História Any Colour You Like. (HIATUS) - Capítulo 18

14 de abril, Konoha. (11:50 a.m.)

Acordei em minha cama normalmente, me levantei e desci as escadas, minha memória da noite anterior estava voltando aos poucos, eu estava rodeando pela casa em procura de Sasori ou Tobi, então, quando entrei na minha sala onde fica a televisão, lembrei do momento em que Tobi começou a dançar comigo e senti seu rosto bem perto do meu, fiquei paralisado por um momento, depois afastei aquela lembrança para longe e continuei a procurar por algum dos dois. Vi meu celular jogado no sofá, eu o liguei, vi algumas mensagens de Sasori.

Sasori no Danna

(visto hoje às 10:10)

"Oi, eu saí para levar Tobi para casa, ele já estava com sono e você havia adormecido, ele te levou para cama e resolvemos ir pra casa sem querer te atrapalhar, espero que você não tenha se importado. Que horas podemos sair hoje? Pensei em umas 14:30 por aí." 

"Eu acordei por agora, mas por mim tudo bem."

Depois de responder fui até o banheiro, tirei a roupa e entrei no chuveiro, a água lentamente ficava quente, eu observei a água escorrer pelos meus ombros. Após o banho peguei minha toalha, coloquei uma roupa, escovei os dentes e meu cabelo. Me dirigi até o quarto e arrumei minha cama, já estava bom, eu estava pronto para sair com Sasori, quando ele viesse me buscar. 

Sentei-me em minha mesa, fiz algumas pequenas esculturas de argila, mais esculturas de pássaros e uma do ruivo no qual eu havia me apaixonado, na hora que eu fiquei olhando para um dos pássaros eu lembrei de Kakuzu e Hidan que estavam se beijando dentro do carro. Eu simplesmente não acreditei que aquilo poderia ter acontecido, mas estava muito feliz por eles, se eles são felizes assim, então por que não se sentir bem também? Pensei em conversar sobre aquilo com Sasori, mas pensei na possibilidade dele não saber sobre o relacionamento dos dois, resolvi ficar calado sobre o assunto.

Eu não comentei mas, recomendei uma música para o ruivo que é simplesmente incrível, o nome dela é Losing My Religion  de uma banda chamada R.E.M, acho que essa música me definiu quando ele estava namorando com Sakura e os sonhos que eu ando tendo com ele, pode soar meio ridículo, mas gosto muito de músicas que me definem como eu me sinto em todos os sentidos, me faz sentir que eu não sou o único que parece ter problemas ou parece ser algum tipo de louco. Eu anotei num canto do meu caderno uma parte da música, eu queria ter anotado a música inteira, mas eu escrevi apenas a parte no qual eu poderia escutar repetidas vezes sem nunca me cansar de escutar.

"[...]

Eu achei que ouvi você rindo

Eu achei que ouvi você cantar

Eu acho que pensei ter visto você tentar

Mas aquilo foi apenas um sonho

Aquilo foi apenas um sonho"

Fiquei ouvindo a música repetidas e repetidas vezes, era como se eu nunca pudesse parar de ouvi-lá. Eu não resisti e anotei outra parte da música, agora na última folha do caderno. Não era realmente uma parte que eu sentia que era aquele era eu no momento, mas é uma parte de mim e como eu me sinto perto do ruivo algumas vezes.

"[...]

 

Cada sussurro

De cada hora de vigília

Estou escolhendo minhas confissões

Tentando ficar de olho em você

Como um bobo magoado, perdido e cego

Oh, não, eu falei demais

Eu puxei o assunto."

(14:35 p.m.)

Sasori buzinou na porta de casa, peguei algumas coisas e saí, o cumprimentei e ele colocou algumas de suas músicas de k-pop no carro, me perguntou se eu não queria colocar alguma música, eu iria colocar a música de antes, mas resolvi que ia continuar escutando as músicas dele, não sou muito de pop ou pop coreano, mas eu estava gostando da música que estávamos ouvindo.

- Não sabia que você gostava tanto de pop coreano. - Eu disse olhando pela janela.

- Eu escuto k-pop quando estou com vontade, em geral, escuto mais Pink Floyd e Tame Impala. - Respondeu ele serenamente. - Você trouxe alguns materiais de desenho, né?

- Sim! Eu trouxe! Eu também trouxe um pouco de argila. Você trouxe algo?

