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História Aos Olhos da Noite - Faces Dentro de uma Face. Passos e Humanos.


Escrita por: CaahSilverio

Notas do Autor


Oier lindas pessoas.

Eu poderia dizer que tive um bloqueio, que tô sem tempo. Maaaas, vamos falar a verdade. Eu não estava afim de escrever, por um bom tempo. Porém, isso deixaria vocês sem uma conclusão, eu resolvi que vou tentar terminar essa fic o mais rápido que minha mente deixar. Eu realmente não tenho estado legal pra escrever. Mas estou tentando da melhor forma. Eu peço perdão pra quem me manda os comentários, eu prometo que vou responder, e peço mil desculpas a todos. São tempos difíceis pra quem tem a mente barulhenta.

Enfim, peço que me desculpem os erros, eu ia editar, mas o sono não permite.
Desejo a todos uma boa leitura :3

Capítulo 27 - Faces Dentro de uma Face. Passos e Humanos.


Fanfic / Fanfiction Aos Olhos da Noite - Faces Dentro de uma Face. Passos e Humanos.

Eu estava sentada na cama, encarando a parede. A imagem de Mircalla ainda estava em meus olhos. O diário estava na cama, ao meu lado. Quera dormir e esquecer tudo, voltar a minha cama, e ver Carmilla, a minha Carmilla, dormindo comigo. Suspirei e encarei o diário. "Quem escreveu estas linhas, não existe mais." Aquilo ressoava em minha cabeça. Abri o livro e comecei a ler. Conforme meus olhos percorriam as linhas, meus olhos começaram a arder, e a vontade de chorar ficou forte demais. Abaixei o diário e chorei. O que estava ali, era extremamente doloroso. Carmilla eram solitária, angustiada por ser diferente numa sociedade conservadora. Pelo o que li, ela tinha medo de compartilhar o que sentia, porque sabia que não era normal. Dentre as garotas da corte, haviam apenas os papos sobre os rapazes, serviçais, e vestidos para o tão esperado baile. Haviam características que foram mantidas. Mas a maioria... Medo. Incerteza. Vergonha. Indecisão. E uma fé cega, que as coisas iriam melhorar, depois de conhecer um homem, que seja o certo, de acordo com seu pai. Ao mesmo tempo que sentia pena, sentia raiva. Sociedade hipócrita, a gente se vê por aqui. Continuei lendo, quando percebi, amanheceu. Fiquei encarando a janela, por detrás da cortina. As palavras nele, ecoavam em minha mente. Cada palavra parecia flutuar a minha frente, impressas em meus olhos. Que droga. Ela tinha razão. Quem escreveu aquilo, não existia mais. Nem as características físicas, nem a mentalidade. O medo foi substituído, por uma coragem e atrevimento. A vergonha nem existia mais. Ela se tornou uma mulher extremamente forte, e decidida. Adormeci pensando em Carmilla.

Acordei completamente desnorteada. Não havia um relógio ou meu celular pra saber que horas eram. Apesar de parecer ser absurdamente tarde. Me levantei e andei pelo quarto, uma bolsa vazia estava apoiada ao lado de uma arca. Ao abrir, todas as minhas roupas estavam lá, com meu produtos de higiene. Desejava um banho. Ao fundo do quarto, havia uma porta pequena. Passei por ela, e me vi numa banheiro extremamente luxuoso. Uma banheira enorme, chuveiro elétrico e um espelho que dominava toda a parede. Tranquei a porta ao passar. E decidi tomar um longo banho. Ao sair, me sentei na cama, encarando meus tênis. Eu queria andar pelos corredores, e tentar saber mais sobre onde estávamos, e sobre o que estava acontecendo. Mais era impossível passar despercebida, com o barulho de meus passos ecoando pelo corredor. Me levantei com o pensamento fixo “Não quero fazer barulho. Não quero fazer barulho”. Parei no corredor e respirei fundo. Eu realmente, realmente, realmente, não queria fazer esse barulho todo. Queria ser como Carmilla, e aparecer quando bem entendesse. Não sei o que me deu, mas fiquei pensando nisso, e fui até a Biblioteca. A porta estava entreaberta, e deixava uma nesga no chão de pedra. Cheguei perto devagar.

-Mas até quando vamos deixar como está? - Era a voz de LaF, baixa, mas perfeitamente audível.

