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História Any Colour You Like. (HIATUS) - Capítulo 44


Escrita por: expressionism

Notas do Autor


EEEEEE OBRIGADA PELOS +100 FAVORITOS AAAAA. <33 ╭(๑ ॔ㅂ ਂ ॓)و ̑̑
Adimito que era pra eu ter postado esse capítulo mês passado, mas fiquei travada na parte final, quem nunca hihihi. .゚☆(ノё∀ё)ノ☆゚.
*ATENÇÃO LEIAM*
★ Mesmas regras do capítulo passado, vou só dar uma resumida.
★ Capítulo vai - em algumas partes - ser tratado pelos meus sentimentos (partes em itálico/negrito), terá insinuação sexual de novo, só que não muita.
Anyway, enjoy the chapter my beautiful people. *u* Σ(*ノ´>ω<。`)ノ #SasodeiMeAdota

Capítulo 45 - Capítulo 44


8 de outubro, Konoha. (15:30 p.m.)

Sasori foi para a escola sem mim, explicou apenas para os professores o quê havia acontecido, ele estava sendo ótimo para mim enquanto eu não sentia nem forças para me levantar da cama, o ruivo me trouxe o almoço e iria ficar em minha casa até que eu me sentisse melhor.

Houveram algumas perguntas feitas no grupo da Akatsuki, eles me perguntavam porquê eu havia faltado, não respondi e falei para Sasori também não responder. O ruivo segurou forte em minha mão, me prometendo não me abandonar naquele momento tão difícil.

— Quer escutar alguma música?

O Akasuna não obteve nenhuma resposta, estava usando sua paciência comigo num nível anormal. Colocou uma das minhas músicas favoritas Gimme Shelter e isso me fez com que chorasse ainda mais, Sasori era um ótimo namorado e eu era um péssimo filho, me sentia péssimo em tudo que fazia, eu nem mesmo conseguia sorrir direito por conta da dor fodida que eu estava sentindo.

— Obrigado, Danna. – Falei baixo recebendo um selinho dele. Deus, eu estava tão apaixonado e quebrado ao mesmo tempo.

— Quer sair para algum lugar? Está com fome? Podemos sair para comer fora, não que eu sinta fomeetambémpodemosfingirqueestátudobemequesomossup.....

Passei a não entender nada de sua frase final pois ele falou rápido, fiz uma cara confusa, o fazendo suspirar.

—  Amor... Você quer pelo menos um abraço? Eu sei que não é de seus pais, mas é ainda com carinho... Meu carinho...

Quando Sasori me refere a “amor” sinto meu coração bater mais forte, pois isso significa que ele também, de certa forma, sente-se como eu me sinto, significa o quanto eu valho para ele. Deito minha cabeça em seu ombro e choro ainda mais o fazendo me dar um cafuné gostoso.

Eu havia sido tão idiota esse tempo todo, de certa forma me arrependia de tê-los tratado mal, mas agora vejo também que se eles pelo menos tivessem dado uma pequenina chance para o ruivo provar o quanto ele me ama e vale para mim. Seus olhos castanhos estavam cheios de lágrimas quando me afastei de seu ombro e fiquei tão perto de sua cara.

Passou seu polegar em meus lábios, estava inseguro ao fato de me beijar, o ruivo também dividia a mesma dor de perder os pais e estava triste a me ver infeliz. Não queria estar infeliz, mas eram meus pais, os seres que cuidaram de mim.

Ele me beijou a partir do momento em que eu senti seus lábios roçarem lentamente nos meus, era um momento muito delicado. Senti a vontade de querer fumar um cigarro, fazia certo tempo que eu não tragava, falei aquilo a Sasori e ele me olhou com desgosto, não gostava de me ver infeliz e ainda por cima fumando, mas o ruivo queria me agradar então foi comprar uma caixa.

E enquanto eu ficava sozinho naquela casa pensei em momentos felizes da minha infância, de certa forma, eu odeio ter sentimentos.

