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História Aos Olhos da Noite - Fadas. Voltas e Reuniões


Escrita por: CaahSilverio

Notas do Autor


Oier pessoas :3

Peço desculpas pela demora, eu ando me empenhando em um projeto novo, que quiser dar uma conferida, não creio que vá se arrepender.
Desejo à todos, uma ótima leitura :3

Capítulo 24 - Fadas. Voltas e Reuniões


Fanfic / Fanfiction Aos Olhos da Noite - Fadas. Voltas e Reuniões

-Oi? - Eu fiquei encarando Flora. Ela sorria calmamente e Rose parecia encantada com os livros de Carmilla. O quarto estava em profundo silêncio.

-AH! Hahahaha. Não é possível. Fala sério, FADAS?! - Perry estava com as mãos na cintura e deu um soco no ar. Em seguida, os ombros caíram e ela se encolheu na cama. - Vampiros. Cães bolorentos. Então, bruxas. E agora... Fadas! - Ela balançava a cabeça - Cada vez mais, a importância dos meus relatórios parece mais e mais insignificante.

-Calma , Per - LaF colocou a mão em seus ombro.

-Não se preocupe, se tudo der certo, em breve, todas voltaremos a nossa vida normal. - Tranquilizou Flora.

-Falando em vida normal, como souberam exatamente que precisávamos de ajuda? - Perguntou Danny.

-Bem… Há algum tempo, tivemos revelações que o futuro seria um tanto quanto… Sombrio - Flora disse, se sentando ao lado de Rose. - Que muitas coisas, no decorrer do ano, deixariam o mundo imerso em trevas. Mas… Desde que Laura chegou, os flashes se tornaram estranhos. Ora vemos coisas ruins, ora coisas boas. Basicamente, tudo que envolve Laura é confuso. E há algumas horas, Carmilla interrompeu um ritual de clarividência e pediu nossa ajuda.

-”Bruxas estão vindo pra cá. Até acho que já chegaram. E não existe mais ninguém que possa defender a universidade e os humanos tão bem quanto vocês” - Falou Rose, concordando com a cabeça. - Ela nos explicou o que estava acontecendo. Falou dos animais que estiveram aqui. Sabíamos que era magia negra, mas não podíamos intervir diretamente. Até essa noite. - Completou ela.

-Porque essa noite? - LaF se esticou para perguntar.

-Porque não podemos levantar armas sem que os nossos estejam envolvidos. Por pior que tenha sido, na época dos cães, nenhuma fada foi ferida, ameaçada ou encurralada. Hoje não. As bruxas sugam a vida da natureza. Transformam em zonas mortas o meio onde estão. E com elas aqui, o Acordo é quebrado. - Flora disse de maneira firme.

-Espera. Que Acordo é esse? - Danny se esticou.

-Bem, nós chegamos nessas terras antes da Reitora. Quando ela chegou, com suas ideias de construir a Silas University, o Concelho intermediou o acordo. Contanto que os vampiros não incomodassem as fadas, poderíamos coexistir em “harmonia”. - Flora fez aspas com os dedos. - Nossa relação sempre foi… Uma linha tênue entre a guerra e a paz. Nos mantínhamos longe de seus negócios e decisões, contando que o Acordo estivesse intacto. Mas a Reitora permitindo elas aqui… Bem… Isso muda tudo.

-Ok. Até aí entendemos. Mas… Onde eu entro nisso? E porque eu entro nisso? - Perguntei encostada na mesa.

-Bem… Pra responder isso… Deveríamos voltar no tempo Laura. Uns 16 ou 17 anos. Tem algo em seu passado que pode explicar o presente. Ou o futuro que vemos - Flora segurou minhas mãos.

