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História Aos Olhos da Noite - Copos. Joguinhos. E Janelas


Escrita por: CaahSilverio

Notas do Autor


Oier pessoas.
Óia eu aqui :3

Favor, não me matem. Ainda existe muita coisa a se escrever. Obrigada. Valeu. Falow.
Desejo a todos uma ótima leitura, e peço desculpas pelos erros :3

Capítulo 22 - Copos. Joguinhos. E Janelas


Fanfic / Fanfiction Aos Olhos da Noite - Copos. Joguinhos. E Janelas

O sangue que estava no copo, voou para o rosto de Carmilla, quando ela engasgou com o líquido nos lábios. Antes que pudesse perguntar se ela estava bem, já estava no banheiro se limpando.

-A Ruiva, o quê? - Ela colocou o copo na mesa, com mais força do que deveria.

- Ela recebeu uma carta, hoje pela manhã. E saiu apressada. Por isso passei aqui. Ela não me contou o que era. Apenas saiu. A tarde ela me procurou, e saímos pra conversar. Bem… Pelo o que entendi… Ela foi chamada para ser a secretaria da Reitora, devido ao seu “Desempenho estudantil, e sua participação ativa, como membro do grupo de monitoração do alojamento”. -LaF explicou da forma mais calma que pode. Toquei seu joelho.

-Ela é boa em guardar segredos? - Carm perguntou, ainda próxima a mesa onde estava seu copo.

-Sim. As vezes ela pode até se atrapalhar. Mas não entrega ninguém. Nem faz por querer. Geralmente… Eu a forço, quando quero saber de algo.

-Carm… Ela não contaria pra Reitora, o que sabemos sobre você.- Eu disse com a mão ainda no joelho de LaF.

-Não  estou preocupada com isso, exatamente. Tecnicamente falando… Ela é a mais indicada para esse cargo. - A boca de LaF se abriu. E ele encarou a janela. -Ela é aplicada nos estudos. Tem senso de dever. Cumpri corretamente as regras e, o principal…

-Não contaria nada a ninguém, mesmo se soubesse, ou visse coisas estranhas -LaF completou.

-Exatamente. Minha mãe dá muito valor, a quem guarda seus segredos. Isso para ela, é fundamental. Mas me pergunto… A antiga secretária… Ela não me falou nada, sobre ir embora. Talvez… Possa estar acontecendo algo, que Mamãe quer que fique em total segredo. - Carm colocou amão no queixo, e se perdeu em pensamentos. Era quase possível ouvir as engrenagens de seu cérebro se mexendo. - Einstein. Converse com ela. Normalmente. Você sempre a apoiou, e agora não será diferente. Mas fique atento. Se ela agir diferente… Tome cuidado. Eu vou tentar descobrir algo.

-Acha que algo ruim pode acontecer a Perry, agora que ela está tão próxima a sua mãe? - LaF a encarou por algum tempo.

-Duvido muito. Ela preza a discrição no que faz. Não acredito, que tenha pego Perry, para se aproximar de nós. Talvez ela queira testar a lealdade, de quem a serve. Mas colocar em risco… Creio que não. Apesar de tudo… Ela cuida, de quem pode lhe ser útil. - Carm colocou no ombro de LaF. - Se acalme. Minha mãe age de formas obscuras. Mas a Ruiva não corre risco. Ela nunca fez nada errado, contra quem a serve bem. - LaF abriu a boca - Eu sou uma excessão, porque fui contra suas regras. - Ele abaixou a cabeça e sorriu fraco.

-Carmilla tem razão. Fique do lado dela, como sempre esteve. Se algo estiver estranho, tente falar com ela. Conversar numa boa. Tá bom?

-Ok. Obrigado. Acho que preciso ir, ela pode pensar que a abandonei - Ele se levantou, e saiu do quarto devagar.

Carmilla se sentou em sua cama, e estendeu a mão pra mim. Me levantei e fui até ela. Ela encostou a cabeça em minha barriga, e me abraçou.

-Carm… - Chamei baixo. Ela soltou um “Hum”, igualmente baixo Entrelacei meus dedos em seu cabelo escuro. - Acha que sua mãe, chamou a Perry, para usá-la em algum plano maligno, contra nós? - Ela suspirou fundo, e se desencostou de mim. Me virou, e sentei em seu colo. Sua cabeça foi parar na curva do meu pescoço.

