Notas do Autor
Boa Leitura!!!
Capítulo 9 - Arrependimentos.
POVS: Jill
O que era tudo isso? As coisas aconteceram rápido de mais para que eu pudesse entender, tudo o que eu pensava era na criança em meus braços que chorava desesperadamente agarrada a mim buscando proteção, e isso me deixava em pânico, eu me sentia impotente, pois no momento esta era a única coisa que eu não poderia oferecer. Sempre acreditei que o amor de uma mãe não tinha limites, e realmente eu estava certa, eu soube que estaria disposta há tudo por meu filho assim que descobri que ele crescia em meu ventre. No exato momento em que o tive em meus braço pela primeira vez, já não existia mais de mim, tudo era por ele e para ele, eu respirava por Charles, cada batida do meu coração era para meu pequeno, faria de tudo para faze-lo feliz, sempre estive disposta a dar minha vida por meu filho. No entanto isso não poderia acontecer, um ser inocente crescia em mim e minha sobrevivência era a sua, estava entre a cruz e a espada, a vida dos meus filhos estava em perigo e eu não poderia fazer nada para salva-los, a não ser correr em busca de um abrigo. Apertei mais Charles contra meu peito aspirando seu cheirinho suave que de uma certa forma me trazia um pouco de calma no meio de todo esse caos e desespero, olhei brevemente para Ada que vinha logo ao nosso lado com a arma em punho assumindo todos os riscos por nós. Como Chris estava enganado sobre ela, se ele a visse agora, tomando á frente se tornando um escudo humano para proteger sua mulher grávida e seu filho, disposta a dar sua vida por sua família, pessoas que ela deveria julgar inimigos, assim como ele sempre a considerou. Eu também tinha um pé a trás em relação a ela, mais resolvi dar uma chance ao pedido de Leon que parecia nutrir algum tipo de sentimento por ela. Chris fez exatamente ao contrário, a expulsou de nossa casa juntamente com o amigo que era como um irmão para ele. Depois desse episódio ninguém teve mais clima para comemoração, o jantar terminou antes mesmo de começar deixando uma Claire raivosa e entristecida com o irmão, Chris ficou tão enfurecido que se recusou a conversar comigo como uma pessoa civilizada, provocando uma discussão entre nós, após a lavação de roupa suja, ele saiu porta a fora não dormindo em casa. Como eu gostaria de voltar no tempo e trocar todos os insultos e acusações sem cabimentos, por beijos e carícias, subsistindo todas as ofensas por um simples "Eu te amo". Talvez eu não tenha a oportunidade de dizer isso a ele outra vez, me sentia despedaçada só de pensar na hipótese de que seu rosto raivoso e seu olhar de desapontamento sobre mim, poderia ser a última imagem que teria do meu Chris, o amor da minha vida. Ada parou bruscamente, fazendo meu corpo tremer, meus olhos a seguiram até um poste, ela se recostou no mesmo inclinado a cabeça para trás fechando os olhos brevemente.
-Você tá legal? Perguntei confusa, encarando os quatro cantos da pequena rua que caminhávamos desde que fugimos de casa.
-Estou... Me dê apenas um minuto. Ela respirou fundo iniciando uma careta, entregando sua mentira.
Seu rosto estava pálido e suado, a ferida que tinha em sua bochecha ainda sangrava, ela bem que tentou parar o sangramento por diversas vezes, pronunciando alguns palavrões em voz baixa quando via que seu esforço tinha sido em vão. O corte era pequeno, porém um pouco profundo, aquele infeliz deve ter usado algum objeto afiado para atingi-la na briga, segui sua mão que foi até seu pescoço, ela tocou com cuidado o local lecionado de sua garganta que tinha grandes marcas roxas.
-Está tudo bem mesmo? Ada parecia sentir dores e tentava a todo custo esconder isso de mim.
-Já disse que sim, só estava me sentindo um pouco asfixiada, mas já estou bem. Ada se virou para mim forçando um sorriso, sua intenção era me tranquilizar, mais sua atitude só me deixou ainda mais apavorada, se é que isso era mesmo possível.
-E você? Ela desviou para meu braço que tinha um arranhão do lado esquerdo, eu nem tinha percebido que isso estava ali, provavelmente me feri quando os estilhaços da janela caíram sobre nós.
-Não foi nada! O que realmente me importava agora era o bem estar do meu filho, que apesar de estar mais calmo ainda chorava baixinho com a cabeça afundada em meu pescoço.
-Obrigada pelo o que fez por mim, sei que não é o momento e nem o lugar para isso. Mas de qualquer forma, eu lhe agradeço. Ela se referia ao episódio na cozinha com o rolo de macarrão.
-Não chega nem perto do que você está fazendo por nós. Acariciei as costas de Charles, descendo minha mão para a barriga. Ada ficou surpresa como se só agora, ela houvesse se lembrado da minha gravidez.
Um barulho atraiu nossa atenção, antes que eu pudesse questiona-la sobre o ocorrido, seu corpo já estava ao meu lado novamente, assumindo á frente, apontando o revólver na direção de onde veio o som.