-Laura - A voz de Rose soou mais calma que o normal. - Feche os olhos e se concentre nas mãos de Flora. Deixe o calor lhe preencher o corpo - Eu fechei os olhos e senti um calor diferente me subindo os braços. Era estranho, mas quentinho e aconchegante - Deixe que o calor lhe invada, lhe afague a mente devagar. Lembre-se da época do colégio Laura. Das aulas no laboratório. A biblioteca - Conforme a voz dela se dissipava, memórias iam se formando, mas não estavam normais. Não estava vivendo elas. Estava vendo de fora. Eu estava me vendo no colégio. Era estranho aquilo. Meu Deus… Olha o tamanho daquela espinha no meu rosto. Como eu não via isso? - Laura, se concentre no calor. Vamos. Lembre-se do primário. Dos seus 11 anos, e das festinhas que seu pai organizava. Pense em seus 8 anos. Seu pai te levando ao Parque de mãos dadas. Lembre-se Laura. Seus 6 anos. Alguém a colocando pra dormir - Minha cabeça começou a doer. As lembranças ficavam estranhas e escuras - Vamos Laura, só mais um pouco. Seus 4 anos, você correndo pelo gramado. - A dor ficava mais e mais intensa, eu já estava suando - Vamos Laura. 3 anos. A mulher que a carregava nos braços. Se esforce, me mostre o rosto dela - Na lembrança, uma mulher me colocava no berço, mas estava escuro, quando ela se curvou para a claridade, onde o rosto dela seria revelado, a luz estourou e uma dor lancinante me fez abrir os olhos. Não sei o que aconteceu, mas pude ver Flora ser jogada na cama de Carmilla com toda força. Rose a amparava e acariciava seus cabelos.

-O que diabos, foi isso? - Eu segurava minha cabeça. Perry, LaF e Danny nos encaravam com os olhos arregalados. - O que foi?

- Laura… Você está bem? - Danny deu um passo à frente.

-Fora a dor de cabeça? Acho que sim. - Danny acenou a cabeça devagar. - O que vocês fizeram? Como eu estava me vendo naquelas lembranças.

-Rose é boa em hipnose. E eu sou boa em caminhar pelos sonhos. Nunca nos deparamos com algo assim - Flora se sentou na cama e segurou a mão de Rose.

-Assim… Como? - Eu as encarei por uns segundos.

-Algo, em suas memórias, não deve ser descoberto. Quando estávamos próximas, seja lá quem for, a expulsou de sua mente. E acredite… Tem que ser algo realmente… Poderoso. - Rose acariciava a mão de Flora devagar.

-Eu não lembrava de coisas que vi em minhas lembranças. É estranho. Mas… Eu realmente… Não me lembro do rosto da minha mãe, tampouco me lembro de ter ido ao seu túmulo alguma vez. Ou mesmo do funeral dela. - Eu tentava puxar em minhas memórias, mas tudo parecia deslocado.

-Laura, não se esforce. Uma certeza nós temos. Existe algo poderoso em você. Por isso seu cheiro nos afeta. - Flora segurou meu joelho.

-Meu sangue é tão forte assim? - Perguntei encarando a mão dela.

-Nos permitiria fazer um teste? - Rose ergueu a sobrancelha clara para mim.

-Bem… Sim. Eu acho - Rose se levantou e Flora foi junto.

-Pode ser um pouquinho incômodo. Mas seria fácil de provar que há algo mais em você - Rose segurou minha mão e pediu a faca de Danny. Ela relutou antes de entregar - Vai doer, mas prometo curar em seguida. - Ela foi tão rápida que, quando percebi, a ponta do meu dedo sangrava - Danny, agradeço por emprestar sua faca, mas poderia fazer a gentileza? - Ela entregou a faca e sorriu docemente para Danny.

-Que gentileza? - Danny franziu a testa.

-Experimente o sangue de Laura. - Ela falou normalmente.

-O-O quê? - Danny pulou. LaF olhava de uma para a outra. Perry se esticava para ver o que estávamos fazendo. Eu… Eu me sentia pregada no chão.

-Experimente o sangue dela, será útil, prometo - Flora pediu. Danny se esticou e passou o dedo no meu. Aquilo era estranho. E pela primeira vez, vi Danny lutar contra seu estômago. Ela fechou os olhos e levou o dedo a boca. Admito. Me senti enjoada. Ainda com o dedo na boca, Danny abriu os olhos e me encarou. Ela tirou o dedo, e ficou olhando para ele assustada.

-Danny - Chamou LaF.

