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História Ao apagar as luzes - A grande árvore.


Escrita por: mika281

Notas do Autor


Gente, mais um capítulo que está saindo do forno.
Ele demorou um pouco mais do que o esperado, mas espero que ele conquiste vocês assim como me conquistou.
Tem uma parte da história que o meu namorado disse que parecia ter duplo sentido, caso vocês percebam algo me contem. ( foi sem intenção kkkkk)
Boa leitura, gostaria muito de saber a opinião de vocês.
beijos amores.

Capítulo 2 - A grande árvore.


Fanfic / Fanfiction Ao apagar as luzes - A grande árvore.

Andávamos em silêncio por entre as árvores, Alexy estava mais pensativo do que de costume, de cabeça baixa, com os olhos direcionados ao chão. Senti um arrepio descer por minha espinha, poderia dizer que era por causa da brisa gélida que soprava forte, contudo, eu sabia que não era culpa do clima e sim do medo que eu estava sentindo por estar naquele lugar. 

As árvores me cercavam, como se estivesse em um labirinto, e o que me deixava ainda mais apavorada era a sensação de estar sendo observada. Por puro instinto olhei para os dois lados e quando menos esperava senti meu corpo ceder indo em direção ao chão após tropeçar em uma raiz.

Sentia mão firme de Alexy segurar meu braço, isso fez com que o meu corpo permanecesse em seu devido lugar. Suspirei aliviada, a última coisa que eu gostaria de ficar naquele momento era  toda enlameada.

– Nossa, Alexy, obrigada, se você não tivesse me segurado eu estaria agora estendida no chão.

– Capaz, não precisa agradecer. – Respondeu o garoto, tirando a mão do meu braço e passando em suas madeixas azuis. Alexy era dono de uma beleza estonteante, assim como seu irmão.

Conheci Alexy e Armin no mesmo dia, a minha preferência pelo azulado surgiu no instante em que bati meus olhos nos gêmeos, Alexy era meigo e amável enquanto Armin tinha aquele ar debochado que me tirava do sério. Sempre que os olhos do moreno pairavam sobre mim, o mesmo deixava escapar um pequeno riso, como se eu fosse uma grande piada, que não importa quantas vezes seja contada, sempre terá graça.

 

(***)

 

Paramos em frente a uma gigantesca sequóia, seu tronco fazia diversas curvas e seus galhos estavam bem longe do chão. Com os olhos semicerrados por causa  do esforço, tentei encontrar o fim da majestosa árvore, porém  não havia como, a noite mesmo enluarada prejudicava a minha visão, fazendo com que a sequóia parecesse não ter fim.

Entre os galhos uma luz forte surgiu. Confusa, tentei observar com mais atenção e para minha surpresa a claridade vinha de uma casa, para ser mais específica, uma casa na árvore! 

– Você sabe que estamos aqui, ande logo, deixe-nos entrar. – Bradou Alexy em grande voz, outras luzes surgiram e sons de passos percorrendo apressadamente o chão de madeira puderam ser ouvidos com clareza.

– Fique quieto, vai assustá-los não está vendo? – Repreendeu a voz feminina, a princípio não havia entendido o que ela queria dizer com "vai assustá-los." Até que finalmente eles apareceram, vinham de todos os lados, pássaros, milhares deles, saindo das árvores e se dirigindo a nós, abaixei-me e levei Alexy comigo, esperando que aquela confusão passasse. 

Ali estávamos agachados e encolhidos, com medo do que poderia acontecer. A respiração de Alexy estava pesada e percebi que ele estava tremendo, não podia julgá-lo, pois eu estava na mesma situação. Senti uma mão segurar o meu pulso, no entanto não era a mão de meu companheiro, olhei assustada e uma menina sorriu, botando o dedo indicador em frente aos lábios pedindo silêncio.

 Ela me puxou e eu a segui, não sei bem o porquê, mas parecia ser o certo a fazer. 

