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História Ao Fim do Oceano - Ao Fim do Oceano


Escrita por: RageFloyd

Capítulo 1 - Ao Fim do Oceano


No centro do mundo, após planícies de conchas, havia uma ilha, a Terra Velha. Nessa ilha de poucos habitantes, morava um herói. Esse, ainda jovem, tinha um sonho distante, porém inabalável. Ver o fim do oceano.

Rezam os antigos pergaminhos que por lá se encontra, dentre virtudes e maldades, a felicidade pura. Quem sabe o que se encontra entre os trancos e barrancos do caminho para o Vale da Solidão?, eles diziam. Mas o herói e sua fé própria inabalável não se incomodavam com as opiniões diante de seu sonho. Ele iria ao fim do oceano, e traria para sua terra a alegria eterna.

O herói vai ao tumulo de seu velho pai dizer adeus, e parte para o porto. Observa as ondas que batem na costa rochosa e se prepara para pular em meio as águas limpidas e rasas dos mares próximos. Ele mergulha dizendo adeus ao sol, e vai em direção ao além, sem se importar com a distancia que ele poderia estar. Só queria chegar ao seu objetivo.

Enquanto desliza pelas águas, por de baixo das ondas misteriosas, o herói repara em peixes coloridos e vibrantes, que viviam suas vidas alegre e confortavelmente, sem sequer saber das preocupações da terra ás suas costas que vivia em meio a fome e pobreza. Haviam algas verdes; corais vermelhos, roxos e azuis; e a areia era branca e limpa.

O herói se remexia e rodopiava por cima das terras irregulares, repletas de vida.

Após horas de natação, ele sente o sono pesar suas costas, enquanto o crepúsculo resplandecia pela superfície. Ao tom vermelho do sol poente, o humano procura uma caverna pequena, coberta por algas e conchas, e decide adormecer ali mesmo.

...

Ele olhava para cima, mas não havia céu. Podia sentir uma presença misteriosa, porém aliviante e, ao longe, alguém recitava um antigo poema:

 

“Um lugar plano, porém profundo.

De águas escuras e areias dançantes.

Lá embaixo, se encontra um mundo.

E Yahweh lhe entregará oque procurava antes.”

 

...

 

Após algum tempo de sono, o herói acorda e põe-se a refletir sobre o sonho misterioso que acabara de ter. Não chegara a nenhuma conclusão, então continuou sua jornada pelos mares agora iluminados pelo sol da manhã.

No caminho fazia amigos que passavam a lhe acompanhar. Eram peixes, golfinhos, e todo tipo de animal. Não havia maldade por aquelas terras, ele só sentia sinceridade.

...

Após varios dias de natação, o herói se encontra com um mar de conchas. Haviam brancas, marrons e azuis claras, que cobriam a enorme planicie sem deixar a areia aparecer por debaixo das casas de moluscos. Ele acabara de chegar á Planície das Conchas, o mais distante que qualquer um já havia chegado.

Ele tinha de deixar seus amigos para trás, pois nem todos tinham os mesmos desejos. Continuou  pelo caminho deixando todos, pois tinha de seguir seus sonhos independente de tudo.

O herói nadava sempre em frente, enquanto passava a mão pelas conchas, fazendo algumas poucas lesmas e ostras acordarem de um sono profundo, só para contemplarem a passagem de um estranho em direção a um sonho.

O crepusculo resplandecente iluminava as águas sobre a planície sem fim, quando o herói parou, sentou levemente sobre os animais gentis sem espatifar nenhum, e pos-se a dormir, pois a natação miríade havia cansado o corpo e alma do jovem.

...

Ao acordar, agora revigorado, ele se depara com uma surpresa. Os moluscos amigos carregavam-o pelo caminho, dizendo-lhe para continuar sua jornada. Era tão incrivel a colaboração da natureza em prol do sonho distante de alcançar as virtudes divinas, que abriu em nosso herói um sorriso de ponta a ponta.

...

Abre-se então diante dos olhos do jovem um enorme precipício. Uma depressão que amedrontava os olhos do herói, que vinha de uma terra plana sem qualquer tipo de profundidade. O fundo era escuro, e não haviam peixes em meio as trevas sem fim. Mas ele tinha que continuar. Quem sabe que tipos de criaturas se escondiam nas profundezas daquele abismo? Tubarões sedentos por sangue? Enguias prontas ao combate? Essas perguntam tinham de ser esquecidas para que o sonho fosse alcançado. O herói diz adeus aos novos amigos e avança com cautela, observando a planície calma desaparecer enquanto ele proseguia em busca do fim do oceano.

 

...

 

"Encare todos os seus medos e viva todos os seus sonhos, porque talvez o amanhã não chegue."



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