-Não sei Cupcake. Ela não faria mal a Ruiva assim. Mas isso não me soou legal. Vou esperar as coisas se aquietarem, e vou ver o que descubro. Até lá… Tentaremos não chamar a atenção.

-Entendido - Ela sorriu baixo e ficamos naquela posição por algum tempo.

Dias se passaram, e o campus ainda permanecia calmo. Carmilla estava ficando irritada com isso. A calmaria estava durando demais.

-Isso está errado. Essa… Calmaria. É um péssimo sinal. Porque quando acabar… Eu não quero estar aqui - Ela me disse um dia, antes de sair pela janela.

A notícia de Perry com a Reitora, se tornou apenas um sopro. Agora, era a melhor hora, para tentar descobrir seus planos. LaF já havia mencionado que Perry estava tensa. Mas disse que era apenas por burocracia, processos que nunca havia se envolvido antes. Carmilla desconfiou. E acabou adiantando os planos.

Já estava sozinha a mais de uma hora. LaF havia voltado a seu dormitório. Não queria que Perry o seguisse, e desconfiasse de algo. Eu tomei um banho, e me sentei ao notebook. Tentei me distrair com algumas músicas. Mas foi em vão. Um barulho na janela, e Carmilla entrou como uma névoa.

-Estava ficando preocupada. - Me levantei e quase derrubei a cadeira.

-Desculpe. Eu me distrai, e fiquei horas lendo e relendo papéis de transferências - Ela jogou a jaqueta na cama e foi até a geladeira.

-Papéis de transferências? - Eu me sentei em sua cama.

-Sim- Ela se abaixou e pegou uma garrafa de sangue- Eu verifiquei duas vezes, porque tem uma data pra isso. E eu me lembro de algo próximo a essa data.

Por dias, Carm, LaF e eu fuçamos pela biblioteca e em sites, procurando algo significativo. Mas nada. Eu estava deitada na cama, e Carm me usava de travesseiro. Eu tentava me concentrar em um livro, enquanto lhe fazia cafuné. Carm lutava, para passar a fase de um joguinho em seu celular. Era realmente raro, vê-la usando celular. Alguém bateu na porta e gritamos um “Pode entrar” em uníssono. LaF e Pery entraram enquanto ainda ríamos disso.

-Hey, vocês - Perry disse ao entrar e se sentar na cama de Carm.

-Hey - Eu disse fechando meu livro. Carm sussurrou um “Hum” e continuou com seu joguinho.

-Hey Laura, Vampirella - LaF sentou-se ao lado de Perry.

-E então Perry, como tem estado? Não tem tido muito tempo, para nos visitar esses dias - Eu disse calmamente.

-Ah Laura - Ela suspirou - Eu tenho feito tantos processos, com os quais nunca me envolvi. E agora essas transferências… Urgh.

-Processos complicados?

-Muito. Sabe… São processos desconhecidos pra mim. A Reitora me explica. Mas algumas coisas, acabo fazendo por mim, sabe. Essas alunas… Nessa época. Carmilla, você deveria conversar com elas. Elas tem um sotaque interessante. E um pouco estranho. Soa europeu antigo. Como se… Elas não fossem dessa época. E sabe, foi bem interessante, quando li a ficha a primeira vez. Podia jurar que li algo sobre Paris no século XIII…

-O QUE VOCÊ DISSE? - Carmilla pulou e caiu sentada na cama.

-Disse algo errado? - Perry se assustou com sua reação.

-Carmilla… Explica

-Paris. Século XIII. Foi isso o que disse? - Ela se levantou e encarou LaF. - Você - Ela apontou para um LaF, que pulou quando viu o dedo em sua cara. - Procure eventos astronômicos. Quaisquer que forem. E Laura. Feche as janelas. E se arme. Qualquer que seja o ruído que ouça, se arme. E grite. Chame a Xena, ou me grite. Ficarei atenta, e estarei aqui em um segundo.

-Carm. Onde você vai? - Eu me levantei, ainda a tempo de vê-la pegando uma garrafa de sangue, antes de se dirigir a janela.

-Eu vou à biblioteca.