E eu odeio um monte de coisas.

Eu odeio chorar, a Sakura, Kabuto, Kankuro, odeio dever de física e química e também odeio o fato de que chorar me torna um completo idiota, principalmente chorar na frente de meu próprio namorado por vergonha.

Olhei pela janela e vi que o dia estava cinzento, carregado de nuvens negras, agarrei meus bruços e deixei algumas lágrimas caírem sobre o chão.

***

Percebi que o Akasuna estava demorando a chegar, comecei a pensar um pouco em Sakura e também no que Naruto havia me dito, parei de pensar a partir do momento em que o ruivo chegou em casa com um bolo de chocolate e uma caixa de cigarros.

—  O que é isso? Quer me engordar? Não estou com fome, un.

— Não amor, Chiyo fez para você, foi por isso que demorei. O bolo estava demorando a assar e eu sei que você ama chocolate.

— Não estou com fome. – Repeti, provocando-o.

Peguei a caixa de cigarros e meu isqueiro, mas o ruivo foi mais rápido e me beijou tirando a atenção do cigarro e me pegando no colo, levando-me para a cama.

— Não estou a fim de transar, un. – Falei antes que ele tomasse alguma providencia e era verdade, eu não me sentia muito pronto para fazer sexo e isso irritava um pouco o ruivo.

— Nem está querendo um boquete?

Pensei um pouco enquanto ele subia em mim, alisando minha clavícula e brincando com as madeixas do meu cabelo, fechei os olhos e falei que tudo bem, mas sem segundas intenções pois eu não estava para mudar de ideia.

—  Ótimo. – Sorriu maliciosamente.

***

Ao chegar no meu ápice levantou seu rosto e nos beijamos lentamente, sim, de língua, por mais nojento que você imagine que for. Deitei minha cabeça no travesseiro e acendi um cigarro, tragando-o, enquanto Sasori afastava a fumaça para longe de si, tossindo.

— Está melhor? – Perguntou tocando em meu quadril e lentamente tirando sua mão de lá.

—  Uhum. – Murmurei suspirando, recolocando a droga em minha boca.

— Ótimo, agora, me prometa que depois dessa caixa de cigarros, você não vai mais fumar.

— Tá. – Disse nem prestando atenção em sua fala, revirando os olhos, levando a droga novamente em minha boca.

— Deidara eu estou falando sério. Deus, eu me sinto uma verdadeira mãe.

— Tá bem, Danna, un. – Ri.

Ele me deu um beijinho na bochecha e olhei para ele, segurando o cigarro para longe dele sentindo seus toques quentes em minha pele, me levanto para ele me fazer uma massagem. Solto a fumaça pela minha boca, delirando com suas mãos mágicas me massageando e lentamente fazendo com que eu me esqueça por um momento dos problemas.

Deitei-me em seu peito, ele estava sentado e eu em sua frente, queria o abraçar mas estava com preguiça de me mover e o carinho que ele agora fazia em meu corpo estava bom num nível de me deixar sonolento ao perceber, nos deitamos juntos sem parar o carinho e finalmente consegui o abraçar, sentindo seu cheiro e deixando um sorrisinho bobo escapar.

9 de outubro, Konoha. (00:35 a.m.)

Acordei com lágrimas nos olhos durante a noite e comecei a chorar, muito, havia tido um sonho com meus pais. De certa forma, era um sonho bom pois eu havia visto-os porém, também era ruim já que eles me falavam que eu era um problema para a vida deles.

Meus soluços e as tentativas de não sugar o nariz não deram tão certo e acabaram fazendo com que Sasori acordasse.

— Deidara..? Houve alguma coisa? – Perguntou. Claro que havia “alguma coisa”, não estava óbvio o suficiente apenas pelo fato de que eu estava chorando?

