Gumball e eu eramos bem próximos, além de melhores amigos eramos irmãos...ok....não literalmente irmãos...a, desculpem, não me apresentei não é mesmo? Sou Darwin Raglan Caspian Ahab Poseidon Nicodemius, sim, eu admito, um nome extremamente grande e escroto, sou um garoto ruivo de cabelos lisos e olhos caramelados, para entenderem melhor minha história irei contar-lhes como foi minha vida. Nasci no dia 5 de fevereiro na família Nicodemius, uma família de 3 membros, eu, meu pai Adan, um homem alto e pouco magro, com cerca de 21 anos na época de meu nascimento, este era formado em medicina e honrava o diploma, era um cara simpático e extremamente amável, seus cabelos eram negros e lisos e sua pele morena, possuía olhos caramelos como os meus, um ótimo pai..., já minha mãe Christine, era uma senhora carinhosa e independente, tinha baixa estatura e também, assim como meu pai, era delgada e se encontrava na mesma faixa de idade, possuía diploma em bioquímica sendo uma excelente profissional, tinha cabelos ruivos e encaracolados e olhos esverdeados, representava uma perfeita irlandesa. Nasci pesando aproximadamente 2,900g, tipo sanguíneo O positivo, ok ok..., nada interessante, não aconteceu nada de diferente depois disso, e não tem porque contar, ficariam entediados.
Porém, quando completei 4 anos de idade, houve um acidente muito sério no transito, um bandido que acabará de assaltar um banco local corria em alta velocidade em um dos veículos de marca Jaguar, tentando inutilmente escapar de um bando enorme de policiais em sua cola.
O delinquente, com um rosto desfigurado, dirigia desgovernado e a contra mão da estrada em que se encontrava meus pais e eu, e é claro que isso não acabaria em coisa boa não é? Nós estávamos rindo e nos divertindo, ouvindo The Beatles no radinho como sempre fazíamos, quando de repente surgiu o filho da mãe e virou contra o nosso carro causando o desastre, os policiais chegaram milésimos de segundos após, uns se dirigiram ao ladrão e outros ao nosso carro, tentando, sem sucesso, salvar-nos e levar-nos ao hospital mais próximo, porém o único que conseguiram realmente ajudar foi a mim, meus pais sofreram um impacto enorme contra o volante por estarem nos bancos da frente, e morreram logo em seguida.
Meus olhos marejavam enquanto eu gritava e berrava por eles, negando com a cabeça a situação, meu ombro direito havia deslocado e meu olho esquerdo estava pouco roxeado, os homens da lei observavam a situação e abaixavam a cabeça em sinal de luto, alguns liberavam lágrimas que percorriam seus rostos lentamente, por fim, dois dos mais fortes e altos pegaram os corpos, e um se dirigiu a mim me levando a seu carro seguindo para o hospital. Eu me encontrava em estado de choque, meu rosto estava pálido, meus olhos opacos, com a visão pouco nítida e minha boca entreaberta, as lágrimas despencavam sobre o rosto todo molhado e sujo pela poeira que se levantará no acidente e alguns respingos de sangue dos meus pais. Depois disso não me lembro de mais nada, eu simplesmente cai no banco e desmaiei acordando semanas depois na cama de um dos quartos para pacientes. Em minha volta estavam os Wattersons, Nicolle, minha tia, que possuía cabelos e olhos azuis, sim, cabelos azuis, era empresária subchefe de uma das empresas de grife mais famosas, Ricardo, meu tio, um homem gordo de cabelos rosados, (é... não estranhem as cores vibrantes), e olhos de esmeralda, chefe de um restaurante muito conhecido pela apetitosa refeição, e por fim Gumball, meu primo, um garotinho fofo de olhos vibrantes parecendo safiras e cabelos azulados, todos observando-me aflitos e cada um abrindo um pequeno sorriso vendo-me despertar, menos Nicolle que ainda lacrimejava pela morte de sua irmã e Adan.
Após três dias do meu desadormecer, o médico deu-me alta e meus tios levaram-me para sua casa. Chegando lá organizaram minhas coisas que estavam nas malas da viagem que não havia sido concluída, o garoto de cabelos azuis já com seus 5 anos puxou-me pelo braço esquerdo, pois o outro havia recuperado a pouco tempo, e me levou ao seu quarto dizendo-me animado que agora iria dividi-lo comigo e que dormiríamos em uma beliche que chegaria na próxima semana. Eu estava tão confuso e melancólico que apenas o olhei ainda com a visão turva com uma leve dor de cabeça se formando novamente e assenti calmamente com a cabeça, logo após sentando-me no chão me encolhendo em posição fetal para repetidamente chorar.
O azulado perplexo com a situação que presenciava, deitou-se ao meu lado enquanto me abraçava, tentando me reconfortar, dizendo que ficaria tudo bem, e que agora estavam em um lugar melhor olhando por mim e desejando minha felicidade, pois meus pais me amavam e queriam me ver sorrir. Aquilo realmente me deixou comovido, era incrível que um garotinho de 5 anos pudesse falar assim, retribui timidamente o abraço e o agradeci, colocando meu rosto entre uma das curvas de seu pescoço. Depois daquele dia comecei a levar muito sério o que havia escutado do mais velho e começar inseguramente a sorrir de novo, queria que meus pais ficassem felizes quando olhassem para mim, e para isso eu precisava superar e seguir em frente, mesmo que doesse muito.
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