História Any Colour You Like. (HIATUS) - Capítulo 14

19 de março, Konoha. (11:45 a.m.)

A apresentação de espanhol havia começado, eu estava muito nervoso já que eu não gostava de falar em público e não estava exatamente preparado para apresentar. 

- Muito bem podem começar. - Disse Kurenai.

Ino começou, minha fala era uma das últimas, meus olhos fitavam em cada canto da sala, estava tentando ignorar á todos que estavam me olhando, eu olhava para a mesa de Sasori, ele estava prestando atenção em Ino. Eu me senti um pouco mais confiante ao olhar para ele.

"Talvez se eu falar bem eu possa impressioná-lo!" Pensei feliz e olhando para baixo.

Chegou minha vez de falar, engoli o seco e falei tudo o que sabia e o que havia pesquisado a respeito, olhei para o ruivo, ele estava me olhando. Mas bem na hora que eu olhei para ele, esqueci minha fala, eu não estava lembrando, eu havia me perdido completamente. Comecei a olhar para todos, fiquei muito nervoso.

- Deidara...? - Perguntou Hidan.

- Deidara, respira. - Disse Chouji.

- N-não posso falhar. - Sussurrei.

- Ahn... Está tudo bem com ele? - Perguntou a professora.

O ruivo começou a me encarar, eu estava tentando falar e respirar mas eu não conseguia. Tudo ficou escuro, eu ouvia algumas vozes.

- Cuidado com ele, seus idiotas. - Disse uma voz feminina parecida com a de Ino.

"O que está acontecendo?" Pensei.

- Hidan, pare de mexer no cabelo dele. 

(13:20 p.m.)

Eu via luzes brancas, algumas pessoas e depois tudo ficava escuro novamente. Depois de um tempo, me levantei rapidamente, eu estava em uma maca na enfermaria.

- Finalmente você acordou. Se passaram duas horas, vim ver como você estava. - Disse uma voz familiar.

Me virei e vi o ruivo dando um sorriso para mim.

- O que aconteceu...? Un..

- Você desmaiou. Todos ficaram rindo de você.

Fiquei corado, eu havia dado uma de idiota na frente de todos e principalmente dele, mas acho que aquilo não fazia tanta diferença no momento. Ele estendeu a mão para me ajudar a levantar, depois me levou até a portaria.

- Por que está me seguindo? - Perguntei.

- Achei que gostaria de companhia.

- Não preciso de companhia.

- Vai que você desmaia novamente.

- Aquilo foi um acidente, eu estava nervoso, un.

- Você não parece estar com nervoso agora.

- Não estou, un.

- Que seja, está com fome?

- Talvez. Por quê? Ah! Espera, já sei! Você vai levar Sakura para sair e me ignorar como você sempre faz, né? Típico, un.

- Você é muito desesperado e explosivo. - Disse ele tapando minha boca com sua mão. - Não me diga que está com ciúmes?

- Eu? Ciúmes de você? Não seja ridículo. Que coisa mais homossexual.

Ele riu.

- Está rindo de que? Un!

- "Que coisa mais homossexual." - Disse ele chacoalhando meu nariz enquanto ria.

- Não gosto de ofender as pessoas gays. 

- Baka, vamos logo. O que você quer comer? 

- Macarrão. Sei lá, un.

- Não posso ficar decidindo as coisas por você, Deidara, sou uma marionete, mas eu te ajudaria a escolher, se fosse por mim.

- Vai macarrão logo. Que saco.

Quando entramos em um restaurante perguntei se ele não queria um pouco do meu macarrão para provar, ele disse que aquilo o lembrava ao meu cabelo e eu fiquei sem-graça.

- Não precisa ficar corado na minha frente. Você faz isso sempre.

- Desculpa...

Depois de ele pagar a conta saímos para o parque, eu disse para ele que eu tinha dever para fazer, ele me falou que depois iríamos fazer juntos, mas primeiro ele queria dar uma volta comigo no parque. Ele estava me levando em um parque bonito cheio de flores rosas, amarelas e azuis.

- Você me trouxe aqui só para ficar falando sobre a Sakura, não é?

- Quer parar de falar nela? Acho que como somos amigos seria legal de te trazer aqui.

- Você fala isso como se eu fosse ela, un.

- Só porque estamos namorando não quer dizer que eu tenha que ficar exclusivamente com ela, além disso, quero ficar mais próximo de você.

Não sabia se eu ficava feliz por ele parecer gostar de mim ou se ficava magoado por estar tentando estragar um casal, mas no momento eu estava pouco me fudendo para os sentimentos da Sakura, eu só queria estar com o Sasori mesmo, eu não conseguia acreditar que aquilo estava realmente acontecendo. 

- Era para eu estar com a Sakura nesse momento, mas eu disse para ela que eu ia sair com você.

- Não quero atrapalhar a relação de vocês, un.

- Não vejo muitos artistas por aqui, por isso quero preservar minha amizade com você.

Acho que eu queria me tornar algo mais do que apenas um amigo ou um melhor amigo, eu sentia minha vontade de pegar na mão dele de novo, dessa vez aquela sensação parecia forte, me sentia único e especial quando estava perto dele ou olhava dentro dos olhos dele, aquela sensação era maravilhosa.

- Obrigado Sasori. Mas por que você está fazendo isso? Sabe, deixando de sair com uma garota que você gosta há tempo para sair comigo, un.

- Gosto de passar meu tempo com pessoas interessantes, por mais que você seja irritante. Sakura é uma menina bonita e muito interessante sim, mas gosto de passar meu tempo com meus amigos também.

Depois voltamos para casa, estava escurecendo e ele me ajudou no dever, eu apresentei o meu gatinho para ele, o Argila, ele disse que ama gatos, escutamos várias músicas juntos e depois ficamos falando sobre coisas idiotas que já fizemos na infância. Depois eu me despedi dele, já era de noite, ele me deu um aperto de mão e foi embora. Não era exatamente um abraço, mas já era algo.

- Hoje foi tão legal, Argila. Ele... Ele disse que queria ficar mais próximo de mim. - Eu disse me sentando devagar no chão, depois fiquei rindo e me deitei junto ao felino, fiquei observando meu longo cabelo longo enquanto lembrava dos olhos castanhos brilhantes dele. Aquela sensação era tão boa e cativante, eu me sentia totalmente especial.

20 de março, Konoha. (09:20)

Eu estava observando o ruivo por trás como sempre, eu estava corado e com um sorriso de orelha a orelha, Tobi se virou para mim e viu que eu estava pensando em alguém.

- Tobi, você já se sentiu especial por alguém? - Perguntei.

- Sim, Deidara-senpai! Acho que eu estou sentindo isso ultimamente.

- Sério, por quem, un?

- Ninguém especial, senpai. He he.