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História Ao Fim do Oceano - Um Novo Amigo


Escrita por: RageFloyd

Capítulo 4 - Um Novo Amigo


O siri e o baiacu haviam partido, e o herói agora estava sozinho novamente. Observou os dois amigos desaparecerem no horizonte, e decidiu seguir caminho em meio às águas-vivas dançantes. O humano deslizava pela água, deixando um rastro de bolhas por onde ia. A direção, era em frente. Sequer sabia se ia para o Norte, Sul, Leste ou Oeste, o que ele queria era só continuar.

O herói observava a areia e as poucas algas que já começava a encontrar. Fitava o chão, sem realmente prestar atenção no caminho que seguia. Estava distraído, mergulhado em pensamentos e reflexões sobre seu destino, suas escolhas e Yahweh. Quem era este? O que queria com o humano? Como aparecia em seus sonhos? Eram muitas as perguntas que faziam o herói franzir a testa.

O herói continuava em meio a um turbilhão de pensamentos, quando ouve um barulho. O mesmo para, e observa a paisagem à sua frente. As águas-vivas já eram poucas, e as algas aumentavam gradativamente. Ao fundo, a fonte do barulho. Um borrão cinzento no meio do mar. O que era aquilo? Nada muito bom, com certeza. O borrão se aproximava cada vez mais, trazendo o som violento de um milhão de coisas se mexendo e remexendo, causando muitas ondas na água.

Agora mais perto, em meio ao borrão era possível enxergar alguns reflexos fortes, quando a luz do Sol rebatia em objetos brilhantes e voltava para os olhos do humano, num flash de luz forte. Aquela coisa estava muito perto já, e o herói começou a ficar assustado. Não sabia o que era aquilo, e já não queria saber mais. O borrão se aproximava, e o herói se encolheu, quase tampando os olhos. Quando o borrão chegou perto o bastante, o humano pode ver a verdadeira identidade daquilo.

Numa chuva de prata e luz passando zunindo por seus ouvidos, um cardume de sardinhas. Elas passavam velozes pela água, desviando do herói, ainda que ele se mantinha encolhido em meio a aquilo tudo. O som do gigante grupo de peixes era ensurdecedor. O herói desencolhia aos poucos, surpreendido pelos peixes lindos que faziam seus olhos arregalarem. Após algum tempo, o cardume passou. O herói mantinha os olhos fechados. Ao abri-los, mais uma surpresa.

Parecia um espelho. Havia uma silhueta. Um ser ali, parado, fitando-o nos olhos. Parecia um espelho da alma, que refletia uma imagem idêntica ao herói, que estava paralisado, surpreendido. Ele encarou a figura semelhante. Acenou com a mão. A silhueta respondeu com um aceno igual. O herói soltou a voz e perguntou se a pessoa era amiga. A resposta foi que talvez. O humano se sentia maravilhado ao ver um igual ali. Não sabia nem o que dizer.

O herói perguntou para seu possível novo amigo sobre o que ele buscava. O amigo respondeu que vinha de uma terra distante, cheia de fome e miséria. Ele buscava riquezas para trazer para seu lar, assim trazendo também a felicidade. O herói perguntou se queria acompanha-lo em sua jornada, pois também buscava a felicidade, e o amigo respondeu que sim. Os dois sorriram, felizes, e continuaram o caminho, indo na primeira direção que encontraram.

O humano se sentia mais feliz. Agora ele não estava mais sozinho, tinha a companhia de um amigo com o mesmo desejo, e ambos iriam ao fim do oceano. O amigo seguia à sua frente, deixando que o herói o observasse, deslizando suavemente pela água como um verdadeiro peixe majestoso.

...

Após algumas horas de natação em dupla, os dois chegaram a algo incrível. Uma gigante abertura na pedra. Com metros e mais metros de comprimento, ela se estendia atrevida, dando início ao que poderia ser uma enorme rede de cavernas. O herói e seu amigo decidiram adentrar o buraco.

La dentro a paisagem era incrível. As paredes esculpidas pela água través dos anos. O teto coberto por estalactites que brotavam, pontiagudas. As dimensões daquela caverna eram enormes, um verdadeiro túnel que percorria por dentro da pedra. A cada metro que os dois se aprofundavam, o ambiente ficava mais e mais escuro. A alma deles se preenchia de medo, porém a companhia lhes dava a determinação necessária para continuar o trajeto.

As vozes dos dois amigos ecoavam pela caverna, criando um aconchego para ambos, já que o silencio mortal não os abatia.

 

...

                                                                                 

“A amizade duplica as alegrias e divide as tristezas”



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