demais pra você me defender? — Papyrus riu. — Bem, vamos comer antes que as panquecas esfriem! 

 

— Não gosto de ketchup, obrigado. — Gaster balançou a cabeça negativamente e levantou-se. — Prefiro comer sua pizza de espaguete. 

 

Ambos os irmãos soltaram uma risada e observaram seu pai ir até a cozinha. Sans pegou uma das panquecas com a mão e deu uma mordida. 

 

— Sabia que existe garfo e faca? — Papyrus o repreendeu. Logo sentou-se na poltrona de Gaster. — Você sempre tem essas manias. 

 

— Você que é fresco. 

 

— Pare de falar com a boca cheia! 

 

Sans soltou uma risada e a comida quase caiu de sua boca. Papyrus balançou a cabeça negativamente e estalou a língua. Alguns momentos depois ouviram algumas batidas na porta e o mais novo sentiu seu coração acelerar. 

 

— É o seu namorado? — Sans perguntou, terminando de mastigar. 

 

— Acho que sim... — Papyrus murmurou mas não pôde segurar o sorrisinho que surgiu em seu rosto. Ele levantou-se apressado e abriu a porta. 

 

— Papydear! — Mettaton sorriu e o beijou levemente nos lábios. — Feliz Natal, querido.  

 

— Feliz Natal, amor. — O albino disse de forma tímida. — Vem, quero que conheça alguém. 

 

Mettaton era uma pessoa estilosa, adorava moda e por isso trabalhava em uma loja de roupas. Ele usava uma camisa preta, blusa rosa quadriculada e calças pretas. Seus cabelos eram lisos e estavam bem penteados. Sans pôde reparar que suas unhas estavam pintadas de preto e usava botas rosas também. 

 

— Mett, esse é meu irmão, Sans. 

 

— Muito prazer! — Ele sorriu e estendeu a mão para Sans. — O Papy vive falando sobre você. 

 

— É bom saber. — Sans soltou uma risada baixa e apertou a mão de Mettaton. — Eu quero que cuide bem do meu irmão, ou você vai passar por um mau momento. 

 

— Sans! Para com isso! — Papyrus franziu as sobrancelhas. 

 

— Pode deixar, vou cuidar muito bem dele sim. — Mettaton sorriu e piscou para Papyrus. — Cadê meu sogro? 

 

— Disse que ia comer pizza e nunca mais voltou. — Sans soltou uma risada baixa. — Bem, eu já vou indo. 

 

— Por que? — Seu irmão cruzou os braços. — Não vai ficar mais um pouco? 

 

— Eu tenho que cuidar de uns assuntos do hospital, mas prometo que vou passar aqui antes do ano novo. — Ele sorriu e afagou os cabelos de Papyrus. — Feliz Natal pra vocês.  

 

Eles assentiram, então Sans despediu-se e assim que ele saiu pela porta, Papyrus soltou um suspiro. 

 

— O que foi, querido? — Mettaton passou a destra pelo rosto do mais alto.  

 

— Eu só queria que nossa família fosse mais unida. 

 

— Sabe...toda família tem problemas. — Ele sorriu de forma triste. — Mas no fundo se amam de verdade, não importa as circunstâncias. 

 

— Eu te amo, sabia? — Papyrus murmurou e o beijou. Por mais que todos o tratassem como uma criança, ele já era bem crescido e sabia de muitas coisas. Já não era mais o garotinho imaturo que todos costumavam pensar. Mettaton entrelaçou os braços ao redor do pescoço dele e aprofundou o beijo. Era quase como se suas línguas quisessem se entrelaçar. 

 

— Desculpem a demora, eu estava esquentando a... — Gaster parou assim que os viu ali. Imediatamente se afastaram e ele soltou uma risada baixa. — Desculpem. 

 

— Er...o Sans já foi. — Papyrus logo disse para disfarçar o que acabara de acontecer. 

 

— Mas já? — Gaster estalou a língua, então suspirou. — Então, Mettaton, vai ficar pro almoço com a gente? 

 

— Vou sim. — Ele sorriu. — Sabe que eu adoro a comida desse mestre cuca. 

 

— É, quando não queima fica comível. — O mais velho soltou uma risada ao ver a expressão indignada do filho. — Estou brincando, eu também gosto. 

 

— Eu...tenho uma surpresa pra você, Mett. — Papyrus murmurou. — Está lá em cima. 

 

— Sério?  