 A mesma foi até á sequóia e sem dizer nada colocou suas mãos de forma firme na árvore e para minha total surpresa começou a subir, sem dificuldade e com destreza, parecia que esse mesmo ato havia sido feito milhares de vezes e provavelmente era o caso, chegava a ser evidente que isto era algo comum para a jovem. 

Alexy, que até aquele momento estava atrás de mim, tomou a frente e seguiu os passos daquela estranha, ele não se mostrava tão seguro, porém não recuou, suas mãos avançavam com  rapidez e eu percebi que se não tomasse uma atitude em poucos estantes ficaria ali naquela floresta, sozinha. 

Puxei as mangas da camisa para cima, respirei e inspirei, até que uma pontinha de coragem surgiu, não iria desperdiçá-la, fui em frente, prometendo-me que não olharia para baixo. Minhas mãos encontraram lugares onde puderam se prender e então comecei a subir, comecei devagar, cuidando onde minhas mãos e meus pés se dirigiam, para ter certeza de que estava segura, eu literalmente não gostaria de cair daquela sequóia.

Comecei a pegar certa agilidade, e meus movimentos eram automáticos, eu mal sentia o peso de meu corpo, muito menos a gravidade. Mas eu sabia que caso eu soltasse, meu destino seria aquele chão frio e úmido. 

Quando finalmente cheguei à pequena casa de madeira, vi que tanto Alexy quanto a garota desconhecida já estavam dentro do local, ela sentada em um pequeno sofá de couro marrom e o azulado estava escorado em um balcão.

 – É verdade? Ele foi atrás dela? – Perguntou a garota de cabelos brancos, seus olhos estavam tão arregalados que quase se tornavam assustadores, dando a impressão que sairiam pulando a qualquer momento.

 – Não me diga que você está surpresa, Rosalya, eu sabia que mais cedo ou mais tarde isso iria acontecer, só não esperava que fosse tão cedo. – Respondeu Alexy suspirando, as mãos do garoto dirigiram-se aos próprios cabelos, os colocando para trás em sinal de cansaço. 

– Mas então, o que faremos?– Questionou Rosalya. – Não podemos deixar que ele se aproxime novamente. 

Minha atenção estava totalmente voltada para aquela conversa, porém, eu não estava entendendo o sentido da mesma, a minha confusão apenas aumentava e isso estava me deixando louca. Eles estavam falando sobre mim, certo? Então eu deveria participar e foi isso que eu fiz! 

– Alguém está atrás de mim? – Soltei as palavras.

– Sim está e pelo jeito já te encontrou, agora precisamos saber o que faremos para que isso não volte a acontecer. – Disse Alexy de um jeito sério, era tão raro vê-lo assim, com a mandíbula contraída e com olhos preocupados.

 – Bem, você só pode estar falando do homem que eu encontrei na pensão. – Só de pensar no homem loiro, senti minhas mãos suarem frio, ele não era enigmático, ele era o próprio enigma, transmitia frieza e seriedade. E o pior ele parecia saber muito sobre Erick, e isso era o que eu mais temia.

– Sim, estamos falando de Nathaniel, o que exatamente ele queria com você? – me questionou a moça de cabelos brancos, que Alexy havia chamado de Rosalya. 

Eu fiquei na dúvida se deveria contar sobre a minha conversa com Nathan para aquela garota, mal havíamos nos conhecido, não sabia se poderia confiar ou não nela.

 Resolvi que iria guardar aquilo para mim, Alexy e Rosalya me encaravam com olhos curiosos, e com o passar do tempo os olhos da garota foram ficando mais estreitos, mostrando seu desagrado. 

 – Não vamos te obrigar a falar, se você não quiser. – Senti um aperto no peito quando ouvi as palavras de Alexy, não queria deixá-lo chateado, ele tinha me ajudado muito, todavia, eu não podia fazer nada, algo me dizia que a minha conversa com Nathaniel não deveria ser comentada. Minha preocupação passou assim que vi Alexy caminhando em minha direção, com os olhos cheios de compaixão, de braços abertos, de uma forma tão convidativa que não havia como recusar o seu abraço, encostei minha cabeça em seu peito e ele começou a sussurrar em meu ouvido: "Vai ficar tudo bem, você não está sozinha." Ouvi alguém pigarrear, me desvencilhei de Alexy, e olhei para o lado em que Rosalya estava, porém o seu lugar estava vago.