Ele fez um "sim" com a cabeça e diminuiu um pouco a velocidade do carro, fomos conversando sobre alguns assuntos chatos da escola, mas quando ele me fazia rir sobre o que ele falava eu sentia bem e mais feliz, adorava ver o jeito que ele sorria e ria. Além de ele ás vezes cantar um pouco das músicas dele, o ruivo não era o melhor cantor do mundo, mas eu sentia meu mundo ficar mais colorido quando ele cantava suas músicas.

- Já ouviu Pink Floyd? - Ele me perguntou.

- Já ouvi falar, mas nunca escutei uma música, un.

- Sério? Eles são minha banda favorita! Vamos ouvir agora! - Disse ele parando o carro no farol vermelho pegando um CD no qual havia um fundo preto e um prisma. - Achei o CD, tenho certeza que você vai adorar.

- O que é isso aí na capa? - Perguntei curioso.

- O nome desse CD ou álbum é The Dark Side of the Moon, mas se você quiser, podemos escutar o álbum The Wall, também, ou podemos escolher outro já que eu tenho quase todos aqui, tenho até CD's de versões ao vivo! - Disse ele com um brilho nos olhos ao ver a capa dos CD's.

- Qual é a diferença de um para o outro? Un...  - Perguntei.

- O Dark Side of the Moon tem uns quarenta minutos e o The Wall tem mais de uma hor...

- Quero escutar o Dark Side of não sei o que. - Interrompi.

- Boa escolha. - Disse ele colocando o CD pra tocar.

Como o parque era meio longe então provavelmente daria para escutar metade do álbum. A primeira música me fez sentir que eu estivesse drogado de novo, era uma sensação não exatamente nova, mas, estranha e muito boa.

- Que. Tipo. De. Banda. É. Essa? - Falei quase deitado na cadeira. - Esse som é incrível, a combinação de guitarra e teclado é.... É pura arte. Un.

- Você não ouviu praticamente nada até agora. - Ele disse dando um leve sorriso.

A cada vez que eu ia descobrindo a melodia do álbum, melhor ficava minha sensação, eu sentia vontade de chacoalhar minha cabeça para os lados e ficar dançando como um louco algumas músicas, outras eu tinha vontade de relaxar e ficar ouvindo o solo de guitarra por horas, assim como na música Losing My Religion. A música no qual eu mais gostei foi uma música chamada Money, acho que Kakuzu iria gostar dessa música, mesmo que ele não seja muito desse tipo de pessoas que goste muito de música, sem falar que Sasori cantou a letra inteira, acho que isso foi o que me fez gostar dela ainda mais.

- Deidara, chegamos no parque. 

- Mas já? Em qual música paramos?

- O nome dessa música é Us and Them, agora vamos.

- Ei, me espera! - Gritei retirando meu cinto de segurança correndo até o ruivo que já havia saído do veículo.

Eu fiquei com Money em minha cabeça por uma hora, até Sasori me perguntar o que eu gostaria de fazer primeiramente. Sugeri que fossemos aos brinquedos primeiramente, o ruivo concordou e fomos até um dos carrinhos bate-bate, ele se sentou ao meu lado e me deixou dirigir o veículo que ficava deslizando pelo chão.

- Eu não sei dirigir ainda, então... Não me julgue por favor. Un. 

- Sem problemas.

Eu era um péssimo motorista e sempre ficava imóvel quando eu batia no carrinho de outras pessoas, Sasori ficava rindo de minhas expressões e me zoava por ser realmente péssimo em dirigir, pelo menos ficamos rindo de quão babaca eu parecia quando estava batendo no carro dos outros e os xingava por eles não saberem dirigir direito.

- Vai aprender a dirigir! Eu sou um ótimo motorista, ok? Não é culpa minha se o resto dessas pessoas dirigem como se estivessem querendo matar os outros. Un. - Falei com um tom divertido.

Sugeri para ele que fossemos na roda gigante no fim do dia, ele aceitou, vi uma montanha-russa, sugeri para ele com os olhos brilhando, faziam anos que eu não ia em uma. Ia ser foda estar em uma e ainda mais com Sasori. 
Quando entramos no carrinho senti meu coração pulsar mais forte, fiquei com medo por conta da altura, não sou uma das melhores pessoas para lidar com esses brinquedos altos que mexem com seu estômago, mas senti uma onda de adrenalina dominar meu corpo por completo, era como se todo o medo tivesse ido embora.

- Está nervoso, Danna? - Perguntei a ele.

- Não gosto de coisas altas. - Disse com os olhos extremamente arregalados, nunca o vi mais nervoso.