-Não se parece com sangue. Quer dizer… Parece. Mas não - Ela encarava o dedo. - Não tem gosto de sangue. Parece algo… Impossível de explicar. Mas me deu uma sensação estranha. Sinto como se… Uma descarga de adrenalina percorresse meu corpo. - Ela nos encarou.

-Laura… Vê? Seu sangue mexe até com humanos - Rose ainda segurava minha mão. Ela passou o dedo, por cima do pequeno corte em meu dedo e ele se fechou. Tirou um lenço do bolso, e limpou o sangue. Entregou o lenço a Flora, que o jogou pra cima, e o fez pegar fogo. Eu me distraí olhando a chamas, o quarto imerso em um silêncio mortal.

O que aquilo significava? Como meu sangue podia causar efeito em humanos? Porque era tão dificil descobrir meu passado? Tudo o que queria era ter uma vida calma e normal… E tudo isso, porque estava acontecendo, justo comigo? Quem era a mulher me colocando pra dormir? O que havia de errado comigo?

-Devo me preparar para um funeral? - Carmilla abriu a porta e parou, nos vendo quietas e sem ação alguma. Ela encarou minha mão e olhou para Danny. - Imagino que agora saiba o poder que o sangue dela exerce, certo?

-Como…? - A voz de Danny morreu em sua garganta.

-O cheiro. O cheiro ficou mais forte quando passei pela floresta - Ela parecia cansada.

-Porque veio pela floresta, e não pela janela? - LaF a encarou.

-Aproveitei pra fazer uma ronda. Sabia que Flora e Rose estariam aqui. - Ela deu uma piscada para as meninas. - Obrigada por terem vindo. Enfim. Achei que seria bom ver o estrago que aquelas vacas estavam fazendo.

-O que me diz? - Perguntou Rose.

-As Zonas mortas estão crescendo. Então… O poder delas está igualmente crescendo. E assim vai ser até … O Shabat. Bem. Elas atacaram. E mais uma vez, se esconderam. Elas estão esperando o momento certo. Se mostraram na minha ausência? - Carmilla foi até a geladeira.

-Foi normal. Elas atacaram o quarto, mas Rose e Flora chegaram a tempo e…

-O que você disse? -Carmilla se levantou tão rápido que eu não pude acompanhar com os olhos.

-Er… Bem… Depois que você saiu… Elas fizeram um show de vento e insetos. Flora e Rose chegaram nessa hora - Carmilla abandonou a garrafa na geladeira e veio até mim.

-Você está ferida? Elas te lançaram algo? Disseram algo? - Carmilla segurava meus ombros, e me estudava com seus olhos negros. - E você, Einstein? Está legal? Xena...

-Carm - Segurei seu rosto, e ela me encarou - Eu estou bem. Nada aconteceu comigo, ou com as outras meninas. Rose e Flora chegaram. Ninguém se machucou. - Os ombros de Carmilla cairam e ela me puxou pela cintura.

-Não sei o que eu faria sem você, Laura. - Ela sussurrou em meu ouvido. Aquilo me arrepiou. Sabe aquela vontade de jogar a pessoa na cama, e encher de beijos? Pois é…

-Mas elas falaram algo, Carmilla. - Danny se moveu, ainda encarava o dedo que havia lambido. Isso era estranho. Carm se virou para encará-la. - Elas disseram que Laura, é a escolhida. Que muita coisa poderia ser evitada, se Laura fosse com elas - Carmilla encarou Danny, com o mais profundo ódio. Ela deu um passo para trás. Aquele ódio… Não era de Danny, nem de nenhuma de nós.

-Xena. Reúna os Líderes. Preciso falar com eles agora. - A voz de Carmilla era quase um rosnado. Danny tocou no ombro de LaF, e saiu.

-Carmilla… - Flora começou.

-Fale com as meninas. Use sua magia e proteja os humanos. Eu quero os nomes delas. Das sete. Eu vou despedaçar cada uma delas e meter fogo em seus restos - Carmilla lutava para se acalmar, mas isso parecia longe de acontecer.

-Não se preocupe. As meninas estão enfeitiçando a água. Ninguém vai perceber. Você precisa se acalmar. Se abasteça até os líderes cheguem. - Rose estava do lado de Flora, mexendo no celular.