 

— Sim, vem. — Ele segurou a mão de Mettaton e sentiu suas bochechas arderem ao perceber o olhar malicioso do pai. Subiram as escadas e entraram no quarto de Papyrus. Mettaton sentiu seu coração bater mais forte quando o viu trancar a porta. 

 

— O que seria a surpresa? — Ele perguntou. 

 

Papyrus soltou uma risada baixa e nem ao menos respondeu, ele apenas deixou Mettaton contra a parede e o beijou de forma intensa. Passou as mãos pelo abdômen do moreno e logo tirou a blusa e camisa do mesmo. Mettaton aproveitou o momento para tirar a camisa de Papyrus também e ficou surpreso quando ele praticamente o jogou na cama. 

 

••• 

 

Era engraçado pensar que estava saindo com sua própria paciente. Na verdade, não eram bem “encontros”, mas sentia que Frisk estava cada vez mais próxima dele, e Sans não conseguia recusar a seus pedidos. Ora, ela ainda era uma menina e já tinha tantos problemas, talvez não houvesse nada demais em se distrair de vez em quando. Sans apenas se sentia mal em ter que recusar aos convites de Anne, pois ela parecia tão animada em passar um tempo juntos. Mas o que ele poderia fazer? Nunca mais seria a mesma coisa desde daquele doloroso término. 

 

Alguns dias se passaram desde o Natal e finalmente chegara a data tão esperada: véspera de ano novo. Sans estava tão ansioso que suas mãos suavam frio quando pensava sobre o assunto. Admitia que estranhou um pouco por Frisk querer lhe buscar em casa ao invés de se encontrarem na praia. Se bem que ela tinha razão ao dizer que poderiam acabar se desencontrando, então decidiu relevar e aceitar os fatos. Sans não tinha muitas roupas brancas apesar de ser médico, mas teve sorte de ainda ter a camisa branca que Gaster lhe deu. A vestiu junto com uma calça jeans azul e um tênis branco. 

 

Frisk lhe enviou mensagem dizem que iria buscá-lo às 21:00. Ele achou um pouco cedo demais, mas concordou. Esperava pacientemente na sala enquanto comia algumas rabanadas que Papyrus deixou mais cedo. Sans particularmente adorava. Ele surpreendeu-se quando ouviu batidas na porta no horário exato que marcaram, Frisk era realmente pontual.  

 

— Oi, Frisk. — Sans sorriu ao abrir a porta. Ela estava usando um vestido parecido ao que usara no Natal, entretanto, era branco. Seus sapatos eram pretos e tinham um salto médio. Admitiu internamente que aquela roupa combinou e tanto com Frisk, mas estranhou os sapatos pois se iam para a praia, eles atrapalhariam quando ela andasse. 

 

— Oi. — Ela murmurou com um sutil sorriso. — Vamos?  

 

Sans assentiu, então trancou a porta e guardou a chave no bolso da calça. Arqueou as sobrancelhas a ver um espaçoso carro preto parado ali. Frisk entrou e fez um sinal para que ele entrasse também. Sans realmente achou estranho por não ter a presença dos pais dela no carro.  

 

— Onde estão seus pais? — Ele murmurou a pergunta enquanto ajeitava-se no banco.  

 

— Eles...estão em casa. — Frisk sorriu torto. — Eu disse que ia à praia, mas eles não quiseram vir comigo.  

 

— A senhorita vai mudar o percurso? — O motorista perguntou, ligando o carro.  

 

— Não, não. É o mesmo percurso que falei antes.  

 

Sans estranhou o que eles disseram. Como assim "mudar o percurso"? Ele não era bobo, algo estava errado nisso tudo. 

 

••• 

 

Quando chegaram em seu destino, Sans teve a certeza que Frisk estava escondendo algo de seus pais. Eles não foram para a praia como ela disse que iriam, mas sim para um clube onde tinha a festa de ano novo mais agitada da cidade. Saíram do carro e Sans cruzou os braços.  

 

— Não íamos à praia? — Ele arqueou as sobrancelhas.  

 

— "Íamos". — Frisk soltou uma risada baixa. — É ano novo, o que você esperava?  

 

— Eu não conhecia esse seu lado. — Sans balançou a cabeça negativamente. — Seus pais vão brigar comigo se descobrirem, melhor você ir pra casa.  

 

— Por favor, Sans. — Ela murmurou com uma voz chorosa. — Eu comprei as entradas faz tempo!  

 

— Você o que?  