Fui olhar para as horas em meu celular, era um pouco tarde e lembrei que o ruivo não havia feito nenhum dever, falei para ele ir fazer dever em vez de se preocupar comigo, mas o ruivo ficou irritado por eu ter colocado outra pergunta sem ter respondido a dele, como se estivesse tentando fugir do assunto e se eu quisesse ter um relacionamento saudável com ele, teria que ser sincero em relação aos meus pensamentos e sentimentos, assim como ele já era.

Contei do sonho para ele, me fazendo chorar mais ainda, quem sabe eu sentisse vergonha de chorar na frente dele porque aquilo me fazia bem gay. Mas o Akasuna não me julgou, porém apenas me deu mais carinho e falar para eu relaxar, eles estavam em um lugar melhor agora.

É, quem sabe, Sasori.

— Depois do colégio você vai querer sair comigo? – Segurou em minha mão, passando seu polegar, alisando-a enquanto alinhava nossos dedos e os cruzava, encaixando-os.

— É, quem sabe, eu me sinto... Quase um tanto quanto morto. Principalmente quando estou sem você, un. Vou pensar. – E aquilo não era mentira, sentia realmente falta dele enquanto estava nessa fase emocional e um tanto quanto mais fraco, ele estava segurando essa situação com toda sua paciência, uma hora dessas, ele já teria enlouquecido ao não conseguir me ver feliz.

Olhei para a expressão séria e sonolenta do ruivo.

— Você precisa de uma cama maior caso queira que nós dois durmamos aqui, sério mesmo. – Quebrou o clima sério, me fazendo revirar os olhos ironicamente e o dar um tapinha.

Voltei a abraçar seu corpo com força, sentindo o doce cheiro de seu cabelo ruivo, e acabei adormecendo assim mesmo.

(08:45 a.m.)

E acordei sem ele também, porém, havia um recado em cima da mesa. Fiquei uns cinco minutos deitado, pensando no quê fazer em meu dia, queria ficar chorando para sempre claramente, mas também não queria ficar naquela situação para frente.

Levantei-me devagar, sentindo o chão frio me causar calafrios perante meus pés antes quentes pelo cobertor macio, abri o papel, lá havia uma mensagem de Sasori escrito em caneta vermelha:

“Bom dia, Dei. Espero que tenha tido bons sonhos, eu fiz panquecas para você, não estão quentes agora, na hora que você ler, mas é só você coloca-las para esquentar no micro-ondas, elas já estão lá dentro. Te amo.

- Com amor, Akasuna no Sasori.”

Fui mandar uma mensagem de texto para ele no WhatsApp enquanto descia as escadas para ir até a cozinha e ligar o micro-ondas.

Danna <3

Visto por último hoje as 05:35

“Oi, recebi sua mensagem na mesa.

Obrigado por sua gentileza de fazer café-da-manhã para mim.”

Mordi o lábio inferior nos minutos finais que a panqueca esquentava.

“E... Além disso, eu pensei um pouco.

Tudo bem sobre sair com você, apenas me leve a um lugar legal, ok?

E sem muitas pessoas com seus pais também, agradeço.”

Sasori não usava o celular durante a aula então quando ele visse a mensagens iria ficar morrendo de alegria e vê-lo alegre me deixava com a dupla felicidade.

Nem vi as mensagens do grupo porque seriam de todos perguntando mais uma vez porquê eu havia faltado. Hidan chegou a me perguntar no privado, ele parecia realmente preocupado.

Hidan

Visto por último hoje as 08:40

“Hey, cuzão.

Cuzão.

EEEEEEIIIII.

Responde porra.

Responde.

Para de ficar tentando chupar o seu pau ou coisa assim e me responda, buceta.”

“Tá bem, caralho.”

“Ah, olha! Você está vivo! Já sabia que Sasori vinha na aula então foda-se.”

“Vai estudar.”

“Kuzu te mandou um oi.”