-Se esconde, rápido! Ada caminhou a passos lentos, enquanto eu me abaixava de trás do poste que ela se apoiou segundos antes.
Aquela tenção toda fazia meu estômago revirar, os segundos se seguiam agonizantes, ela virou a esquina sumindo do alcançasse de meus olhos, algum tempo depois, o barulho de passos apressados chegaram aos meus ouvidos, meu peito subia e descia, eu senti o pânico assumindo o controle sobre mim, apertei os olhos com força, não tendo coragem para encarar quem se aproximava.
-Jill? Sua voz suave, soou como uma melodia harmoniosa ao meu lado, Ada colocou uma mão em meu ombro me fazendo abrir os olhos para encara-la.
-Tudo bem com você? Ela perguntou preocupada se abaixando, eu no entanto não tinha forças para pronunciar uma palavra se quer, apenas balancei a cabeça em confirmação a sua pergunta, soltando o ar que eu não havia me dando conta que prendia.
-Temos que ir, preciso tirar vocês das ruas, ele está mais perto do que eu pensei. Ela se pós de pé rapidamente, estendendo uma mão para me ajudar.
Voltamos a caminhar apressadas e desesperadas para encontrar um lugar seguro. Eu conhecia a comunidade como a palma da minha mão, mas naquele momento e na situação que me encontrava temendo pela segurança dos meus filhos a cada passo que dávamos, eu me via desnorteada, as pequenas ruas que sempre foram tão familiares de uma hora para outra se tornaram irreconhecíveis, eu não fazia ideia de onde estávamos e muito menos para que lado seguir.
-Merda! Ada estreitou os olhos se colocando em total sinal de alerta.
-O que foi? Eu praticamente sussurrei, quase não conseguindo falar normalmente.
-Shhh... Ela se aproximou me fazendo um sinal de silêncio com o dedo indicador.
Eu já me encontrava em desespero, olhando para todos os lados agarrando meu pequeno com todas as forças, como se ele fosse escapar de minhas mãos a qualquer instante.
-Mamãe! Sua voz amedrontada saiu como um murmuro abafado.
-Calma bebê! Beijei sua testa sussurrando parte de uma canção infantil que ele gostava, na tentativa de distraí-lo.
-Pro chão, agora! Ada ordenou exaltada.
Tudo foi muito rápido sem tempo para que meu cérebro pudesse processar o que acontecia, me impossibilitando de cumprir seu pedido. Tiros vindos de sei lá onde, o corpinho trêmulo de Charles sendo tirado dos meus braços por mãos que pareciam desesperadas, sem que eu pudesse fazer nada para traze-lo de volta para mim. Alguém me arrastou com certa dificuldade para algum lugar apertado e frio, tudo pareceu sumir ao meu redor, era como se eu estivesse em um universo paralelo, eu ouvia, mais não via nada.
-Jill fala comigo? Uma voz distante se misturava a um ruído estritamente deixando tudo muito confuso para que eu pudesse entender.
-Fala comigo droga! Jill... abre os olhos. Senti meu corpo balançar de um lado para o outro, o ruído que agora eu reconhecia como um choro ficava cada vez mais próximo, seguindo da voz que eu ainda não conseguia compreender bem o que dizia.
-Ei! Olha pra mim! Meus olhos se abriram e fecharam algumas vezes, antes de fixarem na figura de traços orienteis de semblante preocupado, que segurava minha cabeça entre suas mãos.
-Você está bem? Está ferida? Ada perguntou apressada olhando por todo meu corpo, tocando algumas partes a procura de ferimentos.
-Meu filho? Me levantei de supetão, levando a mão na cabeça sentindo tudo girar.
-Fica calma... respira, ele está bem! Ela gesticulou com a cabeça na direção de Charles, que estava sentadinho ao meu lado, com os olhinhos vermelhos as bochechas molhadas, fungando fundo.
-Vem aqui meu amor! Ele se levantou com passinhos tropeços se jogando em meus braços.
-O que aconteceu? Estava atordoada, tentando assimilar a bagunça que se formou em minha mente, encarando as paredes úmidas que nos cercavam.
-Você sofreu um evento traumático, mais conhecido como "estado de choque." É comum que isso aconteça em casos como esses, mas não se preocupe você vai ficar bem.
-Precisamos continuar, você consegue caminhar? Ada me olhou com uma sobrancelha levantada.
-Consigo sim! Me levantei com um pouco de dificuldade por estar com Charles em meus braços, ainda me sentindo um pouco zonza.
Seguimos pelo beco, as ruas não eram seguras, eu me perguntava como ele nos encontrou tão rápido em tão pouco tempo. Ada me disse que tínhamos sido surpreendidas pelo assassino, que estava em um dos telhados, meu corpo todo travou quando ouvi os primeiros disparos, entrando em um estado de medo estremo caucionando o "choque". Ela nos guiou para um beco mais próximo, tirando a mim e meu filho da linha de tiros, após disparar duas vezes contra o desgraçado, ele desistiu de continuar tentando nos alvejar pulando de um telhado para outro desaparecendo.