 – Sinto muito, não queria interromper. – virei o meu corpo, na direção da voz que acabara de ouvir e ali estava Lysandre nos observando, com seu olhar inconfundível, seu olho esquerdo era de um verde vivo enquanto o direito era âmbar. A heterocromia fazia parte de seu charme. – Rosa, gostaria de saber se vocês teriam alguma preferência para o jantar.   

 – Bem, agora que você falou. – As palavras de Lysandre animaram Alexy, o azulado colocou a mão na barriga e lhe deu um sorriso brincalhão, Lysandre correspondeu de forma mais contida, ainda esperando pela nossa resposta, eu não iria falar nada, não era tão cara de pau, porém o garoto não pensava da mesma forma que eu. – Quais não as nossas opções meu querido amigo platinado?

– Pelo que eu pude ver, Rosalya, estava admirando um belo cordeiro, talvez queira fazê-lo com batatas e molho. Mas na dispensa há alguns cogumelos e massa tagliatelle, salsa e queijo, massa com cogumelos seria uma opção.   

 – Vamos ficar com o cordeiro, não é mesmo Xan? – Alexy, não olhou para mim enquanto falava, senti como se a minha resposta não fosse relevante, mas mesmo assim concordei com o menino. Na verdade eu estava sem fome, como eu poderia pensar em comer, com o meu irmão desaparecido? Eu precisava começar a procurá-lo, ficar nesta casa não estava ajudando.

Esperei Lysandre sair, e resolvi questionar Alexy. 

– Por que nós viemos até aqui? Você sabe que eu preciso encontrar meu irmão, ele pode estar correndo perigo.  

– Alexandra, sair por aí sem rumo não é uma ideia inteligente, eu tenho um plano, contudo preciso do auxílio da Rosa, ela tem algo que irá nos ajudar.

   – Tipo? – Perguntei relutante.

   – Melhor deixarmos essa conversa para mais tarde, quando estivermos a sós. – Meus olhos seguiram a mesma direção que os do garoto e vimos uma sombra desaparecer ao entrar no corredor.

 

(…)

 

 – O cordeiro está divino Rosa. – Alexy soava satisfeito, ele havia comido bem, repetiu umas três vezes. Já ouviram a seguinte frase: “magro de ruim”? Ela se encaixava perfeitamente ao garoto de cabelos azuis. Já eu estava remando, parecia uma criança brincando com a comida, meu garfo percorria todo o prato sem pegar alimento algum. 

– Acho que alguém não concorda! – Reclamou Rosalya, depois de um tempo que eu fui perceber que ela estava se referindo a mim. Limpei a garganta ao tomar a água que estava em meu copo, todavia, não adiantou muito já que minha garganta continuou seca.

– Perdão, está tudo incrível, porém, estou sem fome. – Rosa, não parecia convencida, pela sua expressão percebi que ela estava insatisfeita com o seu trabalho. – As coisas estão realmente complicadas... 

O rosto da garota se suavizou e em seus olhos vi vestígios de pena, isso fez com que eu me sentisse ainda pior.  

Ao mesmo tempo que eu tomava mais um gole de água a porta da casa se abriu de forma bruta e ali apareceu o meu pior pesadelo, ele tinha cabelos ruivos e vestia jeans apertado, acabei me engasgando novamente, o líquido saiu pelo meu nariz e a tosse parecia não ter mais fim.

 – Isso tudo é emoção em me ver amorzinho? – Aquela voz, eu não acredito, não é possível que esse infeliz esteja aqui. Ouvir a voz de Castiel fez com que a minha tosse aumentasse ainda mais, Lysandre que estava ao meu lado, começou a bater levemente em minhas costas, e senti a mão de Alexy apertar a minha sob a mesa.


Notas Finais


E então, estou curiosa o que vocês acharam.
Até daqui a pouco seus lindos, S2


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