-Espero que até a lua chegar, o Concelho ainda esteja lá. Mas pelo o que ficou claro, nas palavras de Danny, não perceberam nada de anormal. Muitas coisas… Diferentes acontecem com o Silas. Um festival fora de época, não deve realmente ser levado a sério. Quanto às transferências… As bruxas serão enviadas a sua terra natal. Uma cortesia de minha irmã. Parece… Que segundo o acordo, elas estavam fora de sua… Jurisdição. Mas ainda podem permanecer por alguns dias. Podemos ficar mais tranquilos por hora. - Carmilla falava pausadamente, num tom extremamente formal. Era estranho ver a sombra de alguém que outrora foi, de certa forma, da realeza.

-Sim. Com elas fora, podemos pegar Laura, e voltar para os nossos dormitórios. - Houve um momento de silêncio - Carmilla… Falando em Laura… Não pretende contar a ela? Sabe… Você parece outra pessoa. Desde aquela reunião, você parece a sombra de uma velha. Seu jeito de falar mudou. Sua postura. Tudo. Ok. Fizemos o que foi preciso para salvar Laura. Mas e você? A que custo estamos nesse castelo? Não acha que ela deve saber, pelo menos, de uma parte da verdade?

-La Fontaine. É complicado colocar em palavras. O que sinto dentro dessas paredes, fora o desconforto pelos metais empregados em sua construção, os sentimentos… Esse castelo pertenceu a outra pessoa. A uma pessoa. Com sonhos e aspirações. Eu sequer sou sua sombra. O emocional, dentro dessas paredes é realmente…- Suspiro - Bem. Quanto a reunião… Acha mesmo que Laura entenderia? Eu acho que não. Por isso estou agindo, como estou. - Silêncio - Eu realmente acredito, que as pessoas que são pegas nas batalha dos outros, são fracas. Mas conhecer Laura… Me fez pensar nos outros. E nesse momento… Todas as decisões que estou tomando, são única e exclusivamente, pela segurança de Laura, e dos que ela considera seus amigos. Tanto da parte que sabemos, quanto, da que não sabemos. - A voz de Carmilla parecia mais carregada que o normal. LaF realmente estava me escondendo algo.

-Foi como você me disse depois da reunião. Não sabemos o que pode acontecer, com ela, ou o que ela pode fazer. - Silêncio, um forte suspiro - Eu te entendo. E não consigo imaginar como deve ser difícil se manter longe dela, quando se sente tão sobrecarregada. Vai contar a ela em algum momento?

-O que a verdade pode despertar? Se sem conhecimento nenhum, estamos aqui, o que aconteceria se soubéssemos dela inteira? - Nesse instante empurrei a porta.

-E qual é a verdade inteira? - Carmilla e LaF travaram.

-Há quanto tempo está aí? - Carmilla congelou por um instante. Mais foi até mim e olhou no corredor.

-Isso importa? - Parei no meio da sala.

-Claro que importa. Charlotte te trouxe? - Carmilla se virou para me encarar.

-Claro que não. Me levantei e caminhei pelos corredores.

-Calçada? - Ela insistiu.

-Eu realmente, não podia ter ouvido sua preciosa conversa não é? - Cruzei os braços. Que diferença fazia o que ouvi? Eu apenas ouvi. Carmilla e LaF ficaram se encarando - Ainda vão fazer voto de silêncio perto de mim?

-Laura… Não é isso. Mesmo descalça, os passos ecoam pelos corredores. E você não fez ruído algum. - LaF estava apoiado na mesa de Carmilla.

-Como assim? Eu fiz muito barulho. Eu ouvia meus próprios passos. E estavam muitos altos na verdade.

-Não Laura. Você não fez ruído algum. - Carmilla falou parada a porta. - Eu também ouço meus passos. Mas mais ninguém ouve. O último ruído seu que ouvi. Foi quando saiu do banho. Não ouvi mais nada. Achei que tinha voltado para a cama.

-Espera… Isso quer dizer… Que nem mesmo você ouviu meus passos? - Carmilla balançou a cabeça. - E como eu fiz isso?

-Humanos não fazem isso.

 


Notas Finais


Obrigada a quem leu até aqui. E ah, tinha me esquecido.
Daqui a alguns dias, haverá uma surpresa. Sim. Eu achei que andava distante demais, e fiz uma surpresa. Daqui uns dias ela sai.

E claro, se quiser dar uma olhadinha em minha outra fic, com um tema completamente diferente, o link está ai:

https://spiritfanfics.com/historia/carnival-of-blood-8710369

Ps; eu vou atualizá-la em breve também.

Muito obrigada a todos :3
E até logo


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