-Vocês fiquem aqui! Ela se pronunciou, após termos passado alguns minutos adentrando o beco extenso.
-Como assim? Não pode nós deixar aqui. Eu me alterei quase gritando as palavras aos quatro ventos.
-Presta atenção Jill! Ele não vai desistir, quase fomos mortas agora a pouco, não dá mais para continuar fugindo. Ada me encarava seriamente apertando as mãos nervosa.
-O que você quer dizer com isso? Eu não queria que ela fosse, Ada era minha única esperança de manter Charles a salvo e tentar de algum modo escapar com vida desse pesadelo.
-Eu vou inverter o jogo, cansei de ser a caça. Então era isso, Ada nos deixaria, para confrontar sozinha um psicopata.
-Você não pode ir, é muito perigoso até mesmo para você. Ela se aproximou tocando meu ombro me sorrindo sem humor.
-Se proteja, e ao primeiro sinal de perigo de o fora daqui sem pensar duas vezes. Não se preocupe comigo, pense somente em se manter viva pelos seus filhos. Sua mão apertou meu ombro em um gesto de confiança, Ada tocou brevemente as costas de Charles se afastando de nós em busca do miserável.
Rapidamente me escondi em uma pilha de entulhos que estavam entre uma parede, me enfiei em meio ao lixo respirando fundo. Ajeitei meu pequeno em meus braços agoniada por vê-lo tão vulnerável e traumatizado, afinal o que era tudo isso? Por que esses homens invadiram minha casa? Quem estaria por trás disso, e o que essa pessoa ganharia com a minha morte? No meio de tantas perguntas uma persistia em me atormentar. Como Ada sabia de tudo, e por que ela resolveu me ajudar? Eu estava sendo tão mal agradecida, que pensamento mais egoísta, como eu posso pensar em duvidar de sua honestidade, depois de tudo que ela se dispôs a fazer por nós, sem ao menos nos conhecer direito.
-Tô com medo mamãe! Charles se mexeu em meus braços se apertando contra mim.
-Vai ficar tudo bem minha vida! Sussurrei em seu ouvido acariciando seus cabelos, engolindo o bolo em minha garganta.
O silêncio se fez presente, sendo quebrado minutos ou talvez horas depois, por passos pesados, senti minhas forças abandonarem meu corpo conforme o som de sapatos ficava cada vez mais próximos de nós.
-Ma... Meus olhos se arregalaram, rapidamente levei minha mão até a boca de Charles o impedindo de continuar.
O suor frio já se formava em minha testa tamanho era meu nervosismo, minha respiração estava irregular, eu temia que quem quer que estivesse ali pudesse ouvir meu coração descompassado e acabar nos encontrando, os passos foram contidos trazendo de volta o silêncio aterrorizante.
-Surpresa! Uma voz grave se pronunciou, me puxando com violência pelo braço, me jogando violentamente contra a parede provocando uma ardência em minhas costas.
-Finalmente o lobo faminto encontrou as ovelhinhas fujonas. Desviei minha atenção para seu rosto, o homem de expressão medonha tinha um sorriso psicopata nos lábios se divertindo com a situação.
-Por favor! Eu implorei por salvação, mesmo sabendo que seria tudo em vão.
-Me poupe de suas súplicas idiotias, elas não me comovem nenhum pouco! Ele apertou meu braço que já deveria estar ficando roxo por falta de circulação de sangue no local.
-Cala a boca desse moleque! O homem esbravejou me puxando para frente, me prensando novamente de encontro a parede. Me abaixei involuntariamente, virando meu corpo de lado, na intenção de proteger meu filho de algum modo.
Sua mão alcançou um das metralhadoras em sua cintura, trocando o pente quase sem munição, por outro carregado.
-Chega de joguinhos, vamos acabar logo com isso! Me virei ficando totalmente de costas para ele, deixando Charles entre mim e a parede, enquanto ele chorava compulsivamente com a cabeça em meu peito, a arma foi posicionada em minha nuca.