-Você já me disse, que lá é perigoso a noite - Quase gritei pra ela, quando ela passou o corpo pela janela.

-Eu sei lidar com a Biblioteca. Se cuide - Ela desapareceu.

-Eu disse algo errado? - Perry me perguntou.

-Não… A Carmilla tem medo dessa calmaria. E ela acha que tudo, pode acabar com isso. - Eu me sentei na cama.

-São apenas transferências - Perry disse.

-Per… Não são apenas transferências. São transferências estranhas. Você mesma me disse isso. Você fez outras transferências. E essas são estranhas.

-Estranhas como? - Indaguei.

-Não sei bem explicar. Sabe… Transferências, são apenas transferências. Eu encaminho os papéis para a Reitora. Reitora assina. Pronto. Mas essas… São sete garotas. Cada uma delas… Tem mais papéis do que qualquer outra. E anotações em latim. E são anotações, com o que parecer ser, as letras delas. Letras que você vê sendo usadas… Em documentos antigos. Como pergaminhos. Não sei bem como explicar. Muitas coisas estranhas.

-Talvez a Vampirella tenha razão. Tem alguns eventos astronômicos próximos. Não sei o que isso pode influenciar. - Por algum tempo, debatemos esses assuntos. Eu comecei a me sentir estranha. Como se estivesse sendo observada. Fiquei encarando a janela e quase caí da cama, quando vi um vulto passando por ela.

    -O QUE HOUVE, LAURA? - Perry ficou me encarando.

    -Alguma coisa passou pela janela. Você viu? - Eu me levantei da cama. LaF pegou a água benta e se levantou.

    -Laura… Não tem nada aqui - Ela se virou pra mim, no instante em que Carmilla, surgiu pela janela. Eu pulei ainda mais, quando ela levantou a janela e entrou. Quis pular em seu pescoço, mas a sua expressão… Era soturna.

-O que você descobriu? - Ela perguntou a LaF.

-Foi você quem passou pela janela, pouco antes de aparecer? - Perguntei exasperada.

-Não. Apareci normalmente, e entrei - Ela respondeu olhando a janela, e se virando pra mim. -Porquê? - Perguntou quando viu meu rosto.

-Algo passou pela janela, pouco antes de você chegar. Apenas Laura viu. Quando fui checar… Bem. Você apareceu - LaF respondeu, a um Carma com os olhos arregalados. “Merda… Já estão aqui”. Ela murmurou.

-Carm… Quem está aqui? - Ela se afastou de nós, com a mão no rosto.

-O que você descobriu? - Pela perguntou a LaF.

-Haverá um evento astronômico por esses dias. Parece que a lua cheia ficará mais próxima da terra em alguns dias. E haverá um eclipse lunar. Mas parece que o eclipse, juntamente com a proximidade entre a atmosfera terrestre,e os raios solares... Tornaram a lua vermelha. Um evento raro conhecido como...

-A Lua de Sangue - Carmilla respondeu ainda de costas. - Tudo está ligado.

-Sim - LaF a encarou longamente.

-Carm… O que isso quer dizer? - Eu me aproximei dela.

-As transferências. Tinham coisas em latim, certo? Coisas, que seriam mais apropriadas, aos séculos 13 ou 14? - Perry assentiu com a cabeça. - A lua de sangue ocorrerá em sete ou oito dias? - LaF concordou - O número de estudantes… É algum número simbolicamente forte. Como, sete ou treze? - “Sete.” Perry murmurou. Carmilla se encostou na cadeira. Seus olhos mostravam puro desespero.

-O que isso tudo significa? - Eu insisti.

-Elas vieram pra cá… Atras de alguem, que possa ajudá-las em seu ritual.

-Ritual? - Perry se levantou e caminhou até ela. - Que ritual?

-Elas farão o Shabat.


Notas Finais


Obrigada a quem leu até aqui. Espero que tenham gostado.
Até o próximo :3

PS; Dá tempo de indicar uma boa leitura?
https://spiritfanfics.com/historia/there-is-a-smile-of-love-7730468

Essa fic, é de alguém, que se não fosse amolação dela, eu jamais teria começado a postar. Enfim... Já aviso que é um universo totalmente diferente de Camilla. Porém, é maravilhosa. Super indico.


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