Hidan me enviou uma foto de Kakuzu que estava prestando atenção na aula, ao contrário dele, o albino estava fazendo um jóinha com a mão no canto a imagem.

“Fala logo o quê caralhos você quer.”

“Porque quê você faltou, porra?”

“Meu Deus.

Eu esperava que vocês pelo menos dessem uma olhada nas notícias do jornal.”

“Primeiro: Meu Jashin*

Segundo: Nah, jornal é chato.

Além disso, o quê que tem lá?”

“Hidan, meus pais morreram num acidente de avião.”

Não obtive uma resposta dele por segundos, ou ele estava finalmente pensando em não dar uma resposta imbecil ou o professor havia pego o celular dele mesmo, tal hipótese teria sentido caso ele não estivesse online.

“Meus pêsames.

Eu não sabia que era algo assim.

Pensei que você e Sasori haviam feito tanto sexo que você não tinha condições de andar KKKKK.

Parei.”

Hidan realmente não tinha jeito, mas fiquei feliz em rir por um momento de tão idiota aquilo ter sido. Havia certa luz em mim naquele instante.

“Enfim, Jashin agora está cuidando para que eles estejam em um lugar melhor, acredite.

Sem falar que...

Seu filho da puta sortudo, a aula de física está simplesmente um porre.

Saporra tá uma porra.”

“É física, eu imagino, de qualquer jeito, acho melhor você voltar a estudar.

Sério mesmo, eu estou comendo agora.

Ah, além disso, eu mandei um ‘oi’ pro pessoal.”

“AAHHH, isso me lembra que eu tinha que te avisar um negócio.”

“Que negócio?”

“Pein vai dar uma de suas bombásticas festas no fim do mês pois em novembro ele vai estar viajando com a família.

Já passou de ano mesmo.

Sortudo do caralho.”

“Novembro é aniversário do Sasori...”

“....É??

Enfim, tenho que digitar mais rápido, pois já tenho que desligar.

O professor vai dar um trabalho super chato e individual.

Bem, Pein me pediu para eu te avisar, ele vai convidar todo mundo, menos as pessoas que ele não gosta, do tipo a Sakura que fica interrompendo você e o Sasori o tempo inteiro.”

“Prefiro nem comentar sobre Sakura.”

“Beleza, mas voltando.

Vai ser dia 25 e 26, mas olhando agora no calendário também temos o fim de semana do dia primeiro-segundo de novembro e o aniversário do bichinha ruivo também cai num fim de semana caso eu não tenha me enganado com a data.

Pein só viaja pelo meio de novembro mesmo.

Esse povo rico.”

“Tá, eu vou pensar a respeito disso.

Agora vai fazer o trabalho de física em vez de ficar sendo irresponsável.”

“Tá bem, mommy.”

“Vai embora.”

“Também te amo.

Só que o Sasori te ama mais. LKKKKKKKKK”

***

Uma hora depois fui dar uma arrumada na casa e em minha cara também, coloquei música alta e a arrumei, fiquei com bastante preguiça no começo e assisti TV por volta de meia hora, depois fui focar no trabalho duro, infelizmente.

Também aproveitei meu tempo livre para fazer várias esculturas de argila, eu estava me saindo bem na minha recuperação. Mas, bem, eu estava até eu ficar sentimental e chorar por uma, duas, três horas seguidas.

“O quê Sasori faria?” Pensei acariciando meus lábios.

Não queria mais ficar em casa, mas também não queria chorar na rua, já era humilhante o suficiente chorar na frente dele, imagina na frente de um monte de pessoas.

Escutei uma música alegre e fiz uma pequena lista dos lugares quais poderíamos ir para me distrair. É incrível que eu tenha ideias maravilhosas em ocasiões erradas e quando eu preciso o máximo que eu consigo pensar são em umas duas coisas.

Listinha de lugares quais eu poderia ir com meu amado namorado para fingir que eu estou bem quando na verdade eu estou morrendo por dentro e quero chorar por fora. Dormir também.

