_ Ana: Como assim, "nós vamos ter que terminar"?_ Ela começou a chorar.
_ Gu: Ana, deixa eu explicar.
_ Ana: Tem explicação?
_ Gu: Sim. Não tem aquela escola da marinha que eu fiz o teste para entrar dois anos atrás?
_ Ana: Aquela na Itália? Lembro sim. Mas eu achei que você não tinha passado.
_ Gu: Eles não liberam as notas. Só falam quando passa. E agora eu fui chamado.
_ Ana: V... Vo... Você vai para a Itália?
_ Gu: Sim._ Uma lágrima pingou de seu olho.
_ Ana: Se você está chorando é porque não quer ir.
_ Gu: É o meu sonho e o do meu pai. Ele vai me obrigar a ir, Ana.
_ Ana: Pois enfrente ele! Eu fugi de casa com você! Eu fui levada a força pelo meu pai para outra cidade! Eu pulei de um carro em movimento! Eu fiquei em coma! Eu enfrentei a morte! Tudo isso por você! E você vem me fala que quer terminar?
_ Gu: Sabe o quanto isso é importante! É o meu futuro!
_ Ana: Achei que o seu futuro era ao meu lado, não na Itália!
_ Gu: Quer parar com isso? Acha que eu estou gostando dessa ideia? Não!
_ Ana: Então fica comigo!
_ Gu: Você não tá entendendo! É a oportunidade da minha vida! Dá pra entender?
_ Ana: Não dá! Você está achando essa viagem mais importante do que eu!
_ Gu: Para de ser mimada, Ana!
_ Ana: Mimada?
_ Gu: Sim! Só está vendo o seu lado! Caramba! Você acha que eu quero ir? Mas eu TENHO que ir!
_ Ana: Se me acha tão mimada, tchau!_ Ela pegou a aliança de compromisso e a jogou no chão_ Leva essa aliança para a Itália com você!
_ Vou levar mesmo!_ Nesse momento, Ana já descia as escadas do farol_ Às vezes a aliança não vai ficar pensando só nela!
Ana correu nervosa até sua casa. Subiu até seu quarto, bateu e trancou a porta. Depois, deitou -se na cama e chorou.
Em sua casa, ao lado, Gustavo também chorava. O porta retrato onde havia uma foto dele com Ana foi jogado no chão ao som de gritos do garoto, que não sabia o que sentir.
Após algumas horas, os olhos de Ana já estavam inchados e ela resolveu ligar para Fê, que atendeu prontamente.
_ Fê: Fala, amore.
_ Ana: Preciso de você._ Ela soluçava.
_ Fê: O que tá acontecendo?
_ Ana: Vem, por favor. Eu preciso de você.
_ Fê: Eu tô trancada em casa, proibida terminantemente de te ver.
_ Ana: Se vira. Tô precisando com urgência.
_ Fê: Vou tentar pular a janela. Se não chegar em 10 minutos, é porque minha mãe me pegou.
_ Ana: Ta. Vou torcer para dar pra você chegar.
_ Fê: Já vou.
Fê desligou o telefone e foi até a porta da varanda. Depois desceu por um jardim vertical até os fundos da casa. Correu na ponta dos pés até a porta de entrada. Abriu sem fazer muito barulho o portão.
_ Mãe da Fê: Para onde você está indo?
_ Fê: Vou passear no bosque.
_ Mãe da Fê: Sem graça.
_ Fê: Ten uma amiga precisando de mim.
_ Mãe da Fê: Deixe para depois.
_ Fê: Não.
_ Mãe da Fê: Perdeu a noção do perigo, Fernanda?
_ Fê: A Ana precisa de mim.
_ Mãe da Fê: Não devia ter falado quem é. Agora que eu não vou mesmo te deixar ir.
_ Fê: Não estou pedindo autorização. Ela é minha melhor amiga e eu vou ajudá -la.
_ Mãe da Fê: Ela deve estar querendo te ajudar a fugir com o Lucas.
_ Fê: Antes fosse.
_ Mãe da Fê: Me respeite.
_ Fê: Não vou ficar aqui. A Ana tava soluçando de tanto chorar.
_ Mãe da Fê: Não me importo com isso.
_ Fê: Se você não se importa, imagina eu.
_ Mãe da Fê: Sou sua mãe, garota!
_ Fê: Foda -se. A Ana é minha amiga.
_ Mãe da Fê: Isso é jeito de falar comigo, garota? Volta aqui!
Fê correu até a casa de Ana. O portão estava aberto e ela foi rapidamente até o quarto da amiga, que chorava muito.
_ Fê: O que foi, amore?
_ Ana: O Gu... Ele... Ele...
_ Fê: Se não falar, não posso te ajudar.
_ Ana: Ele terminou?
_ Fê: O quê?!
_ Ana: Sim. Ele vai para a Itália.
_ Fê: Como assim? Quando ele vai?
_ Ana: Não sei. Mas vai ficar por um bom tempo.
_ Fê: E mais o que ele te falou?
_ Ana: Conversamos rapidamente. Não quis escutar.
_ Fê: Tinha que ter conversado.
_ Ana: Ele me chamou de mimada!
_ Fê: O que você falou pra ele falar isso?
_ Ana: Ai, nem lembro. Mas a briga foi feia. Só faltou batermos um no outro.
_ Fê: Vocês têm que conversar.
_ Ana: Eu sei. Mas não estava com cabeça. Amanhã vamos conversar.
_ Mãe da Ana: Com licença._ Bateu na porta e entrou_ Fernanda, sua mãe está te chamando.
_ Fê: Pede por favor para ela esperar, tua. Eu tô ocupada ajudando a Aninha.
_ Mãe da Fê: Não! Você vem comigo!_ Ela pegou a filha pelo cabelo e a arrastou até casa.
_ Fê: Ficou louca?_ Gritou quando foi jogada em cima do sofá de casa.
_ Mãe da Fê: Você que perdeu a noção do perigo! Não vai sair, nem que eu tenha que te trancar no quarto! E nunca mais me desobedeça!_ Ela deu um tapa na cara da filha.
_ Fê: Vo... Você me bateu? Quem você pensa que é para fazer isso?_ Fê gritava_ Você nunca teve autoridade sobre mim e agora acha que tem o direito de me dar um tapa na cara? Você não é nada!
_ Mãe da Fê: Vai pro seu quarto.
_ Fê: Eu vou pro meu quarto se eu quiser.
_ Mãe da Fê: Não me provoca. Você não sabe do que eu sou capaz.
_ Fê: Tô pagando pra ver.
_ Mãe da Fê: Mas vai pagar mesmo!
A mãe de Fê a levou pelo cabelo até o quarto da garota e a jogou na cama. Depois, pegou a chave, trancou a porta do quarto, da varanda, as grades das janelas e saiu.
_ Fê: Mãe! Não me deixa aqui! Mãe!
Fernanda começou a bater loucamente contra as portas, até que bateu com muita força e desmaiou.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.