Fechei os olhos sentindo às lágrimas grossas escorrem por meu rosto, uma de minhas mãos apertava minha barriga próxima ao ventre, eu me despedia dolorosamente em silêncio do meu bebezinho que será impedindo de conhecer o mundo por um monstro desalmado, que ele só deveria conhecer nas histórias que eu haveria de contar a ele antes de dormir. Continuei segurando meu pequeno com firmeza temendo por sua vida depois que eu partisse, quem sabe ele se contentasse com apenas uma morte, e tivesse piedade de uma criança indefesa há deixando viver. Chris o encontraria e o levaria são e salvo para nossa casa, meu marido sofreria por mim e por nosso filho que não teremos a chance de conhecer, mais ele teria que ser forte por nosso pequeno, depois de alguns anos ele aprenderia a conviver com a dor e quando a saudade apertasse, e meu Príncipe perguntasse para ele sobre mim, Chris escolheria uma foto nossa, entre tantas outras que temos espalhadas pela casa, e entregaria a ele que rapidamente apertaria o porta-retratos contra o peito segurando com firmeza a moldura grande em suas mãozinhas pequenas, na tentativa de amenizar a saudade, enquanto sussurrava diversas vezes que me amava e sentia minha falta, Chris estaria emocionado com a cena, segurando bravamente às lágrimas, com a culpa destroçando sua alma por ter me dito palavras tão duras naquela noite, sem saber que eu já não me importava com nossa briga boba e tudo o que eu queria neste momento era estar em seus braços, dizendo o quanto o amava incondicionalmente e era grata por nossa pequena grande família. No fundo eu sabia que eram esperanças tolas, mais de alguma forma elas me reconfortavam amenizando meu medo. O primeiro disparo chegou aos meus ouvidos, com uma pausa de segundos para o segundo tiro que ecoou por todo o ambiente provocando um estrondo ensurdecedor. A morte é fria, escura, silenciosa, lenta e sem dor, totalmente ao contrário do que eu imaginei, o cérebro começou a se desligar do meu corpo aos poucos meus músculos foram relaxando, a escuridão se fazendo cada vez mais presente deixando a consciência mais distante.
POVS: Leon
Estávamos apreensivos, eu andava de um lado para o outro no galpão, enquanto todos me encaravam seriamente. Wesker estava nos confrontando com uma linha de frente, vários de seus capangas se encontravam no alto do morro prontos para nós atacar a qualquer momento.
-O que fazemos Leon? Jake se pronunciou atraindo a atenção de todos os meus homens para mim.
Confronta-lo seria a opção mais sensata, mais conhecendo aquele desgraçado como eu conheço sei que tem algo há mais por trás disso, se a intenção dele era dominar nossa área, ele já deveria ter dado as ordens e tentado nos pegar desprevenidos, porém ele não o fez, seus homens se encontravam parados apenas como uma grande ameaça, uma bomba prestes a ser acionada. Wesker era esperto a essa altura ele já tinha total consciência de que já sabíamos que seus capangas nojentos nos cercavam por todos os lados, ele sabia também que não perderíamos tempo em formar um plano de contra ataque, mais ainda sim ele continuava ali parado sem avançar um passo, ou dar um tiro sequer, e a questão era o por que?
-Vamos esperar, até que Chris e Billy voltem. Disse por fim após longos minutos perdidos em pensamentos.
Já fazia algum tempo que eu os havia deixado de vigia, prontos para me avisar a qualquer sinal de que realmente eles queriam nos atacar, não iria me arriscar em mandar meus homens para lá, sem saber o que aquele desgraçado estava realmente planejando com tudo isso. Após essa demora, eu já sabia que sua intenção não era cruzar fogo com fogo, Wesker tramava algo maior, seu objetivo sempre foi me destruir, disposto a tudo não se importando em quanto sangue ele derramaria, com tanto que o meu sangue se misturasse com os demais.
-Eles avançaram Leon! Billy adentrou o galpão correndo nos encarando com os olhos esbugalhados.
-Onde está o Chris? Eu disse que voltasse juntos caso algo acontecesse cacete! Alterei a voz irritado.
-Ele não quis vir, achou melhor ficar. Billy se pronunciou cauteloso percebendo minha iria.
-Stephen! Gritei em pleno os pulmões fechando as mãos em punho.
-Pode falar Chefe! Ele se manifestou saindo do fundo, ficando de frente para mim.
-Reúna mais quatro homens e cubra a entrada. Stephen balançou a cabeça em afirmação, passando a mão por seu revólver.
-Billy de o sinal de alerta para que as pessoas não saíssem de suas casas, até que tudo isso acabe, quando terminar nos encontre lá. Ele saiu rapidamente correndo rumo as pessoas.
-O resto de vocês venham comigo! Quando isso terminar, eu iria torturar o idiotia do Chris para que ele aprenda a não ser tão cabeça dura.
Sai do galpão, segurando a Chicago contra o peito, sentindo uma grande necessidade de me manter vivo como há muito tempo não me sentia, esse tipo de sensação não me dominava desde que perdi Ally naquele dia trágico. Era por minha irmã que eu era tão cuidadoso, ela era o motivo para que eu tivesse vontade de voltar para casa, Ally precisava de mim e eu sempre me mantinha vivo por ela, depois do que aconteceu eu não me importava com nada, eu sabia que se algo me acontecesse, Chris cuidaria de tudo tão bem quanto eu, ele jamais falharia com a nossa gente, lideraria com maestria e protegeria nossa família com sua vida se fosse preciso. O que estava adormecido dentro de mim, se despertou depois de anos, Ada era o meu mais novo motivo de viver, isso soou tão estupido vindo de um homem com a minha índole, caras como nós não deveria nutrir esse tipo de sentimento por outras pessoas, isso só nos deixa fracos e vulneráveis aos olhos dos inimigos, com essa hipótese, tentei ao máximo não envolver sentimentos entre minhas relações, era só sexo sempre foi, até ela chegar virando meu mundo de pernas para o ar.