“Loja de colchões

Cafeteria

Galeria de arte

Shopping

Pizzaria

Galeria de arte

Loja de colchões

Qualquer porra de lugar que tenha uma caralha de comida

Um concerto que não seja uma bosta

Galeria de arte

Galeria de arte

Galeria de arte

Parque de diversões”

Acho que eu não havia colocado “galeria de arte” o suficiente, coloquei mais umas sete vezes logo e fiz uns desenhos aleatórios no canto da folha, tipo que uns espirais mas ao mesmo tempo não eram espirais. Será que eu tinha deixado claro o bastante para que Sasori perceba o quanto eu quero ir numa galeria de arte ou eu terei que colocar mais umas vinte vezes? Nunca se sabe.

Eu me deitei na cama até que o ruivo chegasse, de novo comecei a chorar e minha autoestima foi lá embaixo, fui tomar um banho me sentindo com uma super impotência. Não de não sentir excitação e sim de me sentir incapaz de fazer coisas que me deixariam felizes, acho que aquilo poderia me fazer com ser chamado de “depressivo”.

A água estava fria e eu deitei minha cabeça na parede do Box, como se eu esperasse algum tipo de sinal que eu iria melhorar emocionalmente, mas adivinha? Quando estamos procurando as mais importantes respostas em nossas vidas elas simplesmente desaparecem.

De maneira lenta desliguei a água e peguei uma toalha, torcendo meu cabelo na mesma e em seguida enxuguei minha cara, seguindo para frente do espelho, dando alguns passos para trás e observei meu corpo inteiro ainda molhado, não muito obeso e nem muito magro com meu longo cabelo bagunçado e despenteado. Fui para o meu closet e vesti uma camiseta azulada meio larga com uma estampa do AC/DC com uma calça jeans branca.

Peguei um cigarro e me joguei no sofá enquanto colocava 100%, sim, do Sonic Youth. Acho que estava me sentindo meio “grunge” e logo em seguida acendi a droga e a traguei de maneira lenta e prazerosa.

Fiquei alguns segundos olhando para o teto esperando Sasori chegar, o quê demoraria, pensei um pouco sobre ir à festa de Pein, por enquanto eu não estava muito no clima, quem sabe depois eu não mudaria de ideia. Achei que estaria melhor logo sendo que, na verdade, eu ainda estava mal. Bem mal.

Por volta de meia hora depois ouvi meu celular vibrar em meu bolso, dei uma olhada e vi que o ruivo estava me passando os deveres, perguntou se eu estava bem e depois me ligou, não durou muito tempo pois ele tinha dever pra fazer e revisar para um exercício avaliativo de física.

Queria que você estivesse aqui. – Falou rouco. — É meio chato, sem falar que não tivemos aula de português por conta do fato que Iruka está passando mal.

— Eu também queria que você estivesse aqui, ou que eu estivesse aí com você, un. – Traguei.

É... Tivemos aula de educação física ao invés. Um porre.

Rimos e escutei alguns barulhos no fundo, seu celular havia sido “roubado” por alguém perto.

KK EAE MEN?! Como vai você veado?

—  Hidan? – Perguntei não muito surpreso.

O próprio.

— Devolva o celular para Sasori, un.

Só quero saber como você está caralho.

 — Tá, estou morto por dentro. Isso te responde? – Perguntei revirando os olhos. – Agora passa para o Danna.

Ai meu Jashin, como você é gay e depressivo.

— Olha quem fala, o cara que perdeu a virgindade com Kakuzu, un.

Perdi mesmo. – Rimos. — Toma, a bicha loira quer falar somente com você.

Sasori continuou a falar mais um pouco e o interrompi:

— Ah, Danna... Poderiam ter tido aula de artes ao invés de educação física.

É, você sabe que não sou o melhor em educação física.