Carmilla foi até a geladeira e pegou a garrafa. Começou a beber no gargalo mesmo.

-Carm… Qual o plano? - Ela bebia longos goles.

-Quero falar com os líderes, para que se armem e fiquei prevenidos. As bruxas não te alcançaram, então, poderão atacar seus amigos. E elas sabem o que fazer, para te obrigar a obedecê-lás. Bruxas são mais traiçoeiras que Vampiros. Agora… Onde minha mãe entra nisso? Será que ela também, quer você? - Carm me encarou. Era quase possível, ver as engrenagens de sua cabeça mexendo.

-Mas a Reitora querer a Laura… Isso já sabíamos. Afinal… Você nos disse, que ela mandou ficar de olho em Laura, certo? - Perguntou um LaF quieto no canto, encarando Carmilla.

-Sim. Mas… Pedir para ficar de olho, é uma coisa. Porque Laura realmente, nos intriga. Mas daí a Bruxas, dizerem que ela é a escolhida? Acho que tem um linha entre isso. - Carmilla deu de ombros.

-Sim… Mas… Bem. Talvez tudo esteja relacionado. As bruxas convenceram sua mãe a ficar de olhos em Laura, para elas. Quem sabe? - Rose disse nos olhando.

-Mas vampiros e bruxas, nunca estiveram lado a lado nisso. - Lembrou Flora.

-Vampiros trabalham sozinhos. Sempre foi assim. Até mesmo pra selar o Acordo, os vampiros agiram sozinhos. - Carmilla coçou o rosto.

-Mas, achei que o Concelho havia mediado isso - Perry falou. Ela estava tão quieta, que havíamos esquecido dela. Todas a encaramos - O que? - Ela disse parecendo desconcertada.

-Carmilla… O concelho. Até agora você não falou sobre sua visita a sua irmã - Disse Flora a encarando.

-Estava esperando até que todos estivessem aqui. - Carmilla veio até mim, e me puxou para seu colo quando se sentou. - É mais fácil falar de uma vez para todos.- Ela passou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha e beijou meu rosto. Houve mais alguma conversa, mas eu não estava prestando atenção. Tudo que me prendia ali era o cheiro de Carmilla tão próximo a mim. A mão acariciando meu braço e seu rosto, na curva do meu pescoço. Respirei fundo, acariciando seu cabelo. Nossos momentos juntas pareciam ter sido há séculos.

Não sei quanto tempo ficamos daquele jeito. Até que Danny entrou no quarto.

-Eles chegaram em 10 minutos - Ela foi para o lado de LaF.

-Ok. Como se sente? - Carmilla perguntou.

-O que? - Ela se virou.

-O sangue. Seu corpo já se acalmou? - Carmilla me colocou a seu lado na cama.

-Ah… Em termos sim. Mas quando penso… As coisas ficam… Estranhas - Danny mexeu as mãos inquietas.

-Isso, minha cara, é abstinência. E das piores. Abstinência de algo que está a sua frente. - Carmilla beijou meu rosto.

-Sério, que isso é tão forte assim? Não é possível que seja assim tão…

-Intensa? - Perguntou Danny. - É milhões de vezes pior. - Danny suspirou, e Laf segurou sua mão.

-Nossa - Eu deixei meus ombros desabarem. Carmilla me abraçou e deixou um beijo em minha testa.

-O que está acontecendo? - Ela encarou a porta. Antes de pudesse entender, era possível ouvir uma discussão que parecia se aproximar do nosso quarto.

-VOCÊ? VOCÊ MAL SABE ONDE ESTÁ SEU NARIZ, FEDELHO!

-FEDELHO? VOCÊ QUE NEM SEQUER SABE ORGANIZAR UMA FESTA, SEM QUE SUAS AMIGAS SAIAM ATRÁS DE NÓS COM ARCO E FLECHA!

    -Mais que diabos… - Danny abriu a porta - Calem a boca vocês. Querem alarmar o prédio inteiro que estão aqui? - Ela deu espaço para que entrassem.

-Você não manda em mim, Lawrence - Melanippe entrou no quarto. Seus cabelos escuros e sua aparencia séria, realmente lhe davam um ar imponente.

