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História Aos Olhos da Noite - Não Olhe Para Trás


Escrita por: CaahSilverio

Notas do Autor


Oier pessoas, mais um lindo capítulo para vocês.

Capítulo 6 - Não Olhe Para Trás


Fanfic / Fanfiction Aos Olhos da Noite - Não Olhe Para Trás

Era o mesmo garoto do meu primeiro dia. Will alguma coisa, de certa forma eu o conhecia. E ele, para minha sorte, fazia parte dos que me olhavam feito petisco.

-Ora, minha querida Laura. Que imensa… Sorte, encontrá-la aqui - Seu tom era ameaçador. Em questão de segundos, ele deslizou para mim. Eu fechei a mão e dei meu melhor soco. Pegou de cheio, mas por algum motivo… Ele riu. - Ora. A gatinha tem garras. - Ele segurou meu braço com uma força… Igual ao meu primeiro dia. Pensei em gritar. Mas era tarde - Minha vez- Ele levou a mão ao meu pescoço e apertou. Que merda é essa?! Meu ar fugiu dos pulmões, e ele nem parecia fazer força.

Um piscar de olhos. Ele estava sorrindo satisfeito do meu desespero, e no instante seguinte… Ele foi erguido do chão, segurando o braço de quem o erguia pelo pescoço. Eu me encostei na parede, tentando respirar. A visão estava se ajustando. Pisquei, para espantar o suor que escorria por meu rosto. Carmilla. Parada entre nós. Erguendo Will do chão com apenas uma mão. Não podia ver o rosto dela, mas sabia que teria medo. Ele parecia assombrado, enquanto lutava para respirar.

-Que merda pensa que está fazendo, seu imbecil? - Ela sibilou para ele. Pelo jeito como ele lutava, ela realmente o estava matando com aquele aperto. Ele abria a boca, mas nada saia. Ela apertou mais e o trouxe para perto de seu rosto - Sua única sorte, é ela ainda estar consciente. Porque assim que eu puder, eu vou te rasgar em pedaços. E não tem Mãe no mundo, que vai te proteger de mim - Ela o soltou, ele caiu no chão tossindo, e no instante seguinte, desapareceu pelo caminho que fiz correndo. Ela respirou fundo, e foi até mim. Segurou meu rosto com toda delicadeza e o virou. Fitou meu pescoço por um tempo, e suspirou aliviada.

-O que… Foi tudo isso? - Eu me sentia fraca, e prestes a desmaiar.

-O que foi aquele soco? - Perguntou desviando o assunto.

-Defesa pessoal desde os 8 anos. O que foi aquilo? Você ia mesmo… Matar ele? - Ela endireitou o corpo, e me puxou pela cintura para me endireitar.

-Você é realmente incrível, Cupcake - Ela sorriu e me soltou. - Vamos. Vou te levar pra luz - Ela me puxou devagar, e eu a acompanhei. Todos no campus, me viam seguir Carmilla. Eu ainda me sentia tonta. Ela me olhava com certa… Era preocupação nos olhos dela? Quer dizer… Ela estava preocupada porque presenciei a ameaça dela, ou porque ela usou aquela força descomunal? E pera… Ela não tinha me roubado um beijo hoje mais cedo? Eu parei e levei a mão a boca. Ela se virou na mesma hora. - Você está bem? - Os olhos dela me examinavam preocupados.

-Er… Dia… Cheio - murmurei tirando a mão da boca. Ela sorriu e deve ter pego minha linha de raciocínio, porque me deu um sorriso bobo.

-Vem, estamos perto - O tom dela… Era diferente. Doce até. Eu continuei andando, e agora, ela andava ao meu lado. Paramos em frente às escadas do dormitório. O campus todo observava aquela cena. - Pronto. Está segura agora.  Vá para seu quarto, tem o que comer na sua mesa. - Ela fez careta nesse ponto, eu sorri.

-Olha… Obrigada. Por hoje - Eu toquei seu braço. ela sorriu.

-Pelo o que? Te livrar de ser o jantar, ou pelo beijo? Que… Poderia ter sido melhor, se você não infartasse - Ela riu debochada.

-Que?! - Eu corei violentamente. Ela continuou sorrindo, mas parou olhando por cima de minha cabeça.