Troquei de posição no sofá, agarrando uma almofada e sorrindo largamente por ouvir sua doce voz, batendo levemente em meu cigarro para que a bituca caísse no chão, eu limparia depois mesmo.

 — Sim, eu sei. Mas é o melhor em me proteger e em me fazer sorrir. – Falei brincando com a madeixa loura de minha longa franja. – Como está indo o intervalo?

Chato, Sakura ficou me perseguindo.

“Vaca.” Pensei quase gritando em meus pensamentos.

— Hum, é uma pena que eu não possa “fazer arte” aí, usando ela. É uma pena, un.

Relaxa, ela não chega aos seus pés. – Falou completando sua frase com alguns pensamentos altos, calculando alguma coisa.

— Ah, não? – Não pensei muito, apenas queria conversar com Sasori.

Não.

Ficamos alguns segundos em silêncio.

— Quero ir no cinema mais tarde, un.

Tudo bem, tudo o quê te fizer melhor eu faço, até roubar o mais valioso diamante do mundo.

— Vou desligar, não quero te atrapalhar a fazer o dever, un... 

Você nunca atrapalha. Ok. Talvez seja um pouco escandaloso e falante boa parte das vezes, mas nunca perde o seu jeitinho adorável de ser.

Corei pensando no Danna.

Ok, agora vou voltar a fazer meu dever.

 — Tudo bem.

Eu te amo.

 — Também.

Também o quê?

 — Também te amo.

Todos me amam. – Riu. – Mas em especial, você.

Revirei os olhos ainda sorrindo, pensando em Sasori falando realmente isso.

— Idiota. Tchau. Eu te amo muito, muito, muito.

Ai meu Jashin, parem de ser veados. – Ouvi Hidan no fundo reclamando. – É o Sasori te ama muito, eternamente, para todo o sempre, você é a Fiona do Shrek dele. Agora, me façam um favor, chega dessa pegação por telefone.

A ligação fora desligada pelo albino, voltei a dar uma última e longa tragada. Quem sabe eu não morresse logo dando longas tragadas.

Quem sabe se eu fingisse que estava tudo bem enquanto eu estava desabando por dentro, quebrada e julgada pelos meus próprios demônios, tendo “planos” idiotas todos os dias.

***

(13:15 p.m.)

Ouvi a porta da frente se abrir, eu até iria correr para ver quem era, mas a preguiça batia mais forte. Os passos ficaram mais escutáveis a partir do momento em que a sola dos tênis começaram a bater contra a escada, em seguida, a porta do meu quarto se abriu lentamente e ao mesmo tempo uma lágrima percorreu pelo meu rosto deitado.

— Oi. – Falou Sasori retirando seus tênis, virei meu olhar para ele, havia ido com seu All Star azul marinho de cano alto. – Como você está?

— Mais ou menos...

O ruivo sentou-se em minha cama, passando a mão em minha coxa que estava sobre lençóis e cobertores.

— Você vai à festa de Pein? – Perguntei simples, antes que ele pudesse falar alguma coisa.

— Se você for. – Falou um pouco constrangido.

— Quem sabe, un. Por enquanto eu andei meio pensativo...

Ele me interrompeu:

 — E fumando também, posso sentir o cheiro daqui.

— Foi só um cigarro.

anos da sua vida que foram desperdiçados indo para seus pulmões e queimando, produzindo reações químicas desconhecidas para o seu corpo, te enfraquecendo. Isso porque foi um cigarro. – Falou fazendo caretas, fiquei imitando ele falar com minhas mãos.

Os cigarros de minha caixinha já estavam acabando mesmo, não tinha muito o quê comentar sobre o assunto, lembrei que iríamos ao cinema e acabei ficando mais animado. Minha barriga roncou, indicando que eu estava com fome.

— Acho que nem seu namorado eu sou mais. – Deu uma risada cínica.