Eu quis negar, por muito tempo tentei me convencer que era apenas atração e desejo, como sempre acontecia com todas as mulheres que eu me envolvia sexualmente, mas ela não era como as outras, Ada era diferente e única, ela parecia ter sido feita exatamente para mim perfeitamente imperfeita, eu amava e voltaria por ela, mesmo ela não estando certa de seus sentimentos, eu não me importava de amar por nós dois, com tanto que ela permanece ao meu lado sem objeções.
-Vamos nos separar! Eu ordenei assim que chegamos ao local deserto de mato alto.
-Eu quero três de vocês para aquele lado, quatro á frente junto comigo, seis a esquerda, e o outros fiquem aqui dando cobertura. Assim que terminei, eles se dispersaram seguindo para suas posições.
-Leon! Chris gritou atraindo minha atenção para si, ele vinha a passos largos até nós com a respiração rápida.
-Por que não voltou com o Billy como eu havia ordenado? Ele levantou uma sobrancelha confuso com a minha pergunta, eu nunca tinha o questionando dessa maneira, de todas as burradas que Chris já tinha feito essa era a maior.
-Corta essa Leon! Chris bufou frustrado tentando passar por mim, que segurei firme em seu ombro o impedindo.
-Você deveria pensar mais antes de agir, Jill e os seus filhos precisam de você. Ele respirou fundo, voltando a me encarar.
-Eu sei me virar muito bem sozinho. Ele falou por fim tirando minha mão de seu ombro, saindo de cabeça baixa.
Que porra tinha acontecido com ele afinal, Chris nunca tinha agido assim antes, ele ainda estava puto da vida por eu ter levado Ada até sua casa isso era nítido, mais isso não era motivo para que ele tenha enlouquecido ao ponto de colocar sua vida em risco, respirei fundo para não ir atrás dele e quebra sua cara até que ele voltasse a si e parasse de agir como uma criança birrenta. Começamos a caminhar pelo terreno indo de encontro aos nossos inimigos, Billy estava do meu lado esquerdo, Jake vinha logo a trás com o resto do pessoal e Chris estava um pouco afastado do meu lado direito, seguimos mais alguns passos, tomando as armas em punho, nos deparando com homens posicionados em linha reta, eles pareciam soltados prontos para acatar as ordens de seu general.
-Ninguém atira! Eles não compreenderam muito bem o por que dá ordem, mas se mantiveram calados sem se atreverem a me questionar.
Ficamos frente a frente, armas confrontando com armas, eu procurava o infeliz do Wesker por todos os lados, temendo que ele havia nos atraído para uma emboscada.
-Wesker! Gritei com fúria assumindo a ponta.
-Wesker... Eu já estou aqui maldito! Esbravejei cerrando os olhos na direção de uma risada irônica que vinha de trás da barreira humana diante de nós.
Dois homens se afastaram para os lados, abrindo uma abertura entre os capangas, revelando a figura do miserável todo de preto com um maldito sorriso de deboche na boca. Wesker deu dois passos á frente, fazendo um sinal para que seus capachos abaixassem a guarda, eles mais que depressa obedeceram seu comando descansando as armas para baixo.
-Leon... Leon, você às vezes chega a me surpreender. Wesker disse divertido, ajeitando os óculos pretos com uma mão.
-O que você está tramando? Apertei minha arma contra o peito, com as mãos comichando para puxar o gatilho com o cano posicionado na cabeça daquele cretino, e arrancar com uma bala, aquele sorriso de seu rosto, mais eu não poderia mata-lo, até descobri o que ele planejava com esse falso ataque.
-Mais que grosseria Leon, eu estou aqui totalmente vulnerável e você ainda não fez a gentileza de pedir para seus homens abaixarem as armas. Ele balançou a cabeça fingindo indignação.
-E o que te faz pensar, que eu não vou te enfiar uma bala na cara, aqui e agora? Rapidamente apontei a Chicago contra seu rosto, ouvido os sons de armas sendo engatilhadas de ambos os lados.
-Eu quero uma briga limpa, Já mandei abaixarem essas merdas. Wesker gritou se virando para seus homens com desprezo, saindo da minha mira.
-Briga limpa!? Questionei desconfiado, mais ainda sim abaixei a arma. Wesker não jogava limpo, tinha algo de muito sujo por de trás de sua proposta.
-Isso mesmo! Só eu e você, em um confronto mano a mano, sem armas, sem interferência de ambas as partes, até que um de nós morra. Ele terminou em tom de desafio, seus olhos faiscavam por entre os óculos escuros.
-O que você pretende com tudo isso Wesker? Bufei entre dentes, sentindo o sangue ferver em minhas veias.
-Saciar a minha cede de vingança! Ele tirou sua Red9 da cintura á jogando no chão, afastando a arma com o pé para longe de seu alcance.
-Abaixem as armas! Me virei para trás me deparando com um Chris indignado ao lado de um Jake pasmo.
-Não faça isso Leon, esse miserável está tramando contra você. Jake encarou Wesker com fúria.
-Eu sei o que estou fazendo! Entreguei a Chicago para Jake, retirando minha Magnum da cintura entregando-a pra Chris que me encarava em silêncio.