 

— É sério. — Frisk abriu sua bolsinha e mostrou dois bilhetes. — Você é o único amigo que eu tenho...achei que...poderíamos ir.  

 

Sans suspirou. Ele deveria estar louco em ter cogitado a ideia de aceitar, mas, por que não?  

 

— Está bem. — Soltou uma risada baixa ao ver a expressão de alegria da menina. — Mas você é menor de idade, como vai entrar?  

 

— Menores de idade podem entrar na companhia de um adulto. — Frisk piscou para Sans e ele soltou outra risada. — Vem, vamos! 

 

O lugar era escuro e agitado, algumas pessoas dançavam e outras riam demasiadamente. Sans sentiu-se um pouco desconfortável no começo, pois não estava acostumado em ir à festas assim. Frisk foi com ele até o balcão do bar e pediu duas taças de vinho.  

 

— Você por acaso tem idade pra beber? — Sans perguntou sentando-se no banco.  

 

— Isso é vinho. — Ela soltou uma risadinha e entregou uma das taças para o rapaz. — Não tem problema.  

 

Sans achou que estava sendo irresponsável por permitir que Frisk entrasse naquele lugar. Ora! Ele já era um adulto! Sabia o que era certo e errado. Mas talvez um pouco de distração não fizesse mal a ninguém.  

 

— Ei, vai com calma aí. — Ele disse ao vê-la praticamente beber o vinho de uma vez. — Você vai ficar tonta bebendo desse jeito.  

 

— Mas é só vinho. — Frisk novamente disse. — Não é como se eu fosse ficar bêbada. 

 

Sans soltou uma risada baixa e bebeu um pouco da taça.  

 

— Sans? — Chara arregalou os olhos ao ver seu chefe sentado ali. — Pensei que você nunca viria em uma festa de verdade. 

 

— Ah, você por aqui. — Ele virou-se e apertou a mão de Chara. — É, nem eu sabia que viria.  

 

O rapaz franziu as sobrancelhas ao ver Frisk junto a ele.  

 

— Frisk? — Chara soltou uma risada nasal. — Isso é realmente uma surpresa. Seu pai sabe disso?  

 

— N... 

 

— Sabe. — Sans logo interviu, não deixando que Frisk falasse. — Ela insistiu pra ir em "uma festa de verdade", então...o Asgore pediu pra eu acompanhar ela. 

 

— Aham. — Chara arqueou as sobrancelhas. — Saquei. Enfim, qualquer coisa eu vou estar naquela mesa.  

 

Sans assentiu, então desviou o olhar para Frisk quando ele foi embora.  

 

— Você mentiu.  

 

— É, você também. — Ele estalou a língua. — Quer dançar?  

 

Frisk assentiu, então ele desceu do banco e foi até a pista. Não tinha um aglomerado de pessoas lá como pensou que teria, e no fundou achou isso bom.  

 

— Você sabe dançar? — Ela perguntou.  

 

— Não. — Sans soltou uma risada baixa. — Mas é uma festa, como você disse.  

 

Frisk sorriu de forma tímida e assentiu.   

 

••• 

 

Algumas horas se passaram e o clima ficou apenas mais agitado. Aparentemente, apesar de ela ter tomado apenas uma taça, Frisk parecia mais eufórica. Sans sabia que aquilo aconteceria, ela nunca tinha bebido algo alcoólico na vida! Ele apenas estava preocupado com Chara. Do jeito que ele era, poderia contar para Gaster e com certeza seu pai contaria para Asgore. No que Sans foi se meter?  

 

— Sans! Falta pouco! — Frisk gritou por conta da música alta. Ela referia-se aos poucos minutos que faltavam para meia-noite.  

 

Sans sorriu, então segurou as mãos da menina e começou a dançar de forma confusa com ela. Definitivamente ele não sabia dançar, mas tentava se mexer com o ritmo da música. Frisk também não sabia, então apenas acompanhava os passos de Sans. Alguns instantes depois, a contagem regressiva para meia-noite começou.  

 

— 10! 

 

— Sans, eu quero te dizer uma coisa.  

 

— O que?  

 

— 8!  

 

— Por mais que você diga gosta de mim só como amiga, eu não penso assim. — Frisk disse de forma apressada.  

 

— ...o que você quer dizer com isso? — Sans arregalou levemente os olhos.  

 

— 4! 

 

— Eu... 

 

— 2! 

 

Frisk franziu as sobrancelhas, então abraçou Sans com força e selou seus lábios com os dele.  

 

— 1!

 


Notas Finais


AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA


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