O puxei pela gola de sua camisa, fazendo-o cair na cama comigo, ficando em cima de mim e em seguida beijando-o, passando levemente minha mão em seu pescoço.

— Claro que você é, un. – Falei numa risada ao sentir sua mão pervertido ir na minha barriga me fazer cócegas, quase o chutei mas o puxei para perto novamente e retirei sua mão de lá.

Voltamos a nos beijar, sentindo o meu beijo ficar cada vez mais correspondido, cessamos o beijo e roçamos o nariz um no outro, eu acariciava seu cabelo ruivo e também suas costas.

— É assim que eu quero estar depois de ter sexo com você. – Disse com um sorriso arteiro.

Roçou seus lábios nos meus e fechei meus olhos.

— Eu vou adorar tê-lo então, un. – Dei um selinho demorado nele, em seguida deu uns últimos selinhos em meu pescoço e em minha bochecha.

Saiu de cima de mim e ficou um tempo sentado na cama olhando para o além, quase como se estivesse criando coragem para levantar-se, cheguei perto dele.

— Aconteceu alguma coisa? – Questionei apreensivo, o abraçando por trás.

— Não. Apenas... – Ele repetiu o “apenas” por um tempo, como se estivesse procurando o quê falar. - Apenas... Estou muito preocupado com você.

O ruivo parecia inquieto, senti que algo estava incomodando-o mesmo ele tivesse acabado de falar.

— Eu não gosto muito de falar isso, mas eu odeio a Sakura. – Falou com desgosto. – Não queria comentar sobre ela.

Fiz uma cara confusa.

— Ela está me usando e eu sei disso, mas é um porre tentar tirá-la do meu pé. É quase como uma pedra em meu tênis.

— Ei... Não se preocupe com ela. – Peguei em seu rosto com delicadeza. – Se preocupe apenas comigo. Apenas comigo.

Suspirou, jogou-se na cama mais uma vez  e comecei a brincar com meus dedos que subiam de seu abdômen até seu peito, vi que havia surgido um pequeno sorriso e fechou seus olhos.

— É incrível como você consegue reconstruir cada pedacinho do meu dia, eu sou tão grato por isso. – Disse alisando meu cabelo.

Parei com as minhas “provocações” e olhei para ele que havia voltado a abrir seus olhos, me posicionou melhor e me deu um selinho, eu não consegui pensar em mais nada para falar. Colocou minha franja atrás da orelha, dando para ver meus dois olhos azulados.

— Eu sou tão grato por ter alguém como você.

Olhei para baixo, lembrando do que estava me deixando triste, mas dei um pequeno sorriso pois lembrei que não estava sozinho ao tocar na mão de Danna que lentamente se dirigiu até meu frágil rosto.

“Agrade-me

Me mostre como se faz

Provoque-me

Você é única

 

Eu quero reconciliar a violência em seu coração

Eu quero reconhecer que sua beleza não é só uma

máscara

Eu quero exorcizar os demônios do seu passado

Eu quero satisfazer os desejos secretos em seu coração”

                                                   - Muse. Undisclosed Desires.

Deixei com que Sasori dormisse um pouco e fui fazer meu próprio almoço, recebi algumas ligações de Itachi, sabia que alguma hora ou outra ele queria saber o motivo de eu estar faltando e não dar nenhum recado. O meu eu de fora parecia estar bem, mas internamente eu me sentia fraco.

Atendi o Uchiha enquanto terminava de tomar meu refrigerante, achei que ele ia tentar me matar porém, lembrei que não era típico dele agir como um Hidan.  E foi o quê aconteceu, ele atendeu e entendeu tudo que estava acontecendo comigo, falou que eu deveria ir para Iwagakure pegar meus pertences e doar os de meus pais, quem sabe eu não aceitava melhor a morte deles assim. Contudo, Itachi não sabe como eu estava por dentro pensei um pouco e acabei deixando o mesmo no vácuo por uns mínimos segundos agradeci pela ideia e desliguei.