Wesker era traiçoeiro, mas minha obsessão de destruí-lo anulava qualquer raciocínio lógico, deixando o perigo mais próximo, e o desejo de vingança ao máximo.
-Até que um de nós morra! Eu me virei para ele fechando as mãos em punho.
-Até que você morra, desgraçado. Após ouvir suas palavras, nós avançamos um contra o outro feito duas feras selvagens guiados por seus instintos ferozes.
Nos atracamos caindo ao chão, eu fiquei por cima desferindo vários socos em sua cara, após alguns minutos, Wesker inverteu as posições me golpeando várias vezes, conseguir me colocar de pé lhe acertando uma cotovelada no estômago o fazendo arfar, Wesker cambaleou para trás se recompondo rapidamente, me acertado uma joelhada na barriga. Nosso sangue se misturavam com a terra, quando caiamos ao chão, não sei quando tempo havia se passado, não seria exagero afirma que já fazia quase uma hora, que tentávamos matar um ao outro, nós atacando com socos e chutes passando toda nossa fúria para nossas mãos. Meu corpo demostrava sinais de cansaço, assim como o dele, nos cambaleávamos, Wesker estava todo ensanguentado com um olho totalmente roxo e vários outros cortes pelo rosto, eu não estava muito diferente dele, meu corpo todo doía, minha cabeça latejava, e eu podia sentir o gosto de sangue na boca que escorria do meu nariz até meus lábios. Nenhum de nós tínhamos mais forças, nossos punhos estavam inchados e dormentes, mal conseguíamos nos aquentar de pé, mais eu não estava disposto a parar, como ele mesmo tinha dito antes, isso só acabaria quando um de nós estivesse morto. Wesker avançou em minha direção após eu ter lhe acertado um chute certeiro o deixando praticamente desacordado por alguns segundos, eu poderia ter aproveitado a pequena chance para mata-lo, porém meu corpo exausto, já não obedecia meu cérebro, me deixando totalmente imóvel.
-Cuidado Leon! Levantei a cabeça com dificuldade sentindo seus braços entrelaçarem minhas pernas nos levando novamente ao chão, fiquei meio atordoado com a dor que atingiu minhas costas.
-Sua família estupida, terá mais uma morte para chorar! Wesker sorriu cuspindo sangue, retirando um canivete escondido na cintura.
-Mais uma morte? Eu segurava firme seu pulso com ambas as mãos, tentando o tirar de cima de mim.
O filho da puta, tentou me atingir no pescoço, desviei por pouco da lâmina afiada, tentando desarma-lo. Assim que consegui o joguei para o lado, procurando rapidamente pelo canivete, eu teria o prazer de mata-lo com o mesmo objeto que ele havia escondido como um grande covarde desgraçado que ele sempre foi.
-O Redfield, tem uma bela esposa e um filho encantador não acha? Ele me sorriu debochado seus olhos que não estavam mais cobertos pelos óculos, tinham um ar ameaçador.
-O que você está insinuando miserável? Suas palavras foram como um soco no meu estômago retirando todo o meu ar. Wesker me atingiu por trás, tentando recuperar sua arma branca que tinha se perdido na terra, quando ele estava prestes a recupera-la, um tiro nos pegou de surpresa.
-Sujou, os tiras estão vindo ai! Um homem de Wesker berrou desesperado, disparando mais uma vez para o alto.
Me levantei com as poucas força que me restavam, me fudendo com a polícia, eu não me importava em ir em cana com tanto que Wesker fosse morto por minhas mãos.
-Já chega Leon! Billy juntamente com Chris e Jake me impediram de continuar, assim que me viram caminhando na direção do filho da puta, que também parecia não se importar com os tiras, já que ele era contido por seus homens que os seguravam pelo braço o impedindo de chegar até mim.
-Leon vamos embora porra, o Oliveira está a caminho com sua equipe de merda. Chris passou um de meus braços em seu pescoço sendo ajudado por Jake, me arrastando para algum lugar.
Os barulhos das sirenes já eram ouvidos por nós, segundos depois duas viaturas adentraram o local, o desgraçado do Oliveira saiu da viatura em movimento, dando ordem de prisão á todos, um tiroteio se iniciou entre a polícia, os meus homens e os de Wesker. Senti meu corpo ser deitado, estava tão cansado que não tinha mais forças para abri os olhos, tudo o que eu queria era dormir, ouvi passos andando ao meu redor, e vozes que mais pareciam cochichos.
-Como vamos acordar a bela adormecida? Jake disse debochado se referindo a mim, quando eu tirar a minha pestana ele vai me pagar por esse desrespeito.
-Eu tive uma ideia! Chris falou se afastando para algum lado, eu só não entendia o por que deles não querem me deixar descansar o esqueleto, e muito menos o por que dos sussurros.
-Ficou louco, quando o chefe acordar, ele vai nós matar! Billy alterou a voz recebendo vários "shhh" vindo dos caras.