-Melanippe, você é a segunda no comando das Amazonas. Então sim. Eu mando em você - Danny parou a sua frente e a encarou. Era possível ver faíscas saindo de seus olhos.

-Oh. Hey, Laura. Vampirella e… Gatinhas - Kirsh entrou meio sem jeito no quarto. Acenou para as meninas e se encostou no canto. Théo, um garoto entrou, soltando apenas um “Oi” e ficou próximo a ele.

-Que bom que vieram. Carmilla queria falar com vocês - Eu disse tentando suavizar o clima pesado.

-Não vejo o que seria tão importante, para que a donzela descesse de seu pedestal e nos chamasse - Melanippe desviou o olhar de Danny, encarou Carmilla e depois me encarou.

-Se eu pudesse, ainda estaria no meu pedestal, tomando seu sangue num copo descartável, para não deixar seu odor em uma taça - Carmilla se virou devagar para ela. Danny segurou o riso, e Kirsh arregalou os olhos.

-Escuta aqui, quem você pensa que é… - A morena deu um passo à frente, mas Carmilla foi mais rápida.

-Eu não penso. Eu sou mais velha, mais forte, e mais feroz que você. Portanto, cale a boca e escute o que eu tenho pra falar. -Ela estava a menos de um palmo da outra. O quarto mergulhou em silêncio - Obrigado.

Todos ficaram quietos. Carmilla irritada, era algo que ninguém gostava de ver.

-Eu pedi a Xena que os reunisse aqui por um simples motivo. Todo o campus está em perigo. E não estou falando sobre estudantes desaparecendo. Estou falando das criaturas usando inúmeros alunos para sacrifícios bem na frente dos nossos olhos. Não preciso explicar a vocês, que monstros existem e vocês estão diante deles. Mas, de acordo com as leis, monstros e humanos coexistem em harmonia. Porém, isso está sendo quebrado. Não me perguntem o porquê, criaturas de magia negra andaram aprontando no campus. Vampiros desobedeceram a ordens e foram castigados. E agora bruxas querem espalhar o terror por aqui. - Carmilla estava em pé, apoiada na cadeira falando calmamente.

-Espera que acreditemos nisso? - Melanippe deu um passo à frente.

-Acredite no que quiser. Contando que mexa sua bunda e cuide do campus. - Carmilla parecia mais áspera que o normal.

-O que espera que façamos, depois de você dizer isso? - Danny estava com os braços cruzados, ouvindo tudo atentamente.

-Nas últimas horas, eu estive com alguém que, de certa forma, pode nos ajudar. É de conhecimento geral, que coisas estranhas aconteceram está noite. E isso se deve a presença de sete novas alunas. Todas bruxas. Que vieram no intuito de capturar alguém, para o Shabat. Um ritual envolvendo uma virgem, sangue, e o próprio Diabo. Mas… A intenção é não permitir que o realizem. Para isso, Flora e Rose estão cuidando de uma parte da nossa proteção. Feitiços e nada mais, atingiram ninguém. Mas, mesmo assim, não será o suficiente. Elas tentaram todas as brechas possíveis para alcançar o alvo. É onde entra esse alguém. Toda a universidade é regida pela Reitora. Se essas alunas entraram e o que são, podem ser ou não, de conhecimento da Reitora. E todas as atitudes da Reitora, passa por supervisão. - Carmilla falava de forma calma e simples. Até kirsh parecia estar entendendo, apesar daquela ruga em sua testa.

-Se as atitudes da Reitora são supervisionadas, porque permitiram isso? - Théo perguntou se desencostando da janela.

-Por mais que o Concelho mantenha os olhos na Reitora, ela pode muito bem ter omitido o fato das alunas não serem simples humanas - Flora falou devagar.

-E porque você está aqui mesmo? - Perguntou Melanippe.

-Realmente está me ouvindo? - Carmilla bufou. Melanippe voltou a ficar quieta.

-A questão é: dentro de 24 horas, o Concelho estará aqui. Dentro desse tempo, todos devem tomar o máximo cuidado necessário. Se armem, digam a todos, o que for preciso, mas cuidado. Não queremos o pânico. E quando o concelho estiver aqui, ninguém deve saber de nada. Organizem alguma disputa ou seja lá o que for. Todos devem estar armados. Ninguém está seguro, até que o Concelho chegue.