A cada vez que o carrinho se movimentava, mais nervoso ficava o ruivo, falei para ele fechar os olhos, mas ele se recusou e continuou de olhos abertos, começamos a descer em uma velocidade tão alta que eu me sentia num verdadeiro foguete, o outro gritou meu nome o mais alto que pode, eu estava super animado com tudo o que estava acontecendo, toda aquela velocidade, as vezes nas quais dávamos umas ultra voltas, houve uma parte na qual eu senti um pouco de medo, pois tudo ficou escuro e eu não sabia o que havia a nossa espera.
Fiquei tão nervoso que meu corpo se impulsou para o lado e abracei o ruivo ao meu lado que continuava gritando, fechei meus olhos e o agarrei com mais força, nem eu sabia o que eu estava fazendo. 

Quando o carrinho parou eu desci dele, o ruivo ficou parado por mais alguns segundos com os braços firmes a barra de metal, sua expressão mostrava seu pânico e sua boca continuava aberta, mas sem sair nenhum som. Aos poucos ele foi saindo, eu o ajudei pegando em seu braço que estava tremulo.

- Quer ver as fotos, Danna? - Perguntei gentilmente.

- Q-quero... - Disse ele voltando ao normal aos poucos.

Ele teve um ataque de riso quando viu minhas reações junto com as reações dele, eu também estava rindo muito, mas não estava quase chorando de rir como ele, até chegar a foto onde estava tudo escuro apenas com o flash onde mostrava eu abraçando o ruivo com todas as minhas forças de olhos fechados. Eu corei ao ver aquilo, mas virei minha cara para ele não perceber.

- No fim das contas eu não fui o único que fiquei assustado. - Disse ele sorrindo ao ver a foto.

- Você vai levar as fotos? Eu fiquei bizarro, un.

- Vou, quero rir de nossas caras até eu não conseguir mais. - Falou ele rindo no fim da frase.

Fomos em outros brinquedos legais, fliperamas, até em um carrossel, mas fomos escondidos já que os carrosséis são apenas para crianças, eu ficava dando sorrisos bobos a cada vez que o ruivo não estava vendo, eu me sentia mais vivo a cada segundo que estávamos juntos e ficávamos rindo como bobos sobre a reação dos outros enquanto estávamos montados nos cavalos do carrossel. No fim do dia, fomos para a roda gigante como havíamos combinado, na fila encontramos com Itachi e Kisame, aquilo foi pura coincidência, não sabíamos que os dois estariam ali.

Quando estávamos subindo numa pequena "cabine", o cara no qual comanda a roda gigante disse para eu, o ruivo e os outros dois entrarmos juntos, fiquei um pouco desapontado, pois isso tiraria um pouco de nosso climax, mesmo assim, não perdemos nosso espírito animado de antes.

- As cores desse céu estão cada dia mais bonitas. - Disse Sasori apontando para as nuvens.

Nós concordamos com ele, me sentei ao lado dele para continuarmos nossas risadas bestas e talvez rolar alguma coisa entre nós dois, já que estávamos ali vendo a roda gigante se movimentar lentamente e a cada vez que olhávamos pela janela nos víamos mais distantes do chão.

- Você não havia dito que não gosta de coisas altas? - Perguntei.

- Acho que me sinto um pouco mais seguro agora. Você não parece estar curtindo muito. - Ele me respondeu.

- Estou um pouco com essa altura, un.

- Eu estou aqui com você. - Disse ele chegando bem perto de mim, arregalei meus olhos, senti ele fechar lentamente seus olhos e chegar sua mão bem perto da minha.

- LOVE IS IN THE AIR. TCHU RU TCHU TCHU TCHU. NEM PRECISAMOS USAR SEU MANGEKYOU SHARINGAN DESSA VEZ ITACHI!!!!! SHIPPOOOOOO. - Berrou Kisame com todas as forças.

- Ignorem o Kisame, ele se empolgou. - Disse Itachi balançando a cabeça.

- Não estava com essa intenção. Me desculpem. - Falou o ruivo meio nervoso arrumando a gola da manga de sua blusa.

Eu havia me iludido um pouquinho, eu estava quase beijando o ruivo sem nem lembrar que Itachi e Kisame estavam bem ali observando tudo, nem me dei conta de que eles estavam ali. Saímos da roda gigante e fomos até o lugar onde estava tendo o evento dos artistas, ficamos admirando as obras de artes dos outros artistas e desenhamos um pouco, o evento acabou por volta das 23:50, que foi o horário no qual nós fomos embora.

Continua no próximo capítulo.