-Deixa que eu jogo então, seu bosta! Chris parecia irritado. Antes que eu pudesse compreender o que eles iriam jogar, fui atingido por um banho de água gelada pra caralho, arrepiando todo meu corpo ao sentir o líquido em contato com minha pele.
-Que porra é essa? Me despertei instantaneamente, levantando exaltado.
-Bem vindo a festa parceiro! Jake me sorriu com a arma em punho, voltando sua atenção para frente, onde parecia estar acontecendo uma guerra.
Tudo voltou como um estalo em minha mente, abriga com o cretino do Wesker, os tiras invadindo, o fogo cruzado que acontecia a pouco centímetros da li, com membros da minha família em risco.
-Você está bem? Billy se aproximou me encarando fixamente.
-Já estivesse melhor! Eu estava em pedaços cada parte do meu corpo latejava doendo a cada suspiro, meus ferimentos ardiam e alguns ainda sangravam.
-Que bom que voltou a si, precisávamos de você. Chris sorriu de lado me entregando minhas armas.
-Vamos nessa! Soltei um gemido baixo apertando minha costela que reclamou do movimento que meu corpo fez ao caminhar.
Saímos do esconderijo improvisado, indo de encontro a confusão, mais duas viaturas chegaram dando reforços, os policiais se protegiam de trás dos carros. Helena estava na lateral da viatura usando a mesma de escudo, ela olhava atentamente identificando os homens de Wesker, disparando contra eles, nos ajudando como podia, sendo cautelosa para não levantar suspeitas e não alvejar um dos nossos. Mesmo com o reforço que acabará de chegar, os tiras estavam em minoria e nos levávamos uma grande vantagem, procurei Wesker entre seus poucos capangas que estavam de pé, mais o covarde não estava lá, ele havia os abandonando se fudendo para eles e suas vidas.
-Chris, Billy vão ajudá-los. Apontei com a cabeça na direção dos homens que estavam sendo massacrados.
-Mais Leon... Chris questionou sendo interrompido por mim.
-Vão agora, é uma ordem! Chris respirou fundo, se virando para Billy que esperava sua decisão, ele saiu pisando firme, chegando até os cinco homens restantes que o encaravam surpresos, Billy disparou contra um tira que se aproximava sem que eles se dessem conta, demostrando sua real intenção em estar ali.
Se passaram vários minutos depois de um tiroteio intenso, os policiais sobreviventes, discutiam com o cretino do Oliveira que se recusava a recuar, mesmo já tendo perdido alguns agentes. Carlos era um filho da puta orgulhoso, que não aceitava perder para mim.
Oliveira se deu por vencido, ao ver um de seus subordinados ser alvejado na cabeça enquanto tentava convence-lo a partir, o homem caiu os seus pés, seu colete e sua camisa preta ficaram com respingos de sangue, marcando suas roupas por sua teimosia. Eles saíram com as viaturas destruídas com os vidros quebrados e diversos furos por toda a lataria, voltei a reunir meus homens, ficando feliz por estarem todos bem. Alguns tinham arranhões e dois levaram um tiro de raspão no braço e na perna, mais nada que Claire não desse jeito, com alguns pontos e curativos eles estarão prontos para outra.
-Onde está o amigo de vocês? Jake se referiu aos capangas de Wesker, que se aproximavam com um homem a menos.
-Ele morreu salvando minha vida! Chris respondeu por ele com o olhar vago, um pouco afastado de nós com Billy ao seu lado.
-Valeu, por sua ajuda. Confirmei com um aceno de cabeça vendo eles se afastarem, sabendo que a camaradagem acabava ali, sem escolhas, com a vida de seus entes queridos em risco, caso não regressassem, eles continuariam a trabalhar com o Wesker, não hesitando em nos matar quando nos encontrarmos novamente.
Nós também seguimos nosso caminho de volta para casa, meu corpo estava todo quebrado, e vez ou outra não conseguia conter os gemidos de dor enquanto caminhava.
-Aquenta ai mano, a Claire já, já vai remendar os seus ossos. Jake bateu em meu ombro, fiz uma careta involuntária o olhando mortalmente.
-Vai se fuder, filho da puta! Ele me sorriu de lado se entre olhando com Billy que disfarçou o riso coçando a garganta.
-Leon! Chris chamou nossa atenção quando nos aproximamos da comunidade.
Encarei seu olhar, desviando minha atenção de seu rosto me deparando com três corpos caídos na calçada, nos aproximamos rapidamente encontrando mais dois corpos do lado de dentro.
-Estão todos mortos! Jake reclamou com tristeza, após procurar pulsão no pescoço dos cinco homens baleados.
"O Redfield tem uma bela esposa, e um filho encantador não acha?" As palavras de Wesker vagaram em minha cabeça.
Comecei a correr, sentindo os olhares confusos sobre minhas costas, eu já não me lembrava de meus ferimentos, o desespero e o medo anulavam a dor.
-Leon? Billy gritou ao longe, mais eu não parei. Não queria acreditar no pior, Jill estaria bem, eles tinham que estar bem.