-Tomo cuidado. Feche bem as janelas e… Tente me ouvir. Assim, você não se mete em problemas. - Ela se virou e saiu andando. Ela não olhou para trás. O que ela quis dizer com “Teria sido melhor se você não infartasse”?

-Hey, Laura - Danny descia as escadas. - Estava te procurando, onde estava?

Eu pensei em dizer a verdade a Danny. Não gosto de mentiras. Mas… E se tudo fosse coisa da minha cabeça. Eu abri a boca para falar. Mas o celular dela tocou e ela fez sinal para que esperasse.

-Nada importante. Vamos, eu comprei o jantar - Ela me estendeu a mão e eu segurei. Lancei um último olhar para o campus. E Carmilla me observava das árvores. Dessa vez ela não sumiu. Mesmo ao longe, eu a vi se virar e entrar no bosque. A mão que Danny segurava se soltou da dela, e caiu ao lado do meu corpo. Senti um aperto na garganta. Ela se virou para mim, e me viu encarando as árvores. - Algo errado?- Perguntou também olhando as árvores.

-Nada. Apenas impressão minha - Eu a segui escada acima. As vezes me enviava um olhar preocupado, mas não dizia nada.

Entrei em meu quarto e havia sacolas sobre a mesa. Como ela sabia? Afastei aquilo da mente. A noite toda, parecia ter sido um sonho ruim. Me concentrei no banho e no jantar. Danny saiu do quarto me dando um beijo no rosto, próximo  boca. Ela sorriu e saiu feliz. Eu dei um sorriso e fechei a porta.

Eu esperava esse beijo desde que a conheci. Tipo… Beijos roubados, selinho roubados na verdade. São fofos. Mas… A sensação de euforia que me causou… Não foi como o da Carmilla. Quer dizer… Foi ótimo. Mas não me fez… Infartar. Sorri sozinha com isso. Me xinguei mentalmente, e me joguei na cama. Ótimo, Laura. Demorou tanto para conseguir um beijo da Danny, uma garota legal, que metade do campus também queria, pra você se sentir mais atraída pelo beijo de uma Vampira. Eu pulei na cama. Que diabos foi isso, que eu pensei? Vampira. De onde veio isso! Carmilla só era… Diferente. Nada além disso. Eu ando lendo coisas demais. Ela não pode ser uma vampira. Tentei me acalmar e consegui um riso nervoso. A faculdade realmente estava me deixando exausta e sucessível a pensar merdas. Amanhã acordaria, e tudo não passaria de um sonho. Abracei meu travesseiro e acabei dormindo.

Engano meu pensar que teria uma noite tranquila. Sonhei com Carmilla. E Will. Mas não eram eles. Will era uma nuvem de algo… Parecia uma nuvem de mosquitos. Zumbindo e tentando se aproximar. Mas uma sombra enorme, que mais parecia um gato gigante, estava entre nós. Eu sabia que era Carmilla. Ela atacava e afastava os mosquitos, até pular no meio da nuvem, que desapareceu, e reapareceu na minha frente, como a cena de hoje mais cedo. Mas era diferente. Talvez a posição, talvez o ambiente. Não sei explicar. Carmilla segurava o rapaz pelo pescoço, ele se debatia feito louco, a boca aberta sem gritar. Mas dessa vez ela não parou, a mão livre se juntou a outra, e eu ouvi o ruído de ossos serem esmagados. O corpo de Will caiu sem vida. E com se aquilo não me fosse o suficiente, ele se transformou em uma nuvem e desapareceu. Eu acordei gritando, suada, e com uma puta vontade de vomitar. Me levantei da cama e coloquei todo o meu jantar pra fora. Odeio vomitar. Tomei outro banho e escovei os dentes. Me joguei na cama. A cama de Carmilla estava arrumada. Ela ainda não tinha voltado. O enjoo estava voltando. Ouvi vozes no corredor.

“Você ouviu”?

“Sim. Achei que era sonho”

“Vamos, se separem, batam nas portas se for preciso”

Eu conhecia as vozes, mas me sentia sonolenta demais para abrir a porta, e dizer que o grito era meu, que tive um pesadelo. Mas eu contaria o pesadelo? Não. Continuei deitada, e acabei dormindo. Agora, graças a Deus, eu não sonhei.

 


Notas Finais


Obrigada a quem leu até aqui. Espero que tenham gostado.
Até o próximo capitulo :3


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