***

(18:55 p.m.)

Sasori e eu havíamos acabado de sair do cinema, havíamos escolhido um filme um pouco chatinho de ação, nossas mãos estavam praticamente grudadas uma na outra e resolvemos ir à Dunkin’ Donuts que ficava perto de algumas outras lanchonetes, ficamos na fila de espera e o ruivo notou de estava falando demais sobre a ideia que o filme tentava passar e que eu estava praticamente calado, perdido em meus pensamentos quanto à ideia de Itachi.

— Dei? Vai querer o quê? – Perguntou Sasori se juntando um pouco mais para perto de mim, sua voz aparentava ser bem apreensiva e amorosa.

Voltei minha atenção à atendente que foi bem amigável conosco, fiz meu pedido e um chocolate quente com chantilly em cima. Sentamo-nos numa mesinha e Sasori tentou fazer com que eu ficasse mais feliz brincando com uma das rosquinhas que tinha uma carinha feliz, mas acabou melando seus dedos, quais os peguei e os lambi timidamente, arrancando um sorriso lindo do ruivo que chegou mais perto de mim, colocando seu braço em volta de mim e me dando um breve selinho ao voltar meu olhar para as outras pessoas percebi o olhar de algumas sobre mim e o ruivo, algumas garotas fofinhas que pareciam ser fujoshis e outros homofóbicos.

Chamei a atenção do mesmo ao murmurar timidamente seu nome, decidi que era a hora certa de falar sobre o assunto, Danna deixou um “hum” escapar enquanto bebia um pouco do meu pedido. Falei sobre aquilo e o Akasuna me ouvia com atenção, olhando em meus olhos e acariciando minha mão, disse que estaria tudo bem e que me faria melhorar logo porém perguntou se ele não gostaria que fosse comigo, recusei ao dizer que ficaria melhor assim e me ajudaria a superar sozinho mas Sasori não pareceu muito convencido.

— Ahn... Danna... Vou ficar bem, un!

— O problema é e não é esse, Deidara, eu quero estar lá quando estiver triste e precisar de alguém para lhe dar carinho e atenção necessária. Tem certeza de que não quer que eu vá com você?

Acho que nos momentos que eu não era carente e do tipo “namorado chiclete” era Sasori, que estava enchendo minha cara de beijinhos e me roubando selinhos o tempo todo, me agarrando e enchendo-me de amor. Nem mesmo estávamos dando atenção para a comida.

— Eu vou pensar, amor. – Nos separei um pouco, roçando seu nariz no meu, falando coisas bonitinhas no meu ouvido e fazendo com que eu risse um pouco alto demais.

— Você fica um fofo corado desse jeito. – Falou pegando-me pela cintura e o beijei com calma e ao nos afastarmos novamente, voltamos a comer pensando seriamente sobre o quê iria fazer.

 


Notas Finais


Oiie! Vocês acham que o Deidara deve deixar o Sasori ir com ele, ou não? (。•ˇ‸ˇ•。)
Eu tive que cortar o capítulo se não ele ficava meio grande demais como o outro que eu me empolguei e nem percebi que tinha deixado mais de 7.000 palavras escaparem, opss kkkk. (´꒳`∗)
Aconteceram umas merdas hoje, mas nada o suficiente para me tirarem a atenção da fanfic, porque eu amo escrever, principalmente para vocês! Eu fiquei extremamente feliz ao ver que minha fanfic tinha ganhado +100 favoritos dfhksjdsa. É O PODER DE SASODEI GALERA, SASODEI MOVE O MUNDO! Ou pelo menos, move o meu mundo.
Faltam em torno de uns seis capítulos pra fic acabar, ou menos dependendo de como eu for escrevendo. ✩꒳✩
Enfim, Jashin e StarClan mandam milhares de chamegos para vocêss ૮(˳❛ ⌔̫ ❛˳)ა.


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