-Leon a onde você está indo porra! Chris também gritou me fazendo parar, eu permaneci de costas, não conseguira encarar seu rosto. Wesker planejou tudo, eu sabia que tinha algo de errado, o desgraçado só queria uma distração, e eu cai em seu jogo.
-Eu sinto muito! Pude perceber seu corpo tremer ao lado do meu, sua mão soltou meu braço.
-Não... NÃO! Chris esbravejou ao reconhecer o caminho que eu seguia, sentindo a dor em minhas palavras, ele passou por mim correndo como um louco.
Chris adentrou o jardim, pulando o pequeno portão sem se dar conta que o mesmo se encontrava aberto.
-Jill? Ele gritou desesperado ao notar que a porta estava arrombada com a marca grande de um sapato.
-Por favor amor responde! Chris subiu as escadas passando as mãos nos cabelos em pânico.
Billy e Jake estavam ao meu lado, fiz um sinal para que eles olhassem na cozinha, ouvido os passos apressados de Chris descendo as escadas.
-Você já sabia? Ele perguntou irritado.
-Você já sabia e ainda sim me pediu para ajuda-los? Chris gritou com fúria me segurando pela camisa.
-Se acalma irmão, eu não sabia, o infeliz do Wesker não me deu certeza de nada. Arranquei suas mãos de mim me afastando um pouco.
-Me acalmar Leon? Minha mulher está grávida e meu filho só tem cinco anos, como eu posso me calmar porra? Ele apontou o dedo na minha cara, andando de um lado para o outro na sala.
Chris estava com medo, totalmente transtornado, eu não o julgava, eu sei exatamente o que ele estava passando, aconteceu a mesma coisa comigo, a sensação de impotência, e a culpa começa a se instalar em sua alma, te sufocado aos poucos enquanto o desespero se apodera de seu corpo te impossibilitando de agir. De alguma forma a culpa era minha, eu falhei com ele, eu falhei com todos, fui dominado pelo meus instintos sendo guiado pelo ódio, naquele momento a minha ânsia de matar Wesker foi mais importante para mim do que proteger minha família, fui um estupido, fiquei cego pela fúria agindo com imprudência colocando todos que eu amava em risco, deveria ter pensado melhor antes de agir.
-Leon aqui! Jake nos chamou agoniado, cheguei a cozinha travando na entrada. Tudo estava destruído era nítido que havia acontecido uma briga ali, a janela estava quebrada com vários estilhaços pelo chão, a porta foi metralhada, manchas de sangue marcavam o piso dividido espaço com inúmeras capsulas douradas, um buraco no teto que sem sombra de dúvida tinha sido provocado por uma bala estava bem evidente próxima a saída, Chris caiu de joelhos ao presenciar a cena de terror.
-Eu encontrei isso lá fora, ao lado do muro. Jake estendeu a mão na frente de Chris lhe entregando um boneco do homem arranha. Um nó se formou em minha garganta reconhecendo o pequeno brinquedo.
Chris encarou o boneco por alguns segundos, juntando forças para conseguir pega-lo em mãos.
-Ela não está aqui cara, pode ser que eles tenham conseguido escapar. Billy falou baixo, tentando acreditar nas próprias palavras.
-Você me traiu! Chris sussurro com os olhos marejados apertando o brinquedo de Charles contra o peito, nos deixando confusos com o que ele acabará de dizer.
-Como? Jake levantou uma sobrancelha totalmente perdido.
-Essas palavras medíocres foram as últimas que eu disse a ela. Ele olha para o nada se recortando de algo ruim, Chris fechou as mãos em punho perdido em pensamentos sentindo raiva de si mesmo, abaixando a cabeça no segundo seguinte parecendo voltando para a realidade, ele guardou o brinquedo com cuidado no bolso da camisa, escondendo seu rosto entre as mãos, sentindo vergonha por não conseguir conter às lágrimas que banhavam seu rosto.
-Nós vamos encontra-la, Jill é esperta eu tenho certeza que ela conseguiu fugir com Charles. Eu me abaixei ao seu lado segurando seu ombro esquerdo.
Ele me encarou, imediatamente, eu senti sua agonia, seus olhos atormentados pela dor tinham um misto de esperança.
-Eu preciso deles! Chris confessou, secando o rosto com força.
-Nós vamos traze-los de volta! Apertei seu ombro ficando de pé.
Billy saiu para deixar Claire preparada caso Jill ou o filho estivessem feridos, Jake reuniu todos a meu pedido, que já estavam com as armas em punho, prontos para acatarem minhas ordens.
-Revirem cada beco, viela e casas, procurem até debaixo das pedras se forem preciso, e caso encontrem uns dos inimigos o traga imediatamente para mim, eu quero os miseráveis com vida.
Eu mesmo queria ter o prazer de lhe proporcionar uma morte lenta e dolorosa, todos foram dispensados seguindo caminhos diferentes a procura de Jill e seu filho, com ordens de me avisarem tudo com antecedência, eu queria ser o primeiro a contar para o Chris, caso as notícias não fossem das melhores.
Notas Finais
Espero que tenham gostado! Bjs!!!