-Ok. Já entendemos essa parte Vampirella. Mas… E se o Concelho, estiver sabendo disso? E permitiu que isso acontecesse? - Kirsh perguntou.

-Você acredita em algum Deus Kirsh? - Perguntou Rose. Ele meneou com a cabeça. - Então ore a ele que o Concelho não está do lado das bruxas. - Ele ficou quieto no cantou.

-Ok. Vamos dizer que acreditamos nisso. Ou em partes disso. Não seria muito mais fácil, saber quem é o alvo, ou até entregar o alvo? Nos livraríamos delas - Melanippe disse e pude ver Théo concordando.

-Você sabe o que o Shabat, realizado de forma certa, pode ocasionar? - Carmilla perguntou devagar. Todos negaram com a cabeça - Lembra de peste negra? Foi um Shabat realizado com uma humana comum. Agora… Pense em algo maior. Como uma humana virgem coincidindo com uma Lua de Sangue. Elas poderiam devastar metade do mundo com apenas um feitiço. A peste negra. A Grandes Guerras. Nada, poderia se comparar. - Todos se mexeram inquietos no lugar.

-E quem é o alvo, afinal? - Perguntou Melanippe.

Todas as cabeças se viraram para mim. Até mesmo Carmilla. Eu me senti exposta. A vontade de me esconder embaixo da cama e chamar pelo meu pai foi enorme. Mas a mão de Carmilla tocou o alto da minha cabeça, eu ergui os olhos e sorri devagar.

-Espera. Laura ainda é virgem? - Kirsh falou mais alto do que deveria.

-Depois de tudo o que ouvi… Achei que você era mais… Firme. - As risadas começaram, mas os olhos de Carmilla… Calaram todos.

-Alguém mais tem alguma piadinha? - Carmilla tirou a mão da minha cabeça e avançou para o meio do quarto. O silêncio era tão grande que nem parece que alguém ali respirava.

-Acho… Que poderíamos organizar uma competição. Pega bandeira talvez - Danny se virou para Melanippe.

-E diríamos o que? Que estamos comemorando…? - Perguntou Melanippe.

-A lua de sangue - Flora respondeu devagar. Todos concordaram.

-Ok. Já temos o disfarce, para nos armarmos. Temos … - Théo gesticulou na direção de Flora e Rose

-As fadas estão do nosso lado. Mas não podemos contar só com elas - Danny falou tranquilamente.

-Fadas… Temos um conto de fadas todo nessa universidade - Resmungou Théo.

-Não precisa acreditar. Apenas se armar, e proteger os outros. - Disse LaF.

-Mas Carm… Ok. Os Zetas e as Summers vão se armar. Flora e Rose, vão cuidar do possível. E quando o Concelho chegar, e ver tudo isso? - Perguntei

-Tudo tem que estar na mais perfeita ordem. Os feitiços delas não são detectáveis. Quer dizer, mesmo que a lua cheia, seja daqui sete dias, todos estão se preparando para o dia Sangrento. O Concelho não pode ver nada que fuja a normalidade em Silas. - Carmilla se aproximou de mim. - Bem… Imagino que os detalhes, vocês possam decidir entre si - Todos acenaram com a cabeça.

-As Summers estão de acordo. - Danny disse. Melanippe demorou a confirmar com a cabeça.

-Os Zetas estão nesse tambem, baby - Kirsh e Théo acenaram com a cabeça.

-As fadas já estão nisso Carmilla - Flora e Rose surgiram ao lado de Carmilla.

-Isso é ótimo. Não se esqueçam, essa reunião nunca aconteceu. - Todos concordaram - Desejo boa sorte à todos.

Um clarão iluminou a janela. Todos se assustaram e correram para a janela. Nuvens vermelhas se aproximavam, com raios e relâmpagos as iluminando.

-Bem… Começou - Carmilla disse devagar.

 


Notas Finais


Obrigada a quem leu até aqui. Espero que tenham gostado.
Se alguém se interessar, essa é minha fic.

https://spiritfanfics.com/historia/carnival-of-blood-8710369

Até o próximo :3


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