História Anti-social (em revisão) - Qual é o problema desse garoto?

    "Esse garoto só pode ser retardado" – Penso olho para o mesmo.– "Sério que ele não vai me pedir desculpas?!"

 — Não vai pedir desculpas? – Perguntei e o mesmo se virou em minha direção, possibilitando encarar seus olhos pretos e uma expressão confusa. Ele direciona o olhar para as minhas coisas que estavam no chão e diz:

    — Desculpa! Mas se você pensa que vou te ajudar a catar essas coisas, pode esquecer. 

   — Não disse hora nenhuma que era para você me ajudar e também não preciso de ajuda, consigo pegar minhas coisas sozinha, é só que eu esperava o mínimo de educação. — Respondi sem pensar, por causa da raiva de seu comentário desnecessário.

   Ele bufa e finalmente se senta em sua cadeira. Pego minhas coisas do chão e me sento colocando novamente meus fones.

   "Não preciso assistir essas aulas, sempre fui adiantada e estudei tudo o que tem em meu atual livro ano passado." — Isso a combinação de ficar muito tempo sozinha e tédio.

   Qubra de tempo: intervalo.

  As aulas foram bem chatas. Não tinha nada que eu não sabia. – Pensava enquanto abria meu sanduíche. Nesse momento estou na escada de incêndio do meu colégio, poque aqui é calmo, já que não tem ninguém. – Ouço som de passos. Poderia sair correndo, mas isso seria um pouco suspeito. Droga! Acabou minha paz. Ninguém nunca vem aqui.– Penso enquanto entro em estado de fúria.

  - Então você é do tipo antisocial?! Acho que vou ficar aqui com você, sabe como é novato, não tenho amigos ainda.

  - O que vc quer? – Pergunto logo de cara, porque isso tá muito suspeito.

- Eu só queria te pedir desculpas, por hoje mais cedo. Mas enfim, não me apresentPeei. Prazer, me chamo Rafael. – Ele responde e por um minuto fico surpresa, pois ouvi duas garotas falando no corredor que ele era o maior galinha, que nunca pedia desculpas. Em partes não tenho nenhuma opinião formada sobre ele ainda, então não acreditei muito nas duas garotas.

    - Me chamo Lara. – Não sou muito boa com as palavras, então disse somente o necessário. – Pensei.

    Nem percebi que o encarava enquanto viajava em meus pensamentos sobre se sou boa ou não com as palavras, ele também me encarava. Coro com tudo isso, não tô acostumada com outros humanos. Balanço a cabeça tentando espantar esses pensamentos enquanto ele se senta do meu lado. Pude sentir seu cheiro, era uma mistura de shampoo e perfume que, na minha opinião, é muito bom.

  Coro novamente quando percebo o que estou fazendo. – Essa aproximação não está me fazendo bem. – Pensei. Rafael que até então olhava para a parede, direciona seu olhar para meu rosto e faz uma expressão confusa.

  - O que foi? – Ele pergunta e então viro o rosto para o outro lado e murmuro um "Não é nada". 

    O sinal toca e me sinto aliviada. Nós direcionamos para a sala e assistimos o resto das aulas.

   Quebra de tempo: fina da aula.

Estava arrumando meus materiais quando alguém me chama e no me viro para ver quem é.

   — Diga Rafael. – Disse assim que vi que o mesmo me chamava.

     Ele parece pensar um pouco. Abre a boca como se fosse dizer algo, mas logo fecha.

   — Diga logo. Não tenho o dia todo. – Digo já sem paciência.

   — Obrigado por ficar comigo durante o intervalo. Achei que ficaria sozinho mais uma vez.– Ele diz é sai da sala sem ao menos esperar minha resposta.

   Por quê me agradecer por uma coisa dessas? Qual o problema desse garoto?! – Pensava enquanto tentava procurar uma lógica.